ENDOCARDITE INFECCIOSA Luiz Eduardo Camanho Endocardite Infecciosa Stio

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ENDOCARDITE INFECCIOSA Luiz Eduardo Camanho

ENDOCARDITE INFECCIOSA Luiz Eduardo Camanho

Endocardite Infecciosa • Sítio inicial: endotélio (valvar/ prótese cardíaca/ artéria: endarterite/ coarctação da aorta/

Endocardite Infecciosa • Sítio inicial: endotélio (valvar/ prótese cardíaca/ artéria: endarterite/ coarctação da aorta/ CIV) • Lesão típica: vegetação • Endocardite trombótica não-bacteriana (lesão estéril) – Endocardite de Libman-Sacks (LES) • Bacteremia infecção secundária • Extração dentária

Fatores Predisponentes • RISCO ELEVADO: Próteses cardíacas Valvopatia aórtica Insuficiência mitral PCA CIV Coarctação

Fatores Predisponentes • RISCO ELEVADO: Próteses cardíacas Valvopatia aórtica Insuficiência mitral PCA CIV Coarctação da Aorta Síndrome de Marfan

Fatores Predisponentes • RISCO BAIXO: CIA Coronariopatia Placas ateroscleróticas Aortite sifilítica Marcapasso cardíaco Lesões

Fatores Predisponentes • RISCO BAIXO: CIA Coronariopatia Placas ateroscleróticas Aortite sifilítica Marcapasso cardíaco Lesões cardíacas corrigidas cirurgicamente (mais de 6 meses após a cirurgia)

Apresentação Clínica • AGUDA: Início dos sintomas ao diagnóstico: 1 semana Febre (pode ser

Apresentação Clínica • AGUDA: Início dos sintomas ao diagnóstico: 1 semana Febre (pode ser alta)/ calafrios Doença aguda Leucocitose Gamaglobulinas normais Fator reumatóide positivo

Apresentação Clínica • SUB-AGUDA: Início dos sintomas ao diagnóstico: 4 semanas Febre (vespertina)/ perda

Apresentação Clínica • SUB-AGUDA: Início dos sintomas ao diagnóstico: 4 semanas Febre (vespertina)/ perda de peso Sudorese noturna Leucometria nomal ou leucopenia Gamaglobulinas elevadas Fator reumatóide positivo

Endocardite Infecciosa • PRINCIPAIS AGENTES ETIOLÓGICOS: Estreptococos viridans (30 a 40%) Estalicococos aureus (25%)

Endocardite Infecciosa • PRINCIPAIS AGENTES ETIOLÓGICOS: Estreptococos viridans (30 a 40%) Estalicococos aureus (25%) – alta mortalidade Estafilococos epidermidis Enterococos Gram-negativos Fungos

Endocardite Infecciosa • FATORES DE RISCO PARA ENDOCARDITE FÚNGICA: Prótese cardíaca implantada Cateteres vasculares

Endocardite Infecciosa • FATORES DE RISCO PARA ENDOCARDITE FÚNGICA: Prótese cardíaca implantada Cateteres vasculares e hospitalização prolongada Antibióticos de amplo espectro Imunosupressão Usuários de drogas IV

Endocardite Infecciosa • SITUAÇÕES ESPECIAIS: VÁLVULA PROTÉTICA ATÉ 2 meses de PO E. epidermidis/

Endocardite Infecciosa • SITUAÇÕES ESPECIAIS: VÁLVULA PROTÉTICA ATÉ 2 meses de PO E. epidermidis/ aureus APÓS 2 meses de PO mesmo espectro de válvula nativa

Endocardite Infecciosa • SITUAÇÕES ESPECIAIS: USUÁRIOS DE DROGAS IV Estafilococos aureus Fungos Gram-negativos

Endocardite Infecciosa • SITUAÇÕES ESPECIAIS: USUÁRIOS DE DROGAS IV Estafilococos aureus Fungos Gram-negativos

Endocardite Infecciosa • SITUAÇÕES ESPECIAIS: HIV/ AIDS – não aumenta o risco de endocardite

Endocardite Infecciosa • SITUAÇÕES ESPECIAIS: HIV/ AIDS – não aumenta o risco de endocardite SUSCEPTIBILIDADE aumentada a endocardite por Salmonella

Endocardite Infecciosa • CIRTÉRIOS DIAGNÓSTICOS: Hemocultura e ECO TE: sensibilidade > 90% ECO TE:

Endocardite Infecciosa • CIRTÉRIOS DIAGNÓSTICOS: Hemocultura e ECO TE: sensibilidade > 90% ECO TE: especificidade > 90%

