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EPIDEMIOLOGIA DA DOENÇA VESICULAR DOS SUÍNOS Prof. (a) Dra. Masaio Mizuno Ishizuka Professora Titular

EPIDEMIOLOGIA DA DOENÇA VESICULAR DOS SUÍNOS Prof. (a) Dra. Masaio Mizuno Ishizuka Professora Titular Senior de Epidemiologia das Doenças Infecciosas da FMVZ-USP Departamento de Medicina Veterinária Preventiva e Saúde Animal

I. CONCEITUAÇÃO Doença vesicular dos suínos (DVS) é doença viral aguda, altamente contagiosa dos

I. CONCEITUAÇÃO Doença vesicular dos suínos (DVS) é doença viral aguda, altamente contagiosa dos suínos domésticos e suídeos silvestres. Sinais clínicos caracterizam-se pelo aparecimento de vesículas ao redor da coroa dos cascos, na pele do metacarpo e metatarso e, em menor extensão, no focinho, língua e lábios. Mortalidade raramente associada à doença. Os sinais cínicos se assemelham à febre aftosa.

Doença Vesicular dos Suínos II. HISTÓRICO, OCORRÊNCIA E DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA Ø 1996 - uma

Doença Vesicular dos Suínos II. HISTÓRICO, OCORRÊNCIA E DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA Ø 1996 - uma nova doença emergiu na Itália. Foi clinicamente diagnosticada como febre aftosa; Ø 1971 - foi isolado em Hong Kong; Ø 1972 - foi diagnosticada no Reino Unido, Áustria, Polônia e, em seguida nos seguintes países;

EUROPA ANO EUROPA Itália 1966, 1972, 1984, 1988, 1989, 1991, 2014, 2015; Áustria 1995,

EUROPA ANO EUROPA Itália 1966, 1972, 1984, 1988, 1989, 1991, 2014, 2015; Áustria 1995, 2003 e 2007; Grécia 1979; Holanda 1975 e 1994; Malta 1975, 1975 e 1978; Bélgica 1973, 1979, 1992, 1973, 1979, 1992 1993 e 1993; Rússia Espanha 1993 e 1993 Suíça 1974 e 1975; România 1972, 1973 e 1987; Ucrânia 1972; Alemanha 1973, 1977, 1979, 1982, 1985; Polônia 1972; França 1973, 1975, 1982, 1983; Bulgária 1971. Portugal Reino Unido DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA ANO 1972, 1976, 1978, 1979; 1975;

Doença Vesicular dos Suínos ÁSIA ANO Ilha de Formosa 1971, 1978, 1981, 1984, 1985,

Doença Vesicular dos Suínos ÁSIA ANO Ilha de Formosa 1971, 1978, 1981, 1984, 1985, 1987, 1989, 1991, 1997 e 2000 Hong Kong 1970 e 1991 Japão 1973 e 1975 DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA

Doença Vesicular dos Suínos III. IMPORT NCIA EM SAÚDE ANIMAL E EM SAÚDE PÚBLICA

Doença Vesicular dos Suínos III. IMPORT NCIA EM SAÚDE ANIMAL E EM SAÚDE PÚBLICA • As perdas econômicas estão relacionadas com os custos das medidas de controle e de erradicação e os países endêmicos estão sujeitos a embargos das exportações de suínos vivos e de seus subprodutos.

Doença Vesicular dos Suínos • O surto de Febre Aftosa na Ilha de Formosa

Doença Vesicular dos Suínos • O surto de Febre Aftosa na Ilha de Formosa em 1997 foi tardiamente detectada e notificada à OIE, devido à presença da doença vesicular suína e o surto de Febre Aftosa atingiu dimensão inesperada. Em razão deste episódio, a Doença Vesicular Suína permanece sob controle oficial em muitos países membros. • Como a proteína estrutural do vírus da Doença Vesicular dos Suínos é muito semelhante ao vírus coxsackie B 5 humano, existe a hipótese de infecção humana pelo vírus.

Doença Vesicular dos Suínos IV. HOSPEDEIROS Suínos domésticos e suídeos silvestres.

Doença Vesicular dos Suínos IV. HOSPEDEIROS Suínos domésticos e suídeos silvestres.

