Facom UFJF JORNALISMO DIGITAL A expanso do jornalismo

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Facom - UFJF JORNALISMO DIGITAL A expansão do jornalismo para o ambiente numérico RAMOS,

Facom - UFJF JORNALISMO DIGITAL A expansão do jornalismo para o ambiente numérico RAMOS, Daniela Osvald. Curitiba : Appris Editora, 2016

Capítulo 1 - Págs. 48 -55 – parte 1 - O texto JDBD é

Capítulo 1 - Págs. 48 -55 – parte 1 - O texto JDBD é composto por vários textos culturais – alguns tradicionais, como o texto jornalístico, outros mais recentes, como a interação em rede – os quais por sua vez são organizados por vários códigos que desenvolvem novas linguagens. São sistemas modelizantes. - São sistemas de comunicação, sistemas modelizantes, sistemas formados por modelos ou esquemas que explicam o funcionamento e as características de um software, uma linguagem visual que representa o sistema.

Capítulo 1 - Págs. 55 -72 – parte 2 - Linguagens são processadas a

Capítulo 1 - Págs. 55 -72 – parte 2 - Linguagens são processadas a partir de operações de seleção e combinação. - Linguagens digitais: operações de síntese, em que o formato confere estrutura às linguagens. - Recombinação de textos da cultura, que gera sentidos próprios, a partir de processos interativos. - Modelização tecnológica opera desde o nível do hardware e do software. - Linguagens criadas em processos que não são aparentemente visíveis – códigos, cálculos, algoritmos e linguagens de programação, que operam com a informação binária.

Capítulo 1 - Págs. 55 -72 – parte 2 - O que vemos é

Capítulo 1 - Págs. 55 -72 – parte 2 - O que vemos é a manipulação, ou tradução dessa informação binária por algoritmos que nos deixam visualizar, por exemplo, palavras ou imagens, ou imagens em movimento. - Haveria dois tipos de situação no ato comunicativo: - A que tem por objetivo criar uma informação constante (previsível), que pretende ser exata. Mas sempre há perdas (erros, bugs, vírus, falhas). - A que tem por objetivo criar uma informação nova. Há combinação e recombinação de linguagens (tradução não trivial), de forma interativa (imprevisível) – poliglotismo.

Capítulo 1 - Págs. 55 -72 – parte 2 - Um exemplo: quando uma

Capítulo 1 - Págs. 55 -72 – parte 2 - Um exemplo: quando uma informação linear (uma revista impressa) é transformada em digital há uma transcodificação, a tradução é não trivial. - Há um novo arranjo de códigos, em que a aparente tradução de um texto a outro com códigos distintos leva a uma tradução não exata e a situações imprevisíveis, gerando novas mensagens. - Uma vez digitalizada a página da revista pode ser copiada, fragmentada, recortada, colada como não poderia no formato original.

Capítulo 1 - Págs. 55 -72 – parte 2 - Essa recombinação de linguagens

Capítulo 1 - Págs. 55 -72 – parte 2 - Essa recombinação de linguagens possibilitada pelo texto digital é chamada pela autora de crioulização, mescla de linguagens com possível predomínio de umas sobre outras. - Ela dá o exemplo do cinema: inicialmente foi pensado como duas linguagens, fotografia em movimento + palavras escritas = cinema mudo. Depois, como fotografia em movimento + discurso verbal sonoro = cinema falado. Mas na percepção da nossa consciência o cinema funciona como um sistema único (unilíngue). - A convergência digital permite exponenciar essas possibilidades de “crioulização”, de mesclas de linguagens.

Capítulo 2 – Págs. 73 -94 – parte 1 - Formato modeliza linguagem: isso

Capítulo 2 – Págs. 73 -94 – parte 1 - Formato modeliza linguagem: isso é mais facilmente percebido quando pensamos na mídia televisiva ou radiofônica. Ali se vê com clareza como se dá a forma de organização da notícia (formato “telejornal”, “o povo fala”, “documentário”, “reportagem”, “entrevista”, etc. ). - Formatos trazem suas formas de enquadramento de imagem, que “induzem” a que se trate o tema de determinada maneira. - O formato, nessas mídias, existe como uma forma pré-definida que ajuda os jornalistas (ou os limitam) a encaixarem uma informação que será inserida na grade de programação.

