EDUCAR PARA A DIVERSIDADE TNICORACIAL DIVERSIDADE CULTURAL Aspectos

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EDUCAR PARA A DIVERSIDADE ÉTNICO-RACIAL

EDUCAR PARA A DIVERSIDADE ÉTNICO-RACIAL

DIVERSIDADE CULTURAL Aspectos que representam particularmente as diferentes culturas, a linguagem, as tradições, a

DIVERSIDADE CULTURAL Aspectos que representam particularmente as diferentes culturas, a linguagem, as tradições, a culinária, a religião, os costumes, o modelo de organização familiar, a política, entre outras características próprias de um grupo de seres humanos que habitam um determinado território. O que significa diversidade cultural em um país onde os diversos grupos sociais são marginalizados em suas representações? 2

APESAR DA DIVERSIDADE CULTURAL REGISTRADA NOS DOCUMENTOS OFICIAIS Porque, se os bancos escolares são

APESAR DA DIVERSIDADE CULTURAL REGISTRADA NOS DOCUMENTOS OFICIAIS Porque, se os bancos escolares são frequentados por alunos de diferentes origens étnico-raciais e gênero, os conteúdos programáticos dos livros didáticos e dos currículos escolares apresentam ainda como padrão o homem, branco e heterossexual? 3

DIVERSIDADE CULTURAL NÃO É UM PONTO DE ORIGEM É um processo conduzido pelas relações

DIVERSIDADE CULTURAL NÃO É UM PONTO DE ORIGEM É um processo conduzido pelas relações de poderes que constituem a sociedade que estabelece o “outro” diferente do “eu” e o “eu” diferente do “outro”, como uma forma de exclusão e marginalização. (SILVA, 2000). Antes de tolerar, respeitar e admitir a diferença: explicar como essa diferença é produzida e quais são os jogos de poder estabelecidos por ela. 4

DIVERSIDADE CULTURAL NÃO É UM PONTO DE ORIGEM Os processos de negação desses “outros”

DIVERSIDADE CULTURAL NÃO É UM PONTO DE ORIGEM Os processos de negação desses “outros” ocorrem no plano das representações e do imaginário social quando estabelecemos os conceitos do que é ser belo, ser mulher ou até mesmo do que é ser brasileiro. 5

CONTRADIÇÕES Há o discurso de que nós somos um povo único, fruto de um

CONTRADIÇÕES Há o discurso de que nós somos um povo único, fruto de um intenso processo de miscigenação e mestiçagem, que gerou uma nação singular com indivíduos culturalmente diversificados. Por outro lado, vivenciamos em nossas relações cotidianas inúmeras práticas preconceituosas, discriminatórias e racistas em relação a alguns segmentos da população, como as mulheres, os indígenas e os afrodescendentes (ABRAMOWICZ, 2006). 6

COMO TRABALHAR OS CONCEITOS DE GÊNERO, RAÇA E ETNIA NA SALA DE AULA PARA

COMO TRABALHAR OS CONCEITOS DE GÊNERO, RAÇA E ETNIA NA SALA DE AULA PARA VALORIZAR AS MÚLTIPLAS IDENTIDADES CONSTITUINTES NO AMBIENTE ESCOLAR Nos currículos escolares e falas dos professores, ainda há uma invisibilidade ou a visibilidade subalterna de diversos grupos sociais, como os negros, os indígenas e as mulheres. O preconceito instituído e manifestado na prática pedagógica pode levar tais grupos a uma autorrejeição e rejeição ao seu grupo social, comprometendo os processos constitutivos de sua identidade. 7

DIVERSIDADE CULTURAL “DIVERSIDADE pode significar variedade, diferença e multiplicidade. “A diferença é qualidade do

DIVERSIDADE CULTURAL “DIVERSIDADE pode significar variedade, diferença e multiplicidade. “A diferença é qualidade do que é diferente; o que distingue uma coisa de outra, a falta de igualdade ou de semelhança. ” (ABRAMOWICZ, 2006) 8

ONDE HÁ DIVERSIDADE EXISTE DIFERENÇA A diferença não é uma marca do sujeito, mas

ONDE HÁ DIVERSIDADE EXISTE DIFERENÇA A diferença não é uma marca do sujeito, mas uma marca que o distingue socialmente e se estabeleceu como uma forma de exclusão, ser diferente na educação ainda significa ser excluído e/ou ser sub-representado nas instâncias sociais. (Marisa Vorraber Costa, 2008) 9

ESTEREÓTIPOS Reconhecer que somos diferentes para estabelecer a existência de uma diversidade cultural no

ESTEREÓTIPOS Reconhecer que somos diferentes para estabelecer a existência de uma diversidade cultural no Brasil não é suficiente para combater os estereótipos estigmas que ainda marginalizam milhares de crianças em nossas escolas e milhares de adultos em nossa sociedade. 10

RECONHECER A DIFERENÇA: QUESTIONAR OS CONCEITOS HOMOGÊNEOS, ESTÁVEIS E PERMANENTES QUE EXCLUEM O OU

RECONHECER A DIFERENÇA: QUESTIONAR OS CONCEITOS HOMOGÊNEOS, ESTÁVEIS E PERMANENTES QUE EXCLUEM O OU A DIFERENTE As certezas que foram socialmente construídas devem se fragilizar e é preciso desconstruir, reinventar identidades e subjetividades, saberes, valores, convicções, horizonte de sentidos. 11

A AÇÃO PEDAGÓGICA PAUTADA NA DIVERSIDADE CULTURAL Princípio: uma política curricular da identidade e

A AÇÃO PEDAGÓGICA PAUTADA NA DIVERSIDADE CULTURAL Princípio: uma política curricular da identidade e da diferença. Colocar em seu centro uma teoria que permita não só reconhecer e celebrar a diferença, mas questioná-la, a fim de perceber como ela discursivamente está constituída. 12

