Estudo Randomizado sobre Catter Central de Insero Perifrica
Estudo Randomizado sobre Catéter Central de Inserção Periférica (PICC) e Catéter Periférico (CP) Escola Superior de Ciências da Saúde – ESCS/SES/DF Unidade de Neonatologia Hospital Regional da Asa Sul – HRAS Caroline Chaves Daniel Labres Felipe Barros Coordenação: Paulo R. Margotto
(Randomized trial of percutaneous central venous lines versus peripheral intravenous lines) Wilson D, Verklan MT, Kennedy KA J Perinatol 2007; 27: 92 -96
Objetivo n Comparar a ocorrência de infecções sistêmicas ou morte em Recém-nascidos pré -termo(RNPT) submetidos a cateterização eletiva periférica e cateter central de inserção periférica.
Introdução A necessidade de acesso venoso em RNPT n Longa duração da terapia intra-venosa n Ruptura da integridade da pele n Alto risco para infecções sistêmicas
Metodologia O estudo foi realizado no Memorial Hermann Children’s Hospital (UTI) Critérios de Inclusão: n Peso ao nascer menor ou igual a 1250 g ou idade gestacional menor ou igual a 30 s n Adequado para idade gestacional n Admitido ou transferido para UTI até 96 h de vida. n Expectativa de terapia intravenosa por pelo menos 5 dias
Metodologia Critérios de Exclusão: n Contra-indicações ao nascimento para o PICC : coagulopatias ou trombose venosa documentadas. n A presença de catéter venoso central n Anomalias congênitas com perda de integridade da pele.
Metodologia n n Tamanho da amostra foi de 100 neonatos(máximo valor possível em 12 a 18 meses na unidade. Foi estimado que neste período seria possível detectar reduções na mortalidade ou infecção sistêmica poder de 80%(nível de significância igual a 0, 05). O estudo foi aprovado pelo Comitê de Proteção dos Assuntos Humanos da Universidade de Texas e do referido Hospital. Era obtido um Termo de Consentimento dos parentes dos recém-nascidos antes de iniciar o estudo.
Metodologia A alocação dos neonatos nos dois grupos em estudo era feita por método randomizado utilizando um computador. n Estudo realizado entre outubro de 2000 a janeiro de 2002. n
Metodologia Foi utilizada técnica asséptica para manipulação dos catéteres. n Não foi utilizado antibioticoterapia profilática. n
Metodologia Critério para diagnóstico de infecção sistêmica foi hemoculturas positivas, as quais eram tratadas com 5 dias de antibioticoterapia. n Os óbitos foram incluídos no estudo porque aconteceram em neonatos que não apresentavam risco aumentado para infecção sistêmica. n
Metodologia Os PICCs só eram descontinuados quando a segunda hemocultura (colhida ao final de um tratamento para infecção sistêmica) era positiva. Nestes casos era instalado o catéter periférico. n O tempo de estudo era contado desde a randomização até o 7° dia consecutivo sem uso de terapia IV. n
Metodologia Variáveis categóricas foram comparadas por medida do Risco Relativo e Intervalos de Confiança. n As variáveis contínuas foram comparadas com teste não-paramétrico para dados de distribuição assimétrica. Os dados foram analisados utilizando NCSS 2004. n
Resultados PICC (n=46) CP (n=50) Peso média limites 914 435, 1440 971 583, 1950 IG média limites 27. 1 23. 6, 30, 7 27. 2 23. 7, 30. 7 Raça afro-americanos caucasianos hispânicos Outros 63% 24% 11% 2% 52% 12% 34% 2% PICC: catéter central De inserção periférica CP: catéter periférico
Resultados Sexo Masculino Feminino PICC (n=46) CP (n=50) 46% 54% 42% 58%
Resultados PICC CP RR(95%) p Infecções sistêmicas 17( 37%) Ou óbito 14 (28%) 1. 32 (0. 7 – 2. 53) Infecções Sistêmicas 15 ( 33%) 13 (26%) 1. 25 ( 0. 63 – 2. 52) 0. 72 ( 0. 09 – 5. 18) Óbitos 2 ( 4. 3%) 3( 6. 0%) N° de punções por Criança 9 ( 1 , 74) 14. 5( 1 , 111) N° de punções por Dias de estudo 0. 26(0. 04 , 1. 82) 0. 46 (0. 06 , 1. 75) 0. 02 0. 01
Discussão Os resultados do estudo demonstram: n Não há diferença estatisticamente significante no risco de infecções entre PICCs e CP. n O n°de perfurações da pele é menor quando se utiliza o PICC. n Os dados sobre infecção sistêmica estão de acordo com outros estudos randomizados. (Janes et al and Ainsworth et al).
Discussão n O número maior de perfurações da pele pode levar ao aumento do risco de complicações com inserção do catéter em artérias, infiltrações, coagulações sanguíneas além de maior estímulo doloroso para o neonato.
Discussão Os dados deste estudo não podem ser extrapolados para locais onde não haja rigor técnico semelhante para manuseio da PICCs n As complicações possíveis dos PICCs devem ser confrontadas com seus possíveis benefícios no menor n° de perfurações da pele. n
Discussão n Outros estudos randomizados com amostras maiores devem ser realizados para comprovar estes resultados.
Referências do artigo: n n n Stoll BJ, Hansen N, Fanaroff AA, Wright LL, Carlo WA, Ehrenkranz RA et al. Late-onset sepsis in very low birth weight neonates: the experience of the NICHD neonatal research network. Pediatrics 2002; 110: 285– 291. | Article | Pub. Med | ISI | Janes M, Kalyn A, Pinelli J, Paes B. A randomized trial comparing peripherally inserted central venous catheters and peripheral intravenous catheters in infants with very low birth weight. J Pediat Surg 2000; 35: 1040– 1044. | Article | Pub. Med | Chem. Port | Ainsworth SB, Furness J, Fenton AC. Randomized comparative trial between percutaneous longlines and peripheral cannulae in the delivery of neonatal parenteral nutrition. Acta Paediatr 2001; 90: 1016– 1020. | Pub. Med | Chem. Port | Annibale DJ, Bissinger RL, Hulsey TC, Headdon P, Ohning BL. Early percutaneous central venous catheterization (PCVC) in neonates. Pediatr Res 1995; 37: 194 A. Ainsworth SB, Clerihew L, Mc. Guire W. Percutaneous central venous catheters versus peripheral cannulae for delivery of parenteral nutrition in neonates [review]. The Cochrane Library 2004; 2: 1– 13.
Consultem: n Anátomo Clínica: Tamponamento cardíaco com o uso do catéter central de inserção periférica Autor(es): Francisco Pereira, Julio Cesar Albernaz Guimarães e Paulo R. Margotto
n Caso clínico: Tamponamento Cardíaco em Recém-nascido com Cateter Percutâneo Venoso Central Autor(es): Nelsimar Noronha, Paulo R. Margotto
n Buscar no Site: Recém-nascido Acesso vascular do
Dda Caroline Ddo Daniel Ddo Felipe
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