Educao e Prtica Colaborativa interprofissional Valria Leonello S
Educação e Prática Colaborativa interprofissional Valéria Leonello S
Que é Educação Interprofissional? ?
Algumas definições intervenção em que os membros de mais de uma profissão da saúde aprendem em conjunto, de forma interativa, com o propósito explícito de melhorar a colaboração interprofissional ou a saúde/bem-estar de pacientes/clientes, ou ambos” (REEVES et al. , 2013, p. 2). Ocorre quando duas ou mais profissões (estudantes) que aprendem com, de e sobre cada uma delas para melhorar a colaboração e qualidade da assistência (BARR et al. , 2005, p. 1; OMS, 2010, p. 10). Ocorre quando os profissionais de saúde aprendem colaborativamente dentro de sua área e através de outras profissões, a fim de obter conhecimentos, habilidades, valores e bom senso necessários para trabalhar com outros profissionais de saúde (CIHC, 2010). (Barr et al. , 2005)
EIP e Outros conceitos EIP • o foco é a oportunidade de aprendizado interprofissional (reconhecendo a necessidade de ensino uniprofissional para desenvolvimento de conhecimentos e habilidades específicas) Interdisciplinarida de • o foco é a oportunidade de articulação entre as diferentes disciplinas (áreas de conhecimento); (também reconhece a disciplinaridade) Educação multiprofissional • o foco é o aprendizado de vários profissionais (lado a lado, não necessariamente aprendendo juntos) (Peduzzi M et al. 2013)
Desafios emergentes dos sistemas de saúde Transição demográfica e epidemiológica Inovação tecnológica Sistema de saúde Necessidades da população Diferenciação profissional (1 Frenk e colaboradores, 2010
Modelo de Formação: aspectos predominantes Organizado em disciplinas; Estratégias de ensino tradicionais Uniprofisional Modelo de Formação Ênfase na atenção hospitalar; Conteúdos descontextualizado s Ênfase na dimensão biológica do processo saúdedoença; 1 Frenk e colaboradores,
Modelo de Formação S Esse modelo responde aos serviços de saúde organizados em torno de intervenções médicas, com baixo reconhecimento da atuação dos demais profissionais; S As práticas advindas desse modelo acarretam mais fragmentação do cuidado e corporativismo/tribalismo profissional; S Interesse das corporações em detrimento dos interesses e necessidades de saúde e usuários.
Modelo de Formação Modelo que contrasta com as necessidades de saúde dos usuários e população, dada a transição demográfica e mudança no perfil epidemiológico (Mendes, 2012)
Interdependência entre formação e trabalho em saúde (1 Frenk et al, 2010)
Por que EIP ? ? Complexidade das necessidades de saúde Fragmentação da assistência Necessidade de formar profissionais que possam trabalhar em equipes de forma colaborativa Necessidade de assitência integral, longitudinal Os profissionais precisam aprender a trabalhar de forma integrada e colaborativa Necessidade de profissionais (1 Frenk et al, 2010)
Resgate histórico: síntese Trabalhada na área de formação em saúde há mais de 30 anos em países da Europa, Ásia e América do Norte. 2010 - Frenk et al: intederpendência dos sistemas educacionais e de saúde/necessidade de formar profissionais para atender as necessidades dos usuários dos sistemas de saúde. 2010 - OMS: necessidade de reorganizar a rede de atenção em saúde e a formação de profissionais, com ênfase na colaboração e necessidades de saúde 2013 – OMS: recomenda a reformulação curricular dos cursos da area de saúde, voltada entre outros aspecto, à adoc a o da EIP nos cursos de graduac a o e po s-graduac a o
RESGATE HISTÓRICO PAISES COMO REINO UNIDO, CANADÁ E EUA, COM APOIO INSTITUCIONAL ELENCARAM AS COMPETÊNCIAS NECESSÁRIAS PARA A PRÁTICA E EDUCAÇÃO INTERPROFISSIONAL. Canadian Interprofessional Health Collaborative (CIHC), (2010) Interprofessional Education Collaborative Expert Panel (IPEC) (2011)
Resgate histórico: EIP na América Latina e Brasil 1973 – OPAS: Rede de Integração Docente Assistencial (IDA) diversificação dos cenários de ensino aprendizagem Articulação Serviços de Saúde e Instituições de Ensino Déc. 80 – mudanças curriculares para implementação da IDA na América Latina Ênfase: ensino multiprofisisonal e integração serviço/comunidade Déca 90 – Programa Nova Iniciativa na Educação de Profissionais de Saúde (UNI) Patrocinado Fundação Kellog 6 projetos brasileiros: Maríilia, Londrina, Botucatu, Natal, Salvador, Braslilia Alinhado ao movimento de Reforma Sanitária Articulação Universidade/ Serviço/ Comunidade Voltado ao trabalho interdisciplinar e trabalho em Equipe
