Escola Bblica Dominical 1 T 14 Estudo do
Escola Bíblica Dominical 1 T 14 Estudo do 2º livro do Pentateuco O livro de
Neste 1 T 14 estamos dando sequência à nossa matriz curricular estudando nas revistas do currículo da CBB, o segundo livro da Bíblia: O Livro de Êxodo
1 T 14 – O livro de Êxodo Estudo 10 “Falava o Senhor a Moisés face a face” Texto bíblico: Êxodo 33. 1 -23 Texto áureo: Êxodo 33. 11 a “E falava o Senhor a Moisés face a face, como qualquer fala com seu amigo. ”
Introdução I Chamamos à lição deste domingo de "um interlúdio espiritual", porque, em meio à narrativa do livro, entre tantos eventos e fatos que ocorrem na descrição bíblica, este capítulo é como que um espaço, um intervalo para descanso e refrigério. É como que um instante especial em que o Senhor e seu grande servo param para conversar e, na intimidade do momento a sós, dialogam sobre aqueles assuntos que estão na faixa da preocupação de ambos.
Introdução II É muito significativo o fato que, embora próximos e íntimos, existe entre o Senhor e o seu servo um espírito de reverência e formalismo. Muitas vezes, em nossos relacionamentos familiares e sociais, em nome da maior intimidade, rompemos certos limites, passando assim as relações a serem desenvolvidas dentro de um clima de vulgaridade e falta de respeito nada meritórias. Isto não pode e não deve acontecer em nosso relacionamento com o Senhor. Ele deixa claro isto para o seu servo Moisés.
Introdução III Ultimamente, esta nova imagem, que alguns grupos ditos evangélicos têm introduzido na igreja de Cristo, traz consigo uma onda de "companheirismo e intimidade" com o Senhor que não pode e nem deve ser aceita por nós. Expressões tais como "o cara lá de cima", "o paizão", "o homem lá do alto" que pretendem ser jocosas e expressar um bom nível de relacionamento com o Senhor, são irreverentes e até mesmo ofensivas à dignidade e soberania de Deus. Não devemos usá-las, nem mesmo concordar com aqueles que as usam.
Introdução IV Alguns até, baseando-se na expressão de Cristo, "aba pai", como indicativa de um diminutivo (pela repetição da palavra pai no aramaico e no grego), passam a usar nas orações o apelativo "paizinho". Se Cristo o fez, ele era e é o Filho de Deus, a segunda pessoa da trindade. Não é o nosso caso. Embora ele nos tenha irmanado na cruz e nos feito coherdeiros com ele na glória, devemos ter para com o nome do Pai o maior zelo e a maior reverência.
Introdução V A maioria dos autores sintoniza o período abrangido pelo livro, como aqueles dois anos em que o povo saindo do Egito vive no deserto essas experiências marcantes para a sua verdadeira constituição como nação e prepara-se para entrar na Terra Prometida, o que só vai acontecer depois de 38 anos a mais que aquele povo iria vagar no deserto até entrar na Terra da Promessa, conforme nos narram os capítulos 13, 14 e 32 do livro de Números. Durante esse tempo, o Senhor promete então a Moisés o que lemos neste capítulo 33.
Êxodo 33. 1 -3 Disse mais o Senhor a Moisés: Vai, sobe daqui, tu e o povo que fizeste subir da terra do Egito, para a terra a respeito da qual jurei a Abraão, a Isaque, e a Jacó, dizendo: À tua descendência a darei. 1 E enviarei um anjo adiante de ti {e lançarei fora os cananeus, e os amorreus, e os heteus, e os perizeus, e os heveus, e os jebuseus}, 2 para uma terra que mana leite e mel; porque eu não subirei no meio de ti, porquanto és povo de cerviz dura; para que não te consuma eu no caminho. 3 A presença de Deus se faria clara para o povo por meio do anjo que apontaria para Moisés a proteção de Deus à jornada. A nuvem de dia e a coluna de fogo seriam os marcos que indicariam o rumo a ser cumprido. Até a promessa de sua direção nas batalhas à frente é aqui feita, dando ao povo a certeza da conquista da terra que o Senhor lhes prometera. Nos dias de hoje, o povo de Deus tem também esta certeza: ele nos protege, ele nos mostra o caminho a seguir, ele nos faz vencer as batalhas da vida.