Doença Vesicular dos Suínos V. MORBIDADE E MORTALIDADE • Morbidade: usualmente é alta e

Doença Vesicular dos Suínos V. MORBIDADE E MORTALIDADE • Morbidade: usualmente é alta e depende de uma série de fatores incluindo a patogenicidade da estirpe envolvida, tipo de criação animal e no retardo entre a infecção e detecção clínica. • Mortalidade: baixa ou nula.

Doença Vesicular dos Suínos VI. ETIOLOGIA Ø Vírus da Doença Vesicular dos Suínos é

Doença Vesicular dos Suínos VI. ETIOLOGIA Ø Vírus da Doença Vesicular dos Suínos é classificada como enterovírus, da família Picornaviridae e pertencente à espécie Enterovirus B. Existe apenas 1 sorotipo.

Doença Vesicular dos Suínos q CARACTERISTICAS DO AGENTE ETIOLOGICO a. Infectividade: b. Patogenicidade- baixa,

Doença Vesicular dos Suínos q CARACTERISTICAS DO AGENTE ETIOLOGICO a. Infectividade: b. Patogenicidade- baixa, pois a maioria dos casos são subclínicos; c. Virulência- baixa. Manifestação clinica varia desde um quadro subclínica, moderado a grave. Casos graves são observados principalmente em animais criados sobre piso de concreto úmido.

Doença Vesicular dos Suínos q RESISTENCIA E SENSIBILIDADE AOS DESNFETANTES E DETERGENTES: a. p.

Doença Vesicular dos Suínos q RESISTENCIA E SENSIBILIDADE AOS DESNFETANTES E DETERGENTES: a. p. H- Estável às variações de p. H. b. Calor e dessecação: resistente c. Em carcaças e produto cárneo processado como salame e linguiça: viável por muitos meses. d. Em esterco: por muito tempo e a inativação é mais difícil quando comparado ao Vírus da Peste Suína Africana.

Doença Vesicular dos Suínos Ø Desinfetantes- diferentemente ao vírus da febre aftosa, desinfetantes ácidos

Doença Vesicular dos Suínos Ø Desinfetantes- diferentemente ao vírus da febre aftosa, desinfetantes ácidos ou alcalinos não são eficazes. É eficaz o hidróxido de sódio; Ø Detergentes - à semelhança de outros picornavírus, o vírus da Doença Vesicular Suína é resistente aos detergentes e solventes orgânicos como éter e clorofórmio.

Doença Vesicular dos Suínos Ø Imunidade - a resposta imune se instala rapidamente após

Doença Vesicular dos Suínos Ø Imunidade - a resposta imune se instala rapidamente após primo infecçao. A maioria dos suínos infectados desenvolvem imunidade em poucos dias. Ø Imunidade protetora - vacinas experimentais já foram desenvolvidas, mas não estão disponíveis no mercado. Ø Imunidade materna - leitões nascidos de mães infectadas pelo vírus da doença vesicular suína recebem anticorpos pelo colostro e desaparece em 30 -50 dias

Doença Vesicular dos Suínos VII. DIAGNÓSTICO CLÍNICO Ø Período de incubação - é curto.

Doença Vesicular dos Suínos VII. DIAGNÓSTICO CLÍNICO Ø Período de incubação - é curto. Ø Sinais clínicos- aparecimento de vesículas ao redor da coroa dos cascos, na pele do metacarpo e metatarso e, em menor extensão, no focinho, língua e lábios. Mortalidade raramente associada à doença.

Doença Vesicular dos Suínos Ø As lesões iniciam com palidez da coroa do casco

Doença Vesicular dos Suínos Ø As lesões iniciam com palidez da coroa do casco afetado e observado em animais com dificuldade de se locomover; Ø Segue-se a formação de vesículas repleta de linfa que se rompe em 1 -2 dias segue-se lesão erosiva; Ø Rompimento de vesículas.

Doença Vesicular dos Suínos Lesões na coroa do casco, pele do tarso e metatarso

Doença Vesicular dos Suínos Lesões na coroa do casco, pele do tarso e metatarso e queda de casco.

Doença Vesicular dos Suínos Lesões vesiculares no focinho e vesícula no dorso da língua.

