Evoluo da arquitetura bsica Processamento em estgios com
Evolução da arquitetura básica • Processamento em estágios (com pipeline) • Caches • Memória virtual José Delgado © 2012 Arquitetura de Computadores – Evolução da arquitetura básica 1
A microprogramação é sequencial • A microprogramação divide o processamento de uma instrução em vários estágios: – – – Busca instrução (BI) Descodifica instrução (DI) Busca operandos (BO) Executa instrução (EI) Escreve resultado (ER) BI DI BO EI ER José Delgado © 2012 Arquitetura de Computadores – Evolução da arquitetura básica 2
Processamento com pipeline BI DI BO EI ER • Cada estágio é efetuado por um bloco de hardware diferente • Começa-se a tratar da instrução seguinte mal acabe o primeiro estágio da instrução corrente. O tempo que cada instrução demora a executar mantém-se. BI DI BO EI ER BI DI BO EI BI DI BO José Delgado © 2012 Mas o processador completa uma instrução por ER cada ciclo de relógio! EI ER Arquitetura de Computadores – Evolução da arquitetura básica 3
Desempenho do pipeline • A latência (tempo de espera até que uma dada instrução acabe) mantém-se. O que melhora é o ritmo (número de instruções executadas por unidade de tempo). BI DI BO EI ER BI DI BO EI ER • Idealmente, o pipeline melhora o desempenho N vezes, mas: – – Há estágios intivos durante o enchimento/esvaziamento; Nem todas as instruções necessitam dos estágios todos; A frequência do relógio é limitada pelo estágio mais lento; A sequência temporal foi alterada (escala de tempos sobreposta), o que cria problemas de dependências (ler um valor antes de ele ter sido produzido, por exemplo). José Delgado © 2012 Arquitetura de Computadores – Evolução da arquitetura básica 4
Unidade de dados com pipeline Busca instrução Descodifica instrução e obtém operandos M U X Executa instrução + +2 PC EA Escreve resultado M U X DA ALU Memória de instruções EA – Endereço registo A EB – Endereço registo B DA – Conteúdo registo A DB – Conteúdo registo B DE – Dado a escrever EE – Endereço do registo a escrever José Delgado © 2012 Registos EB DB DE EE M U X Endereço Memória de dados Arquitetura de Computadores – Evolução da arquitetura básica M U X 5
Organização do pipeline M U X + +2 PC EA M U X DA ALU Memória de instruções Registos EB DE DB EE M U X Endereço Memória de dados M U X • Os registos NÃO são edge-triggered. Permitem escrita na primeira metade do relógio e leitura na segunda (incluindo os dados escritos na primeira metade – read -after-write). • Memórias de instruções e de dados separados, para maior eficiência (na realidade, só as caches estão separadas – a ver mais tarde). José Delgado © 2012 Arquitetura de Computadores – Evolução da arquitetura básica 6
MOV – 1º estágio Busca instrução Descodifica instrução e obtém operandos M U X Executa instrução + +2 PC EA Escreve resultado M U X DA ALU Memória de instruções EA – Endereço registo A EB – Endereço registo B DA – Conteúdo registo A DB – Conteúdo registo B DE – Dado a escrever EE – Endereço do registo a escrever José Delgado © 2012 Registos EB DB DE EE M U X Endereço Memória de dados Arquitetura de Computadores – Evolução da arquitetura básica M U X 7
MOV – 2º estágio Busca instrução Descodifica instrução e obtém operandos M U X Executa instrução + +2 PC EA Escreve resultado M U X DA ALU Memória de instruções EA – Endereço registo A EB – Endereço registo B DA – Conteúdo registo A DB – Conteúdo registo B DE – Dado a escrever EE – Endereço do registo a escrever José Delgado © 2012 Registos EB DB DE EE M U X Endereço Memória de dados Arquitetura de Computadores – Evolução da arquitetura básica M U X 8
MOV – 3º estágio Busca instrução Descodifica instrução e obtém operandos M U X Executa instrução + +2 PC EA Escreve resultado M U X DA ALU Memória de instruções EA – Endereço registo A EB – Endereço registo B DA – Conteúdo registo A DB – Conteúdo registo B DE – Dado a escrever EE – Endereço do registo a escrever José Delgado © 2012 Registos EB DB DE EE M U X Endereço Memória de dados Arquitetura de Computadores – Evolução da arquitetura básica M U X 9
