Esttica O belo o feio e o gosto
Estética O belo, o feio e o gosto 2º ANO E. M.
Estética Designa o nome da disciplina que estuda as experiências da beleza da arte. Foi criado pelo alemão Alexander Baumgartem.
Danaide (1889) - Rodin
Para Platão A beleza é a única ideia que resplandece no mundo. Segundo o pensamento platônico, somos obrigados a admitir a existência do "belo em si" independentemente das obras individuais que, na medida do possível, devem se aproximar desse ideal universal.
Para Locke e Hume (Séc. séculos XVII e XVIII) Relativizam a beleza, uma vez que ela não é uma qualidade das coisas, mas só o sentimento na mente de quem as contempla. Por isso, o julgamento de beleza depende tão somente da presença ou ausência de prazer em nossas mentes.
"Gosto não se discute" Todos os julgamentos de beleza, portanto, são verdadeiros, e todos os gostos são igualmente válidos. Aquilo que depende do gosto e da opinião pessoal não pode ser discutido racionalmente
Para Kant O belo é "aquilo que agrada universalmente, ainda que não se possa justificá-lo intelectualmente". Para ele, o objeto belo é uma ocasião de prazer. O princípio do juízo estético, portanto, é o sentimento do sujeito, e não o conceito do objeto. Entretanto, esse sentimento é despertado pela presença do objeto.
Para Hegel A beleza muda de face e de aspecto através dos tempos. Essa mudança, que se reflete na arte, depende mais da cultura e da visão de mundo vigentes do que de uma exigência interna do belo.
"O Nascimento de Vénus“, Sandro Boticelli de
A beleza culturalmente O conceito de beleza teve várias modificações ao longo do tempo. O que uma cultura pode considerar como feio, outra cultura pode considerar como belo. São as diferenças nos contextos de espaço e de tempo das variadas culturas e etnias existentes no planeta que tornam difícil uma conceituação para o que é belo.
As mulheres Girafas na Tailândia e As chinesas com os pés de Lótus
Beleza é Fundamental? A arte contemporânea não precisa expor somente a beleza, mas pode lidar até mesmo com dimensões mais obscuras da existência, tal como a feiúra. Por que o feio era evitado pela arte? O que há na feiúra que causa tanta repulsa?
Feiúra Etimologicamente, o termo “feiúra” remete ao latim foeditas, quer dizer “sujeira”, “vergonha”. Em francês significa “ferir”. Em alemão, quer dizer “ódio”. Há algo no feio que nos envergonha, que nos fere, que desperta nosso ódio
Quentin Massys - Duquesa Feia
Beleza x Feiúra Em um sentido estrito, o feio é aquilo que sobra quando o belo se ausenta. Se a beleza se mostra na proporção, a feiúra está relacionada à desmedida. Se a beleza é o esplendor da ordem, a feiúra é a instância da assimetria e do excesso. Se o belo está do lado da luz e do bem, o feio está do lado da escuridão e do mal.
O belo bom e feio ruim: Neoclassicismo – resgatou os valores de simetria e harmonia; Ideal de beleza- As estátuas do italiano Antônio Canova; Para Eco – “Na Idade Média a Igreja levou à fogueira, várias mulheres se valendo apenas da aparência, de que elas eram consideradas ‘feias’ e que poderiam ser bruxas e feiticeiras; O inimigo como feio;
Estátuas de Antônio Canova
David, de Michelangelo
Para Platão A feiúra não revela apenas uma imperfeição da conduta, mas também uma imperfeição ontológica. Mas também a feiúra está associada, de forma ambígua, com o desejo. O prazer sexual, segundo Platão, é o mais agradável, mas também o mais feio de se ver, tão feio que as pessoas tendem a ocultar-se durante o ato.
Graus de feiúra, segundo a sociedade A feiúra possui diversos graus: pode provocar risos, na sua forma mais amena; nojo e asco, nas suas manifestações mais agressivas.
Na sociedade “Ser considerado feio, ou estar fora do padrão vigente, é não se adequar ao mundo social, é estar “a parte”. Assim, o excesso de peso ou ausência de um rosto assimétrico, de acordo com o modelo apresentado pela mídia, em nossa época, produz certo estranhamento estético. ” Santos, 2007, p. o 7
Aversão ao diferente Se comparada com os deuses, a espécie humana não é bela, ao passo que o mais belo macaco não passa de feio se comparado aos homens; a repulsa pelo feio parece estar associada à dificuldade de lidar com o diferente de maneira geral; Tudo o que parece ser estrangeiro, inabitual ou muito novo tende a ser visto com desconfiança e a ser percebido como feio.
Na música: Lithium (1992), Nirvana A feiúra é evocada como uma forma solidária de identificação: “I'm só ugly But that's ok 'Cause só are you We've broke our mirrors. ” “Eu sou tão feio mas está tudo bem Porque você também é Quebramos nossos espelhos”.
Goya - “As Jovens e As Velhas”
Comparações de obras parecidas: O Retrato do Papa Inocêncio (1650). Feito por Diego Velásquez. Estilo detalhadamente realista. Toda a soberania e imponência de alguém que se sabe a autoridade máxima de seu tempo e se sente alçado acima dos problemas terrenos vem à tona através dos tons em vermelho e dourado. Observe agora o estudo sobre o quadro de Velásquez feito pelo pintor irlandês contemporâneo Francis Bacon (1909 -1992). O amarelo dá ao trono a aparência de uma cadeira elétrica, o papa grita e parece sentir dor. A feiúra de seu rosto emerge como um sinal de que o papa também é humano, falível e mortal. A obra de Francis Bacon não nega nem elogia a feiúra do homem e do mundo, apenas deixa que ela se mostre.
Obras de Velásquez e Francis Bacon
Monalisa, Leonardo da Vinci x Gina Pane, performance
Pietá, de Michelangelo x A Fonte, de Marcel Duchamp
Para além do belo e do feio Se tradicionalmente a feiúra foi sempre evitada na arte e na filosofia, por ser vista como um sinal de imperfeição, vivemos agora em um estado de indeterminação, pois não sabemos mais ao certo o que é belo ou feio. Certos programas de rádio ou tevê exploram hoje – sem o mesmo refinamento da arte – a capacidade que a feiúra tem de impressionar o espectador. O problema é que agora corremos o risco de ficarmos irremediavelmente anestesiados em relação ao feio, graças à sua superexposição na tevê, nos jornais e nas revistas, cada vez há menos repulsa pelo espetáculo diário de horrores.
Guinness O livro dos Recordes
Filmes que abordam o assunto Freaks 1932
Filme “Homem Elefante”
Filme, O amor é cego, 2001
Filme, O Retrato de Dorian Gray, 2009
Filme, Extraordinário, 2017
- Slides: 36