Capítulo 2 – Págs. 73 -94 – parte 1 - Formato é também utilizado

Capítulo 2 – Págs. 73 -94 – parte 1 - Formato é também utilizado para definir o suporte: 35 mm, 8 mm, 16 mm, Betamax, VHS. - Formato, assim, determina (informa, limita, define) a linguagem, e é determinante (dissemina), cria padrões culturais. - Na TV, os gêneros em grande parte definiram os formatos: entretenimento, drama, comédia, informativo. E têm estreita relação com a rotina produtiva. - Na linguagem digital, formato seria resultado de fusão entre mídia, códigos, e interações possíveis.

Capítulo 2 – Págs. 73 -94 – parte 1 - Formato digital precisa de

Capítulo 2 – Págs. 73 -94 – parte 1 - Formato digital precisa de design, pois a informação deve ser prevista para poder se transformar em linguagem. Caso contrário não existirá. Já a narrativa convencional pode existir, até certo ponto, sem ser previamente formatada. - A linguagem mediada pela máquina é então desenhada, simulada, projetada, esquematizada, configurada. Formato é a execução do design.

Capítulo 2 – Págs. 73 -94 – parte 1 - Pode-se considerar que formato

Capítulo 2 – Págs. 73 -94 – parte 1 - Pode-se considerar que formato do design digital restringe-se à área de navegação na tela, à própria navegação ou a rolagem. Ou ir além, defende a autora: formato pode conter muitas outras variáveis, pois não é físico ou palpável, necessariamente visível.

Capítulo 2 – Págs. 73 -94 – parte 1 - Não há regulamentação no

Capítulo 2 – Págs. 73 -94 – parte 1 - Não há regulamentação no uso dos formatos nas mídias digitais. Na TV, as empresas compram formatos. Como Sílvio Santos negociou a compra do que seria o primeiro reality show com a empresa holandesa Endemol, mas não chegou a acordo. Lançou uma adaptação, Casa dos Artistas. - Em seguida a Globo lançou o Big Brother, com formato comprado daquela empresa. - Na internet, os formatos são determinados pelo design digital e pelas constantes mudanças de tecnologias disponíveis, como touch screen. O funcionamento dos dispositivos condicionam os formatos.

Capítulo 2 – Págs. 73 -94 – parte 1 - Portal – Formato adotado

Capítulo 2 – Págs. 73 -94 – parte 1 - Portal – Formato adotado por distintas empresas para diferentes finalidades. Muitas vezes empresas também provedoras de acesso. - No Brasil, estratégia para obtenção de maior número de acessos (mediados ainda como “audiência”), tendo como carro-chefe das “últimas notícias”. - Jornalismo de portal passou a ser visto como jornalismo de imediaticidade.

Capítulo 2 – Págs. 73 -94 – parte 1 - A autora cita Mielniczuk,

Capítulo 2 – Págs. 73 -94 – parte 1 - A autora cita Mielniczuk, que propõe três âmbitos de definição para o formato na web relacionado ao jornalismo: - a) suporte: - o arranjo das informações em um suporte digital - a organização das informações em arquivos, diretórios, pastas - os recursos utilizados para disseminar as informações: e-mails, web, FTP, etc.

Capítulo 2 – - Págs. 73 -94 – parte 1 b) site jornalístico (layout):

Capítulo 2 – - Págs. 73 -94 – parte 1 b) site jornalístico (layout): tamanho das informações (KB, MB, GB) divisão das informações em seções por assuntos padrões de design em sites jornalísticos e que servem de modelo c) narrativa jornalística a forma que assume a informação jornalística os recursos específicos da narrativa: textos, sons (narração; música; depoimentos), imagens (fotografia; vídeos; infográficos) as configurações adotadas para cada gênero (nota, reportagem, etc. )

Capítulo 2 – Págs. 73 -94 – parte 1 - Autora chama a atenção

Capítulo 2 – Págs. 73 -94 – parte 1 - Autora chama a atenção para a descontinuidade presente na narrativa na internet, que se daria em forma de mosaico, cuja leitura não se encerra na página (ou na navegação), mas cria um discurso conversacional que busca o contato na vida cotidiana orientada por descontinuidades, característica da vida contemporânea

Capítulo 2 – Págs. 73 -94 – parte 1 - “Não basta escrever, filmar,

Capítulo 2 – Págs. 73 -94 – parte 1 - “Não basta escrever, filmar, gravar, digitalizar e publicar na internet. É preciso modelizar a informação, que já foi codificada em linguagem, em formatos próprios aos meios. O formato seria próprio ao ambiente numérico, e possui uma lógica interna em sua construção. Um desses formatos é o formato mosaico, uma leitura associativa e não linear”.