MOV – 4º estágio Busca instrução Descodifica instrução e obtém operandos M U X Executa instrução + +2 PC EA Escreve resultado M U X DA ALU Memória de instruções EA – Endereço registo A EB – Endereço registo B DA – Conteúdo registo A DB – Conteúdo registo B DE – Dado a escrever EE – Endereço do registo a escrever José Delgado © 2012 Registos EB DB DE EE M U X Endereço Memória de dados Arquitetura de Computadores – Evolução da arquitetura básica M U X 10
MOV, ADD, JMP – Passo 1 MOV Busca instrução Descodifica instrução Executa instrução e obtém operandos M U X + +2 PC EA Escreve resultado M U X DA ALU Memória de instruções EA – Endereço registo A EB – Endereço registo B DA – Conteúdo registo A DB – Conteúdo registo B DE – Dado a escrever EE – Endereço do registo a escrever José Delgado © 2012 Registos EB DB DE EE M U X Endereço Memória de dados Arquitetura de Computadores – Evolução da arquitetura básica M U X 11
MOV, ADD, JMP – Passo 2 ADD MOV Busca instrução Descodifica instrução e obtém operandos M U X Executa instrução + +1 +2 PC EA Escreve resultado M U X DA ALU Memória de instruções EA – Endereço registo A EB – Endereço registo B DA – Conteúdo registo A DB – Conteúdo registo B DE – Dado a escrever EE – Endereço do registo a escrever José Delgado © 2012 Registos EB DB DE EE M U X Endereço Memória de dados Arquitetura de Computadores – Evolução da arquitetura básica M U X 12
MOV, ADD, JMP – Passo 3 JMP ADD Busca instrução Descodifica instrução e obtém operandos M U X MOV Executa instrução + +1 +2 PC EA Escreve resultado M U X DA ALU Memória de instruções EA – Endereço registo A EB – Endereço registo B DA – Conteúdo registo A DB – Conteúdo registo B DE – Dado a escrever EE – Endereço do registo a escrever José Delgado © 2012 Registos EB DB DE EE M U X Endereço Memória de dados Arquitetura de Computadores – Evolução da arquitetura básica M U X 13
MOV, ADD, JMP – Passo 4. . . JMP Busca instrução Descodifica instrução e obtém operandos M U X ADD MOV Executa instrução Escreve resultado + +2 PC EA M U X DA ALU Memória de instruções EA – Endereço registo A EB – Endereço registo B DA – Conteúdo registo A DB – Conteúdo registo B DE – Dado a escrever EE – Endereço do registo a escrever José Delgado © 2012 Registos EB DB DE EE M U X Endereço Memória de dados Arquitetura de Computadores – Evolução da arquitetura básica M U X 14
MOV, ADD, JMP – Passo 5. . . Busca instrução Descodifica instrução e obtém operandos M U X JMP ADD Executa instrução Escreve resultado + +2 PC EA M U X DA ALU Memória de instruções EA – Endereço registo A EB – Endereço registo B DA – Conteúdo registo A DB – Conteúdo registo B DE – Dado a escrever EE – Endereço do registo a escrever José Delgado © 2012 Registos EB DB DE EE M U X Endereço Memória de dados Arquitetura de Computadores – Evolução da arquitetura básica M U X 15
MOV, ADD, JMP – Passo 6. . . Busca instrução Descodifica instrução e obtém operandos M U X Executa instrução + +2 PC EA Escreve resultado M U X DA ALU Memória de instruções EA – Endereço registo A EB – Endereço registo B DA – Conteúdo registo A DB – Conteúdo registo B DE – Dado a escrever EE – Endereço do registo a escrever José Delgado © 2012 Registos EB DB DE EE M U X Endereço Memória de dados Arquitetura de Computadores – Evolução da arquitetura básica M U X 16
Controlo M U X Controlo + +2 PC EA M U X DA ALU Memória de instruções EA – Endereço registo A EB – Endereço registo B DA – Conteúdo registo A DB – Conteúdo registo B DE – Dado a escrever EE – Endereço do registo a escrever José Delgado © 2012 Registos EB DB DE EE M U X Endereço Memória de dados Arquitetura de Computadores – Evolução da arquitetura básica M U X 17
