EPIDEMIOLOGIA DA ESTOMATITE VESICULAR Prof a Dra Masaio
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EPIDEMIOLOGIA DA ESTOMATITE VESICULAR Prof. (a) Dra. Masaio Mizuno Ishizuka Professora Titular Senior de Epidemiologia das Doenças Infecciosas da FMVZ-USP Departamento de Medicina Veterinária Preventiva e Saúde Animal
I. CONCEITUAÇÃO Ø Estomatite vesicular é doença infecciosa causada por vírus do gênero Vesiculovirus da família Rhabdoviridae que acomete equinos, bovinos e suínos; ØSinais clínicos em suínos e bovinos são indistinguíveis da febre aftosa e é de notificação imediata e obrigatória;
Estomatite Vesicular II. IMPORT NCIA EM SAÚDE ANIMAL E EM SAÚDE PÚBLICA Ø Em saúde animal: pelo fato de infectar bovinos e suínos e assemelhar-se à febre aftosa relativamente aos sinais clínicos, a OIE classifica como doença de múltiplas espécies animais. Sua ocorrência acarreta restrições às exportações.
Estomatite Vesicular Ø Em saúde pública: o homem é suscetível ao vírus da Estomatite Vesicular e adquire a infecção por contato. Sintomas incluem sinais semelhantes ao da influenza e vesículas como bolhas que surgem 1 -2 dias depois da exposição ao vírus semelhantes à FA. • Medidas preventivas devem ser adotadas pelos trabalhadores que manejam animais doentes ou suspeitos e profissionais de laboratório que manuseiam materiais potencialmente contaminados com o vírus da Estomatite Vesicular.
Estomatite Vesicular III. HOSPEDEIROS Ø Animais domésticos: equinos (equinos, muares e asininos), bovideos, suideos e camelideos da América do Sul. Ovinos e caprinos manifestam sinais clinicos muito suaves; ØAnimais silvestres: veado de cauda branca e numerosos pequenos animais silvestres tropicais; ØHomem: zoonose de importância mínima;
Estomatite Vesicular IV. IMPORT NCIA ECONÔMICA Prejuízos decorrentes: 1. Comprometimento da produtividade; 2. Mortalidade ou descarte; 3. Das limitações para envio ao matadouro.
Estomatite Vesicular V. ETIOLOGIA Ø Gênero Vesiculovirus, família Rhabdovirida; Ø 2 sorotipo: New Jersey (NJ) relacionado com doença em suínos e o sorotipo Indiana (IND) que acomete, animais de produção da América do Sul; Ø Existem 3 subtipos relacionados ao sorotipo IND: IND-1 (IND clássico) IND-2 (vírus cocal) e IND-3 (vírus alagoas). Ø Características genéticas: são distintos, mas geneticamente relacionados.
Estomatite Vesicular q. Características do vírus de importância epidemiológica a. Infectividade: alta; b. Patogenicidade: é baixa para suídeos adultos e alta para equídeos e bovídeos; c. Virulência: depende do sorotipo. É alta em suínos.
Estomatite Vesicular q Resistência: Ø À luz solar (radiação UV): facilmente inativado; ØAos agentes químicos: sensivel ao formaldeido, éter, solventes orgânicos, aos desifetantes e aos desinfetantes comuns; ØSobrevivência: por longo tempo a baixas temperaturas, permanece viável na saliva aderida a utensilios e comedouros por 3 -4 dias
Estomatite Vesicular V. OCORRÊNCIAS INCLUSIVE NO BRASIL Ø Sorotipos NJ e IND-1 são endêmicos em animais domésticos do sul do México, América Central, Venezuela, Colômbia, Equador e Peru; Ø O IND-2 tem sido isolado esporadicamente na Argentina e no Brasil (diagnosticou em 12/1978 e 01/1979, em equinos). Ø O IND-3 (subtipo cocal) tem sido isolado somente no Brasil (endêmica em algumas áreas do NE, no vale do Paraíba do Sul e MG). Ø Nos USA não tem sido descrito em animais domésticos, mas é endêmico em suídeos silvestres.
Estomatite Vesicular q Segundo OIE, incidência do vírus da Estomatite Vesicular apenas USA, foram notificados: • 433 surtos envolvendo 584 equinos e 60 bovinos dentre os 13. 095 animais expostos (9. 023 bovinos; 4. 424 equinos; 247 caprinos; 144 ovinos; e 27 suínos). • A prevalência foi igual a 7, 8% e não houve mortalidade.
INCIDÊNCIA DO v. EV NOS EUA
Estomatite Vesicular IX. DIAGNÓSTICO CLÍNICO Ø Clinicamente indistinguível da FA, doença vesicular dos suínos, exantema vesicular e do Seneca Valley vírus; Ø Viremia é raramente observada; Ø A febre é o 1 o sinal observado com 24 a 72 horas de duração; Ø Primeiros sinais: intensa salivação, evolui formando vesículas na cavidade oral ao ponto de penetração do vírus. Vírus da Estomatite Vesicular é facilmente isolado de material como linfa das vesículas e saliva, bem como de suabes de garganta, tonsilas e de epitélio no período de 1 a 10 dias da infecção.
