ELABORAO E AVALIAO DE PROJETOS NO SETOR PBLICO
ELABORAÇÃO E AVALIAÇÃO DE PROJETOS NO SETOR PÚBLICO ACH 3575 Patricia M. E. Mendonça
Roteiro/Estrutura do Projeto Tema/ Título do Projeto 1 Contextualização 1. 2 Análise de Demandas 1. 3 Definição do Público/população Alvo do Projeto 1. 4 Objetivo do Projeto 1. 5 Proponente do Projeto 1. 6 Atores envolvidos – matriz de envolvimento
1 Contextualização • Pesquisa inicial já iniciada pelos grupos • Sintetizar principais questões referentes ás políticas de primeira infância- por que são importantes, características intersetoriais, como apareceu nos planos governamentais, marco regulatório • Destacar o recorte dentro da política de primeira infância que o grupo irá trabalhar no projeto Trazer indicadores. Se necessário acessar dados setoriais (saúde, educação, assistência. . . )
1. 2 Análise de Demandas- quais as necessidades e oportunidades presentes no contexto de implementação do projeto – articulação micro Onde o projeto será implementado? Um município? Algum recorte territorial de uma metrópole? um bairro? Uma escola, um posto de saúde? Trazer dados deste contexto para explicar porque este é um local importante para se realizar este projeto – destacar dados relacionados á primeira infância e sobre o recorte do projeto proposto
1. 3 Definição do Público/população Alvo do Projeto Quem são os beneficiários diretos do projeto? Quais as características deste grupo/população? Se possível trazer dados locais do contexto de implementação do projeto Quem são os beneficiários indiretos do projeto? Quem não são publico diretamente implicado, mas que poderão sofrer seus efeitos?
1. 4 Objetivo do Projeto Tipos de Objetivos: • Gerais e Específicos Objetivos gerais mais amplos, difícil execução e avaliação Objetivos são “quebrados” e traduzidos em objetivos específicos Ex: Ampliação do Acesso ao Sistema Básico de Saúde • De resultado e De Sistema Resultado explicita impacto do projeto, como vão modificar a realidade De sistema são ligados ao interesse específico da organização encarregada do projeto ex. : Redução de 30% de partos cesáreos no Brasil no SUS. Objetivo de sistema: Estabelecer sistema de capacitação e desenvolvimento de equipes multidisciplinares de assistência ao parto
1. 4 Objetivo do Projeto Meta Um objetivo temporal, espacial e quantitativamente dimensionado Diferentes de normas técnicas de implantação (cronograma de execução física de um projeto) Na definição metas é necessário definir público alvo, população beneficiária ou população-objetivo. Pode ter beneficiários diretos e indiretos.
Efeitos (ou resultado) e Impactos Efeito é todo comportamento ou acontecimento que sofre influencia direta do programa ou projeto Efeitos são diferentes de objetivos Objetivos enunciam uma situação desejada a se alcançar com o projeto Efeitos ou resultados são decorrentes das ações do projeto verificáveis depois da sua finalização Impacto pode ter outros condicionantes, tem implicações mais amplas
Efeitos e Impactos • As diferenças mais marcantes entre os impactos efeitos de um projeto social situam-se basicamente no tempo e no grau de abrangência. • Tempo: Os efeitos ou rusultados de um projeto aparecem em um curto espaço de tempo Os impactos começam a aparecer após transcorrido um determinado período de andamento do projeto • Abrangência: Os efeitos estão mais relacionados com os beneficiários diretos e com pontos específicos de ação do projeto Os impactos consideram os beneficiários diretos e indiretos e atingem a comunidade em geral, podem sofrer influências de outras ações fora do projeto
As pessoas, os setores e departamentos • Afinal, de quem é o interesse? • Se o problema existe, por que será que não foi percebido por outras pessoas? • A visão do todo e das partes. • Atores difíceis de lidar. • Articulação, participação e envolvimento.
Stakeholders são pessoas, grupos ou instituições com interesse em algum programa ou projeto e inclui tanto aqueles envolvidos quanto os excluídos do processo de tomada de decisão. Estão divididos em: • Grupos primários: aqueles mais afetados, tanto positiva (os beneficiários ou público alvo) como negativamente (aqueles realocados involuntariamente); • Grupos secundários são os intermediários envolvidos no processo de prestação de serviço.