Conflitos de dados MOV R 1, R 2 ADD R 3, R 1 ADD R 1, R 3 R 1 R 2 BI DBO EI ER R 3 + R 1 BI DBO EI ER R 1 + R 3 BI DBO EI ER • As setas indicam as dependências entre instruções: – As caudas indicam onde os registos são escritos – As cabeças indicam onde os registos são lidos • Setas para trás indicam conflitos de dados • Formas de resolver o problema: – Atrasando as instruções seguintes – Disponibilizando os dados mais cedo (data forwarding) José Delgado © 2012 Arquitetura de Computadores – Evolução da arquitetura básica 18
Atraso das instruções em SW MOV R 1, R 2 ADD R 3, R 1 ADD R 1, R 3 R 1 R 2 BI DBO EI ER R 3 + R 1 BI DBO EI ER R 1 + R 3 BI DBO EI ER • Solução em software (implementada pelo compilador) inserir instruções “dummy”: MOV R 1, R 2 NOP ADD R 3, R 1 NOP ADD R 1, R 3 José Delgado © 2012 R 1 R 2 DBO EI ER BI DBO EI ER R 3 + R 1 BI DBO EI ER R 1 + R 3 BI DBO EI BI Arquitetura de Computadores – Evolução da arquitetura básica ER 19
Atraso das instruções em HW MOV R 1, R 2 ADD R 3, R 1 ADD R 1, R 3 R 1 R 2 BI DBO EI ER R 3 + R 1 BI DBO EI ER R 1 + R 3 BI DBO EI ER • Solução em hardware (implementada pela unidade de controlo do processador) inserir “bolhas” (desperdiçar ciclos do estágio do pipeline): MOV R 1, R 2 ADD R 3, R 1 ADD R 1, R 3 José Delgado © 2012 BI DBO EI ER BI DBO R 3 + R 1 BI Bolhas R 1 R 2 DBO EI ER BI DBO R 1 + R 3 BI DBO Arquitetura de Computadores – Evolução da arquitetura básica EI ER 20
Antecipação dos dados • Não esperar pelo “Escreve resultado” mas usar logo os dados que já estão disponíveis no estágio de execução (saída da ALU). A escrita do resultado nos registos sucede em paralelo. BI DBO EI ER R 1 R 2 R 3 + R 1 BI DBO EI ER R 1 + R 3 BI DBO EI MOV R 1, R 2 ADD R 3, R 1 ADD R 1, R 3 ER Conflito Data forwarding José Delgado © 2012 Arquitetura de Computadores – Evolução da arquitetura básica 21
Antecipação dos dados (cont. ) José Delgado © 2012 Arquitetura de Computadores – Evolução da arquitetura básica 22
Exercícios de pipelines 1. 2. Um processador com um pipeline com 5 estágios é 5 vezes mais rápido (para a mesma frequência de relógio) do que um processador sem pipeline. Concorda com esta afirmação? Porquê? Considere o código seguinte e assuma que é para ser executado num processador com um pipeline de 4 estágios (o usado nestes slides) ADD R 2, R 4 ADD R 5, R 2 MOV R 3, [R 5+6] ADD R 3, R 5 a) Identifique todas as dependências de dados que terão problemas neste pipeline. b) Indique dependências poderão ser resolvidas com antecipação dos dados (data forwarding) José Delgado © 2012 Arquitetura de Computadores – Evolução da arquitetura básica 23
Hierarquia de memória Processador registos menor tempo de acesso Cache 32 KB Cache nível 2 (RAM estática) 4 MB Memória central (RAM dinâmica) 2 GB Disco 300 GB José Delgado © 2012 Arquitetura de Computadores – Evolução da arquitetura básica maior capacidade, menor custo • Os computadores possuem uma hierarquia de memória com vários níveis. • As caches têm cópias das células de memória mais usadas e são de funcionamento automático. • A memória central (ou principal) pode servir de cache do disco (memória virtual) • O disco pode servir de cache à informação em servidores. • Os “mirrors” são servidores que atuam como caches de outros. 24
PEPE com caches • As caches são pequenas memórias internas (mais rápidas que a memória externa) que contêm os dados e instruções mais usados (dão ao núcleo do processador a ilusão de memórias separadas). José Delgado © 2012 Arquitetura de Computadores – Evolução da arquitetura básica 25
Princípios de funcionamento das caches • Felizmente, os programas acedem à memória com: – Localidade temporal. Se um endereço for acedido agora, há uma grande probabilidade de ser acedido no futuro próximo (ciclos, rotinas de invocação frequente, dados importantes); – Localidade espacial. Se um endereço for acedido, a probabilidade de os próximos acessos serem em endereços próximos é grande (execução sequencial, ciclos, arrays cujos dados são acedidos sequencialmente). • Assim, a cache só tem as células de memória mais frequentemente acedidas. • Pode ser mais pequena que a memória completa, logo muito mais rápida sem o custo ser muito elevado. José Delgado © 2012 Arquitetura de Computadores – Evolução da arquitetura básica 26