Endocardite Infecciosa • ACHADOS CLÍNICOS: Petéquias Hemorragias em farpa (sub-ungueal) Nódulos de Osler (10

Endocardite Infecciosa • ACHADOS CLÍNICOS: Petéquias Hemorragias em farpa (sub-ungueal) Nódulos de Osler (10 a 20%) – nódulos dolorosos, eritematosos em polpas digitais Manchas de Janeway – pequenas lesões eritematosas, endurecidas em palma das mãos e planta dos pés Embolia periférica/ pulmonar séptica

Endocardite Infecciosa • ACHADOS CLÍNICOS: Esplenomegalia (50% - EBS) Abscesso esplênico Mácula de Roth

Endocardite Infecciosa • ACHADOS CLÍNICOS: Esplenomegalia (50% - EBS) Abscesso esplênico Mácula de Roth – microinfartos dos vasos retinianos Uveíte anterior e corioretinite – endocardite fúngica Isquemia e gangrena de extremidades

Endocardite Infecciosa • COM HEMOCULTURA NEGATIVA: Falha em obter mais de uma amostra Falha

Endocardite Infecciosa • COM HEMOCULTURA NEGATIVA: Falha em obter mais de uma amostra Falha em manter a cultura por mais de uma semana Uso prévio de antibióticos (2 a 3 dias antes) Microorganismos de crescimento lento Falha de crescimento em culturas convencionais Bacteremia ou fungemia intermitentes (raro)

Endocardite Infecciosa • COMPLICAÇÕES: INSUFICIÊNCIA CARDÍACA EMBOLIZAÇÃO MANIFESTAÇÕES NEUROLÓGICAS (40 a 50%) – estados

Endocardite Infecciosa • COMPLICAÇÕES: INSUFICIÊNCIA CARDÍACA EMBOLIZAÇÃO MANIFESTAÇÕES NEUROLÓGICAS (40 a 50%) – estados confusionais, sintomas psiquiátricos, AVC, meningoencefalite, lesão de nervos cranianos ou periféricos, reação meníngea ANEURISMA MICÓTICO

Endocardite Infecciosa • ANEURISMA MICÓTICO: LOCAIS de OCORRÊNCIA Aorta proximal (25%) Artérias viscerais (24%)

Endocardite Infecciosa • ANEURISMA MICÓTICO: LOCAIS de OCORRÊNCIA Aorta proximal (25%) Artérias viscerais (24%) Artérias das extremidades (22%) Artérias cerebrais (15%) – geralmente múltiplos

Profilaxia • PROCEDIMENTOS INDICADOS: Procedimento dentário Amigdalectomia Dilatação esofageana Remoção de cateter (cirurgia urológica)

Profilaxia • PROCEDIMENTOS INDICADOS: Procedimento dentário Amigdalectomia Dilatação esofageana Remoção de cateter (cirurgia urológica) Prostatectomia Parto normal Broncoscopia/ Endoscopia digestiva alta Biópsia hepática Colonoscopia

Endocardite Infecciosa • TRATAMENTO: Tratamento antibiótico por 4 a 6 semanas Terapia para IC

Endocardite Infecciosa • TRATAMENTO: Tratamento antibiótico por 4 a 6 semanas Terapia para IC (se necessário) Tratamento cirúrgico (casos selecionados)

Endocardite Infecciosa • INDICAÇÕES CIRÚRGICAS ABSOLUTAS: Abscesso ou fístula intracardíaca IVE grave com severa

Endocardite Infecciosa • INDICAÇÕES CIRÚRGICAS ABSOLUTAS: Abscesso ou fístula intracardíaca IVE grave com severa regurgitação Endocardite fúngica ou por gram-negativos resistentes

Endocardite Infecciosa • INDICAÇÕES CIRÚRGICAS RELATIVAS: Embolização recorrente com vegetação persistente Pericardite purulenta Bacteremia

Endocardite Infecciosa • INDICAÇÕES CIRÚRGICAS RELATIVAS: Embolização recorrente com vegetação persistente Pericardite purulenta Bacteremia persistente Embolia pulmonar séptica recorrente Severa IT com baixo débito cardíaco

Endocardite Infecciosa • INDICAÇÕES CIRÚRGICAS – PRÓTESES VALVARES: METÁLICA: quase todos os casos BIOPRÓTESE:

Endocardite Infecciosa • INDICAÇÕES CIRÚRGICAS – PRÓTESES VALVARES: METÁLICA: quase todos os casos BIOPRÓTESE: Regurgitação para-valvar ou fístula Abscesso de anel ou deiscência de sutura Infecção por: S. epidermidis ou aureus, Enterococos, fungo ou gram-negativo Hemocultura positiva após 1 semana de antibiótico Embolia ou outras complicações maiores