Matriz de Envolvimento – Filme Saneamento Básico Matriz de Envolvimento Sub prefeitura Comunidade Fornece dores Patrocinadores Envolvidos Servidora publicada prefeitura Beneficiários diretos do projeto Empreite iro da obra Modas Vinhos Recursos Liberação de verbas legitimidade Capacida de de execução Financeiros complementares Interesses e Objetivos Entrega da obra Melhoria qualidade de vida Contrato da obra Divulgação/imag em Elementos de Força Coordenaçã o de ações Demandante poder publico Capacida de execução Recursos e legitimidade Limites Burocracia e Capacidade de engessame compreensão nto das técnica verbas Ministério Gabinet da Cultura e do Prefeito
Atores e o Contexto Objetivos de cada grupo ou perfil de participantes do projeto Políticas e técnicas Diferentes Racionalidades (ver Coehn e Franco) Diferentes capacidades Adequação de tempos e funções
DESENVOLVIMENTO RURAL NA REGIÃO SISALEIRA- BA
ZOPP ZIEL = ORIENTIERTE = PROJEKT = PLANUNG = OBJETIVO ORIENTADO PROJETO PLANEJAMENTO ZOPP = planejamento de projeto orientado para objetivos
Método ZOPP • No início dos anos 80, a GTZ integrou e aperfeiçoou estes elementos no Método ZOPP, adaptando algumas etapas e modificando algumas aplicações • • • Princípio básico: o enfoque participativo Baseado em pesquisa científica sobre comportamento individual no trabalho em pequenos grupos Ao lado da orientação para objetivos, foi ressaltada a orientação para os problemas existentes, como etapa anterior do trabalho A Análise do Envolvimento de indivíduos e instituições no projeto surge como passo inicial para as etapas analíticas dos problemas e objetivos, bem como para avaliar a coerência do sistema de objetivos da matriz Os resultados do trabalho em grupo são visualizados e documentados
Etapas ZOPP o. Fase de Análise • Análise de Envolvimento • Análise dos Problemas • Análise dos Objetivos • Análise das Alternativas o. Fase de Planejamento • Elaboração da Matriz de Planejamento do Projeto (Matriz do marco Lógico): Objetivos, Resultados e Atividades (Descrição Sumária): o o Indicadores objetivamente comprováveis Pressupostos/ Suposições importantes Fontes de Comprovação/ Verificação Análise de Riscos • EAP e Plano Operacional
Análise de Problemas • Descreve/analisa uma situação existente a partir de problemas que o projeto queira enfrentar • Identifica os problemas importantes da situação e as relações entre eles • Visualiza e Analisa as relações de causa-efeito (hierarquizar os problemas em uma árvore) • Problema: • Declaração de uma insatisfação
Formulando uma Problema • Determinar o Problema Central, problema-chave ou problema focal • O problema central é um ponto de partida para “desfiar o novelo”. Não é, nem deve ser confundido com aquele problema a ser resolvido pelo projeto • Como formular Problemas • Escrevê-lo como condição negativa; • Identificar problemas existentes, e não problemas imaginários ou futuros; • Um problema não é ausência de solução, mas sim um estado negativo existente (a discrepância entre o que ocorre e o queremos que ocorra); • Formular o problema mais preciso e conciso possível, para evitar que ocorram interpretações conflitantes posteriores
Formulando um Problema Incorreta Correta FALTAM PROFESSORES FORMAÇÃO ESCOLAR É INCOMPLETA ===> ou FORMAÇÃO ESCOLAR NÃO ABRANGE OS CONTEÚDOS MÍNIMOS (mal-estar impreciso) EXIGIDOS POUCO USO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS PRODUÇÃO AGRÍCOLA PREJUDICADA ===> POR PARASITAS (uma entre várias soluções) DIFICULDADE PARA MANTER EQUIPAMENTOS (necessidade sem demanda) BAIXO INVESTIMENTO NA ===> MANUTENÇÃO DOS EQUIPAMENTOS
Árvore de Problemas
Árvore de Problemas Efeitos Problema Central Causas
Pouca Autonomia de Vida Problema central- inicial As PCD não estão capacitadas para o Trabalho Pouca Oferta de cursos adaptados Família despreparada- preconceitos Baixa renda Alto índice de desemprego Alta ociosidade das PCD Pessoas com Deficiência- PCD- baixo índice de contratação na região da grande BH Não cumprimento da Lei de Cotas Empresas despreparadas para receber PCD Mercado competitivo Fiscalização Ineficiente do MP Pouca Acessibilidade Poucas Informações disponíveis sobre PCD Quadro de Fiscais insuficiente E F E I TO S CA U S Alto índice de isolamento
Descrever o Problema: Pessoas com Deficiência- PCD- baixo índice de contratação na região da grande BH Descrição: 88% das pessoas com deficiência do município não possuem trabalho formal Descritor deve quantificar e qualificar
