FILOSOFIA CLSSICA Professor Fbio Will Competncias e Habilidades
FILOSOFIA CLÁSSICA Professor Fábio Will
Competências e Habilidades l Competência de área 5 – Utilizar os conhecimentos históricos para compreender e valorizar os fundamentos da cidadania e da democracia, favorecendo uma atuação consciente do indivíduo na sociedade. l H 21 – Identificar o papel dos meios de comunicação na construção da vida social. l H 22 – Analisar as lutas sociais e conquistas obtidas no que se refere às mudanças nas legislações ou nas políticas públicas. l H 23 – Analisar a importância dos valores éticos na estruturação política das sociedades. l H 24 – Relacionar cidadania e democracia na organização das sociedades. l H 25 – Identificar estratégias que promovam formas de inclusão social.
Surgimento da Filosofia Ocidental • Surgimento – espanto diante do novo? • Pode ser dividida em três grandes partes: Sofistas, Pré-Socráticos e Socráticos; • As três principais perguntas: Como? Quando? Porquê?
Sofistas • Os sofistas eram considerados mestres da retórica e da oratória, acreditavam que a verdade é múltipla, relativa e mutável. • Eram professores itinerantes que ensinavam a arte da retórica às pessoas; O mais deus importantes grego Apolo • Protágoras foi um dos representa a idealização do sofistas. homem, “a medida de todas as coisas” para Protágoras
Características • • a) Oposição entre natureza (phýsis) e cultura (nómos); b) Relativismo; c) A existência dos deuses; d) A natureza da alma; e) Rejeitam questões metafísicas; f) A habilidade de argumentar; g) Antilógica (Defesa dos opostos);
Pré-Socráticos Diz respeito ao primeiro período, naturalista, ou também como é mais conhecido, pré-socrático. Podem ser classificadas em: 1 - Escola Jônica (Ásia Menor); 2 - Escola Pitagórica ou Itálica (Magna Grécia); 3 - Escola Eleata (Magna Grécia); 4 - Escola Atomista (Trácia).
Escola Jônica Tales de Mileto Arché = ÁGUA; Anaximandro de Mileto Arché = INFINITO; Anaxímenes de Mileto Arché = AR; Xenófanes de Colófon Contrário à concepção mítica;
Escola Pitagórica Pitágoras de Samos Arché = NÚMEROS; Heráclito de Éfeso Arché = FOGO; Princípio regente do universo LOGOS; Anaxímenes de Mileto Arché = AR; Xenófanes de Colófon Contrário à concepção mítica;
Escola Eleata Parmênides de Eléia Ontologia (ser); Zenão de Eléia Precursor da Dialética;
Escola Atomista Fundamentada a partir dos estudos de Demócrito e Leucipo de Abdera; Criação do Átomo, influenciados pelas escolas orientais; Atomo é, enquanto possibilidade, a parte não divisível da matéria;
Escola Socrática O objeto da filosofia socrática é o homem como ser moral – Organização da Filosofia; Estudos da Ontologia (estudo do ser); Maiêutica (parto de ideias) e ironia; Sócrates enquanto principal pensador!!!
Exercícios 1. Na Grécia antiga, principalmente na cidade de Atenas no século V a. C. , desenvolveu-se uma corrente de pensadores conhecidos como Sofistas. Tidos como “sábios”, eram pagos para ensinar os jovens principalmente a arte da argumentação. Abaixo, CONSIDERE as afirmações sobre a importância que esta (arte) tinha em seu pensamento. I – Os sofistas não acreditavam na verdade absoluta, para eles o importante era conseguir convencer os outros de suas ideias. II – Os sofistas acreditavam que uma boa argumentação era a única maneira de se chegar ao conhecimento da verdade absoluta. III – Os sofistas acreditavam que através dos argumentos era possível se chegar à melhor solução em cada caso. A – Apenas a III é verdadeira. B – Apenas a I é verdadeira C – Apenas a I é falsa. D – Apenas a II é verdadeira. E – Apenas a II é falsa.
