Faringoamigdalite estreptoccica aguda Internato em Pediatria Acadmica Camila

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Faringoamigdalite estreptocócica aguda Internato em Pediatria Acadêmica: Camila Alencar – UC 11066565 Profaª Orientadora:

Faringoamigdalite estreptocócica aguda Internato em Pediatria Acadêmica: Camila Alencar – UC 11066565 Profaª Orientadora: Profª Dra. Carmen Lívia Brasília, 20 de Outubro de 2016 www. paulomargotto. com. br

Definição Faringoamigdalite estreptocócica aguda: processo inflamatório e/ou infeccioso da faringe, tonsilas palatinas (amígdalas) e

Definição Faringoamigdalite estreptocócica aguda: processo inflamatório e/ou infeccioso da faringe, tonsilas palatinas (amígdalas) e tonsilas faríngeas (adenóides)

Classificação Amigdalite aguda: dor de garganta, febre, disfagia e adenomegalia cervical Ao exame: hiperemia

Classificação Amigdalite aguda: dor de garganta, febre, disfagia e adenomegalia cervical Ao exame: hiperemia de amígdalas com ou sem exsudatos purulentos Amigdalite crônica: dor de garganta crônica, halitose, eliminação de case um, edema periamigdaliano e adenopatia cervical persistente Hiperplasia amigdaliana: roncos, apnéia obstrutiva do sono, disfagia e voz hipernasal. Na presença de quadro agudo associado, pode evoluir com insuficiência respiratória aguda

Considerações Doença autolimitada Tratamento adequado com antimicrobiano é importante para prevenir: ◦ Febre reumática

Considerações Doença autolimitada Tratamento adequado com antimicrobiano é importante para prevenir: ◦ Febre reumática ◦ Complicações supurativas (abscesso peritonsilar, linfadenite cervical, mastoidite, sinusites, otites médias, entre outras) ◦ Diminuir o período de contagiosidade e a transmissão do estreptococo a outras pessoas ◦ Reduzir a duração da doença

Agentes etiológicos Agentes bacterianos mais comuns: estreptococo beta-hemolítico do grupo A, estreptococo C e

Agentes etiológicos Agentes bacterianos mais comuns: estreptococo beta-hemolítico do grupo A, estreptococo C e G, Clamydophila pneumoniae, Mycoplasma pneumoniae, Corynebacterium difteriae, Neisseria gonorrhoae e anaeróbios Estreptococos Gram + e catalase negativos Faringoamigdalites bacterianas 20 -40% dos casos S. pyogenes do grupo A 20 -30% das faringoamigdalites agudas em crianças em idade escolar e adolescentes

Epidemiologia Pico de incidência: 5 e 15 anos Incomum em < 3 anos Portadores

Epidemiologia Pico de incidência: 5 e 15 anos Incomum em < 3 anos Portadores assintomáticos: ◦ 12% --> 5 -18 anos ◦ 4% --> < 5 anos Padrão sazonal: maior frequência no final do outono, inverno e início primavera

Curso Transmissão ◦ Contato direto com o doente ◦ Secreções respiratórias ◦ Erradicação após

Curso Transmissão ◦ Contato direto com o doente ◦ Secreções respiratórias ◦ Erradicação após 24 antibioticoterapia Período de incubação ◦ 1 -4 Dias

Quadro clínico Queixas inespecíficas: cefaléia, dor abdominal e mal-estar, náuseas, vômitos e febre até

Quadro clínico Queixas inespecíficas: cefaléia, dor abdominal e mal-estar, náuseas, vômitos e febre até 40ºC • Odinofagia de intensidade variável; • Exsudato pode assumir forma de uma membrana amarelo-acizentada • Edema de úvula • Linfadenopatia cervical anterior e submandibular dolorosa; Achado clínico mais importante: hiperemia das amígdalas e pilares amigdalianos, acompanhada ou não de exsudato, associada a petéquias em palato mole. Evolução: quase sempre resolução espontânea após 4 -5 dias em média, mesmo sem antibióticos; mas não é considerada benigna pelo risco de gerar Febre Reumática, GNDA, complicações supurativas e pela alta transmissibilidade;