Acesso às caches • Quando se acede a um determinado endereço: – Se a célula com esse endereço estiver na cache, o acesso é muito rápido (cache hit); – Se não estiver, dá-se um cache miss. Tem de se ir à memória principal, carregar essa célula na cache e repetir o acesso. • O desempenho das caches é normalmente medido pelo hit rate (percentagem média dos acessos com cache hit, tipicamente superiores a 95%) • Também se pode falar na miss rate (percentagem média dos acessos com cache miss = 1 – hit rate), tipicamente inferior a 5%. José Delgado © 2012 Arquitetura de Computadores – Evolução da arquitetura básica 27
Desempenho das caches • Quanto maior a cache face à memória principal, maior a hit rate. • Tem um impacte grande no desempenho, mas também no custo (há processadores mais baratos, só por terem menos cache – na realidade, são chips iguais aos outros em que parte da cache não funciona…) • Supondo: – Tempo de acesso da cache: 5 ns – Tempo de acesso da memória principal: 50 ns – Hit rate média: 95% • Então, o tempo de acesso médio será: 0. 95 * 5 ns + 0. 05 * 55 ns = 7. 5 ns • Ou seja, 50 ns/7. 5 ns = 6. 7 vezes mais rápido do que se só tivéssemos a memória principal José Delgado © 2012 Arquitetura de Computadores – Evolução da arquitetura básica 28
Caches de mapeamento direto 6 bits etiqueta endereço válido etiqueta 11 10 01 00 • • 01 0 10 10 2 bits índice memória 1111 0111 1111 0110 1111 0101 1111 0100 1111 0011 1111 0010 1111 0001 1111 0000 dados 000001 111101 111100 cache Cada célula da cache só pode ter uma das células de memória que tenham o mesmo índice A etiqueta identifica o resto do endereço (distinguindo entre células com o mesmo índice) José Delgado © 2012 . . . 0000 0111 0000 0110 0000 0101 0000 0100 0011 0000 0010 0001 0000 Arquitetura de Computadores – Evolução da arquitetura básica 29
Como saber se é um cache hit? • Exemplo com um endereço (de byte) de 32 bits, um bus de dados de 32 bits e uma cache de mapeamento direto de 1 K palavras: Endereço (32 bits) 10 2 byte dados 32 bits =? José Delgado © 2012 Arquitetura de Computadores – Evolução da arquitetura básica processador 20 validade etiqueta 1 bit 20 bits 0 1 2 3. . . 1021 1022 1023 Cache hit 30
E se for um cache miss? • O controlador da cache carrega automaticamente a palavra em falta (o processador pode ter de esperar). Em seguida repete o acesso (que já dá cache hit). Endereço (32 bits) 20 10 byte Memória principal José Delgado © 2012 2 validade etiqueta 1 bit 20 bits 0 1 2 3. . . 1021 1022 1023 dados 32 bits 1 Arquitetura de Computadores – Evolução da arquitetura básica 31
Localidade espacial • Ter na cache as palavras recentemente acedidas explora a localidade temporal, mas não a espacial. • A localidade espacial pode ser aproveitada lendo para a cache não uma mas várias palavras, de endereços consecutivos (bloco). • Assim, enquanto o processador aceder aos endereços das palavras no bloco não será necessário efetuar carregamentos na cache (porque dá cache hit). • O bloco passa a ser a unidade de leitura e escrita da memória principal. José Delgado © 2012 Arquitetura de Computadores – Evolução da arquitetura básica 32
Cache com blocos de 4 palavras Endereço (32 bits) Validade (1 bit) Etiqueta (20 bits) 20 8 2 2 Byte na palavra Dados (4 x 32 bits) 0 1 2. . 253 254 255 Multiplexer =? Cache hit José Delgado © 2012 processador Arquitetura de Computadores – Evolução da arquitetura básica 33
Exemplo (endereços de byte) Endereço (32 bits) • Onde é armazenada a palavra com endereço (de byte) 03088 H? • Endereço em binário: Validade (1 bit) 0. . . 00 0011 0000 1000 Etiqueta (20 bits) 8 2 2 byte Dados (4 x 32 bits) 0 1 2. . . 8. . . 253 254 255 Multiplexer =? etiqueta 20 índice palavra byte Cache hit processador • Quais os endereços (de byte) das palavras no mesmo bloco (que partilham a mesma etiqueta)? 3080 H 3084 H 3088 H 308 CH 0… 00 0011 0000 1000 0100 0… 00 0011 0000 1000 0… 00 0011 0000 1100 20 José Delgado © 2012 8 2 2 Arquitetura de Computadores – Evolução da arquitetura básica 34
