Estudo de tempos e mtodos Estudo de tempos

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Estudo de tempos e métodos

Estudo de tempos e métodos

Estudo de tempos 1. Tempos cronometrados • Método mais empregado para medir o trabalho.

Estudo de tempos 1. Tempos cronometrados • Método mais empregado para medir o trabalho. • Desde os tempos de Taylor até hoje com os devidos aperfeiçoamentos.

2. Finalidades • Estabelecer padrões para programas de produção, permitindo planejamentos; • Fornecer dados

2. Finalidades • Estabelecer padrões para programas de produção, permitindo planejamentos; • Fornecer dados para formação de custos padrões; • Estimar custos de produtos novos; • Fornecer dados para estudos de balanceamento de estruturas de produção.

3. Equipamentos para estudos de tempo. • Cronômetro de hora centesimal ou comum. •

3. Equipamentos para estudos de tempo. • Cronômetro de hora centesimal ou comum. • Filmadora. • Prancheta para observações. • Folha de observações.

3. 1 Etapas a serem seguidas para estudo de Tempo Processo • Discutir o

3. 1 Etapas a serem seguidas para estudo de Tempo Processo • Discutir o trabalho a ser executado procurando obter a colaboração da MO. • Definir o método de operação e dividí-la em elementos (processos para cronometragem). • Treinar o operador (MO) para desenvolver o trabalho de acordo com o estabelecido.

3. 1 Etapas a serem seguidas para estudo de Tempo Processo • Anotar todos

3. 1 Etapas a serem seguidas para estudo de Tempo Processo • Anotar todos os dados adicionais necessários. • Elaborar desenho da peça e do local de trabalho. • Realizar cronometragem preliminar para determinar estatisticamente o número de cronometragens.

3. 1 Etapas a serem seguidas para estudo de Tempo Processo • Determinar o

3. 1 Etapas a serem seguidas para estudo de Tempo Processo • Determinar o número de ciclos a serem cronometrados (n). • Realizar as n cronometragens e determinar o tempo médio (TM) • Avaliar o fator de ritmo (velocidade) da operação e determinar o tempo normal (TN)

3. 1 Etapas a serem seguidas para estudo de Tempo Processo • Determinar a

3. 1 Etapas a serem seguidas para estudo de Tempo Processo • Determinar a as tolerâncias para a fadiga e para as necessidades pessoais • Colocar os dados obtidos em gráfico de controle para verificar sua qualidade. • Determinar o tempo padrão para a operação (TP).

3. 1. 1 Divisão da operação em elementos Partes que a operação pode ser

3. 1. 1 Divisão da operação em elementos Partes que a operação pode ser dividida para verificação do método a ser empregado compatível para obtenção de medidas precisas. Deve-se cuidar para não dividir a operação em poucos (sem precisão) ou muitos elementos (custos elevados).

3. 1. 2 Determinação do número de ciclos a serem cronometrados z. R n

3. 1. 2 Determinação do número de ciclos a serem cronometrados z. R n = --------Er. d 2. x 2 Fórmula para determinação do número de cronometragens para se atingir a precisão desejada (erro relativo) Onde: n = Número de ciclos a cronometrar z = Coeficiente da distribuição Normal Padrão R = Amplitude da amostra Er = erro relativo da amostra d 2 = Coeficiente que depende do número de cronometragens realizadas preliminarmente X = Média da amostra

3. 1. 3 Velocidade do Operador A velocidade V (também denominada de RÍTMO) do

3. 1. 3 Velocidade do Operador A velocidade V (também denominada de RÍTMO) do operador é determinada subjetivamente por parte do cronometrista, que a referencia à assim denominada velocidade normal de operação, à qual é atribuído um valor 1, 00 (ou 100%). Ou seja, atribui um valor (%) em relação à Velocidade Normal de operação.

3. 1. 3 Velocidade do Operador Assim, se: • V = 100% Velocidade Normal

3. 1. 3 Velocidade do Operador Assim, se: • V = 100% Velocidade Normal • V > 100% Velocidade Acelerada • V < 100% Velocidade Lenta

3. 1. 4 Determinação das Tolerâncias • Necessidades Pessoais: – de 10 a 25

3. 1. 4 Determinação das Tolerâncias • Necessidades Pessoais: – de 10 a 25 min por turno de 8 horas • Alívio da Fadiga: – depende basicamente das condições do trabalho, – geralmente variando de 10% a 50% da jornada de trabalho. • 10% (trabalho leve e um bom ambiente) • 50% (trabalho pesado em condições inadequadas)