Exercícios 2. Sócrates era um cidadão comum de Atenas, até o oráculo de Delfos indicar que ele era o homem mais sábio de seu tempo. A partir daí, ele tomou como missão a Maiêutica, que significava a “arte de trazer à luz” (“parto das ideias”), através de longas conversas com interlocutores de todas as classes sociais. O QUE SIGNIFICAVA ESSA ARTE? A) Sócrates, que também era médico, auxiliava nos partos de Atenas. B) A luz do pensamento de Sócrates ofuscava todo o conhecimento da outra pessoa. C) Através do diálogo promovido por Sócrates, a pessoa podia formular suas ideias e pensamentos. D) A luz indicava que a pessoa não precisava se esforçar para adquirir conhecimento. E) Nenhuma das anteriores está correta.
Platão 428 -348 a. C
Ambiente Filosófico de Atenas no séc. V a. C l O ambiente filosófico de Atenas no séc. V a. C estava, basicamente, dividido entre os Socráticos X Sofistas. *Dominavam a arte da oratória -a arte de bem falar, ensinavam-na em troca de pagamento. Usavam sofismas. Sofistas Górgias, Hípias, Prótogoras. *Tudo depende dos interesses do homem e da realidade social: regras morais, relacionamentos, posições políticas : verdade subjetiva. *Valores relativos, inexistência de moral coletiva. * Destruição do conhecimento segundo Sócrates.
Ambiente Filosófico de Atenas no séc. V a. C Sócrates (470 -399 a. C), inspirador de Platão. l Método Dialógico - ironia: colocar em contradição opiniões comuns. - maiêutica: fazer com que os conceitos aflorem ao espírito. l Ensinava Filosofia para qualquer homem, independente de sua classe social. l Conteúdo Moral: a busca pelo bem: a verdade existe e deve ser procurada-é a consciência do Divino – daemonium -voz divina dentro de cada homem que lhe ordena o que fazer e o que não fazer. l Oposição aos sofistas. l As virtudes se resumiriam no conhecimento e o vício na ignorância. Conhecer o Bem: condição necessária e suficiente para praticá -lo.
Ambiente Filosófico de Atenas no séc. V a. C l A morte de Sócrates: inimigo do Estado e corruptor de jovens. Jacques Louis David
Platão e o Mundo das Idéias- Idealismo l Explicou o mundo das idéias através do Mito da Caverna contido em A República. Participa do Mundo dos Idéias Mundo Sensível Cf. Mito da Caverna. Real; supra-sensível; causa o mundo sensível; contém idéias, o verdadeiro ser das coisas; possui hierarquia; a idéia de Bem e Uno ocupa o ápice. Não se explica a si mesmo; cópia imperfeita do mundo das idéias; existe por participação.
Platão e o Mundo das Idéias- Idealismo- O Ser Teoria da participação: cada coisa no mundo, reproduz infielmente as ideias. As coisas estão para as idéias como as sombras estão para os objetos. Exemplo: as rosas que vejo são brancas ou amarelas, podem ter ou não perfume e espinhos. Onde está a verdadeira rosa? Segundo a teoria platônica, no Mundo das Ideias. As coisas desse mundo são uma mistura de ser não ser (uma rosa é esta rosa ao mesmo tempo não é a verdadeira rosa). As coisas SÃO enquanto participam das Idéias e NÃO– SÃO enquanto são meras participações.
Platão e a Alma l Concepção dualista de homem: corpo X alma. O corpo seria o cárcere da alma (psiché) l Alma existiria no Mundo das Ideias, e se encarnaria, alojando-se num corpo mantendo suas características imortais e espirituais. l Fédon: diálogo platônico que aborda o tema. l Dialética permite relembrar os conhecimentos puros das almas antes de alojarem-se no corpo. As sensações atrapalham.
Platão e a Alma A alma é composta de 3 partes; *Vegetativa ou apetitiva: desejo de prazer sensível. *Irascível: superação do prazer sensível para obter o bem árduo. *Racional: corresponde ao cérebro: superior deve subjugar todas as outras.