Mapeamento associativo • O mapeamento direto tem o problema de dois blocos com o mesmo índice não poderem coexistir na cache, mesmo que: – os dois blocos estejam a ser muito usados – o resto da cache esteja vazia!!! • No mapeamento associativo qualquer bloco pode ocupar qualquer posição na cache, mas : – A etiqueta tem de ser o endereço todo (para distinguir quaisquer blocos), exceto os bits de endereço da palavra dentro do bloco – A procura do bloco (para ver se é cache hit) já não é por índice. Tem de se comparar o endereço com a etiqueta em todos os blocos ao mesmo tempo (para ser rápido) José Delgado © 2012 Arquitetura de Computadores – Evolução da arquitetura básica 35
Implementação da associatividade 2 Endereço (32 bits) 28 2 byte =? =? Cache hit =? =? • Uma cache associativa precisa de muito hardware! José Delgado © 2012 Arquitetura de Computadores – Evolução da arquitetura básica 36
Mapeamento associativo por conjuntos de K vias • Uma solução intermédia é usar K caches de mapeamento direto e fazer a procura em todas elas em paralelo (mapeamento associativo de K vias). • Uma linha das várias caches de mapeamento direto é um conjunto (uma cache associativa). conjunto Via 0 =? etiqueta Via 1 =? índice palavra dentro do bloco José Delgado © 2012 byte hit Arquitetura de Computadores – Evolução da arquitetura básica 37
Variabilidade entre extremos • Uma cache com N blocos pode ter K vias (K [0, N-1]), cada uma com N/K conjuntos de K blocos. • Dentro de cada via o mapeamento é direto. 1 via, 8 conjuntos com 1 bloco cada 2 vias, 4 conjuntos com 2 blocos cada 0 1 2 3 4 5 6 7 4 vias, 2 conjuntos com 4 blocos cada 0 1 Mapeamento associativo Mapeamento direto 8 vias, 1 conjunto com 8 blocos 0 José Delgado © 2012 Arquitetura de Computadores – Evolução da arquitetura básica 38
Política de substituição • Onde colocar uma célula de memória que se foi buscar à memória principal devido a um cache miss? – Caches de mapeamento direto: na célula indicada pelo índice – Caches de mapeamento completamente associativo: • Com lugares vagos: num lugar vago qualquer • Cheia: no lugar da célula usada menos recentemente (LRU – Least Recently Used) • Na prática, costuma usar-se um contador para ir escrevendo na célula seguinte, independentemente de estar cheia ou vazia, de ter sido muito usada ou não. É um método simples e não muito pior que os anteriores – Caches associativas com K vias: obtém-se o conjunto através do índice e escolhe-se uma via José Delgado © 2012 Arquitetura de Computadores – Evolução da arquitetura básica 39
Política de escrita • Quando a célula está na cache (write hit): – Write-through: escreve-se na cache e na memória principal – Write-back: escreve-se só na cache e só se atualiza a memória principal quando o bloco tem de sair da cache • Quando a célula NÃO está na cache (write miss): – Write around: escreve na memória principal sem escrever na cache (bom se a célula não for lida a curto prazo) – Write allocate: faz um cache miss (carrega a célula) e faz write through José Delgado © 2012 Arquitetura de Computadores – Evolução da arquitetura básica 40
Exercícios de caches 1. Considere uma cache de mapeamento direto com capacidade para 8 Kbytes de dados e blocos de 8 palavras de 32 bits, a usar por um processador de 32 bits, com endereçamento de byte e 32 bits de endereço. a) Quantos bits deve ter a etiqueta de cada bloco? b) Quantos blocos é que a cache consegue armazenar simultaneamente? c) Indique em que bloco (numerado entre 0 e o número obtido na alínea anterior menos um) ficará armazenada a palavra com o endereço 1000 H. Dê a sua resposta em hexadecimal. d) Indique os endereços das palavras que ficam no mesmo bloco que a palavra com o endereço 1000 H. e) Dê o endereço (à sua escolha) de duas palavras que nunca poderão estar ao mesmo tempo na cache e explique porquê. f) Supondo que, para além dos dados, a cache tem de guardar as etiquetas e os bits de validade, indique o número total de bits que a cache tem de poder armazenar. g) Indique qual o overhead da cache em termos de capacidade, isto é, o rácio José Delgado © 2012 Arquitetura de Computadores – Evolução da arquitetura básica 41
