Facom UFJF JORNALISMO DIGITAL A expanso do jornalismo
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Facom - UFJF JORNALISMO DIGITAL A expansão do jornalismo para o ambiente numérico RAMOS, Daniela Osvald. Curitiba : Appris Editora, 2016
Introdução - Págs. 21 -30 Internet = texto curto? Novidade: possibilidade de todas as mídias terem em comum a representação numérica Autora contesta internet = texto curto rápido: como se o rádio não tivesse essa característica Mas esse ponto de vista trouxe iniciativas como Último segundo, Últimas notícias Houve assim uma “modelização”, ou seja, estruturou -se a percepção geral do que seria conteúdo gerado para a internet Depois vieram os blogs. E redes sociais.
Introdução - Págs. 21 -30 FASES DO JORNALISMO DIGITAL Primeira geração: transposição do impresso Segunda geração: exploram-se potencialidades, como links, e-mails, interação, fóruns Terceira geração: Preocupação com construção de narrativas hipertextuais com conteúdo multimídia Webdocumentários – Estratégias de negócios – Portais – Novas competências de jornalistas – Novas técnicas jornalísticas Quarta fase: Jornalismo Digital de Bases de Dados
Introdução - Págs. 21 -30 JORNALISMO DIGITAL DE BASES DE DADOS (JDBD) Característica seria a transcodificação: Possibilidade de reproduzir mensagens ou gerar a produção de significados em uma estrutura com base em outros códigos que não aqueles da estrutura original da mensagem Essa constatação traz nova perspectiva para a sobrevivência do jornalismo Não há mais a periodicidade; o que importa é conteúdo, e não veículo; essência agora é constituída de números, o signo informático
Introdução - Págs. 21 -30 JORNALISMO DIGITAL DE BASES DE DADOS (JDBD) Diversidade de suportes: computadores, dispositivos móveis, vários sistemas operacionais, consoles de games, e outros ainda a surgir Novas formas narrativas não são como as clássicas, começo, meio e fim. Linguagens hoje são selecionadas a partir de bases de dados. Desafio é entender como selecionar e combinar bases de dados em formatos digitais de modo a gerar narrativas.
Introdução - Págs. 21 -30 JORNALISMO DIGITAL DE BASES DE DADOS (JDBD) Entre as questões teóricas destacadas pela autora estão: 1. As linguagens digitais são mediadas pela máquina. Chamada por teóricos de comunicação de síntese – linguagem e conhecimento dimensionados por máquinas. São códigos informacionais que geram significados. 2. Os formatos modelizam as linguagens digitais. Os formatos são interfaces para as bases de dados. 3. O design informático modeliza o formato – como no Wordpress que usamos.
Capítulo 1 - Págs. 31 -47 – parte 1 O JORNALISMO DIGITAL DE BASES DE DADOS (JDBD) é um texto da cultura, uma forma cultural criada socialmente, que teria por princípios: - Representação numérica – código binário. É a partir dessa base que são gerados significados - Modularidade – objeto da nova mídia mantém a mesma estrutura em diferentes escalas, como um fractal - Automatização – representação numérica e modularidade permitem modificações a partir de programas – pode ser mais simples (fácil estrutura) ou mais complexa (inteligência artificial)
Capítulo 1 - Págs. 31 -47 – parte 1 - Variabilidade – Nova mídia pode variar, potencialmente, em diferentes e infinitas versões (arquivos podem ser usados infinitas vezes, e de formas diferentes) - Transcodificação – elemento da nova mídia pode ser traduzido por programas para outro formato, que não aquele de sua origem - Na criação de um novo texto, em todos os formatos, haveria aspectos variáveis e outros invariáveis – estes seriam aqueles que caracterizam, justamente, esse determinado formato, dentro de uma cultura
Capítulo 1 - Págs. 31 -47 – parte 1 - O texto do jornalismo, independente do formato, teria como característica o acordo implícito entre a empresa e o público, que é a veracidade, confiabilidade, ao menos em princípio. - [texto = qualquer narrativa formada por determinados signos] - Como há distâncias entre os princípios (conceitos) e a prática, texto jornalístico não tem clara sua delimitação [digamos, intrínseca] – daí a crise do jornalismo como instituição.
Capítulo 1 - Págs. 31 -47 – parte 1 - Papel delimita jornalismo impresso - Televisão e rádio delimitam o jornalismo eletrônico - Computador não delimita jornalismo digital, pois sua essência é representação numérica, que pode estar presente em vários suportes - É a representação numérica que permite a constituição do banco de dados, uma vez que a conversão é realizada diretamente sobre os códigos - Bases de dados computadorizadas deram novo sentido às bases de dados criadas em outros suportes, pela sua representação numérica – e possibilidade de variabilidade, transcodificação.
Capítulo 1 - Págs. 31 -47 – parte 1 - As bases de dados passam a ser o centro da criação - Podem-se criar várias interfaces para representar o mesmo banco de dados - Lógica oposta à das obras de arte tradicionais ou da mídia tradicional, nas quais os conteúdos têm uma só interface possível - Agora os conteúdos produzidos pelos meios de comunicação e publicados digitalmente podem ser editados e manipulados de inúmeras formas. - A narrativa transmidiática traz a possibilidade de múltiplas combinações, em diversas mídias: games, filmes, animação, sites
Capítulo 1 - Págs. 31 -47 – parte 1 - Fusão mais significativa da narrativa (tradicional) e das bases de dados são os games, que possuem a capacidade imersiva do cinema mas cuja estrutura narrativa é composta por algoritmos - O jogador é levado a acreditar que está vivenciando uma narrativa imersiva, mas ela é composta por algoritmos e os acontecimentos e rumos da história devem ter sido previstos pelos programadores. A não ser que a automatização seja de alto nível (inteligência artificial) nada que não estiver programados previamente acontecerá.
Capítulo 1 - Págs. 31 -47 – parte 1 - O texto JDBD é composto por vários textos culturais – alguns tradicionais, como o texto jornalístico, outros mais recentes, como a interação em rede – os quais por sua vez são organizados por vários códigos que desenvolvem novas linguagens. São sistemas modelizantes.
Capítulo 1 - Págs. 48 -55 – parte 2 - O texto JDBD é composto por vários textos culturais – alguns tradicionais, como o texto jornalístico, outros mais recentes, como a interação em rede – os quais por sua vez são organizados por vários códigos que desenvolvem novas linguagens. São sistemas modelizantes. - São sistemas de comunicação, sistemas modelizantes, sistemas formados por modelos ou esquemas que explicam o funcionamento e as características de um software, uma linguagem visual que representa o sistema.