Estruturas Funcionais do Voleibol O voleibol pode ser
Estruturas Funcionais do Voleibol
O voleibol pode ser considerado: Um esporte praticado por equipes em disputa indireta pela bola, sendo utilizada, principalmente, as mãos. O espaço de ação de cada equipe é separado e a sua participação alternada.
Dimensões Assim como em outros esportes coletivos, as estruturas funcionais do voleibol podem ser analisadas sob duas dimensões: • Lógica Interna do Jogo: • Lógica Externa do Jogo:
ESTRUTURA INTERNA O voleibol apresenta um conjunto de especificidades que o configuram em um espaço próprio no grupo dos esportes coletivos. Dentre essas especificidades podemos destacar:
Estrutura Interna Não existência de empate: no voleibol sempre há um vencedor. Em todo jogo o time joga pela vitória. Tempo de jogo indefinido: não há previsão de tempo de jogo no voleibol. Desta forma, sempre é necessário conquistar mais pontos enquanto o jogo não acaba. O jogador tem que estar preparado (mental e fisicamente) para uma partida cuja duração é indeterminada.
Estrutura Interna Obrigação de rotação dos jogadores: em nenhum outro esporte coletivo as restrições regulamentares interferem de maneira a condicionar a estrutura da equipe como no voleibol, provocando a obrigatoriedade de especialização ofensiva e defensiva. Penalização do erro técnico: o erro técnico é penalizado com implicação direta no resultado do jogo. Assim, a preparação técnica ganha destaque na treinamento do jogador de voleibol.
Estrutura Interna Impossibilidade de retenção da bola: ao contrário de outros esportes coletivos, no voleibol busca-se a repulsão da bola. Portanto, a pressão de tempo é fundamental na execução das técnicas relacionadas à modalidade. Por essa característica, as capacidades coordenativas são fundamentais para o bom desempenho no voleibol.
Estrutura Interna Ritmo e tempo de jogo relativamente definidos: o limite de toques na bola limita a impressão de diferentes ritmos sobre o adversário. Essa característica também dificulta o trabalho de ritmo em função do placar. Não há como segurar a bola, pois ela sempre deve ser jogada para o adversário.
Estrutura Interna Definição de zonas de jogo: Zona de Ataque Zona de Defesa
Estrutura Interna Impossibilidade de invasão de espaço e de contato direto: não interferência direta na organização ofensiva adversária (defesa passiva); a) falta de pressão do adversário sobre o possuidor da bola (não se rouba a bola do adversário); a) posse alternada da bola pelas equipes (não há pressão ofensiva contínua); a) a) agressividade apenas sobre a bola.
Estrutura Interna Sistema de pontuação: o voleibol é considerado um jogo de dois servidores (two-server game). n Dentro de um jogo existem vários “jogos”. Tem a posse do serviço a equipe que executa o saque, e a recepção do serviço a equipe que recebe. n No sistema tie-break a posse do serviço é uma desvantagem, tendo em vista quem ataca tem maior probabilidade de pontuar. Caso force o saque, o erro é penalizado. n
Estrutura Interna Sistema de pontuação: Posse de Serviço Recepção de Serviço Positivo Negativo Ganha ponto; Mantém posse do serviço Perde ponto; Perde posse do serviço Ganha ponto; Ganha posse do serviço Perde ponto; Continua sem posse do serviço
ESTRUTURA EXTERNA Subestruturas do jogo: modelo de análise que consiste em reduzir a complexidade da estrutura do jogo a níveis que não lhe desvirtue a natureza fundamental. Especializações funcionais: funções específicas dos jogadores. definições de
As Subestruturas do Voleibol De maneira geral, é possível diferenciar duas fases fundamentais no jogo do voleibol: O ataque: situação tática na qual uma equipe se encontra em posse da bola e cria condições para atingir o objetivo do jogo. A defesa: situação tática na qual uma equipe busca não permitir que o adversário atinja o seu objetivo ofensivo, recuperando a posse de bola ou forçando o erro do oponente.
As Subestruturas do Voleibol Há um equilíbrio entre o ataque e a defesa, que quando desestabilizado gera ponto para uma das equipes. Para a realização deste objetivo existem procedimentos específicos relativos a cada fase e uma organização racional que conduz a sua utilização eficaz.
As Subestruturas do Voleibol De todos os jogos esportivos coletivos, o voleibol é o que possui uma estrutura lógica externa mais determinista. Excluindo situações particulares, teremos sempre: 1. Primeiro toque: objetiva o controle da bola, evitando o sucesso adversário, e criar condições para a resposta. 2. Segundo toque: objetiva construir situações facilitadoras para o ataque (levantamento). 3. Terceiro toque: objetiva finalizar a seqüência e atingir o objetivo do jogo, marcando o ponto.
Serviço Recepção do serviço Transição para o ataque Transição para a defesa Levantamento Defesa Transição para o ataque Ataque Proteção do ataque e transição para a defesa Levantamento Ataque Proteção do ataque e transição para a defesa Defesa
Especialização dos jogadores As ações dos jogadores conforme as subestruturas, normalmente obedecem a aspectos que se inserem no cumprimento de funções específicas. Desta forma, temos: ATACANTES LÍBEROS LEVANTADORES
Especialização dos jogadores Embora haja essa divisão, com exceção do líbero, que é apenas defensor, os jogadores desempenham papéis variados em quadra. Desta forma, é preferível realizar uma análise considerando as fase de defesa e ataque.
Ações Defensivas Bloqueio (defesa alta): No voleibol de rendimento é uma função especializada, onde os jogadores defendem especificamente as zonas 4, 3 e 2. Defesa baixa: É realizada nas zonas 5, 6 e 1. Geralmente também tem definições específicas dos jogadores nas determinadas posições. Recepção: Existem jogadores que são recebedores prioritários. A recepção pode ser realizada por 2, 3, 4 ou 5 jogadores.
Ações Ofensivas Levantamento: Segundo toque na bola e construção do ataque. Ataque de primeira linha: Ataque realizado por jogador que se encontram na zona de ataque: zona 4 (entrada de rede - ponteiro), zona 3 (meio de rede) e zona 2 (saída de rede - oposto). Ataque de segunda linha: Ataque realizado por jogador que se encontra na linha de defesa. Estes atacam as “bolas da linha dos 3”, pois não podem atacar saltando da zona de ataque (acima da altura da rede).
Finalizando. . . vale destacar que, com a obrigatoriedade de rodízio e as situações específicas de cada lance, os jogadores se obrigam a realizar tarefas que habitualmente seriam “dos outros”. Um exemplo é a necessidade do levantador realizar uma defesa ou de um atacante ou líbero levantar a bola. Por isso, uma boa base de treinamento generalizado é importante para o voleibol.
REFERÊNCIAS COSTA, L. C. A. ; NASCIMENTO, J. V. O ensino da técnica e da tática: novas abordagens metodológicas. Revista da Educação Física/UEM, v. 15, n. 2, p. 49 -56, 2004. MOUTINHO, C. A. O ensino do voleibol: a estrutura funcional do voleibol. In: GRAÇA e OLIVEIRA. O Ensino dos Jogos Desportivos. 2. ed. Porto: Universidade do Porto, 1995. p. 147.
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