Equilbrio dinmico dos ecossistemas Alteraes do meio e
Equilíbrio dinâmico dos ecossistemas
Alterações do meio e das populações Algumas alterações do meio e das populações são sazonais e portanto cíclicas. Identifica-as 2
Alterações do meio e das populações As estações do ano estão associadas a fenómenos como a neve e o degelo, as cheias e o tempo quente e seco. . . O ciclo de vida dos animais apresenta diferentes fases que se repetem, ano após ano. . . 3
Alterações do meio e das populações Algumas alterações do meio e das populações são muito profundas e resultam de fenómenos não sazonais; por vezes essas alterações modificam irreversivelmente a face da Terra Vucanismo Queda de meteoritos Poluição Abertura e fecho de oceanos Alteração do clima Destruição de habitats 4
Equilíbrio dinâmico dos ecossistemas Mas a maioria das alterações no meio e nas populações ocorrem dentro de certos limites, sem perda de biodiversidade. 5
Alterações do meio e das populações Diversos fatores bióticos afetam o pisco-de-peitoruivo As populações podem aumentar, reduzir ou mudar a área onde ocorrem As populações podem aumentar o seu tamanho, diminuir ou mesmo extinguir-se Diversos fatores abióticos e antrópicos afetam o piscode-peito-ruivo As espécies alteramse de forma lenta e gradual, evoluindo para formas mais aptas ao ambiente em mudança 6
Alterações do meio e flutuações das populações A abundância de uma população apresenta frequentemente flutuações em torno de um valor médio, condicionadas por fatores bióticos e fatores abióticos. Um exemplo típico é o caso dos linces e das lebres nas florestas canadianas, cujas populações se regulam mutuamente. 7
Alterações do meio e evolução das espécies Antes de 1848 • Os vidoeiros de casca branca eram abundantes em Inglaterra. • Os líquenes claros cobriam a maioria dos troncos das árvores. • As borboletas claras conseguiam uma excelente camuflagem contra os predadores. • Cerca de 98% das borboletas eram claras. Borboleta Biston betularia, forma clara, descansando num tronco de árvore 8
Alterações do meio e evolução das espécies No final do século XIX • Começou em Inglaterra a revolução industrial. • Os bosques de algumas cidades, como Manchester, foram contaminados pela fuligem que enegreceu os troncos das árvores e eliminou os líquenes. 9
Alterações do meio e evolução das espécies Em poucos anos as borboletas escuras passaram a representar 95% das borboletas de Manchester e doutras áreas altamente industrializadas. PORQUÊ? 10
Alterações do meio e evolução das espécies Como todas as espécies, as borboletas Biston betularia apresentam diversidade intraespecífica, por exemplo na cor (mais clara ou mais escura). As borboletas põem centenas de ovos, no entanto o tamanho da população mantém-se de geração em geração, o que significa que muitas borboletas morrem antes de se conseguirem reproduzir. Sobrevivem as borboletas mais aptas, ou seja, as que possuem as características que lhes conferem vantagem em relação às restantes. 11
Alterações do meio e evolução das espécies Contra um fundo escuro as aves podiam ver melhor as borboletas claras que se tornavam um alvo fácil de predação. Como resultado, sobreviveram mais borboletas escuras até à idade reprodutiva e deixaram descendência abundante. Assim, a população de borboletas registou uma evolução muito rápida (em menos de 50 anos), devido a alterações no meio provocadas pelo ser humano. Geralmente a evolução processa-se de forma mais lenta. 12
Relações bióticas e evolução das espécies Algumas espécies evoluíram em conjunto, de tal forma que a extinção de uma espécie pode arrastar consigo a extinção da outra, como é o caso dos insetos e aves polinizadores e das plantas polinizadas. 13
Alterações do meio e das populações Como é possível áreas desprovidas de vida transformarem-se em regiões de grande biodiversidade? PASSADO PRESENTE Evolução de uma ilha vulcânica 14
