Eu me rendo sbia natureza que cria e
Eu me rendo, à sábia natureza que cria e transforma sabendo o exato momento que adormecer precisa e, em seus leitos imprecisos, não importa, num pactual instante acorda. . . os seus filhos.
Rompem-se, então as bolsas. Expulsos são os fetos num parto natural, silente e belo. Da placenta esterca-se a terra, serpenteia o rio, crescem as flores. . . basta um olhar de descoberta.
Eu me rendo ao mirar as flores, quais aquarelas multicores, matizadas. . . todas elas, já entregues batizadas. E dão-se as mãos margaridas, rosas, jasmins, camélias. . . para enfeitar-nos os jardins da vida.
Em outro olhar. . . as matas que nossas florestas escondem, onde a fauna e a flora se entendem e obedecem à ordem natural da mãe.
As clareiras nos instigam a chegar mais perto, tamanha beleza e realeza das simples flores rastejantes aos nossos pés.
E, devagar, com carinho, bem de mansinho, caminho. . . respeitando-as no meu andar. E o meu olhar delirante vê colibris deslumbrantes, borboletas, vaga-lumes, quais estrelinhas, piscando aqui e lá.
Um pouco além dessa estrada, nova brisa, novo ar. É o canto dos passarinhos que saem, ou retornam aos ninhos para o dia, a noite entregar.
É o cicio das cigarras querendo avisar à mata que a chuva pode chegar. É o burburinho da fonte, nascente de um novo rio que irá deságuar no mar.
É a deslumbrante cachoeira que desce passando rasteira, desvirginando a grota, menstruando, sem licença, gotículas de sua beleza imensa, em nossas
Ah! Eu me rendo sim.
Ao mar calmo ou bravio, ao céu que inimagináveis situações se nos interpõe. . . Será? será se está lá o meu lugar e, se lá moram os quero encontrar?
Eu me rendo aos movimentos da terra, de translação e rotação, criando as estações, as noites e os dias. Eu me rendo à lua majestosa e aos eclipses maravilhosos. . .
Que fantasia!
Eu me rendo a toda arte que faz de toda e qualquer parte a parcela principal u me rendo a Deus, a Jesus que por nós morreu na cruz, acredite você ou não
Eu me rendo, enfim, aos poetas e seresteiros, aos amantes por inteiro, ao amor que passou e ao que está por vir. À paixão que virou amor e por isto, se consolidou, Ah!
Eu me rendo, eu me rendo, sim!
À poesia que existe em mim. Que me transforma, enriquece, enobrece o meu coração. E ao que mais me rendo agora.
Autoestima … Se lhe feri, meu querido amigo, sem demora, eu lhe peço o seu perdão. Pois assiste-me o amor à alma quer voar com leveza, guardando toda a beleza da vida que vivi. . . Até agora.
21/Maio/2008
- Slides: 20