Fator de Tolerância O fator FT (Fator de Tolerância) é geralmente dado por: FT

Fator de Tolerância O fator FT (Fator de Tolerância) é geralmente dado por: FT = 1/(1 -p) Onde p é a relação entre o total de tempo parado devido às permissões e a jornada de trabalho: p = Tp/Jt

Estudo de tempos Na prática: • Escritórios: FT = 1, 05 • Unidades industriais:

Estudo de tempos Na prática: • Escritórios: FT = 1, 05 • Unidades industriais: FT = 1, 1 – 1, 2

Construção de gráficos de controle Deve-se verificar as anomalias das cronometragens. Utilizar gráficos de

Construção de gráficos de controle Deve-se verificar as anomalias das cronometragens. Utilizar gráficos de controle de qualidade é uma maneira técnica de verificar se as cronometragens são válidas.

Gráfico das médias das cronometragens: Limite superior de controle: LSCm = X + A

Gráfico das médias das cronometragens: Limite superior de controle: LSCm = X + A x R Limite inferior de controle: LICm = X – A x R Onde: X = média das médias da amostras R = amplitude das amostras A, D 4, D 3, = coeficientes tabelados

Gráfico das amplitudes: Limite superior de controle da amplitude: LSCa = D 4 x

Gráfico das amplitudes: Limite superior de controle da amplitude: LSCa = D 4 x R Limite inferior de controle da amplitude: LICa = D 3 x R onde: X = média das médias da amostras R = amplitude das amostras A, D 4, D 3, = coeficientes tabelados

3. 1. 5 Determinação do Tempo Padrão • Uma vez obtidas as n cronometragens

3. 1. 5 Determinação do Tempo Padrão • Uma vez obtidas as n cronometragens válidas, deve-se: • Calcular a média das n cronometragens, obtendo-se: • Tempo Cronometrado (TC); • Calcular o Tempo Normal (TN): TN = TC x V • Calcular o Tempo Padrão (TP) TP = TN x FT

Exemplo: Operação de furar chapa Número de cronometragens: 10 Tm= 4, 5 s Vm=

Exemplo: Operação de furar chapa Número de cronometragens: 10 Tm= 4, 5 s Vm= 95% Tempo de tolerância concedido p = 18% Determinar o tempo padrão.

Solução: Tm = 4, 5 s TN = Tm x Vm = 4, 5

Solução: Tm = 4, 5 s TN = Tm x Vm = 4, 5 x 0, 95 = 4, 28 s FT = 1/(1 -p) e p = Tp/Jt TP = TN x FT = TN x (1 / (1 - 0, 18)) TP = 5, 22 s

Exemplo 9 cronometragens Média A 1 = 0, 32 h e amplitude = 0,

Exemplo 9 cronometragens Média A 1 = 0, 32 h e amplitude = 0, 04 Média A 2 = 0, 32 h e amplitude = 0 Média A 3 = 0, 31 h e amplitude = 0, 02 Amplitude = maior valor – menor valor Amplitude = 0, 34 - 0, 30 = 0, 04 Verifique se o nº de amostras é suficiente para 95 % de probabilidade e erro de 5 %. FT = 1, 2 Determine os limites dos gráficos da média e da amplitude. TC? TN? FT? TP? Caso ESA conceda 20 min para necessidades, 30 min para lanche e 20 min para diversos em 8 horas de trabalho, qual o novo tempo padrão?

3. 1. 2 Determinação do número de ciclos a serem cronometrados z. R 2

3. 1. 2 Determinação do número de ciclos a serem cronometrados z. R 2 n = --------Er. d 2. x Onde: n = Número de ciclos a cronometrar z = Coeficiente da distribuição Normal Padrão R = Amplitude da amostra Er = erro relativo da amostra d 2 = Coeficiente que depende do número de cronometragens realizadas preliminarmente X = Média da amostra

Estudo de tempos Tabelas Distribuição normal Probabilidade (%) 90 91 92 93 94 95

Estudo de tempos Tabelas Distribuição normal Probabilidade (%) 90 91 92 93 94 95 Z 1, 65 1, 75 1, 81 1, 88 1, 96

Estudo de tempos Tabelas Coeficiente para determinar o número de cronometragens e os limites

Estudo de tempos Tabelas Coeficiente para determinar o número de cronometragens e os limites dos gráficos de controle. n 2 3 4 5 6 7 8 9 10 A 1, 88 1, 023 0, 729 0, 577 0, 483 0, 419 0, 373 0, 337 0, 308 D 4 3, 268 2, 574 2, 282 2, 114 2, 004 1, 924 1, 864 1, 816 1, 777 D 3 0 0 0, 076 0, 136 0, 184 0, 223 d 2 1, 128 1, 693 2, 059 2, 326 2, 534 2, 704 2, 847 2, 970 3, 078

Solução: Número de cronometragens necessárias para erro relativo de 5% 2 n = (1,

Solução: Número de cronometragens necessárias para erro relativo de 5% 2 n = (1, 96 x 0, 04 / 0, 05 x 2, 970 x 0, 315 ) n = 2, 82 Portanto 3 amostragens seriam suficientes, realizou-se 9.

