Estudo dirigido sobre Febre Maculosa Brasileira e as
Estudo dirigido sobre Febre Maculosa Brasileira e as ações do Componente Educativo São Paulo, julho de 2020
O componente Educativo do Programa de Vigilância da Febre Maculosa Brasileira
O objetivo deste material é demonstrar a importância do componente educativo que envolvem “Ações integradas” de: • • Educação em Saúde; Educação Ambiental; Comunicação em Saúde; e Mobilização Social Ações que visam a sensibilização e propagação de conhecimentos sobre a FMB no Estado de São Paulo.
• Modulo I - Histórico, a Doença, Aspectos Clínicos, Sintomas, Tratamento e Dados Epidemiológicos, Distribuição da doença no Estado e Vigilância Acarológica. • Modulo II - O Programa de Vigilância da Febre Maculosa Brasileira - histórico de sua implementação e normatizações. • Modulo III - Ações Integradas de Educação em Saúde, Educação Ambiental, Comunicação em Saúde e Mobilização Social voltados à temática da FMB
Histórico, A Doença, MODULO I Clínicos, Sintomas, Tratamento, Dados Epidemiológicos, Distribuição da Doença, Vigilância Acarológica. Aspectos
Histórico Ø No Brasil, a Febre Maculosa foi descrita por Piza & Gomes em São Paulo desde 1929. A partir daí foram diagnosticados casos nos estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais. Ø O Estado de São Paulo, segue um período silencioso até a década de 1980, quando surgem alguns casos diagnosticados em municípios vizinhos a capital, em Mogi das Cruzes, Diadema e Santo André. Ø A partir de 1985 foram feitas as primeiras suspeitas nos municípios de Pedreira e Jaguariúna da Divisão Regional de Saúde de São João da Boa Vista e Campinas. A partir de então passa-se a ter melhores registros dados epidemiológicos da doença no estado. Ø Em 1987, ocorreram os primeiros casos confirmados laboratorialmente no município de Pedreira. Desde então, vários casos foram confirmados nas regiões de Campinas e São João da Boa Vista.
A notificação de casos aumenta na década de 1990. Sendo que em 1996 tornou-se de notificação compulsória nas Divisões Regionais de Saúde de Campinas e São João de Boa Vista quando foi elaborado um Manual de orientação e vigilância epidemiológica da doença para orientar as ações nestas regiões. A partir de 2001 a Febre Maculosa Brasileira foi considerada doença de notificação compulsória pelo Ministério da Saúde através da portaria nº 1. 943 datada de 18/10/2001. Em 2002 tornou-se de notificação compulsória em todo Estado de São Paulo, seguindo orientação do Ministério da Saúde.
VIGIL NCIA ACAROLÓGICA 2004 – Ocorre uma parceria de relevância entre a Secretaria da Saúde do Estado através da Superintendência de Controle de Endemias (Sucen) e a Universidade de São Paulo (USP) através da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ), atuando em conjunto para a produção do “Manual de vigilância acarológica”. 2005 – houve uma ampla divulgação e distribuição do “MANUAL DE VIGIL NCIA ACAROLÓGICA DO ESTADO DE SÃO PAULO. ” 2005 – Dá-se as capaciatações das equipes tecnicas e de campo (Sucen e Municípios) para intensificar as ações de vigilância acarológica e vigilância epidemiológica para a doença no estado.
A DOENÇA Ø Ø Febre Maculosa Brasileira (FMB): é uma doença cujo agente etiológico é transmitido por carrapatos. O agente etiológico: é uma bactéria chamada Rickettsia rickettsii Ø Relevância da doença: se destaca por ser uma enfermidade de alta letalidade, em torno de 40%. E o principal motivo é devido a falta de um diagnóstico oportuno para tratamento precoce e desinformação. Ø Importância epidemiológica: é uma doença relevante devido a gravidade e haver uma expansão no estado.
ASPECTOS CLÍNICOS: A Febre Maculosa Brasileira (FMB) é uma doença infecciosa febril aguda de gravidade variável, cuja apresentação clínica pode variar de formas leves e atípicas até formas graves, com taxa de letalidade elevada. Em sua forma clássica, tem início abrupto, com febre alta, cefaleia e mialgia intensas (dor muscular), podendo cursar ou não com exantemas tardio (erupções na pele ou lesão avermelhada) de distribuição característica. É uma das poucas doenças em que o exantema atinge plantas dos pés e palmas das mãos, e que pode evoluir para petéquias e hemorragias.
SINTOMAS: Na situação clássica, o sinal clínico mais precoce é a febre, habitualmente associada à cefaleia, mialgia, artralgia, inapetência, dor abdominal, náuseas e vômitos. Porém, esse quadro é bastante inespecífico, comum a diversas doenças infecciosas e, na ausência de história de contato com carrapato, é muito difícil o diagnóstico inicial de febre maculosa. Importante que pacientes com estes sintomas, relatem historia de contato com carrapatos e informem a equipe de enfermagem e a equipe médica para que sejam imediatamente tratados. A equipe de saúde, principalmente de áreas conhecidas de transmissão desta doença, deve procurar saber se o paciente esteve em área de mata e contato com carrapatos, pois esta simples atitude do profissional de saúde pode salvar vidas!