Platão e o Mundo das Idéias- Idealismo o Conhecimento l O conhecimento se dá através da anamnese- recordação do conhecido. Tipos de conhecimento: Episteme = Ciência Firmada pelo conhecimento da causa Doxa = Opinião Conhecimento da causa, isto é, a Ideia, refere-se ao inteligível Refere-se ao mundo sensível; Mutável; quase sempre enganadora; conhecimento intermediário entre ciência e ignorância.
Platão e o Mundo das Ideias - Idealismo o Conhecimento Episteme (inteligível) Doxa(sensível) Dianóia : conhecimento matemático e geométrico. Noésis: Conhecimento das idéias, por hipóteses e captação pura. Simples Imaginação : sombras e imagens sensíveis das coisas. Crença : coisas e objetos sensíveis
Beleza e Arte no mundo Platônico l A Beleza tem valor em si, pois pertence ao mundo das Ideias e é Absoluta. l Já a Arte: é a Imitação do belo. Retrata o mundo sensível que é cópia do mundo absoluto. Arte Pode servir ao verdadeiro ou ao falso, não tem valor em sí. Ps. Lembrar que a Verdade se identificava com o Bem no ideário platônico e ocupava o topo dos valores absolutos.
Platão: Sociedade, Política e Arte Constrói um modelo de sociedade Justa. Conceito de justiça para Platão: “a cada um faça o que lhe compete fazer” A justiça só existe exteriormente se existir antes interiormente na alma. O Estado deve ser governado por Filósofos, que seriam as pessoas mais prudentes e honestas para alcançar o bem da cidade.
Platão: Sociedade, Política e Arte Modelo da Sociedade Justa, onde cada um deveria desempenhar uma função social. Filósofos: mente do Estado. Deveriam possuir a virtude da sabedoria. Guerreiros : o peito, o coração da sociedade; encarregados da defesa; não teriam direitos políticos. Deveriam possuir a virtude da fortaleza Trabalhadores ou operários: encarregados da subsistência, não teriam nenhum direito político. Exercitariam a virtude da temperança.
Platão: Sociedade, Política e Arte Formas de Governo aceitáveis segundo a Filosofia Platônica. Monarquia Aristocracia Distinta da tirania, governo do Rei. Filósofo. Distinta da Oligarquia, governo de Filósofos. Formas detestáveis: Democracia Governo do Povo, neste caso a divisão do poder causaria dano ao exercício da virtude da prudência –excelência exclusiva dos Filósofos.
DE PLATÃO A ARISTÓTELES PLATÃO FOI O PRIMEIRO FILÓSOFO A LEVANTAR A DISCUSSÃO SOBRE O QUE É O CONHECIMENTO EM SI MESMO. POR ISSO LEMOS O “TEETETO”, POIS É UM TEXTO BASE, EM QUE ENCONTRA-MOS COMO CENTRO O PROBLEMA: “O QUE É CONHECIMENTO? ”
OBJETIVOS DO “TEETETO” l Refutar a tese de que conhecimento é sensação. l Por isso é necessário enfrentar a tese de Protágoras que afirmava que “o homem é a medida de todas as coisas”. l Após derrubá-la, Sócrates aprofunda na análise até chegar à conclusão de que o conhecimento quer atingir a essência e a verdade das coisas, envolve um raciocínio que vai além da sensação e da aparência.
Pontos de relevo do Teeteto l O debate sobre a tese de Protágoras, que é na verdade a primeira etapa do conhecimento; l A pintura dos sofistas como mercenários e interesseiros; l A descrição do estilo peculiar do filósofo; l A crítica ao homem vulgar, sem conhecimento e que mesmo assim, é atrevido e provocador.