Exemplo 9 cronometragens realizadas Média A 1 = 0, 32 h e amplitude =

Exemplo 9 cronometragens realizadas Média A 1 = 0, 32 h e amplitude = 0, 04 Média A 2 = 0, 32 h e amplitude = 0 Média A 3 = 0, 31 h e amplitude = 0, 02 (demais cronometragens descartadas somente para o exemplo) Amplitude = maior valor – menor valor Amplitude = 0, 34 - 0, 30 = 0, 04 Verifique se o nº de amostras é suficiente para 95 % de probabilidade e erro de 5 %. FT = 1, 2 Determine os limites dos gráficos da média e da amplitude. TC? TN? FT? TP? Caso ESA conceda 20 min para necessidades, 30 min para lanche e 20 min para diversos em 8 horas de trabalho, qual o novo tempo padrão?

Estudo de tempos - exemplo Solução: R = amplitude média = ( 0, 04

Estudo de tempos - exemplo Solução: R = amplitude média = ( 0, 04 + 0, 02 ) / 3 = 0, 02

Estudo de tempos - exemplo Solução: X = média das médias de A X

Estudo de tempos - exemplo Solução: X = média das médias de A X = ( 0, 32 + 0, 31 ) / 3 = 0, 315

Solução: Gráfico das médias: Limite superior de controle LSCm = X + A x

Solução: Gráfico das médias: Limite superior de controle LSCm = X + A x R LSCm = 0, 315 + 1, 023 x 0, 02 = 0, 335 Limite inferior de controle LICm = X – A x R LICm = 0, 315 – 1, 023 x 0, 02 = 0, 295 As médias das 3 amostras estão dentro dos limites

Tabela n 2 3 4 5 6 7 8 9 10 A 1, 88

Tabela n 2 3 4 5 6 7 8 9 10 A 1, 88 1, 023 0, 729 0, 577 0, 483 0, 419 0, 373 0, 337 0, 308 D 4 3, 268 2, 574 2, 282 2, 114 2, 004 1, 924 1, 864 1, 816 1, 777 D 3 0 0 0, 076 0, 136 0, 184 0, 223 d 2 1, 128 1, 693 2, 059 2, 326 2, 534 2, 704 2, 847 2, 970 3, 078

Exemplo 9 cronometragens Média A 1 = 0, 32 h e amplitude = 0,

Exemplo 9 cronometragens Média A 1 = 0, 32 h e amplitude = 0, 04 Média A 2 = 0, 32 h e amplitude = 0 Média A 3 = 0, 31 h e amplitude = 0, 02 Amplitude = maior valor – menor valor Amplitude = 0, 34 - 0, 30 = 0, 04 Verifique se o nº de amostras é suficiente para 95 % de probabilidade e erro de 5 %. FT = 1, 2 Determine os limites dos gráficos da média e da amplitude. TC? TN? FT? TP? Caso ESA conceda 20 min para necessidades, 30 min para lanche e 20 min para diversos em 8 horas de trabalho, qual o novo tempo padrão?

Solução: Gráfico da amplitude: LSCa = D 4 x R LICa = D 3

Solução: Gráfico da amplitude: LSCa = D 4 x R LICa = D 3 x R LSCa = 2, 574 x 0, 02 = 0, 05 LICa = 0 x 0, 02 = 0 A amplitude das três amostras se encontram dentro dos limites portanto são consideradas válidas!