Estomatite Vesicular Ø Dor intensa: razão da redução do apetite e perda de peso; Ø Múltiplas lesões: no mesmo local ou dispersos; No início, as lesões são pequenas e em alguns casos apenas um ponto e são esbranquiçadas com bordas elevadas. Rapidamente se tornam em vesículas acinzentadas medindo 2 -4 cm que se rompem em 1 -2 dias depois de sua formação e escoa liquido cor de palha e rico em vírus; DIAGNÓSTICO CLÍNICO
Estomatite Vesicular Ø Há o rompimento e surgem erosão e ulceração seguida de cicatrização; Ø Logos após a erupção, o epitélio inicia regeneração a menos que ocorra complicação por infecções secundárias que pode retardar a regeneração em 1 -2 semanas; Ø Lesões: são limitadas ao tecido epitelial vesículas, úlceras, erosão e crostas aderidas no focinho, lábios e pés. DIAGNÓSTICO CLÍNICO
LESÕES VESICULÁRES Lesões vesiculares no focinho. Fonte: Dra. Adriana Pereira/Consuitec.
LESÕES VESICULÁRES Lesões vesiculares no focinho. Fonte: MAPA/2009.
LESÕES VESICULÁRES Lesões vesiculares na língua. Fonte: NIETFELD/UNIV KANSAS
LESÕES VESICULÁRES Lesões vesiculares no focinho. Fonte: NIETFELD/UNIV. KANSAS.
LESÕES VESICULÁRES Pele da perna, do metatarso e coroa do casco. Fonte: Dra. M. N. S. Lisboa
Estomatite Vesicular XI. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL Ø Diagnóstico laboratorial direto: isolamento viral a. Material para enviar ao laboratório: linfa de vesículas, tecido adjacente à vesícula rompida, biópsia de tecidos afetados e suabes de garganta. b. Acondicionar em frascos contendo meio de cultura, armazenar a 4 o C e transportar ao laboratório acondicionado em caixa isotérmica contendo gelo. Ø Diagnóstico laboratorial indireta: avaliação de presença de Ac.
Estomatite Vesicular EPIDEMIOLOGIA E PROFILAXIA Ø A distribuição é bastante irregular, pois frequentemente o vírus não é observado em propriedades adjacentes à infectada; Ø Os surtos surgem após as chuvas, em locais com crescimento vegetativo exuberante. Aventam a hipótese de disseminação pelo vento, pássaros e vetores;
Estomatite Vesicular Ø O vírus foi também isolado de mosquitos do gênero Phlebotomus e Aedes indicando a possibilidade da existência de um ciclo epidemiológico silvestre envolvendo animais silvestres e artrópodes. Ø Estudos epidemiológicos têm demonstrado a presença de Ac em animais silvestres como cervos, suídeos selvagens, morcegos, certos roedores, porco-espinho e várias espécies de primatas não humanos.
VII. DIAGNOSTICO EPIDEMIOLÓGICO
Estomatite Vesicular Ø Existe a hipótese de que o vírus da Estomatite Suína seja de planta que se modificaria no interior do organismo do inseto depois de se alimentar de plantas infectada. Ø Assim, o inseto disseminaria o vírus para outras plantas e, possivelmente, para os animais que se alimentassem dessas plantas ou fossem picados pelo inseto.
Estomatite Vesicular Ø Em áreas endêmicas, o vírus persiste por longos períodos de tempo, mantendo um ciclo constante entre moscas e portadores comprovados por procedimentos sorológicos de SN em animais domésticos e silvestres; Ø A morbidade é superior a 90% e a mortalidade baixa.
Estomatite Vesicular q Prevenção e controle: Ø Medidas relativas às fontes de infecção: notificar imediatamente o SVO; não movimentar animais suspeitos pelo período mínimo de 21 dias a contar da cura das lesões. Incluir isolamento das baias até a confirmação laboratorial. ØMedidas relativas às vias de transmissão: Não movimentar materiais para fora do estabelecimento de produção; sanitização completa (desinfecção, limpeza, lavagem e desinfecção); controle de insetos para mitigar o risco de disseminação do v. EV; eliminar ou reduzir criadouros de insetos e utilizar inseticidas
Estomatite Vesicular q Medidas relativas aos suscetíveis: Foram testadas vacinas inativadas e atenuadas, mas não estão disponíveis no mercado.
MUITO OBRIGADA! Prof. (a) Dra. Masaio Mizuno Ishizuka Professora Titular Senior de Epidemiologia das Doenças Infecciosas da FMVZ-USP Departamento de Medicina Veterinária Preventiva e Saúde Animal
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