CONSTITUIÇÃO DE UMA DIVERSIDADE CULTURAL Reconhecer que conceitos de gênero, raça e etnia são

CONSTITUIÇÃO DE UMA DIVERSIDADE CULTURAL Reconhecer que conceitos de gênero, raça e etnia são construídos e usados para marginalizar o “outro”; Contribuir para a constituição de uma diversidade cultural que não seja apenas tolerante, mas que perceba que “eu” e o “outro” temos os mesmos direitos e devemos ter a mesma representatividade, tanto nos conteúdos escolares quanto nas instituições sociais. 13

CONCEITOS TRABALHADOS NA SALA DE AULA EM UMA PERSPECTIVA DA VALORIZAÇÃO DA(s) IDENTIDADES(s) Posicionamento

CONCEITOS TRABALHADOS NA SALA DE AULA EM UMA PERSPECTIVA DA VALORIZAÇÃO DA(s) IDENTIDADES(s) Posicionamento político, a fim de desconstruir os estereótipos estigmas que foram atribuídos historicamente a alguns grupo sociais; Os conceitos devem ser questionados afim de perceber como eles são construídos dentro de uma prática discursiva que se envolve nas relações assimétricas de poder (STUART HALL, 2000). 14

A QUESTÃO DE GÊNERO: O CONCEITO DE GÊNERO GANHOU CONTORNOS POLÍTICOS A expressão gênero:

A QUESTÃO DE GÊNERO: O CONCEITO DE GÊNERO GANHOU CONTORNOS POLÍTICOS A expressão gênero: marca as diferenças entre homens e mulheres que não são apenas de ordem física e biológica. A diferença sexual anatômica não pode mais ser pensada isolada das construções socioculturais em que estão imersas. Diferença biológica: ponto de partida para a construção social do que é ser homem ou ser mulher. O sexo é atribuído ao biológico enquanto gênero é uma construção social e histórica (LOURO, 1997 e BRAGA, 2007) 15

CONCEITO DE GÊNERO MENINO E MENINA: PRODUZIDOS NO INTERIOR DAS RELAÇÕES • diferença não

CONCEITO DE GÊNERO MENINO E MENINA: PRODUZIDOS NO INTERIOR DAS RELAÇÕES • diferença não significa desigualdade; • educação de meninos e meninas: “meninos devem ter mais vantagens (direitos) que as meninas”; • reaprender a forma igualitária para homens e mulheres; • discriminação das mulheres e cobrança aos homens. 16

DISCRIMINAÇÃO NO MERCADO DE TRABALHO • homens ganhando mais do que as mulheres em

DISCRIMINAÇÃO NO MERCADO DE TRABALHO • homens ganhando mais do que as mulheres em quase todas as formas de ocupação; • dupla jornada de trabalho; • não é por ser homem ou mulher que um terá mais privilégios e oportunidades que o outro; • mulher: papel de cuidadora. 17

RELAÇÕES DE GÊNERO Construção cultural do que significa ser homem (masculino) ou mulher (feminino)

RELAÇÕES DE GÊNERO Construção cultural do que significa ser homem (masculino) ou mulher (feminino) dentro da sociedade. 18

CONSTRUÇÃO CULTURAL • CULTURA: define como deve ser o comportamento de homens e mulheres.

CONSTRUÇÃO CULTURAL • CULTURA: define como deve ser o comportamento de homens e mulheres. • HOMEM: forte, competitivo, menos emotivo. • MULHER: dócil, meiga, emotiva, frágil. DESCONSTRUÇÃO DOS ESTEREÓTIPOS 19

EDUCAÇÃO ESCOLAR: TRABALHAR NA PERSPECTIVA DA DIVERSIDADE CULTURAL Significa uma ação pedagógica que vai

EDUCAÇÃO ESCOLAR: TRABALHAR NA PERSPECTIVA DA DIVERSIDADE CULTURAL Significa uma ação pedagógica que vai além do reconhecimento de que os alunos sentados nas cadeiras de uma sala de aula são diferentes, por terem suas características individuais e pertencentes a um grupo social. Necessidade em efetivar uma pedagogia da valorização das diferenças. 20

ESTRATÉGIAS PEDAGÓGICAS PARA LIDAR COM DIFERENÇAS a) modos de se situar diante das questões

ESTRATÉGIAS PEDAGÓGICAS PARA LIDAR COM DIFERENÇAS a) modos de se situar diante das questões relativas às diferenças: reconhecer que somos diferentes, não partir da igualdade, ter um olhar atencioso às crianças que mostram maiores necessidades; estar sensível ao que acontece, ao que emerge, pesquisar o caminho de aprendizagem de cada criança e usar a intuição; 21

ESTRATÉGIAS PEDAGÓGICAS PARA LIDAR COM DIFERENÇAS b) trabalhar as relações interpessoais e dinâmica do

ESTRATÉGIAS PEDAGÓGICAS PARA LIDAR COM DIFERENÇAS b) trabalhar as relações interpessoais e dinâmica do grupo, tais como: discutir os conflitos do grupo e valorizar o diálogo; c) estratégias pedagógicas enfatizadas: trabalhar com diferentes linguagens, apostar no estudo/trabalho em grupos, dar visibilidade às produções dos alunos. 22

EFETIVAR UMA AÇÃO PEDAGÓGICA DA VALORIZAÇÃO DAS DIFERENÇAS Ação pedagógica realmente pautada na diversidade

EFETIVAR UMA AÇÃO PEDAGÓGICA DA VALORIZAÇÃO DAS DIFERENÇAS Ação pedagógica realmente pautada na diversidade cultural deve ter como princípio uma política curricular da identidade e da diferença. 23