Alterações do meio e sucessão ecológica Por vezes surgem na superfície terrestre áreas praticamente desprovidas de vida, nas quais os ecossistemas se vão instalando de forma gradual ao longo do tempo – sucessão ecológica. Sucessão ecológica primária Ocorre numa área nunca antes habitada Exemplo – ilha vulcânica recém formada 15
Alterações do meio e sucessão ecológica Por vezes os ecossistemas são devastados por catástrofes ou destruídos pelo ser humano. Grande parte da comunidade é destruída. A restruturação do ecossistema ao longo do tempo denomina-se sucessão ecológica secundária. Exemplo – campo agrícola abandonado 16
Que tipo de sucessão ecológica irá ocorrer em cada um destes casos? Incêndio florestal Barragem e albufeira acabadas de construir 17
Etapas de uma sucessão ecológica Duna recém-formada, desprovida de vida. Sedimento solto e pobre em matéria orgânica, desfavorável à fixação das plantas. Condições permitem a progressiva colonização por outras plantas e por pequenos animais – aumento da biodiversidade. Colonização pelo estorno, uma planta que ajuda a fixar a areia e começa a enriquecer o solo em matéria orgânica. Evolução da comunidade para matagal e depois para pinhal, com colonização por animais de maior porte, como mamíferos e aves. 18
Etapas de uma sucessão ecológica Espécies pioneiras – conseguem viver em ambientes inóspitos Fatores bióticos e abióticos interrelacionam-se e vão ficando progressivamente mais favoráveis Instala-se uma comunidade que perdura no tempo – comunidade clímax 19
Nem todas as sucessões ecológicas terminam numa comunidade clímax Num tronco de árvore sucedem-se as comunidades de bactérias e fungos decompositores e de insetos detritívoros. A sucessão termina em poucos meses, sem que perdure uma comunidade clímax. Um pequeno charco pode acumular sedimentos e enriquecer de tal forma em matéria orgânica (eutrofização) que acaba por desaparecer dando origem a uma zona húmida e posteriormente um 20 habitat terrestre.
Os ecossistemas prestam serviços à humanidade ECOSSISTEMA ESTUÁRIO Nos estuários dos principais rios portugueses, os sedimentos acumulam-se formando zonas com lodo e vegetação (sapais), que fazem a transição entre o rio e o meio terrestre. 21
Os ecossistemas prestam serviços à humanidade ECOSSISTEMA ESTUÁRIO SERVIÇOS DE PRODUÇÃO . . . sal, peixe, mariscos, algas. . . usados na alimentação, medicamentos, como matérias-primas. . . 22
Os ecossistemas prestam serviços à humanidade ECOSSISTEMA ESTUÁRIO SERVIÇOS DE PRODUÇÃO SERVIÇOS DE REGULAÇAO . . . controlo da erosão e do efeitos das cheias. . . plantas fazem a purificação natural da água do rio. . . 23
Os ecossistemas prestam serviços à humanidade ECOSSISTEMA ESTUÁRIO SERVIÇOS DE PRODUÇÃO SERVIÇOS DE REGULAÇAO SERVIÇOS CULTURAIS . . . observação da natureza, turismo, ciência. . . 24
Os ecossistemas prestam serviços à humanidade ECOSSISTEMA ESTUÁRIO SERVIÇOS DE PRODUÇÃO SERVIÇOS DE REGULAÇAO SERVIÇOS CULTURAIS . . . intensa produção de matéria orgânica pela fotossíntese, canais são locais de desova de muitos peixes. . . SERVIÇOS DE SUPORTE 25
Serviços que a floresta presta ao ser humano – identifica o tipo de serviço representado em cada imagem SERVIÇOS DE SUPORTE SERVIÇOS CULTURAIS SERVIÇOS DE REGULAÇAO SERVIÇOS DE PRODUÇÃO 26
É essencial manter o equilíbrio dos ecossistemas e a biodiversidade. . . • Porque não temos o direito de destruir o resultado de 3800 milhões de anos de evolução. . . • Porque é nosso dever deixar às gerações futuras os recursos fantásticos que nós próprios encontrámos na Terra, pois também elas têm direito a esses recursos, ao bem-estar e à qualidade de vida. 27
É essencial manter o equilíbrio dos ecossistemas e a biodiversidade. . . • Quando uma espécie se extingue toda a humanidade perde a oportunidade de usufruir dos serviços que essa espécie poderia proporcionar. • Conhecemos ainda uma quantidade ínfima dos possíveis serviços que as espécies e ecossistemas nos podem proporcionar. • A ciência e a tecnologia todos os dias se inspiram nos seres vivos e nos processos naturais para criar soluções para o bem-estar humano. 28
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