EDUCAO ESPECIAL PEDAGOGIA PROF ANA ELISABETE LOPES Aula
EDUCAÇÃO ESPECIAL PEDAGOGIA – PROF. ANA ELISABETE LOPES
Aula 7 A inclusão do aluno surdo na escola regular.
OBJETIVO DA AULA: • Definir o conceito de surdez. • Reconhecer as diferentes características do aluno com surdez. • Identificar os recursos, serviços e mediações facilitadoras do processo de aprendizagem do aluno com surdez. • Explicar a importância da proposta de ensino bilíngüe Libras/Português no processo de inclusão do aluno surdo.
A surdez: • clinicamente é compreendida como a redução ou ausência da capacidade de ouvir determinados sons devido a fatores que afetam o aparelho auditivo. • O grau da surdez, a idade ou estágio em que ocorreu a perda auditiva e a forma de comunicação que a pessoa utiliza precisam ser considerados no processo de construção da proposta pedagógica que atenda suas necessidades.
Atendimento Educacional Especializado: • aluno deve freqüentar a classe regular de uma escola comum e o atendimento educacional especializado, no turno oposto à escolarização regular. • deve oferecer apoio e suporte para o ensino da Língua Brasileira de Sinais (Libras), o ensino em Libras e o ensino da Língua Portuguesa.
Proposta bilíngüe de educação do aluno surdo: • LIBRAS – 1ª língua Língua Portuguesa (leitura e escrita) – 2ª • contribui para o rompimento de barreiras lingüísticas e pedagógicas e para a superação de preconceitos que interferem no processo de inclusão. • a educação bilíngüe busca inserir a pessoa surda no cenário social, ao mesmo tempo em que, reconhece Libras como a primeira língua e como principal meio de comunicação da comunidade surda.
História da educação da pessoa com surdez Três tendências educacionais marcaram essa trajetória: • oralista • comunicação total • bilingüismo.
Proposta oralista: • século XVI- primeiras tentativas de educação de alunos surdos baseadas no método de ensino oralista e na proposta de desmutização da pessoa surda. • enfoque clínico-reabilitador. • focaliza o trabalho no treino de uso da voz e nos exercícios de leitura labial. • renega a língua de sinais como possibilidade lingüística • objetivo- capacitar a pessoa com surdez para utilizar a língua da comunidade ouvinte na modalidade oral, como única forma de comunicação e expressão.
Proposta da comunicação total: • defende a ideia de que a pessoa surda deve utilizar todos os recursos disponíveis para comunicação. • explora a combinação da linguagem gestual visual, os textos orais, os textos escritos e as diversas formas de interação social. • abordagem não valoriza a Língua de Sinais e desfigura a estrutura da mesma.
Proposta do bilingüismo: • inclusão do aluno surdo na escola regular com atendimento educacional especializado. • ensino das duas línguas distintas: Língua de Sinais e a língua da comunidade ouvinte. • reconhece a Libras como primeira língua do surdo. • ganha força no cenário social e educacional brasileiro, a partir do Decreto 5. 626/05.
Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS): • caracteriza-se como um sistema lingüístico de natureza visualmotora, com estrutura gramatical própria. • é reconhecido como o principal sistema lingüístico de comunicação e expressão da comunidade surda do Brasil. • a Lei Federal nº 10. 436, de 24 de abril de 2002, reconhece oficialmente a LIBRAS como a primeira língua da pessoa surda em todo território brasileiro e assegura ao aluno surdo o acesso ao ensino bilíngüe (LIBRAS-Português), no ensino básico.
• A língua de sinais não é universal e cada país possui sua própria língua de sinais com variações regionais. • As línguas de sinais são línguas naturais e complexas que utilizam o canal visual-espacial, articulação das mãos, expressões faciais e do corpo para estabelecer sua estrutura. • Como língua a Libras tem suas normas, padrões e regras próprias. Seus sinais são formados pelo movimento e combinações das mãos com o espaço em frente ao corpo.
Estrutura da LIBRAS é constituída de parâmetros primários e secundários: • configuração das mãos (63 posições diferentes dos dedos e das maõs) • ponto de articulação • movimento e disposição das mãos • região de contato • expressões faciais
Decreto 5. 626/05: • regulamentou a lei de Libras. • prevê a organização de turmas bilíngües, constituídas por alunos surdos e ouvintes onde as duas línguas, Libras e Língua Portuguesa são utilizadas no mesmo espaço educacional. • define que para os alunos com surdez a primeira língua é a Libras e a segunda é a Língua Portuguesa na modalidade escrita.
Plano de Atendimento Educacional Especializado para o aluno com surdez: • Atendimento educacional especializado em Libras • Atendimento educacional especializado de Língua Portuguesa
Década de 1990 - Brasil: • movimentos organizados das pessoas surdas são acentuados em prol da conquista de um espaço surdo, da luta pelos direitos dos surdos terem uma língua e de serem reconhecidos como um grupo cultural. • bilingüismo- proposta defende e respeita a diferença surda e entende que a língua de sinais é a língua própria dos surdos.
“ As questões que envolvem a educação da pessoa surda exigem a implementação de políticas educacionais que reconheçam e respeitem a diferença surda e contribuam para a construção de uma escola e sociedade menos excludente. ”
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