Árvore de Problemas - procedimentos • Completar a Árvore do Problema, estabelecendo uma hierarquia de causaefeito para a situação problemática analisada • Evitar que a preocupação “onde se encaixará nosso projeto? ” • Não existe um local “certo” ou “errado” para situar um problema na árvore • Determinar todas as causas diretas e essenciais do problema central e agrupá-las abaixo deste • Determinar todos os efeitos diretos e essenciais do problema central e agrupá-los acima deste • Completar a árvore, seguindo o raciocínio de causa-efeito entre os problemas • Rever a árvore de baixo para cima, perguntando se falta alguma explicação (causas e efeitos) e se atende à percepção do grupo em relação à situação analisada
E F E I TO S CA U S A S Problema central- inicial Baixa Utilização das Ciclovias em São Paulo
Análise de Objetivos • Descreve a possível situação futura que será alcançada quando os problemas forem resolvidos. • Identifica possíveis alternativas para o projeto • A Árvore de Problemas será transformada em Árvore de Objetivos (a cada problema deve corresponder um objetivo) • Com a situação existente (problemas) e a situação utópica (objetivos) diante de si, o grupo terá maior clareza para definir como passar de uma situação a outra, ou seja, definir o projeto que possibilitará esta transição
Árvore de Objetivos • Reescrever o problema central como um objetivo • Objetivo é uma situação positiva alcançada • Dificuldade na transformação de um problema em objetivo indica imprecisão na formulação do problema. É necessário rever e adaptar aquela parte da árvore de problemas • Na impossibilidade da transformação de um problema (por exemplo, “chove pouco”), não formular objetivo ou modificar o enfoque • Rever a árvore de cima para baixo (efeitos para causas), reescrevendo as condições negativas (problemas) em situações positivas desejáveis (objetivos)
Árvore de Objetivos • Não se limitar ao projeto nem á viabilidade dos objetivos • O quadro resultante é complexo e extrapola o alcance do grupo • Neste processo novas ideias e percepções podem surgir
Maior Autonomia de Vida Situação Desejada F INS Não isolamento das PCD Aumento da renda das PCD Baixo índice de desemprego Baixa ociosidade das PCD Pessoas com Deficiência- PCD- com maior índice de contratação na região industrial do município de Betim (grande BH) PCD capacitadas para o Trabalho Cumprimento da Lei de Cotas Mercado menos competitivo Empresas preparadas para receber PCD Famílias preparadas para lidar com vida econômica e social das PCD Acessibilidade Disponibilizada Informações disponíveis sobre PCD Quadro de Fiscais suficiente ME I O S Fiscalização eficiente do MP Maior Oferta de cursos adaptados
Análise de Alternativas • Identifica possíveis soluções alternativas • Identifica causas do problema cujo enfrentamento é indesejável ou inviável • Identifica uma ou mais estratégias do projeto • Determina a estratégia a ser adotada pelo projeto
Análise de Alternativas • Visualizar: • Recursos disponíveis (quantidades) • Horizonte de tempo • Nº de pessoas/instituições envolvidas no projeto • Recursos disponíveis para implantação do projeto • Identificar encadeamentos meios-fins (diferentes “escadas meio-fins”) na árvore como possíveis estratégias alternativas ou como componentes do projeto, nomeando-os (Exemplos): • Enfoque de produção • Enfoque educacional • Enfoque fortalecimento institucional • Identificar e marcar os objetivos: • Fora do alcance de qualquer ação dos envolvidos, isto é, não são possíveis de serem alcançados devido à limitação de recursos (indesejáveis e inviáveis) • Que estão sendo trabalhados por outro grupo ou projeto • Que são indiretamente influenciáveis pelo projeto
Análise de Alternativas • Estabelecer uma matriz para avaliação: • Das alternativas isoladas • Da opção de se trabalhar duas ou mais alternativas simultaneamente • Da alternativa zero (não existe projeto) • Identificar a alternativa que representa a melhor estratégia do projeto: => limitação de recursos => probabilidade de êxito => medidas políticas governamentais => relação custo-benefício => riscos sociais Þhorizonte temporal Critérios opcionais para avaliação, pelo grupo: Custo após término do projeto, Experiências disponíveis, Riscos/efeitos negativos, Custo, Relação custo/benefício, Prioridade dos beneficiários, Efeitos ambientais, Potencial dos envolvidos
Maior Autonomia de Vida Situação Desejada F INS Não isolamento das PCD Aumento da renda das PCD Baixo índice de desemprego Baixa ociosidade das PCD Pessoas com Deficiência- PCD- com maior índice de contratação na região industrial do município de Betim (grande BH) PCD capacitadas para o Trabalho Cumprimento da Lei de Cotas Mercado menos competitivo Empresas preparadas para receber PCD Famílias preparadas para lidar com vida econômica e social das PCD Acessibilidade Disponibilizada Informações disponíveis sobre PCD Quadro de Fiscais suficiente ME I O S Fiscalização eficiente do MP Maior Oferta de cursos adaptados
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