FAIXA 12 DO CD MESTIAGEM EM PRETO E

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FAIXA 12 DO CD “MESTIÇAGEM EM PRETO E BRANCO” CASA DE RAPÉ - DEBRET

FAIXA 12 DO CD “MESTIÇAGEM EM PRETO E BRANCO” CASA DE RAPÉ - DEBRET ROLAGEM AUTOMÁTICA

Diz o historiador, está no dicionário, que a união do branco senhor, com o

Diz o historiador, está no dicionário, que a união do branco senhor, com o negro escravo, nos idos da Colônia, criou o tipo chamado mulato.

Mas, a contradição colonial, Aos mulatos, outro lugar na história, pintou o pardo como

Mas, a contradição colonial, Aos mulatos, outro lugar na história, pintou o pardo como bom o tempo emerge a verdade, e o mulato como mau. mulato ilustre faz a glória. O mesmo tipo, peles de mesmo Mestiçagem deu e dá os tons da tom. brasilidade.

Nunes Garcia, Lucinda, Aleijadinho, Pixinguinha, Mestre Valentim, Rebouças, Ildi, Machado, José do Patrocínio, Tim.

Nunes Garcia, Lucinda, Aleijadinho, Pixinguinha, Mestre Valentim, Rebouças, Ildi, Machado, José do Patrocínio, Tim. . . Tantos que não dá para ser contado, Brasil mestiço, de matizes sem fim. TIM MAIA MESTRE VALENTIM.

Arranjo: jorge costa filho Composição e voz: j. coêlho Imagens dos sites: cartacapital. com.

Arranjo: jorge costa filho Composição e voz: j. coêlho Imagens dos sites: cartacapital. com. br; fazerhistoria. wordpress. com; inventariosmonumentosrj. com, museuafroparanaense. com; printrest. com; pt. slideshare. net; e pt. wikipedia. org. A seguir o texto “O MULATO COM O DESENVOLVIMENTO DA GENÉTICA” traz algumas considerações sobre a temática da canção. Caso interesse, é só utilizar o “ratinho”

INTRODUÇÃO Como argumentamos na primeira das quatro apresentações sobre mulatos no Brasil, foi para

INTRODUÇÃO Como argumentamos na primeira das quatro apresentações sobre mulatos no Brasil, foi para reduzir a extensão do conteúdo numa só apresentação, que resolvemos dividi-la nas três anteriores: “O Mulato em Nossa História”; “O Mulato na Hierarquia Social”; “Galeria de Mulatos Ilustres”; e nesta, a última dessa série, “O Mulato com o Desenvolvimento Da Genética”. Com certo exagero, podemos afirmar que o conteúdo das três primeiras apresentações nos permite concluir que: aquele mulato do período colonial, facilmente identificado como resultado do relacionamento entre o branco europeu e a escrava negra; e, também, muito bem localizado na hierarquia social, foi nesses mais de cinco séculos diversificando-se em

ATUALIZAÇÃO DO CONCEITO COM A EVOLUÇÃO DA GENÉTICA Aquela facilidade, para definição dos tipos

ATUALIZAÇÃO DO CONCEITO COM A EVOLUÇÃO DA GENÉTICA Aquela facilidade, para definição dos tipos raciais: mameluco; cafuzo, curiboca, mulato, com o tempo e a intensificação do processo de miscigenação foi desaparecendo. Para essa anarquia racial na construção de etnia ímpar, o termo mais sensato deveria ser mestiço, para a maioria dos brasileiros, que tem ancestralidade no índio, europeu e africano. Então, como fica o conceito de mulato como filho de branco com negro? Para justificar nossa proposta, vamos esclarecer como se reconhece a ancestralidade utilizando os recursos da genética. Para tanto é necessário enumerar alguns conceitos. CONCEITOS DNA E RNA São siglas de substâncias químicas envolvidas na transmissão

DNA, ou ADN em português é a sigla para ácido desoxirribonucleico, que é um

DNA, ou ADN em português é a sigla para ácido desoxirribonucleico, que é um composto orgânico cujas moléculas contêm as instruções genéticas que coordenam o desenvolvimento e funcionamento de todos os seres vivos e de alguns vírus. É a molécula da vida. RNA é a sigla para ácido ribonucleico (RNA). É produzido no núcleo da célula, mas migra para o citoplasma. Para estar de acordo com a biologia, o DNA faz o RNA, que faz proteínas (embora existam exceções como os retro vírus, por exemplo, o vírus da AIDS). O DNA se encontra no núcleo das células de um organismo, no interior dos cromossomos, menos nas hemácias (glóbulos vermelhos), que não possuem núcleo. É no DNA que toda a informação genética de um organismo é armazenada e transmitida para seus descendentes. Uma das características mais importantes do DNA é sua

Com exceção de gêmeos univitelinos, o DNA de cada indivíduo é exclusivo. Para saber

