EQUIPE MULTIDISPLINAR OU CONJUNTO DE PESSOAS COM ATIVIDADES

EQUIPE MULTIDISPLINAR OU CONJUNTO DE PESSOAS COM ATIVIDADES JUSTAPOSTAS ?

Muitas “equipes” de trabalho não são equipes de trabalho ARTICULAÇÃO TROCA ENVOLVIMENTO PARTICIPAÇÃO COOPERAÇÃO COMPLEMENTARIEDADE A tarefa da equipe não exige que os membros sejam amigos, mas que tenham a capacidade de cooperação

Cooperação passa pela capacidade de DIFERENCIAÇÃO QUANDO, NUM GRUPO, TODOS FALAM A MESMA LÍNGUA, DESCONFIE mitos

A equipe se enriquece pela capacidade de se diferenciar Diferentes especificidades de contribuição dos membros para com a equipe Complementariedade vem da diferenciação de papéis, que proporciona: TROCA, CRESCIMENTO E CRIATIVIDADE

Trabalhar com o outro desperta MEDO, INSEGURANÇA O outro é, antes de tudo, um PERIGO!!! Numa sociedade competitiva, trabalhar junto é EXPOR-SE, REVELAR-SE, VENCER OBSTÁCULOS POR QUE, ENTÃO, AS PESSOAS TRABALHAM JUNTAS? O QUE SE PODE ESPERAR DE CADA UM?

PROJETO!!!! Quando o Projeto está na cabeça de um só, já começa sua falência O Projeto comum define o que esperar uns dos outros Por que foi mesmo que a gente se juntou? lembrar nos momentos de CRISE

Competição na equipe A adesão a um projeto comum ajuda a trabalhar esta questão Quando se quer “emplacar” o projeto pessoal, COMPLICA!!!! É necessário que as pessoas não tenham só seus projetos pessoais, que possam aderir ao PROJETO GRUPAL

A qualidade dos resultados depende do nível de interação que se tem entre os membros da equipe Deixa-se de ser um conjunto de pessoas com atividades justapostas quando a equipe tem articulação e troca

AS TAREFAS DO GRUPO O grupo tem suas tarefas, que o mobilizam em 2 tipos de dinâmica: 1 - DIN MICA VISÍVEL A EXPLÍCITA 2 - DIN MICA INVISÍVEL A IMPLÍCITA A equipe tem que se articular no nível explícito e no implícito, porque quando um jogador não ‘vai com a cara”do outro, NÃO PASSA A BOLA E a equipe não faz gol!!!

Coordenação: tem a função de ajudar o grupo a realizar as tarefas explícitas e as implícitas, trazendo à tona fatos, análises, que possam ajudar na realização das tarefas Liderança: há vários tipos dela (vem dentre os integrantes do grupo) De mudança tem o impulso para que ela se realize De resistência tem o impulso para o grupo não fazer a tarefa Pode ser: Sabotador não se pode sabotar o grupo sozinho. O grupo tem que aderir a ele; Impostura é mais sutil, porque aparentemente se envolve com a tarefa, mas no fundo não tem compromisso e nem responsabilidade com ela. É mais difícil de ser detectada. Discurso do trabalho, prática do não trabalho. Discurso afinado, prática desafinada com a tarefa.

A possibilidade de troca e interação é algo construído, tem que ter investimento para que os desajustes possam ser superados, para que o grupo aprenda a se articular. Quer saber se uma equipe funciona bem?

Verificar: 1 - COMUNICAÇÃO. As coisas podem ser ditas? Se ditas, podem ser entendidas? 2 - O grau de PERTENÇA, envolvimento, co-responsabilidade; 3 - O grau de COOPERAÇÃO, participação diferenciada; 4 - O CLIMA DE AFETO entre as pessoas da equipe; 5 - A possibilidade da equipe ter APRENDIZADO: não pode estagnar 6 - COORDENAÇÃO: há ajuda para a equipe desenvolver seu projeto, para resolver as dificuldades do grupo, para as tarefas implícitas e explícitas serem enfrentadas? 7 - LIDERANÇAS: são de mudança para novas experiências ou de resistência? São cristalizadas ou circulam e emergem nos vários membros da equipe?

BIBLIOGRAFIA CACCIA-BAVA, M. C. G. G; PEREIRA, M. J. B. O trabalho de grupo e suas interações: problema ou solução para os gestores da saúde? Série Notas Didáticas nº 23 -Relatório Técnico do Departamento de Medicina Social da FMRP-USP. Jan-08. CAMPOS, G. W. S. Subjetividade e administração de pessoal: considerações sobre modos de gerenciar o trabalho em equipes de saúde. In: MERHY, E. E. ; ONOKO, R. (orgs. ). FORTUNA, C. M. O trabalho de equipe numa unidade básica de Saúde: produzindo e reproduzindo-se em subjetividade. Ribeirão Preto, 1999. 236 p. Dissertação (mestrado) – Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo. LAPASSADE, G. Grupos, organizações e instituições. Tradução de Araújo Mesquita. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1997. PEDUZZI, M. Equipe multiprofissional de saúde: conceito e tipologia. Rev. Saúde Pública, São Paulo, v. 35, n. 1, p. 103 -109, 2001. PICHON-RIVIÈRE, E. O processo grupal. São Paulo. Martins Fontes, 1982.