Exercícios de caches (cont. ) 2. Pretende-se escolher um sistema de cache para um determinado processador. Assume-se 8 blocos, cada um com 1 palavra do processador, mas qual o melhor tipo de cache? Para melhor se aferir o comportamento dos vários tipos de cache dispõe-se de um simulador em que se regista os acessos à referida cache. No simulador executa-se um benchmark (programa de teste) que acede aos seguintes endereços (em decimal): 1, 4, 8, 5, 20, 17, 19, 56, 9, 11, 4, 43, 5, 6, 9, 17. Admita que a cache está inicialmente vazia e que o algoritmo de substituição de blocos é LRU (quando se aplicar). a) Preenchendo as tabelas seguintes (são dadas as duas primeiras linhas para servir de exemplo), represente para os tipos de cache nelas indicados: i. iii. b) os sucessivos conteúdos da cache (usando a notação M[endereço] para representar o conteúdo de uma dada posição de memória) o tipo de acesso (hit ou miss) a miss rate Em que medida é que o aumento da dimensão da cache (mais blocos ou mais vias, conforme o caso) para o dobro melhoraria a miss rate de cada um dos sistemas referidos, no caso deste benchmark? José Delgado © 2012 Arquitetura de Computadores – Evolução da arquitetura básica 42
Exercícios (endereços de palavra) Endereço memória 1 4 Caso A - Cache de mapeamento direto com 8 blocos de 1 palavra cada Nº de bloco hit ou miss 0 1 2 3 4 5 6 miss M[1] M[4] 7 8 5 20 17 19 56 9 11 4 43 5 6 9 17 Miss rate % José Delgado © 2012 Arquitetura de Computadores – Evolução da arquitetura básica 43
Exercícios (endereços de palavra) Caso B - Cache associativa de 2 vias com um total de 8 blocos de 1 palavra cada Nº de bloco via 0 Nº de bloco via 1 Endereço hit ou memória miss 0 1 2 3 0 1 2 1 miss M[1] 4 miss M[4] M[1] 3 8 5 20 17 19 56 9 11 4 43 5 6 9 17 Miss rate % José Delgado © 2012 Arquitetura de Computadores – Evolução da arquitetura básica 44
Exercícios (endereços de palavra) Caso C - Cache associativa de 4 vias com um total de 8 blocos de 1 palavra cada Nº de bloco via 0 Nº de bloco via 1 Nº de bloco via 2 Nº de bloco via 3 Endereço hit ou memória miss 0 1 0 1 1 miss M[1] 4 miss M[4] M[1] 8 5 20 17 19 56 9 11 4 43 5 6 9 17 Miss rate % José Delgado © 2012 Arquitetura de Computadores – Evolução da arquitetura básica 45
Exercícios (endereços de palavra) Caso D - Cache totalmente associativa com um total de 8 blocos de 1 palavra cada Nº de bloco Endereço hit ou memória miss 0 1 2 3 4 5 6 1 miss M[1] 4 miss M[1] M[4] 7 8 5 20 17 19 56 9 11 4 43 5 6 9 17 Miss rate % José Delgado © 2012 Arquitetura de Computadores – Evolução da arquitetura básica 46
Memória virtual • Mecanismo que permite tratar a memória principal como cache de uma memória virtual (não existe na realidade) igual ao somatório dos espaços de endereçamento dos vários processos. • As zonas de memória virtual não carregadas em memória principal e com dados/código dos processos estão em disco (swap file) • O mecanismo de tradução de endereços virtuais (os que os processos “veem”) para físicos é transparente e automático. • Também atua como mecanismo de proteção (porque um processo não tem acesso ao espaço de endereçamento dos outros). José Delgado © 2012 Arquitetura de Computadores – Evolução da arquitetura básica 47
Espaço de endereçamento virtual • O espaço de endereçamento virtual existe parte em memória física e parte em disco. Endereços virtuais Tradução de Endereços físicos Endereços no disco José Delgado © 2012 Arquitetura de Computadores – Evolução da arquitetura básica 48