Com exceção de gêmeos univitelinos, o DNA de cada indivíduo é exclusivo. Para saber a paternidade de uma criança, faz-se o teste de DNA, que vai confirmar sua origem genética. GENE É a unidade funcional da hereditariedade. Cada gene é formado por sequência específica de dois dos tipos de ácidos nucleicos: DNA e RNA, portadores de informações genéticas, que proporcionam a diversidade entre os indivíduos. Os Genes, quando em células reprodutivas, passam sua informação para a próxima geração. CROMOSSOMOS São as estruturas no interior do núcleo de cada célula, resultantes do enrolamento do DNA em torno de proteínas (histonas) e compactação. Seus formatos lembram a letra “X”, mas só visíveis no momento em que as células vão se

CÉLULAS HAPLÓIDES Células com conjunto simples de cromossomos. As células usadas na reprodução sexuada,

CÉLULAS HAPLÓIDES Células com conjunto simples de cromossomos. As células usadas na reprodução sexuada, em geral, contém um só conjunto de cromossomos. Durante a fertilização as células haploides, feminina e masculina, se combinam formando as células diploides. CÉLULAS DIPLÓIDES Células que contêm conjunto duplo de cromossomos. Nesse conjunto de 23 pares de cromossomos, existe um par de cromossomos sexuais, que é diferente dos outros, e define o sexo da pessoa. Homens têm um cromossomo X e um Y, e mulheres têm dois cromossomos X. GENOMA É um código genético, que possui toda a informação hereditária de um ser, e é codificado no DNA. É o conjunto de todos os diferentes genes que define como vai se desenvolver

O genoma é transmitido de geração em geração e determina a espécie do ser.

O genoma é transmitido de geração em geração e determina a espécie do ser. No genoma encontram-se gravadas características hereditárias encarregadas de dirigir o desenvolvimento biológico de cada indivíduo, inclusive as doenças hereditárias. É o conjunto de cromossomos de uma célula diploide. É a coleção total de genes de uma célula haploide. GENOMA HUMANO Consiste na sequência dos 23 pares de cromossomos que se encontram dentro do núcleo de cada célula diploide do ser humano. O genoma humano é constituído por aproximadamente 25. 000 genes. MITOCÔNDRIAS São organelas celulares, que só se transmitem da mãe à prole, com estruturas permanentes, envoltas por membranas, localizadas fora do núcleo e com a função de gerar energia necessária às atividades das células.

A sua função é vital para a célula, sem a qual há morte celular.

A sua função é vital para a célula, sem a qual há morte celular. Cada mitocôndria contém DNA mitocondrial e a comparação de suas sequências revela evolução histórica da molécula. O DNA mitocondrial difere do material genético encontrado no núcleo das células não só em relação à localização, mas também no tocante a quantidade de moléculas por célula, tipo de herança (exclusivamente materna) e sequência. HAPLÓTIPOS São blocos de genes do cromossomo Y e do DNA mitocondrial transmitidos às gerações, que permanecem inalterados em linhagens paternas e maternas, até que ocorra mutação. Assim, mutações durante a evolução humana geram variações dos haplótipos, que servem como marcadores de linhagem. Tanto o segmento exclusivo do cromossomo sexual Y, quanto o DNA mitocondrial não trocam genes com outros segmentos genômicos, permanecendo inalterados até que ocorram

O cromossomo Y é transmitido através do espermatozoide paterno apenas para filhos homens e

O cromossomo Y é transmitido através do espermatozoide paterno apenas para filhos homens e o DNA mitocondrial é transmitido através do óvulo materno para filhos e filhas. Ou seja, o cromossomo Y e o DNA mitocondrial são herdados de apenas um dos pais. Como, para ocorrer mutações é necessário muito tempo, entende-se o porquê do cromossomo Y e o DNA mitocondrial permitirem traçar linhagens paternas e maternas, que alcançam dezenas de gerações. De forma muito simples, podemos afirmar que todos os haplótipos existentes derivam de haplótipos ancestrais que, à medida que os homens migraram para novas regiões, o conjunto inicial de genes foi sendo alterado por mutações, o que gerou novos haplótipos, cada um comportando-se como linhagem evolutiva independente. As pesquisas genéticas construíram banco de dados que

CONSTITUIÇÃO GENÉTICA DO BRASILEIRO Com o censo geográfico de 2000, com a utilização do

CONSTITUIÇÃO GENÉTICA DO BRASILEIRO Com o censo geográfico de 2000, com a utilização do critério de autoclassificação, concluiu sobre nossa constituição: 53, 4% de brancos; 38, 9% de pardos; e 6, 1% de pretos. No conceito tradicional, pardo é sinônimo de mulato. A genética, com o uso dos marcadores genômicos, revelou que a esmagadora maioria das linhagens paternas da população do país veio da Europa, mas, as linhagens maternas no Brasil mostraram distribuição bastante uniforme, quanto às origens geográficas: 33% de linhagens ameríndias, 28% de africanas e 39% de europeias. Historiadores e sociólogos já haviam chegado à conclusão semelhante: o povo brasileiro tem herança de pai branco e mãe indígena ou negra. A miscigenação aqui se deu de forma muito ampla. Mesmo que, ainda, não queiramos assumir, somos povo mestiço.

