Entre armas e urnas processos de estruturao e

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Entre armas e urnas: processos de estruturação e inserção política de organizações criminosas. Vinicius

Entre armas e urnas: processos de estruturação e inserção política de organizações criminosas. Vinicius Couto

Duas perguntas principais: 1 – O que são as dinâmicas criminais que se convencionou

Duas perguntas principais: 1 – O que são as dinâmicas criminais que se convencionou chamar de milícias? 2 – Como se dá a relação de dinâmicas criminosas e o Estado? Fontes de dados analisados: • Entrevistas com operadores vinculados ao combate das milícias. • Análise documental: relatórios, notícias de jornais e processos criminais.

Diferenças nas dinâmicas: - Pontos Iniciais: Melhor articulação e maior estruturação organizacional (Belo Horizonte).

Diferenças nas dinâmicas: - Pontos Iniciais: Melhor articulação e maior estruturação organizacional (Belo Horizonte). Maior capacidade na atuação criminosa e na própria gestão do crime Não exposição (pelo menos de forma explícita) que o Estado é o inimigo a ser combatido. (PCC) Melhor possibilidade de criação e manutenção de relações com o Estado (principalmente a política formal)

Relação histórica Estado-Crime Organizado: Leeds (1996), Gay (2005) e Arias (2006) relatam processos de

Relação histórica Estado-Crime Organizado: Leeds (1996), Gay (2005) e Arias (2006) relatam processos de perda de poder político das lideranças comunitárias nas favelas cariocas e a ascensão impactante de grupos de criminosos organizados já nos anos 80. Formato clientelista – Facções de tráfico de drogas.

Relação de dinâmicas criminosas da milícias e o Estado As milícias (pelo menos as

Relação de dinâmicas criminosas da milícias e o Estado As milícias (pelo menos as mais estruturadas) são organizações criminosas que, no Brasil, melhor rompe com essa lógica clientelista, adensando suas interações com a política formal, ao criar redes de atuação, quando não participando da política de maneira direta.

Relação de dinâmicas criminosas da milícias e o Estado Por que as milícias conseguem

Relação de dinâmicas criminosas da milícias e o Estado Por que as milícias conseguem melhor inserção? Tipo de configuração de organização criminosa – Paramilitares e Máfia italiana 1) Atuação em atividades nas quais o uso, ou a ameaça do uso, da violência esteja presente. (Disposição à prática de atos violentos) 2) Possui uma base territorial identificável. (Território de Controle) 3) Tem a venda de proteção como primeira atividade ilegal praticada. (Capacidade gerir a violência) 4) Possui como mito fundacional fins altruístas de autodefesa da comunidade. (Garante graus de legitimidade)

Apontamentos: Poder Paralelo X Governança Criminal Gestão da violência como mercadoria política Entrevistado: Olha

Apontamentos: Poder Paralelo X Governança Criminal Gestão da violência como mercadoria política Entrevistado: Olha só, se fizerem um investimento pesado de propaganda e de coação, pela área que eles (milicianos) dominam, só aqui nesta área do Rio de Janeiro. . . poderia emplacar 5 candidatos, que é 10% do parlamento municipal. Se eles indicarem 5, com esse número de votos que eles têm à disposição, eles conseguem eleger 5. Certamente conseguem, porque é muita gente [população sob o jugo do grupo] (. . . ) daria uns dois deputados estaduais também, apenas para começar.

Obrigado. viniccouto@gmail. com

Obrigado. viniccouto@gmail. com