Solução: TC = média = 0, 315 hora = 18, 9 min TN =

Solução: TC = média = 0, 315 hora = 18, 9 min TN = 0, 315 x 0, 98 = 0, 310 h = 18, 6 min Caso o trabalho seja realizado em ambiente adequado, podemos adotar FT = 1, 2 TP = 0, 310 x 1, 2 = 0, 37 h = 22, 2 min Caso de concessões 70 min em 480 min de jornada: p = 70 /480 = 0, 146 = 14, 6% FT = 1 / ( 1 – 0, 146 ) = 1, 17 TP = 0, 310 x 1, 17 = 0, 36 h ou 21, 76 min

3. 2 Tempo Padrão de Atividades Acíclicas (para uma peça) Tempo Padrão = TS

3. 2 Tempo Padrão de Atividades Acíclicas (para uma peça) Tempo Padrão = TS q + TPi + TF L Onde: – TS Tempo Padrão do setup – Q Quantidade de peças para as quais o setup é suficiente – TPi Tempo Padrão da operação i – TF Tempo Padrão das atividades de finalização – L Lote de peças para que ocorra a finalização

Exemplo: 3 operações TP = 3, 5 min TS = 5 min para 1000

Exemplo: 3 operações TP = 3, 5 min TS = 5 min para 1000 pçs Peças colocadas em contêiner com 100 pçs = TF = 1, 5 min

Solução: 3 operações TP = 3, 5 min TS = 5 min para 1000

Solução: 3 operações TP = 3, 5 min TS = 5 min para 1000 pçs Peças colocadas em conteiner com 100 pçs = TF = 1, 5 min TPaa = ( 5 / 1000 ) + 3, 5 + ( 1, 5 / 100 ) = 3, 52 min

3. 3 Tempo Padrão para um lote de uma mesma peça Tempo Padrão para

3. 3 Tempo Padrão para um lote de uma mesma peça Tempo Padrão para um lote = (n. TS) + p. (TPi) + (f. TF) Onde: – n número de setup que devem ser feitos – f número de finalizações que devem ser feitas – p quantidade de peças do lote

Exemplo Com os dados anteriores calcular o tempo padrão para um lote de 1500

Exemplo Com os dados anteriores calcular o tempo padrão para um lote de 1500 peças. 3 operações TP = 3, 5 min TS = 5 min para 1000 pçs TF para cada 100 pçs = 1, 5 min Tempo Padrão para um lote = (n. TS) + p. (TPi) + (f. TF)

Solução Com os dados anteriores calcular o tempo padrão para um lote de 1500

Solução Com os dados anteriores calcular o tempo padrão para um lote de 1500 peças. Solução Setups = 1500 / 1000 = 1, 5 , portanto 2 Finalizações = 1500 / 100 = 15 TPl = (n. TS) + p. (TPi) + (f. TF) TPl = 2 x 5 + 1500 x 3, 5 + 15 x 1, 5 = 5282, 5 min

4 Tempos Predeterminados ou Sintéticos Os tempos sintéticos permitem calcular o tempo padrão para

4 Tempos Predeterminados ou Sintéticos Os tempos sintéticos permitem calcular o tempo padrão para um trabalho ainda não iniciado. • Existem dois sistemas principais de tempos sintéticos: o work-factor ou fator de trabalho e sistema methods-time measurement (MTM) ou métodos e medidas de tempo. • Unidade de medida TMU • 1 TMU = 0, 0006 min ou 0, 00001 h

Tempos Predeterminados ou Sintéticos MICROMOVIMENTOS: – – – – Alcançar Movimentar Girar Agarrar Posicionar

Tempos Predeterminados ou Sintéticos MICROMOVIMENTOS: – – – – Alcançar Movimentar Girar Agarrar Posicionar Soltar Desmontar Tempo para os olhos

5 Amostragem do Trabalho Consiste em fazer observações intermitentes em um período consideravelmente maior

5 Amostragem do Trabalho Consiste em fazer observações intermitentes em um período consideravelmente maior que o utilizado pelo método da cronometragem. – Observações instantâneas – Espaçadas ao acaso

5 Amostragem do Trabalho Cálculo do tamanho da amostra ER = intervalo de variação

5 Amostragem do Trabalho Cálculo do tamanho da amostra ER = intervalo de variação de Pi P = probabilidade (nível de confiança) Pi = estimativa da porcentagem da atividade i N = número de observações necessárias Z = coeficiente tabelado

Vantagens e desvantagens da Amostragem em relação aos Tempos Cronometrados Vantagens Desvantagens Operações cuja

Vantagens e desvantagens da Amostragem em relação aos Tempos Cronometrados Vantagens Desvantagens Operações cuja medição por cronômetro é cara Não é bom para operações de ciclo restrito Estudos simultâneos de equipes Não pode ser detalhada como estudo com cronômetro Custo do cronometrista é alto A configuração do trabalho pode mudar no período Observações longas diminuem A administração não entende influência de variações tão bem ocasionais O operador não se sente observado de perto Às vezes se esquece de registrar o método de trabalho