ARISTÓTELES l Aristóteles discorda de Platão e procura uma outra forma de definir o conhecimento. l Antes de qualquer coisa, ele rejeita a proposta de que existem dois mundos, o sensível e o inteligível. l Para ele podemos obter o conhecimento através de observações concretas, feitas no mundo real.
l Para Aristóteles, o verdadeiro conhecimento é o conhecimento das causas, causas que pode superar o engano e explicar as mutações que ocorrem no mundo; l Ele utiliza a noção de substância como o como suporte de todos os atributos, como “aquilo que é em si mesmo”.
l Dentre os atributos que compõem uma substância, podemos destacar: l a) aquilo que é ESSENCIAL; ESSENCIAL l b) aquilo que é ACIDENTAL Se tomarmos o homem como exemplo, veremos que ele tem propriedades que são acidentais, isto é, que podem variar (altura, peso, idade, aparência) e uma propriedade que não varia, ou seja, que é essencial: o homem é um ser racional.
l Mas e a questão do devir, do movimento, da mutação dos seres? Para explicá-la, Aristóteles recorre às noções de MATÉRIA FORMA l Por matéria ele define o princípio indeterminado de que o mundo físico é composto l Forma é aquilo que “faz com que uma coisa seja o que é”. Apesar de mudar com o tempo, é através dela que conseguimos reconhecer as coisas e organizá-las.
l Ainda para explicar a questão do movimento, Aristóteles propõe os conceitos de ATO POTÊNCIA l Potência significa ausência de perfeição, a capacidade de se tornar alguma coisa. Por exemplo: - A semente de laranja lançada na terra tem a potência de tornar-se uma laranjeira. - O filhote de gato guarda em si a capacidade de tornar-se adulto e procriar.
l Os ciclos que compõem a vida de cada ser vão se atualizando, isto é, a potência dentro deles vai se realizando. l O que Aristóteles chama de ATO constitui cada uma das etapas pelas quais a potência vai se atualizando. l Todo ser tende a tornar atual a forma que tem em si mesmo como potência. l Portanto, o movimento é a passagem da potência para o ato.
l No mundo físico, vemos que as coisas estão de um modo AGORA, mas dali a pouco se modificarão. Isto não significa que o mundo da experiência é falso ou não merece confiança. l Significa que ele tem características próprias, ALGUMAS FIXAS, OUTRAS MUTÁVEIS, e tais características devem ser entendidas dentro de uma lógica interna que pode ser explicada.
l. O mundo físico pode ser conhecido sem que recorramos a outro mundo, como fez Platão. l. Os conceitos de ATO e POTÊNCIA e MATÉRIA e FORMA levam Aristóteles a formular a teoria das 4 causas, a fim de explicar os diversos tipos de movimento. l. São elas: a) causa material; b) causa eficiente; c) causa formal; d) causa final.
l Exemplo 1: A ESTÁTUA - A causa material é o mármore (isto é, do que a coisa é feita); - A causa eficiente é o próprio escultor (aquilo com que a coisa é feita); - A causa formal é a forma da estátua, seus contornos, sua aparência (aquilo que a coisa vai ser) - A causa final envolve a finalidade da estátua (aquilo para o qual a coisa é feita)
Outros tópicos fundamentais na teoria do conhecimento aristotélica: l A ideia de formular um filosofia primeira (prima filosofia), ou seja, uma teoria do ser em geral; l A filosofia primeira não é a primeira na ordem do conhecer, já que nosso ponto de partida é o conhecimento sensível; l Porém, uma tal teoria buscaria as causas mais universais e distantes dos sentidos;
l Ela serviria de base à ciência, pois esta se refere ao ser usando conceitos como identidade, gênero, espécie, oposição, possibilidade, necessidade etc. Mas nenhuma ciência examina tais conceitos. l O objetivo da prima filosofia (ou metafísica), é estudar o ser e suas propriedades.
