Famlias Multiproblemticas uma abordagem sistmica Unidade de terapia
Famílias Multiproblemáticas – uma abordagem sistémica Unidade de terapia familiar – Junho de 2007
Definição • As Famílias Multiproblemáticas distinguem -se pela presença de um ou mais sintomas que se traduzem por uma série de problemas que afectam diferentes membros de uma família, de forma prolongada. Unidade de terapia familiar – Junho de 2007
• Classicamente as Famílias Multiproblemáticas mais visíveis pertencem a estratos sociais desfavorecidos, são conhecidas de diferentes serviços e técnicos e possuem uma situação sócio-familiar crónica. • Os seus problemas são tipificados pelos técnicos que individualmente procuram uma solução. Unidade de terapia familiar – Junho de 2007
• São famílias multiassistidas • A família desconhece a opinião que existe sobre si e sobre os seus elementos. Família Quantos Serviços interagem ? Como é definido o problema? Que soluções apontadas? Que resultados obtidos? Qual o foco de culpabilização no sistema quando algo corre mal? Unidade de terapia familiar – Junho de 2007
Início do processo de mudança • Atribuir o papel central à família • Valorizar as suas competências • Apostar num atendimento integrado com a figura do gestor de caso – coordena profissionais e serviços • Envolvimento da família no processo Unidade de terapia familiar – Junho de 2007
O que é a Terapia Familiar ? Diálogo que se constrói e desenvolve no tempo, envolvendo um terapeuta disponível e uma família normalmente em grande sofrimento. Colocar em evidência a competência da própria família, activando a sua participação na resolução dos seus problemas. Unidade de terapia familiar – Junho de 2007
Como é o funcionamento na prática ? • Modelo clássico - reúne-se toda a família nuclear, ou os elementos que vivem em conjunto, com o objectivo de retratar e situar toda a dinâmica daquela família • Outros familiares poderão ser chamados a participar Unidade de terapia familiar – Junho de 2007
Que famílias procuram ajuda? • As que vivem uma situação preocupante, ou quando os seus elementos não conseguem ter relações satisfatórias. Normalmente são referenciadas por técnicos/serviços. Unidade de terapia familiar – Junho de 2007
Qual o contexto de atendimento à família? • Sessões com duração entre os 50 e os 60 minutos • Presença de todos os elementos da família nuclear ou alguns deles, ou ainda elementos da família alargada ou outros • Sala ampla, térmica e confortável com um espaço em que as crianças possam ocupar-se ludicamente • Mobiliário sóbrio com existência de várias cadeiras iguais e dispostas em círculo Unidade de terapia familiar – Junho de 2007
Qual a actuação dos Terapeutas ? O Terapeuta Familiar pode actuar sozinho ou em co-terapia, sendo esta última a que permite maior criatividade nas sessões, dado que estando dois terapeutas na sala um pode assumir um papel mais activo enquanto o outro o sustenta nas intervenções. Unidade de terapia familiar – Junho de 2007
Qual a dinâmica das Sessões? As sessões de Terapia Familiar devem constituir um desafio à metacomunicação em que o terapeuta solicita informação à família de uma forma interactiva, ou seja para saber das relações existentes entre os elementos C e D coloca a questão ao elemento A. A base da sistémica é a circularidade pelo que todos têm uma quota parte de responsabilidade no problema, o que cada elemento refere sobre a situação para a qual é pedida ajuda é apenas uma versão, a de cada um. Unidade de terapia familiar – Junho de 2007
1ª Sessão • A 1ª sessão tem uma forte componente social e existe a preocupação dos terapeutas no acolhimento à família. • Após criadas as condições favoráveis à intervenção o terapeuta vai questionar os diferentes elementos da família sobre o motivo que os traz à consulta e também sobre o que cada um pensa sobre a sua família. Unidade de terapia familiar – Junho de 2007
2ª Sessão • Após o contacto e entrevista inicial, o 2º encontro com a família é marcado para cerca de 15 dias depois • Na Segunda sessão solicita-se que a família resuma a sessão anterior • As futuras sessões espaçam-se de 3 em 3 semanas ou ocorrem mensalmente, contudo esta distância não é rígida • A partir da 2ª sessão a origem do pedido pode ser redefinida e o terapeuta poderá enquadrar o sintoma numa perspectiva diferente. Unidade de terapia familiar – Junho de 2007
As famílias de origem • A Terapia familiar pode envolver a necessidade dos terapeutas conhecerem as famílias de origem, o seu genograma, a sua história, as suas experiências e o seu modo de vida e valores transmitidos. Às vezes resulta importante convidar elementos da família alargada participarem nas sessões. Unidade de terapia familiar – Junho de 2007
A pausa nas sessões • Em sessões que se presenciam momentos de grande tensão é importante que os terapeutas façam uma pausa, saiam da sala e em conjunto possam reestruturar a sua intervenção. Unidade de terapia familiar – Junho de 2007
As alianças • Os elementos da família por vezes tentam manter uma aliança com os terapeutas ou apenas com um deles de modo a obterem a sua protecção e aprovação e, de facto, em certos momentos é importante que o terapeuta corresponda a esse desejo. Nessa situação o outro técnico deverá aliar-se a outro dos elementos. Unidade de terapia familiar – Junho de 2007
O Final das sessões • No final da sessão a família tem expectativa face ao que os Terapeutas sentiram relativamente ao que foi dito pelo que, o que foi dito e trabalhado deve ser comentado. Unidade de terapia familiar – Junho de 2007
Quando é que o trabalho com a família se concluí? • O Terapeuta prevê que o trabalho com a família seja concluído quando o seu ciclo vital foi ultrapassado e os elementos passaram a estar noutro registo e a relacionar-se respeitando-se uns aos outros. Unidade de terapia familiar – Junho de 2007
A intervenção terapêutica é uma actuação profissional facilitadora da mudança e que tem como finalidade reduzir o sofrimento da família procurando enfatizar os aspectos que correram bem na vida da família em detrimento dos que correram menos bem. Unidade de terapia familiar – Junho de 2007
Obrigada pela atenção dispensada! Unidade de terapia familiar – Junho de 2007
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