Êxodo 33. 4 -6 Diante das palavras de advertência do Senhor , o próprio povo reconhece que não tem condições para andar na presença de Deus. Triste constatação esta. Ele sente que não tem condições para andar na presença de Deus. Os seus atavios, que seriam as vestimentas de festas e de celebração, usados sempre que se anunciava uma comemoração diante de Deus, não foram mais colocados pelos homens e mulheres de Israel, desde o monte em Horebe para diante. Depois do episódio em que o próprio povo pediu a Moisés que o Senhor não falasse diretamente a ele, vem agora este episódio em que também reconhece que, por seus erros e fracassos, o Senhor não irá em meio a ele, mas enviará o seu anjo. Êxodo 33. 4 -6 4 E quando o povo ouviu esta má notícia, pôs-se a prantear, e nenhum deles vestiu os seus atavios. Pois o Senhor tinha dito a Moisés: Dize aos filhos de Israel: És um povo de dura cerviz; se por um só momento eu subir no meio de ti, te consumirei; portanto agora despe os teus atavios, para que eu saiba o que te hei de fazer. 5 Então os filhos de Israel se despojaram dos seus atavios, desde o monte Horebe em diante. 6
Êxodo 33. 7 -11 7 Ora, Moisés costumava tomar a tenda e armá-la fora do arraial, bem longe do arraial; e chamou-lhe a tenda da revelação. E todo aquele que buscava ao Senhor saía à tenda da revelação, que estava fora do arraial. 8 Quando Moisés saía à tenda, levantavase todo o povo e ficava em pé cada um à porta da sua tenda, e olhava a Moisés pelas costas, até entrar ele na tenda. 9 E quando Moisés entrava na tenda, a coluna de nuvem descia e ficava à porta da tenda; e o Senhor falava com Moisés. 10 Assim via todo o povo a coluna de nuvem que estava à porta da tenda, e todo o povo, levantando-se, adorava, cada um à porta da sua tenda. 11 E falava o Senhor a Moisés face a face, como qualquer fala com o seu amigo. Depois tornava Moisés ao arraial; mas o seu servidor, o mancebo Josué, filho de Num, não se apartava da tenda. Êxodo 33. 7 -11 Vejam que texto significativo: Moisés armava o tabernáculo fora do arraial; segundo a Escritura "bem longe do arraial". Por quê? . . . Não sabemos, mas parece-nos que Moisés queria que o povo, ao se dirigir para lá, sentisse pela caminhada, a maior importância do que estava fazendo. O Senhor ali lhe falava, o Senhor ali, revelava para ele a sua vontade; ainda havia "aqueles que buscavam ao Senhor", e, por isso, para ali se dirigiam ao encontro da pessoa de Deus.
Êxodo 33. 12 -14 Um dos aspectos mais desafiadores da vida do crente é o tornar-se uma pessoa íntima de Deus. Enoque, neste sentido, seria o nosso paradigma. De tal maneira "andou ele com Deus, que Deus para si o tomou". Depois dele, Noé e Abraão nos dão alguns lampejos dessa intimidade. Moisés agora é que vai tentar penetrar nesse estágio maravilhoso da comunhão íntima com o Senhor. Desde que estivera com o Senhor no Horebe, quando de sua chamada e, depois, durante os quarenta dias da entrega dos Dez Mandamentos, ele vai demonstrar sempre o seu interesse em apossar-se dessa convivência próxima e pessoal com o Deus de Israel. No texto de hoje, ele parece até um tanto inoportuno e intruso, chegando ao ponto de contrapor-se ao Senhor, com uma palavra que seria uma espécie de cobrança de uma retribuição por parte do Pai: Êxodo 33. 12 -14: E Moisés disse ao Senhor: Eis que tu me dizes: Faze subir a este povo; porém não me fazes saber a quem hás de enviar comigo. Disseste também: Conheço-te por teu nome, e achaste graça aos meus olhos. 12 Se eu, pois, tenho achado graça aos teus olhos, rogo-te que agora me mostres os teus caminhos, para que eu te conheça, a fim de que ache graça aos teus olhos; e considera que esta nação é teu povo. 13 14 Respondeu-lhe o Senhor: Eu mesmo irei contigo, e eu te darei descanso.