TRATAMENTO: A saber, o tratamento deve ser imediato, assim que houver relato dos sintomas associado a informação de ter contato com carrapatos. É feito através de antibioticoterapia com o uso preferencial de Doxiciclina, e/ou Cloranfenicol cuja administração conjunta tem sido indicada em alguns casos com impacto importante na redução da letalidade da doença.
INFORMAÇÃO MÉDICA Este material é direcionado para ampla divulgação da doença às equipes médicas e de enfermagem, principalmente em áreas conhecidas de transmissão. “Suspeitou Tratou” Material específico para equipe médica
DADOS EPIDEMIOLÓGICOS: Distribuição do número de casos e óbitos de FMB no Estado de São Paulo, período de 2009 a 2019. Ano Nº Casos Óbitos Letalidade (%) 2009 63 26 41, 3 2010 60 25 41, 7 2011 71 35 49, 3 2012 73 43 58, 9 2013 58 32 55, 2 2014 72 55 76, 4 2015 91 56 61, 5 2016 65 38 58, 5 2017 60 30 50, 0 2018 108 59 55, 1 2019* 74 37 53, 6 Totalizando: 862 casos com 436 óbitos envolvendo 142 municípios neste período. FONTE: SINAN-NET *DADOS ATÉ 06 -02 -2020
DISTRIBUIÇÃO DA DOENÇA NO ESTADO. Municípios com casos de FMB no período de 1985 a 2015. * Fonte: CVE - Sinan Net
Eventos técnicos & científicos. ESTADUA L Os eventos técnicos e científicos promovidos pela Sucen em parceria com outras instituições da secretaria da saúde e universidades, sobre a temática de Febre Maculosa Brasileira, também buscaram sedimentar e disseminar amplamente as normatizações e recomendações técnicas para a vigilância das doenças transmitidas por carrapatos no estado. E, nos anos de 2001, 2002, 2003, 2005 e 2007 a SUCEN promove os “Seminários de doenças transmitidas por carrapatos, na região de Campinas”. Em 2009 ampliou-se o evento para “I Simpósio de Doenças Transmitidas por Carrapatos do Estado de São Paulo”. A partir de então, a cada biênio ocorrem estes eventos de caráter técnico & científico de abrangência estadual ocorridos na região de Campinas nos anos de 2011, 2013, 2015, 2017 e recente em 2019, manteve esta tradição da Sucen e participação de instituições parceiras.
EVENTOS TÉCNICOS & CIENTÍFICOS S RM Em 2014, um Grupo Técnico, apoiado pela SUCENPe o Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado reune técnicos das secretarias municipais de saúde da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) envolvendo os municípios de São Paulo, Diadema, São Bernardo do Campo, Santo André, São Caetano do Sul e Mauá. O grupo se reune regularmente desde então para discutir a situação epidemiológica da doença, debatendo, investigando casos e definindo estratégias para a RMSP que possui um diferencial epidemiológico sobre a doença se comparado às regiões do interior do Estado. Fóruns Técnicos sobre Febre Maculosa Brasileira na RMSP nos anos de 2014, 2016 e 2018. E, planejava Este Grupo Técnico promoveu alguns uma edição do evento em 2020, porém, no momento encontra-se suspenso diante da atual situação de Pandemia da COVID 19 enfrentada mundialmente.
CONSTRUINDO “O PROGRAMA DE VIGIL NCIA DE DOENÇAS TRANSMITIDAS POR CARRAPATOS DE IMPORT NCIA MÉDICA NO ESTADO DE SÃO PAULO – COM ÊNFASE PARA FEBRE MACULOSA BRASILEIRA” O manual de vigilância acarológica (2004) impulsionou as equipes técnicas da Sucen e novas discussões do Programa de vigilância de carrapatos de importância médica para o estado de São Paulo, com ênfase para Febre Maculosa Brasileira ocorrem nos anos seguintes (2006). E, desde então, os encontros técnicos e científicos contribuiram para a atualização e austes das normatizações do programa para todo o estado. Em 2009 a 2011 – O programa amplia suas discussões e passa da dimensão de vigilância acarológica e vigilância epidemiológica para vigilância à doença de uma forma integral. Algumas discussões conjuntas com outras áreas da secretaria da saúde resultaram em uma normatização conjunta envolvendo os laboratórios de referência; a vigilância epidemiológica; a vigilância animal e a vigilância acarológica. Quando em 2011, há uma publicação conjunta das diretrizes técnicas no Boletim Epidemiológico Paulista-BEPA em 2011. Outra publicação de relevância ocorre com a organização de um informe técnico específico para Região Metropolitana de São Paulo publicado no BEPA de 2016.
Documento Técnico “MANUAL DE VIGIL NCIA ACAROLÓGICA DO ESTADO DE SÃO PAULO, 2004” Considerado um documento de relevância para a normatização das estratégias de vigilância dos vetores da FMB no estado de São Paulo.
Informes técnicos Es ta du al Re g iã o M de etr SP opo lita n a
PARCERIAS TÉCNICAS O programa vem sendo atualizado constantemente a partir de contribuições dos estudos promovidos por profissionais e pesquisadores da Sucen, e também com o apoio de universidades como a Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP e a Universidade de Campinas, e outras instituições como: o Instituto Adolfo Lutz, o Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado, o Instituto de Infectologia Emilio Ribas, o Instituto Biológico e a Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado (SIMA). FMVZ SIMA
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