Quadro clínico

Quadro clínico

Diagnóstico Método Considerações Valor preditivo Pontos positivos Pontos negativos Escores clínicos Baseados em sinais

Diagnóstico Método Considerações Valor preditivo Pontos positivos Pontos negativos Escores clínicos Baseados em sinais e sintomas clínicos e exame físico S- 70 a 80% Menor custo Baixo valor preditivo positivo Uso excessivo de antibióticos Testes rápidos ELISA OIA Sondas de DNA Coleta com swab Detecção de antígenos do estreptococo E- 95% S- 70 a 90% Menor tempo Redução antibioticoterapia Custo Material Valor elevado de falsos negativos Cultura Coleta com swab S- 90 a 95% PADRÃO-OURO Custo Tempo (18 -48 h) Sorologias Não utilizadas elevação títulos anticorpos em 2 -3 semanas

Diagnóstico - Swab Coleta do material com boa visualização da orofaringe Swab vigoroso de

Diagnóstico - Swab Coleta do material com boa visualização da orofaringe Swab vigoroso de ambas amígdalas e parede posterior da orofaringe O swab não deve tocar a língua ou mucosa oral na entrada e saída da boca

Diagnósticos diferenciais Faringoamigdalite viral: ◦ ◦ ◦ ◦ Conjuntivite Coriza Rouquidão Tosse Diarreia Exantema

Diagnósticos diferenciais Faringoamigdalite viral: ◦ ◦ ◦ ◦ Conjuntivite Coriza Rouquidão Tosse Diarreia Exantema característico Enantema característico

Diagnósticos diferenciais Faringites virais Faringites por micoplasma e clamídia: mais em adolescentes Faringite meningocócica

Diagnósticos diferenciais Faringites virais Faringites por micoplasma e clamídia: mais em adolescentes Faringite meningocócica ou gonocócica: história e epidemiologia Mononucleose, toxoplasmose e citomegalovirose: manifestações próprias Difteria: placas branco-acinzentadas aderentes na orofaringe Faringites por outros estreptococos

Tratamento Analgésicos Antiinflamatórios Corticosteróides Antibioticoterapia ◦ Melhora dos sintomas ◦ Redução contágio ◦ Evitar

Tratamento Analgésicos Antiinflamatórios Corticosteróides Antibioticoterapia ◦ Melhora dos sintomas ◦ Redução contágio ◦ Evitar complicações tardias

Tratamento Faringoamigdalites não complicadas Penicilina G benzatina: 600. 000 a 1. 200. 000 IM,

Tratamento Faringoamigdalites não complicadas Penicilina G benzatina: 600. 000 a 1. 200. 000 IM, dose única Amoxicilina: 40 -50 mg/kg/dia, 2 -3 x/dia por 10 dias Pacientes alérgicos a penicilina Macrolídeos: azitromicina, claritromicina, 5 dias Cefalosporina de primeira geração: 10 dias Clindamicina: 10 dias Falha de tratamento ou recorrência confirmada em até 2 semanas do final do tratamento Amoxicilina + clavulanato: 50 mg/kg/dia 2 -3 x/dia, por 10 dias Cefalosporina segunda geração: 5 -10 dias

Recidivas Faringotonsilites de repetição: tonsilectomia / adenoidectomia ◦ > 7 episódios no último ano;

Recidivas Faringotonsilites de repetição: tonsilectomia / adenoidectomia ◦ > 7 episódios no último ano; ◦ > 5 episódios/ano nos últimos 2 anos; ◦ > 3 episódios nos últimos 3 anos;

Pacientes crônicos assintomáticos Surto de febre reumática ou de glomerulonefrite pós-estreptocócica na comunidade ou