Êxodo 33. 15 -17 Então Moisés lhe disse: Se tu mesmo não fores conosco, não nos faças subir daqui. O que Moisés coloca para o Senhor é então de uma resolução extraordinária. Ele estava com o povo já saído do Egito. Algum tempo já se passara. Não há volta atrás. O exército egípcio já tinha sido destruído com o seu faraó. Aquele povo que ficara para trás, não aceitaria de forma alguma o retorno de quem por 10 vezes lhe houvera causado mal e que, por fim, destruíra a sua força bélica e liquidara o seu rei. 15 Como, pois, se saberá agora que tenho achado graça aos teus olhos, eu e o teu povo? acaso não é por andares tu conosco, de modo a sermos separados, eu e o teu povo, de todos os povos que há sobre a face da terra; 16 Ao que disse o Senhor a Moisés: Farei também isto que tens dito; porquanto achaste graça aos meus olhos, e te conheço pelo teu nome. 17 Moisés, no entanto, sabe que a empreitada que tem diante de si só poderia ser concretizada caso o Senhor estivesse junto a ele e ao seu povo. Não havia outra forma da jornada até Canaã ser realizada, a não ser com a presença de Deus junto a eles. Daí a sua resoluta palavra:
Êxodo 33. 18 -20 Moisés, já teria visto a glória deste seu Deus em momentos especiais de sua vida. Mas, parece-nos, ele queria mais: - A glória de Deus se manifestou, sem dúvida, quando foi chamado em Midiã; - A glória de Deus se manifestou por 10 vezes quando as pragas vieram; - A glória de Deus se manifestou quando o povo iniciou a saída do Egito; - A glória de Deus se manifestou quando começou a guiar o povo pelo caminho; - A glória de Deus se manifestou quando o Mar Vermelho se abriu; - A glória de Deus se manifestou quando os Mandamentos lhe foram entregues. . . Sim, em todos esses momentos grandiosos, na história do povo de Deus, a sua glória estava presente. Êxodo 33. 18 -20: Moisés disse ainda: Rogo-te que me mostres a tua glória. 18 Respondeu-lhe o Senhor: Eu farei passar toda a minha bondade diante de ti, e te proclamarei o meu nome Jeová; e terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia, e me compadecerei de quem me compadecer. 19 E disse mais: Não poderás ver a minha face, porquanto homem nenhum pode ver a minha face e viver. 20
Êxodo 33. 21 -23: Disse mais o Senhor: Eis aqui um lugar junto a mim; aqui, sobre a penha, te porás. 21 E quando a minha glória passar, eu te porei numa fenda da penha, e te cobrirei com a minha mão, até que eu haja passado. 22 Depois, quando eu tirar a mão, me verás pelas costas; porém a minha face não se verá. 23 Logicamente, Moisés estava se sentindo cada vez mais íntimo do Senhor e queria conhecê-lo mais e mais. O Senhor falava com ele, e ele com o Senhor, mas ele não o via. Estava "face a face" com Deus, como a própria Palavra nos fala, mas não percebia visível e tangível a presença dele. Além do mais, como aquele povo o vinha decepcionando, queria ele sentir mais fortemente esta presença de forma que pudesse vir a conduzir o povo com mais segurança, vendo ele a presença desta glória junto ao seu líder.
Conclusão Muitas vezes nós estamos como Moisés, pedindo que a glória de Deus se manifeste em nossa vida e nos esquecemos ou não nos apercebemos que ela já se tem manifestado em nosso viver. Sempre que alcançamos uma vitória, sempre que o Senhor nos guarda diante do mal, sempre que vencemos a tentação do Maligno, sempre que, como filhos de Deus, salvos por Cristo, realizamos a sua vontade em nossa vida, a sua glória nos acompanha, a sua glória está em
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