ESTUDOS NO CAMPO Qual Abordagem e Mtodo Adotar
ESTUDOS NO CAMPO Qual Abordagem e Método Adotar? Prof. Dra. Elizabeth Teixeira
INTRODUÇÃO “Não podem existir cientistas que não possam ver que os melhores caminhos-métodos serão aqueles que abordem mais adequadamente seu objeto de estudo, e tudo aquilo que nos ajuda na abordagem deve ser respeitado. Haverá, sim, métodos melhores, dependendo do objetivo que nos propusermos. Mas não em termos absolutos. Não cabem dogmatismos e preferências metodológicas, mas sim indicações para o método, qualquer um que seja” (TURATO, 2003, p. 29)
Características Definidoras dos Estudos QT e QL ¬ QUANTITATIVOS ¬ QUALITATIVOS ¬ QUANDO O PESQUISADOR QUER SABER: QUAL O ÍNDICE DE. . . A PREVALÊNCIA DE. . . A OCORRÊNCIA DE. . . A CAUSA DE. . A RELAÇÃO ENTRE X E Y. . . OS EFEITOS DE X EM GRUPOS A E B. . ¬ QUANDO O PESQUISADOR QUER SABER: QUAL O SIGNIFICADO DE. . . A PERCEPÇÃO SOBRE. . . OS CONHECIMENTOS SOBRE. . . AS EXPERIÊNCIAS DE. . . A VIVÊNCIA DE. . . QUAIS AS PRÁTICAS SOBRE. . . QUAL A HISTÓRIA DE. . .
Características Definidoras dos Estudos QT e QL QUANTITATIVOS Formular Hipóteses Definir e controlar Variáveis Determinar a amostra estatisticamente válida: o N do estudo ¬ Escolher o modo de participação do pesquisador ¬ Selecionar as técnicas de coleta de dados ¬ Selecionar as técnicas de análise de dados ¬ ¬ QUALITATIVOS Formular Questões Sem controlar Variáveis Determinar a amostra segundo critérios de inclusão e exclusão ¬ Escolher o modo de participação do pesquisador ¬ Selecionar as técnicas de coleta de dados ¬ Selecionar as técnicas de análise de dados ¬ ¬
Características Definidoras dos Estudos QT ¬ Formular Hipóteses ¬ Definir e controlar Variáveis ¬ Determinar a amostra estatisticamente válida: o N do estudo ¬ Escolher o modo de participação do pesquisador ¬ Selecionar as técnicas de coleta de dados ¬ Selecionar as técnicas de análise de dados
A Formulação de Hipóteses ¬ Hipótese Geral: Há relação entre características individuais do cliente diabético e a eficácia da execução do plano de autocuidados. ¬ Hipóteses Operacionais: Quanto maior é o nível de escolaridade do cliente, maior é a eficácia da execução do plano; Quanto mais jovem, maior é a eficácia da execução do plano; Quanto maior é a idade, maior é a eficácia do plano
As Variáveis ¬ Podem ser representadas por indicadores: Geográficos: tempo médio para ir à UBS Econômicos: custos da assistência Culturais: conhecimentos relativos à assistência, percepção da necessidade de cuidado ¬ Podem ser classificadas em grupos: Independentes: quem influencia (causa) Dependentes: quem é influenciado (efeito) Intervenientes: a ação a ser experimentada
Tipos de participação do Pesquisador ¬OBSERVACIONAIS: Verificação das hipóteses sem intervenção ou testagem no campo ¬EXPERIMENTAIS: Testagem das hipóteses com intervenção no campo: # Grupo Controle/Grupo Experimental # Pré – Teste e Pós -Teste
Universo e Amostragem ¬AMOSTRA RANDOMIZADA NÃO INTENCIONAL É definida a partir de uma população/universo com significância estatística A coleta de dados só conclui quando toda a amostra é atingida.
A Coleta dos Dados ¬Os intrumentos são estruturados (testes, questionários, formulários, roteiros) ¬Devem ser validados por juízes (especialistas) e/ou testados em amostras (com no mínimo 10% do N) antes de serem aplicados (préteste)
A Análise dos Dados ¬Os dados obtidos devem ser submetidos à análise estatística ¬A apresentação em gráficos, tabelas, etc. ¬Aplicar testes estatísticos de confiabilidade e significância ¬Há softwares úteis: SSPS, MAXQDA, etc.
Características Definidoras dos Estudos QL ¬ Formular Questões ¬ Sem controlar Variáveis ¬ Determinar a amostra segundo critérios de inclusão e exclusão ¬ Escolher o modo de participação do pesquisador ¬ Selecionar as técnicas de coleta de dados ¬ Selecionar as técnicas de análise de dados
Formular Questões ¬Qual o significado de ser pai para meninos- adolescentes de uma comunidade ribeirinha de Parintins? ¬Quais as percepções sobre morte reveladas nos discursos de enfermeiros que atuam em UTI de hospitais de Manaus?
Os Participantes do Estudo ¬AMOSTRA NÃO RANDOMIZADA INTENCIONAL A escolha será com base em critérios de inclusão e exclusão A coleta de dados será encerrada quando se atingir o ponto de saturação (exaustão das informações).
Tipos de participação do pesquisador ¬DESCRITIVOS: Resposta as questões norteadoras sem intervenção no campo ¬PARTICIPATIVOS: Resposta as questões norteadoras com intervenção no campo: # Pesquisa Participante # Pesquisa-ação
A Coleta dos Dados ¬As técnicas são abertas ou semiestruturadas ¬Entrevistas, observação, grupo foco, dinâmicas de criatividade, técnicas sociopoéticas, etc. ¬O registro é por áudio ou áudiovisual
A Análise dos Dados ¬Os dados obtidos devem ser submetidos à análise de conteúdo ou de discurso ¬Nos resultados serão apresentados por meio de Unidades de Registro (UR), representativas das ideiaschave emergentes da análise. ¬Há softwares úteis: Alceste, Atlas. Ti, etc.
Apresentando a Conclusão “Fecha-se sobre o começo” ¬Retomada da HIPÓTESE – QUESTÃO e sua resposta; ¬As contribuições: para quem? ¬O resultado: onde pode ser aplicado? ¬Avaliação dos limites; ¬Retmomar os objetivos: foram atingidos? ¬Futuros planos: quais sugestões e recomendações?
Para refletir… “A consciência da complexidade faz-nos compreender que nunca poderemos escapar à incerteza e que nunca poderemos ter um conhecimento total: ‘a totalidade é a não verdade’. Estamos condenados ao pensamento incerto, a um pensamento cheio de vazios, a um pensamento que não tem qualquer fundamento absoluto de certeza. Mas somos capazes de penar nessas condições dramáticas” (MORIN, 1990, p. 47)
Bibliografia ¬ LEOPARDI, M. T. Metodologia da pesquisa em saúde. Santa Maria: Pallotti, 2001. ¬ MINAYO, M. C. de S. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 9. ed. São Paulo: Hucitec, 2006. ¬ MORIN, E. Ciência com consciência. São Paulo: Martins Fontes, 1990. ¬ OLIVEIRA, T. de F. R. Pesquisa biomédica. São Paulo: Atheneu, 1995. ¬ TURATO, E. R. Tratado da metodologia da pesquisa clínico-qualitativa. Petrópolis: Vozes, 2003.
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