Doença Vesicular dos Suínos Lesões vesiculares no focinho e vesícula no dorso da língua.

Doença Vesicular dos Suínos VIII. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Todo estabelecimento de produção cujos animais manifestam

Doença Vesicular dos Suínos VIII. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Todo estabelecimento de produção cujos animais manifestam sinais clínicos vesiculares devem ser considerados como infectados pela Febre Aftosa até a comprovação laboratorial. Lesões vesiculares são observadas também na estomatite vesicular, SENECA Valley vírus e no exantema vesicular considerada extinta no mundo, tendo sido sua última ocorrência em 1956 nos USA.

Doença Vesicular dos Suínos IX. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL Ø Diagnóstico laboratorial direto - Isolamento em

Doença Vesicular dos Suínos IX. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL Ø Diagnóstico laboratorial direto - Isolamento em cultivo de células; Ø Diagnóstico indireto: sorologia é valioso porque existe apenas sorotipo e útil para monitoramento de plantel

VII. DIAGNOSTICO EPIDEMIOLÓGICO

VII. DIAGNOSTICO EPIDEMIOLÓGICO

Doença Vesicular dos Suínos X. EPIDEMIOLOGIA E PROFILAXIA A resistência do vírus no ambiente

Doença Vesicular dos Suínos X. EPIDEMIOLOGIA E PROFILAXIA A resistência do vírus no ambiente é a razão da importância do contagio indireto como veículos de transporte, resíduos de alimento, instalações, fômites, objetos em geral. O contato próximo entre animais em criações de alta densidade é importante devido à proximidade entre animais infectados (fontes de infecção e suscetíveis).

Doença Vesicular dos Suínos q A disseminação entre baias no interior de um estabelecimento

Doença Vesicular dos Suínos q A disseminação entre baias no interior de um estabelecimento com Doença Vesicular Suína é favorecido pelo fluxo de materiais, pessoas e animais de forma desordenada e, por esta razão, o vírus é também conhecida mais como “doença de baia” do que “doença de granja”.

Doença Vesicular dos Suínos Ø Investigação de campo no Reino Unido (1972 -1981) revelou

Doença Vesicular dos Suínos Ø Investigação de campo no Reino Unido (1972 -1981) revelou a importância da movimentação dos animais em 48%; movimentação de animais atingiu 16%; transporte em veículos contaminados em 21%; restos de alimento; e contato próximo em exposições em 11%. Ø Investigação na Itália (2006) revelou resultados muito semelhantes: movimentação de animais infectados em 33%; utilização de veículos de transporte contaminados em 31%; e outros meios de transmissão indireta em 5%.

Doença Vesicular dos Suínos XII. PROFILAXIA Ø Medidas relativas às fontes de infecção: eliminação

Doença Vesicular dos Suínos XII. PROFILAXIA Ø Medidas relativas às fontes de infecção: eliminação de todos animais do estabelecimento; Ø Medidas relativas às vias de transmissão: limpeza, lavagem e desinfecção de instalações, equipamentos, fômites, veículos, vestimentas, comedouros, bebedouros e todo e qualquer objeto de uso no manejo de suínos.

Doença Vesicular dos Suínos Ø Medidas relativas aos suscetíveis: A. Medidas especificas- não existem

Doença Vesicular dos Suínos Ø Medidas relativas aos suscetíveis: A. Medidas especificas- não existem vacinas. B. Medidas inespecíficas- em granjas isoladas, bastam medidas de biosseguridade na própria granja, mas se existirem várias granjas próximas em um raio menor que 3 km, recomendável planejar biosseguridade coletiva porque ratos, moscas e animais de vida livre transitam entre elas. Ø Medidas relativas aos comunicantes: quarentena por aproximadamente cinco dias a contar da possível data de entrada do vírus.

MUITO OBRIGADA! Prof. (a) Dra. Masaio Mizuno Ishizuka Professora Titular Senior de Epidemiologia das

MUITO OBRIGADA! Prof. (a) Dra. Masaio Mizuno Ishizuka Professora Titular Senior de Epidemiologia das Doenças Infecciosas da FMVZ-USP Departamento de Medicina Veterinária Preventiva e Saúde Animal