Memória virtual paginada • Para otimizar, o espaço de endereçamento é dividido em páginas, todas de igual dimensão (4 Kbytes, por exemplo). • Assim, apenas é necessário traduzir o endereço de base da página, de virtual para físico. • Os espaços de endereçamento virtual e físico podem ter dimensões diferentes. 31 12 11 Nº página virtual 0 Deslocamento Tradução virtual físico 31 12 11 Nº página física José Delgado © 2012 0 Deslocamento Arquitetura de Computadores – Evolução da arquitetura básica 49
Tabela de páginas 31 12 11 Nº página virtual 0 Deslocamento Tabela de páginas Registo com endereço base da tabela “ 1” se a página estiver carregada em memória 31 12 11 Nº página física José Delgado © 2012 0 Deslocamento Arquitetura de Computadores – Evolução da arquitetura básica 50
Tamanho da tabela de páginas • Se o espaço virtual for de 31 32 bits (4 Gbytes) e a página for de 4 Kbytes, Registo com então a tabela de páginas endereço base da tabela tem 1 M entradas de 32 bits. Ou seja, gasta 4 “ 1” se a página Mbytes! estiver carregada em memória 31 • Se o espaço virtual for de 48 bits, gasta 64 K vezes mais, ou 256 Gbytes!!! • Assim, a tabela de páginas: 12 11 Nº página virtual 0 Deslocamento Tabela de páginas 12 11 Nº página física 0 Deslocamento – é feita em vários níveis hierárquicos – só tem as entradas necessárias – está, ela própria, sujeita ao mecanismo de memória virtual José Delgado © 2012 Arquitetura de Computadores – Evolução da arquitetura básica 51
Tabela de páginas hierárquica 10 bits Nº de página virtual 12 bits deslocamento Tabelas de páginas registo Diretório páginas físicas 1 K entradas (4 Kbytes) 4 Kbytes . . • As próprias tabelas de páginas estão na memória virtual (sujeitas a swapping), exceto o diretório. José Delgado © 2012 . . . Arquitetura de Computadores – Evolução da arquitetura básica 52
Tradução de endereços 10 bits 12 bits Nº de página virtual registo • A tradução do número de página virtual para físico implica aceder às tabelas. Diretório páginas físicas deslocamento Tabelas de páginas 1 K entradas (4 Kbytes) 4 Kbytes. . . • É incomportável percorrer as várias tabelas em cada acesso à memória!!! • Solução: cache que tenha a tradução de endereços das páginas mais usadas. • Se houver um cache hit, a cache diz logo qual o endereço físico da página. • Se houver um cache miss, então é preciso percorrer as várias tabelas. José Delgado © 2012 Arquitetura de Computadores – Evolução da arquitetura básica 53
TLB • TLB = Translation Lookaside Buffer (cache de tradução de endereços virtuais para físicos). Válido Alterada Número de página virtual Etiqueta Dados Número de página física José Delgado © 2012 Deslocamento Arquitetura de Computadores – Evolução da arquitetura básica 54
Falta de página (page fault) 10 bits 12 bits Nº de página virtual • Page fault – Diretório registo acesso a uma página que não está carregada em memória. • A ocorrência de uma page fault gera uma exceção. O sistema operativo é reponsável por percorrer as tabelas de páginas e carregar a página em falta. • Esta operação é lenta. É preciso: páginas físicas deslocamento Tabelas de páginas 1 K entradas (4 Kbytes) 4 Kbytes. . . – Percorrer as várias tabelas (vários acessos à memória) – Carregar as tabelas de páginas que não estiverem em memória – Carregar a página que originou a page fault • Felizmente, os programas têm localidade espacial e temporal e esta operação não acontece em todos os acessos! José Delgado © 2012 Arquitetura de Computadores – Evolução da arquitetura básica 55
Memória virtual + caches Endereço virtual (32 bits) Válido Alterada Número de página virtual Deslocamento 20 12 Etiqueta Nº página física registo 10 bits 12 bits deslocamento Nº de página virtual Tabelas de páginas 1 K Diretório entradas (4 Kbytes) páginas físicas 4 Kbytes. . . TLB fault . . . 20 Número de página física Etiqueta física Endereço físico (32 bits) Deslocamento Índice 12 Cache 4 Palavra dentro do bloco + byte 16 =? Palavra pretendida =? Palavra acedida hit José Delgado © 2012 Arquitetura de Computadores – Evolução da arquitetura básica 56
