Empoderamento feminino Reflexes sobre gnero e raa Conceitos
Empoderamento feminino Reflexões sobre gênero e raça
Conceitos básicos Sexo: parte biológica do corpo que permite reprodução. Feminino e Masculino Sexualidade: mais que sexo, conscientização sobre o corpo, sentimento, desejo, nossa história, costumes, cultura. Descoberta das sensações (prazer, paixão, abraço etc) Identidade de Gênero: como a pessoa se sente e se identifica. Conceito formado nos anos 70 para diferenciar a dimensão biológica da dimensão social. Há machos e fêmeas, mas a maneira de ser homem e de ser mulher é realizada pela cultura.
Conceitos básicos Diversidade sexual: reconhecimento das diferentes possibilidades de expressão da sexualidade – heterossexual, homossexual, bissexual, assexuado (orientação sexual) Misogenia: aversão ao sexo feminino (desprezo, ódio) Feminicídio: assassinatos de mulheres porque são mulheres Feminismo: luta pela igualdade de gênero
Aprendizado de gênero Socialização na família, na comunidade e na escola, pela mídia (comerciais, novelas, músicas) O que é ser menino e o que é ser menina: forma de se vestir, comportar, falar. Machismo. Frases: vocês estão parecendo mulherzinhas; homem não chora; meninas saidinhas parecem homens; moça vulgar, rapaz garanhão, conquistador; feche as pernas para se sentar; homem não cruza pernas etc. Mulher passou séculos dentro de casa. Espaço privado. Homem: espaço público Homossexualidade – vista como desvio, doença
Hierarquia de gênero Organiza as relações no espaço público, destinando lugares, posições de prestígio, direitos e deveres de cada sexo. Mulheres foram levadas a ocupar determinadas profissões exatamente pela forma como foram educadas. Brincar de casinha, cozinhar são ações do cuidado. Em geral, ao longo do anos, foram professoras, enfermeiras, assistente social, psicólogas etc. Homens, da mesma forma, brincadeiras que o levaram a ser engenheiros, motoristas, pilotos, mecânicos, pedreiros, bombeiros, militares.
Lutas e Conquistas das Mulheres Em 1870, ensino superior se abriu para entrada das mulheres Em 1887 formou-se a primeira médica do Brasil: Rita Lobato Velho Lopes Em 1889 foi permitido que uma advogada fosse admitida nos tribunais Em 1932 foi permitida mulher votar – solteiras com renda própria, viúvas ou casadas com autorização do marido. Em 1927 em RN algumas votaram, porque lei estadual permitiu, mas o Senado anulou.
Primeira mulher eleita no Brasil 1ª prefeita do Brasil. Em 1929, Alzira Soriano, aos 32 anos, EM Lajes (RN). Com a Revolução de 1930, perdeu o mandato por discordar do gov. de Getúlio Vargas. Só com a redemocratização, em 1945, Alzira Soriano voltou à vida pública (em Jardim de Angicos, sendo presidenta da Câmara de Vereadores. 1ª deputada federal: médica Carlota Pereira de Queiroz, eleita por São Paulo (1934). 1ª a ser incorporada no STF, ocupando a presidência por dois anos: Ellen Gracie em 2006 1ª presidenta: Dimla Rousseff (2010). Reeleita com mais de 50% dos votos em 2014, mas sofre um
Pílula anticoncepcional Segunda metade do século XX – 1960, no Estados Unidos. Depois, se espalhou pelo mundo. Liberdade sexual. Separou vida sexual de reprodutiva – as mulheres passaram a optar por ser ou não mãe (planejamento) Ampliou a entrada da mulher no mercado de trabalho Começou a se falar em orgasmo feminino
Violência contra mulheres Naturalizada – as conquistas contra a violência são recentes. Séculos de violência silenciosa. “Entre briga de marido e mulher, não se mete a colher. ” “Foi estuprada, mas olha a hora, roupa, lugar por onde andava. Mulher gosta de apanhar. . . Um tapinha não dói. . . ele não sabe porque bate, mas ela sabe porque apanha. . . Violência de gênero apoia-se no valor da virilidade masculina e da submissão feminina Adultério era crime cometido apenas por mulheres. Mudou com o código penal de 1940, incluindo o homem. Só em 2005 deixou de ser crime.
Violência contra mulheres Séc. XIX e até meados de XX – a mulher para trabalhar tinha que ter autorização do marido. E quando trabalhava, sofria assédio sexual. Em 08/03/1857, 13º operárias foram mortas dentro da fábrica, em NY, porque pediam redução de 16 para 10 horas com remuneração igual a dos homens. A partir de 1910, esta data foi escolhida como Dia Internacional da Mulher
Violência contra a mulher Até 1662 a mulher era semi-incapaz. Como Estatuto da Mulher Casada, ela se tornou capaz, podendo trabalhar. Constituição de 1988 – princípio da igualdade, condição de cidadã, podendo tudo. Mulher passa a ser reconhecida como chefe de família também A mulher 1990 - estupro passa a ser crime hediondo 2005 – assédio sexual passa a ser crime 2006 – Lei Maria da Penha (11. 340) –violência doméstica passou a ser crime, tipificou os crimes e definiu medidas protetivas para a mulher.
Violência contra mulheres Brasil, são 13 mulheres assassinadas por dia. A cada 11 minutos, uma mulher é estruprada A mulher negra é vítima duas vezes ( violência de gênero e de raça). Os homicídios de mulheres negras aumentaram 54% em 10 anos no Brasil, passando de 1. 864, em 2003, para 2. 875, em 2013. E o número de mulheres brancas caiu 9, 8%, saindo de 1. 747 em 2003 para 1. 576 em 2013. É o que aponta o Mapa da Violência 2015. Culpabilização da mulher: deixa de ser vítima para ser a responsável pelo crime cometido contra ela. Isso legitima a violência e favorece a impunidade.
Lei Maria da Penha – Tipos de violência Psicológica – controle das roupas, amizades, ações Moral – xingamentos, comparações, ameaças, chantagem, colocar os filhos contra ela Verbal – gritos ou palavras ofensivas Patrimonial – controle da bolsa, celular, carro, documentos ( retenção ou destruição) Física – tapas, soco, pontapé, armas, afogamento ou deixar de prestar socorro Sexual- fazer ou presenciar sem seu desejo Institucional – deveriam cuidar e são negligentes ou
Caminhos Conscientização, informação – história do balaio Educar crianças com equidade, igualdade de direitos e oportunidades, independente do sexo, gênero ou orientação sexual Não consumir músicas, mídias e produtos que desvalorizam a mulher (vista como objeto sexual) Não reproduzir preconceitos no dia a dia – piadas, discriminação etc Não criticar uma mulher transformando-a em culpada no lugar de vítima. Formar Rede de apoio com vizinhos e familiares Denunciar: Centro de Referência da Mulher ou 180
- Slides: 14