Pacientes crônicos assintomáticos Surto de febre reumática ou de glomerulonefrite pós-estreptocócica na comunidade ou de infecção invasiva pelo estreptococo; Surto de faringite estreptocócica em comunidades fechadas; Contato com pessoas com história de febre reumática e quando considera-se a tonsilectomia apenas pelo paciente ser portador crônico do estreptococo. Tratamento: • Clindamicina por 10 dias • Penicilina V (50 mg/kg/dose em 4 doses) por 10 dias + Rifampicina (20 mg/kg/dia 1 vez/dia nos últimos 4 dias do tratamento) • Amoxicilina+ ácido clavulânico (40 mg/kg/dia da amoxicilina 3 vezes/dia) por 10 dias • Penicilina G benzatina IM + rifampicina (20 mg/kg/dia em 2 doses - máx = 600 mg/dose).

Complicações COMPLICAÇÕES SUPURATIVAS COMPLICAÇÕES NÃO-SUPURATIVAS Abscesso periamigdaliano Febre reumática Abscesso retrofaríngeo GNPE Mastoidite Abscesso

Complicações COMPLICAÇÕES SUPURATIVAS COMPLICAÇÕES NÃO-SUPURATIVAS Abscesso periamigdaliano Febre reumática Abscesso retrofaríngeo GNPE Mastoidite Abscesso de linfonodos cervicais Coréia de Sydenham Síndrome do choque tóxico estreptocócico Artrite reativa Transtorno neuropsiquiátrico auto-imune pediátrico

Medidas preventivas Evitar contato com doentes até 24 h de antibioticoterapia adequada Suspender comparecimento

Medidas preventivas Evitar contato com doentes até 24 h de antibioticoterapia adequada Suspender comparecimento à escola ou creche até 24 h de tratamento Erradicação do estreptococo da orofaringe do paciente quando este ou familiar possui história prévia de FR Tratar pacientes sintomáticos que estiveram em contato com doente

Referências bibliográficas Júnior, A. R. B. , Oliveira, C. D. L. , Fontes, M.

Referências bibliográficas Júnior, A. R. B. , Oliveira, C. D. L. , Fontes, M. J. F. , Facury, L. M. D. L. B. , & Camargos, P. A. M. Diagnóstico da faringoamigdalite estreptocócica em crianças e adolescentes: limitações do quadro clínico. Revista Paulista de Pediatria, 32(4), 285 -291. 2014. Longo D. L; et al. MANUAL DE MEDICINA INTERNA DE HARRISON. 18 a edição. Rio de Janeiro: Mac. Graw. Hill, 2013. Pires, E. PROTOCOLO PARA FARINGOAMIGDALITES EM ADULTOS. Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, 2014. Pitrez, P. M. C; Pitrez, J. L. B. INFECÇÕES AGUDAS VIAS AÉREAS SUPERIORES – DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO AMBULATORIAL. Jornal de Pediatria, Rio de Janeiro, 79, P 77 -86, 2003. SBP. ANTIMICROBIANOS NA PRÁTICA CLÍNICA PEDIÁTRICA: GUIA PRÁTICO PARA MANEJO NO AMBULATÓRIO, NA EMERGÊNCIA E NA ENFERMARIA. Sociedade Brasileira de Pediatria, 2003. Disponível em: <http: //www. sbp. com. br/img/fasciculos_curso_PDF/Fasciculo-14. pdf>. Acesso em: 16 de outubro de 2016. Silva, M. J. P. F. Serão os testes de diagnóstico de antigénio rápido um método preciso e fiável no diagnóstico da faringite por Streptococcus b haemolyticus do grupo A? . Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, 31(2), 145 -147. 2015. ABORL CCF. Guideline IVAS: Infecções das Vias Aéreas Superiores. Disponível em <http: //www. aborlccf. org. br/image. Bank/guidelines_completo_07. pdf> Acesso em 16 outubro 2016 http: //residenciapediatrica. com. br/detalhes/61/faringite-estreptococcica, acesso em 16 de outubro de 2016