l 1) Sócrates foi considerado um dos principais filósofos da antiguidade clássica. Ao propor uma reflexão sobre o problema da consciência, levou as ultimas consequências a preocupação antropológica que havia se iniciado com os sofistas. Uma das principais contribuições de Sócrates foi o desenvolvimento da categoria “consciência” que esta associada à concepção que possuía de que o ser humano era dotado de uma alma racional, na qual estavam depositadas verdades eternas, e que o conhecimento dessas verdades era imprescindível para o desenvolvimento de uma vida ética. Depois de Sócrates, as preocupações sobre a natureza da alma, e sobre a Ética jamais abandonaram a filosofia. Sobre o tema, assinale a alternativa correta: l a) Sócrates desenvolveu uma ética relativista, defendendo que os valores não podem ser considerados absolutos, e estão relacionados aos consensos existentes em cada contexto histórico, devendo ser considerados validos na medida em que possuem alguma utilidade pragmática. l b) Platão, um dos mais importantes discípulos de Sócrates, se afastando do modelo desenvolvido por ele, que desconsiderava a incontinência (akrasia) como fator relevante para a formação da conduta, desenvolveu uma metáfora de alma tripartite, segundo a qual, a alma seria semelhante ao condutor da briga de dois cavalos, sendo que um deles seria altivo e elevado, e o outro atarracado e indolente. l c) Sócrates concordava com os sofistas quando afirmavam que o “homem era a medida de todas as coisas”, sendo esse aforisma um dos principais postulados de sua ética. l d) As virtudes para Platão não estavam associadas à natureza das almas, segundo o filósofo todos os homens possuem a mesma natureza racional, e suas almas são iguais, sendo desejável, portanto, que desenvolvam as mesmas virtudes. l e) Platão, era relativista do ponto de vista ético, considerava que embora as virtudes e os valores fossem paradigmas existentes no mundo das ideias, como eles deveriam se realizar no mundo físico, estariam relacionados a condições muito particulares de concretização, e não poderiam ser considerados desvinculados da historia e de circunstancias particulares.
l 2) Para Platão, a polis é o modelo de vida em grupo. É na República que o autor apresenta os vários grupos que compõem a sociedade. De acordo com suas ideias, o grupo que deve governar a polis é o dos: l a) comerciantes que, sabendo da importância das riquezas para as Cidades-estado da Grécia, levariam riquezas para a polis. l b) filósofos que, por conhecer a verdade e o bem através da contemplação do mundo das ideias, proporcionariam o maior bem comum a todos. l c) guerreiros, pois se caracterizavam por sua força, integridade e seu grande amor aos sentimentos mais nobres, como fidelidade e bravura. l d) trabalhadores que, por meio das mais diversas profissões e movidos pela ambição do lucro, garantiriam o sustento de toda a polis.
l 3) No discurso sobre relações amorosas, é recorrente a ideia da busca de nossa cara-metade ou alma gêmea, significando com isso a ideia de par perfeito, visto que o amor é a busca de um reencontro com uma parte de nós que, por um certo motivo, foi separada. Esse discurso está presente no diálogo O Banquete proposto primeiramente por: l a) Fedro, quando afirma a ausência de genitores do amor. b) Pausâmias, quando distingue dois tipos de amor. c) Agalio, quando assenta a natureza feliz do amor. d) Eriximaco, quando ressalva a harmonia dos contrários. e) Aristófanes, quando aponta a existência de um terceiro gênero. l
4) Mas a faculdade de pensar é, ao que parece, de um caráter mais divino, do que tudo o mais; nunca perde a força e, conforme a volta que lhe derem, pode tornar-se vantajosa e útil, ou inútil e prejudicial. Ou ainda não te apercebeste como a deplorável alma dos chamados perversos, mas que na verdade são espertos, tem um olhar penetrante e distingue claramente os objetos para os quais se volta, uma vez que não tem uma vista fraca, mas é forçado a estar a serviço do mal, de maneira que, quanto mais aguda for sua visão, maior é o mal que pratica? ” (Platão, A República, trad. Maria Helena Rocha Pereira, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, 1987, 518 e-519 a) A partir da leitura do texto acima, é correto afirmar que, para Platão, a) a faculdade de pensar necessita da educação, para que, assim, a vista mais penetrante alcance, pela luz, a visão do que deve ser conhecido. b) o conhecimento para esse filósofo só depende da capacidade visual daquele que conhece. c) a natureza, favorecendo alguns, diferencia os mais aptos, e é unicamente por esta distinção que se devem estabelecer os governantes da cidade. d) os homens com maior capacidade de pensar jamais praticam o mal, pois descobrem, por si mesmos, a diferença entre o justo e o injusto.
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