• O que pode falhar no acesso: – Cache miss (um acesso à memória) – TLB miss (vários acessos à memória) – Page fault (acesso ao disco) Válido Alterada Tipos de misses Número de página virtual Deslocamento 20 Etiqueta 12 Nº página física. . . Page fault . . 20 Número de página física Etiqueta física Deslocamento Índice 12 4 Palavra dentro do bloco + byte 16 • As cache e TLB =? =? Palavra acedida misses medem-se em dezenas de hit ciclos de relógio. • As page faults medem-se em dezenas de milissegundos (podem implicar vários acessos ao disco). • Felizmente, estas situações são a exceção e não a regra! José Delgado © 2012 Arquitetura de Computadores – Evolução da arquitetura básica 57
Exercícios de memória virtual 1. Um sistema de memória virtual tem um tamanho de página de 1000 palavras, 8 páginas virtuais e 4 páginas físicas. Assuma que inicialmente a tabela de páginas está vazia (nenhuma página carregada em memória). a) Preencha a tabela seguinte com o estado que terá após acesso aos endereços (de palavra) virtuais 7000, 2000, 5000, 1000. Página virtual 0 1 2 3 4 5 6 7 b) c) Página física Após estes acessos, quais os endereços físicos dos endereços virtuais 0, 3728, 999, 1025, 7800 e 4096 (endereços de palavra)? Dê um exemplo de um endereço virtual que provoque agora uma page fault José Delgado © 2012 Arquitetura de Computadores – Evolução da arquitetura básica 58
Exercícios de memória virtual 2. O TLB de um sistema de memória virtual, com 20 bits de número de página virtual, 12 bits de número de página física e 12 bits de deslocamento dentro de cada página, está atualmente com o conteúdo indicado pela tabela seguinte. Válida 1 0 0 1 1 1 a) b) c) d) Alterada 1 0 0 1 Nº pág. virtual 01 AF 4 H 0 E 45 FH 012 FFH 01 A 37 H 02 BB 4 H 03 CA 0 H Nº pág. física FFFH E 03 H 2 F 0 H 788 H 45 CH 657 H Qual a dimensão de cada página? Qual a dimensão dos espaços de endereçamento virtual e físico? Indique, para cada um dos endereços virtuais seguintes, o respetivo endereço físico (ou se originam page fault): 2 BB 4 A 65 H, E 45 FB 32 H, D 34 E 9 DCH, 3 CA 0777 H e 1 AF 4 E 06 H. Para cada um destes endereços, indique quais não foram, garantidamente, escritos desde que foram carregados em memória. José Delgado © 2012 Arquitetura de Computadores – Evolução da arquitetura básica 59
Exercícios de memória virtual 3. Um processador tem: i. iii. iv. v. vi. a) b) um TLB completamente associativo de 2 palavras, com algoritmo de substituição FIFO (rotativo) uma cache de mapeamento associativo de 2 vias, com um total com 8 blocos de 1 palavra cada. uma tabela linear (um só nível) de 8 páginas virtuais, com algoritmo de substituição LRU uma memória física de 4 páginas uma página com 256 palavras de dimensão endereçamento exclusivamente em palavras (bytes não) Qual a dimensão, em palavras, dos espaços de endereçamento virtual e físico? Assumindo que inicialmente a memória não tem nenhum programa ou dados carregados, preencha a tabela seguinte, indicando o que acontece em cada acesso aos endereços virtuais indicados e qual o estado em que o sistema fica. Use a notação M[endereço] para indicar o conteúdo da cache. No TLB indique o nº de página virtual e física. As duas primeiras colunas estão preenchidas para servir de exemplo. José Delgado © 2012 Arquitetura de Computadores – Evolução da arquitetura básica 60
Exercícios de memória virtual Endereço virtual 505 0 TLB 1 7 A 0 5 0 7 1 miss TLB miss/hit 322 5 F 5 322 505 4 C 0 435 100 723 0 1 2 3 Tabela páginas 4 5 0 0 6 7 1 Page fault/hit miss Endereço físico 005 1 A 0 0 M[1 A 0] 1 M[005] 2 3 Cache 0 1 2 3 Cache miss/hit miss José Delgado © 2012 Arquitetura de Computadores – Evolução da arquitetura básica 61
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