Somos tão misturados que a cor da pele não é fator confiável para definir

Somos tão misturados que a cor da pele não é fator confiável para definir ancestralidade. A cor da pele conta pouco sob a constituição genômica de nosso povo e de cada brasileiro. Difícil encontrar brasileiro de pele branca que não tenha, na sua constituição genética, herança africana ou indígena. De mesma forma pessoa de pele escura que não tenha herança europeia e indígena. Devido a grande extensão territorial do Brasil e suas diferentes regiões, nessas também ocorrem diferenças de constituição genética, decorrentes da maior presença europeia, indígena ou africana. A região sudeste foi a única que apresentou equilíbrio nas frequências, considerando as três origens geográficas das linhagens encontradas. Somente a título de ilustração, a seguir resultados de teste de - o sambista carioca Luiz Antônio ancestralidade realizado em celebridades brasileiras que se Feliciano Marcondes, o Neguinho da classificaram como negras, ou pardas, no questionário de escola de samba Beija-Flor, 67, 1% nossos censos: europeu; 31, 5% africano; e 1, 4% ameríndio;

- a ginasta Diana dos Santos, 40, 8% europeia; 39, 7% africana; e 19,

- a ginasta Diana dos Santos, 40, 8% europeia; 39, 7% africana; e 19, 6% ameríndia; e - a atriz Ildimara da Silva e Silva, Ildi Silva, 71, 3% europeia; 19, 5% africana; e 9, 3% ameríndia.

Ainda, a título de ilustração: algumas conclusões a que chegaram estudo sobre a constituição

Ainda, a título de ilustração: algumas conclusões a que chegaram estudo sobre a constituição genética do brasileiro em nossas regiões e o registro do caso Ronaldo Fenômeno: - a maioria das linhagens mitocondriais (maternidade): no Norte, 54% é ameríndia; 44% no nordeste é africana; e no sul 66% é europeia; e - com base nos resultados regionais e em proporções a suas respectivas populações concluiu-se, com base no censo de 2000, que: pelo lado materno, entre os 90. 647. 461, que se classificaram como brancos, há aproximadamente 30 milhões que são descendentes de africanos e um número equivalente Esse caso encontra-se descrito no de descendentes de ameríndios. “site” wikwand. com, em artigo “Composição Étnica do Brasil”: “o futebolista Ronaldo auto declara-se branco, mas 64% dos brasileiros o consideram preto ou pardo, segundo RONALDO pesquisa do Datafolha”

CONSIDERAÇÕES FINAIS No início do século XIX o Brasil foi espaço para diversas teorias

CONSIDERAÇÕES FINAIS No início do século XIX o Brasil foi espaço para diversas teorias raciais - muitas das quais sob viés negativo. Destacase a contribuição de Conde de Gobineau, que dizia: caso a nação continuasse com seus hábitos de mestiçagem, seria extinta em menos de 200 anos. Há outros teóricos que acreditam que a mestiçagem tem aspectos entendidos como positivos - pois permite o branqueamento da raça negra. Em ambos os casos, há visão preconceituosa da mestiçagem. Contudo com o projeto Varguista da década de 30 para a construção da identidade do brasileiro, a visão sobre o mestiço foi transformada no ideário brasileiro. Assim, os mulatos foram vistos de formas diferentes conforme o transcorrer dos tempos, as transformações do pensar humano bem como o desenvolvimento da ciência e

Hoje, com o desenvolvimento da genética, somos arrebatados para o entendimento de que o

Hoje, com o desenvolvimento da genética, somos arrebatados para o entendimento de que o conceito racial com base em características físicas perdeu sentido e ganha cada vez mais força o conceito de etnia. Somos convencidos de que, preponderantemente, somos filhos de pai europeu com mãe asiática, ou africana. Que somos realmente fruto de intenso caldeamento racial e étnico, dando lugar a esse povo mestiço e diverso. Em nosso entendimento, a grande diferença entre a autoclassificação dos censos e a realidade genética deriva em primeiro e mais importante fato de não existir a alternativa mestiço no censo. Em segundo, por uma espécie de defesa psicológica. Muito difícil assumir a solidão, mesmo que de maioria, que não tem raça definida. Muito difícil assumir a solidão de, durante muito tempo, fazer parte de profundo caldeamento étnico ainda em formação, mais que já poderíamos antecipar e

Corajosamente, prevemos que o termo mulato deixará de ser representativo da mistura entre branco

Corajosamente, prevemos que o termo mulato deixará de ser representativo da mistura entre branco e negro, mas a caracterização de um dos tons entre o caleidoscópio de tons de pele dos mestiços brasileiros. Ainda, servirá, dependendo da entonação dada, para representar mitos dessa beleza nossa gerada no ventre do período colonial. FONTES LIVROS: Casa Grande e Senzala – Gilberto Freire SITES: acheiusa. com; geledes. org. br; gurkulam. blogspot. com; e TEXTO O D O Ã Ç A wikiwand. com; ORGANIZ ÇÃO: E FORMATA j. c. OÊLHO IMAGENS SITES: myheritage. com. br; e pt. wikipédia. org.