FERIMENTO CARDACO Joo Nelson R Branco UNIFESPEPM Descrio
FERIMENTO CARDÍACO João Nelson R. Branco - UNIFESP-EPM
Descrição da rápida morte de Epaminondas na batalha de Mantinéa (362 A. C. ), contra os espartanos, após a retirada de um dardo do coração ( a hegemonia tebana desapareceu com ele): –. . . finalmente enquanto ele estava mais heroicamente lutando para ganhar a vitória para seu país, recebeu um ferimento mortal em seu peito por um dardo jogado com tanta força que a madeira se quebrou e o ferro permaneceu em seu corpo e ele caiu ao chão. E Epaminondas, ainda vivo, foi trazido ao acampamento; e quando os médicos que foram mandados para dizer a ele que certamente morreria tão logo quando o dardo fosse retirado fora do seu corpo, ele não ficou desencorajado. Mas primeiro chamou seu escudeiro e perguntou se seu escudo estava salvo. O escudeiro disse que estava e o mostrou a ele. Então perguntou qual lado tinha ganho o dia. O jovem respondeu que os beóceos foram os vencedores. “Porque, então”, ele disse, “agora é o tempo para morrer”, e fortemente ordenou que o dardo fosse retirado, e logo após a retirada da cabeça do dardo ele quietamente deu seu último suspiro.
BÍBLIA SAGRADA ( VELHO TESTAMENTO) • II Samuel 18 : 14, 15. – A morte de Absalão. • 14 - Então disse Joabe: Não me demorarei assim contigo aqui. E tomou três dardos, e transpassou com eles o CORAÇÃO de Absalão, estando ele ainda vivo no meio do carvalho. • 15 - E o cercavam dez moços, que levaram as armas de Joabe. E feriram a Absalão, e o mataram.
• 1883 – Billroth: “Um cirurgião que tentasse tal operação (sutura cardíaca) deveria perder o respeito de seus colegas”.
TRAUMATISMO CARDÍACO • CONTUSÃO (TRAUM. FECHADO) • FERIMENTO (TRAUM. ABERTO)
TRAUMA CARDÍACO PENETRANTE – MORFOLOGIA: • Lesões por arma branca • Lesões por projéteis de arma de fogo.
FERIMENTO POR ARMA DE FOGO DEFORMAÇÃO, DESESTABILIZAÇÃO, FRAGMENTAÇÃO = RETARDAMENTO DO PROJÉTIL = LIBERAÇÃO DE ENERGIA = >CAVITAÇÃO = >DESTRUIÇÃO TECIDUAL. E = 0. 5 x m x ( v entrada 2 – v saída 2) A energia liberada no paciente depende: -da velocidade, -da massa, -da forma do projétil, que determina seu retardamento no corpo do paciente (redução rápida de sua velocidade).
Zona perigosa de Zidler: Delimitação • SUPERIOR: ANGULO DELOUIS • INFERIOR: 10 a COSTELA • MEDIAL: PARAESTERNAL D • LATERAL: AXILAR ANTERIOR E
Apresentações clínicas • TAMPONAMENTO CARDÍACO - mais comum em ferimentos por arma branca • CHOQUE HEMORRÁGICO (mais comum em ferimentos por projéteis) e lesões associadas: pleura, vasos intra-torácicos, pulmões, fígado e outras vísceras abdominais. TRÍADE DE BECK (TAMPONAMENTO CARDÍACO) – Pressão arterial baixa (colapso circulatório). – PVC alta (estase jugular). – Abafamento de bulhas cardíacas.
DECISÃO CLÍNICA • Instável em choque nenhum estudo = TORACOTOMIA DE EMERGÊNCIA • Estáveis com muito provável ferimento cardíaco ECOCARDIOGRAMA X PERICARDIOTOMIA EXPLORADORA SUB-XIFOÍDEA.
CONDUTAS • Medidas de suporte de reanimação. • Ação rápida de uma equipe treinada e experiente: – – Intubação orotraqueal e ventilação excluindo-se a hipóxia. Infusão rápida de volume. Drenagem de tórax, se indicado (freqüentemente bilateral). Sangue urgente e hemoderivados aquecidos • Pacientes que chegam vivos ao hospital com ferimento cardíaco por arma branca tem maior probabilidade de sobreviver que os que chegam com ferimentos por arma de fogo. • NÃO remover uma arma branca da região precordial até que a toracotomia tenha sido feita e o pericárdio já aberto.
• TORACOTOMIA : SALA DE EMERGÊNCIA X CENTRO CIRÚRGICO. – “in extremis due to traumatic injury”(trauma. org). Pericardiocentese até o transporte do paciente ao C. C. ? ? ? • Qual toracotomia realizar? – Esternotomia mediana? – Toracotomia antero-lateral esquerda, que pode ser prolongada para a direita (bi-toracotomia) ? • CONTROLE DIGITAL DO FERIMENTO CARDÍACO ATÉ SUA SUTURA DEFINITIVA ADEQUADA. • Kirklin cita a técnica de “inflow occlusion”: para suturar o ferimento com o coração vazio e quase parado em 2 a 2 e meio minutos (cavas e aorta clampeadas).
IDADE (ANOS) SEXO MECANISMO INJÚRIAS ASSOCIADAS INTERVALO ENTRE ROTURA E TRATA/0 SEGUIMENTO DO CASO (MESES) 18 MASC AC. TRANS. TCE 40 62 70 MASC AC. TRANS. FRATURA DE BACIA 46 64 29 MASC AC. TRANS. HEMOTÓRAXTC E 05 37 33 MASC AC. TRANS. HEMOTORAX 24 33 54 MASC AC. TRANS. FRATURA DE FÊMUR 8200 30 51 MASC AC. TRANS. TCE 20 07 22 MASC AC. TRANS. TCE 365 06 39 FEM AC. TRANS. HEMATOMA RETROPERIT. 19 26 41 MASC AC. TRANS. TCE 01 06 39 MASC AC. TRANS. TCE 08 66 70 MASC AC. TRANS. TCE 29 29 32 MASC AC. TRANS. TCE FRATURA DE. BACIA 3 -
TRAUMA CARDÍACO Obrigado. JOÀO NELSON R. BRANCO -UNIFESP EPM
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