Resgate histórico: EIP no Brasil 2001 - DCNs: preconizam a formac a o para o trabalho em equipe multiprofissional e interdisciplinar na perspectiva dos princípios e diretrizes do SUS 2003 – SGTES: Secretaria de Gesta o do Trabalho e da Educac a o na Sau de Po los de Educac a o Permanente em Sau de, o Pro -Sau de, Pet Saúde, Residências Multiprofissionais Estratégias indutoras da prática interprofisisonal e da EIP
Resgate histórico: EIP no Brasil 2006 - Universidade Federal de Sa o Paulo (UNIFESP) campus Baixada Santista que mante m um projeto de educac a o integralmente interprofissional para cursos da a rea da sau de desde a sua criac a o. Universidade Estadual de Sa o Paulo, Campus Botucatu desenvolve um programa chamado Integrac a o Universidade Sau de Comunidade (IUSC). A Universidade Federal do Ceara mante m um Laborato rio de Educac a o e Colaborac a o Interprofissional para a Promoc a o da Sau de Materno. Infantil 2008 - Implantac a o do Bacharelado Interdisciplinar em Sau de (BIS), na Universidade Federal da Bahia e posteriormente na Universidade Federal do Reco ncavo Baiano.
Prática interprofissional Colaboração interprofissional Prática colaborativa interprofissional Trabalho em equipe Articulação entre os profissionais de uma equipe e entre equipes nos serviços de saúde, com a finalidade de melhorar a colaboração e a qualidade do cuidado; forma de trabalho interdependente, integrado, com clareza dos papéis, identidade de equipe, objetivos, valores e responsabilidades para atender as necessidades de saúde de usuários, famílias e comunidades
Grupos e Equipes
Temos experiências de EIP no Brasil? Quais?
Se a EIP e a PIP podem melhorar o cuidado em saúde e se já temos algumas experiências exitosas no Brasil, quais os determinantes desse processo?
Determinantes da colaboração e trabalho em equipe Sistêmicos Organizacionais Interacionais (Martín-Rodriguéz et al. 2005)
Determinantes Sistêmicos Poder entre as profissões; Esferas de regulação profissional governamenta is, jurídicas e das corporações profissionais; Desequilíbrio nas relações de gênero; Valores culturais que predispõe ao individualismo e especializaçã o, contrários a prática colaborativa; Sistemas educacionais de formação uniprofissional. (Martín-Rodriguéz et al. 2005; Orchard, Curran, Kabene, 2005)
Determinantes Organizacionais Modelo de Gestão x Modelo de atenção Organização do processo de trabalho Apoio e estimulo às decisões/ações da equipe Horizontalidade e flexibilização nas relações hierárquicas. (Martin-Rodriguéz et al. 2005)
Determinantes Interacionais Predisposição ao trabalho interprofissional que depende da formação profissional, da sabedoria pratica, de experiências anteriores; Composição de uma equipe; Compartilhamnento dos objetivos; Relações de Confiança; Reconhecimento da interdependência da ação do outro profissional; (Martín-Rodriguéz et al. , 2005; Orchard, Curran, Kabene, 2005
Tensões e desafios S Sentido e finalidade da interprofissionalidade: S Lógica das necessidades de saúde x lógica de agilizar o atendimento S Lógica do cuidado integral x lógica do cuidado biomédico, centrado na doença S Como a formação pode reproduzir tais lógicas? ?
Referências BARR H. ; KOPPEL I. ; REEVES S. ; HAMMICK M. ; FREETH D. Effective interprofessional education: arguments, assumption & evidence. London: Blackwell; CAIPE, 2005. FRENK J. ; CHEN L. ; BHUTTA Z. A. ; CRISP N. ; EVANS T. ; FINEBERG H. ; GARCIA P. et al. Health professionals for a new century: transforming education to strengthen health systems in an independent world. The Lancet, n. 376, p. 1923 -57, 2010. OMS. Marco para ação interprofissional e prática colaborativa. Rede de Profissionais da Saúde, Enfermagem e Obstetrícia. Recursos Humanos em Saúde. OMS; 2010. CANADIAN INTERPROFESSIONAL HEALTH COLLABORATIVE (CIHC) . A National Interprofissional Competency Framework. CIHC, 2010. Available in: http: //www. cihc. ca/files/CIHC_IPCompetencies_Feb 1210. pdf MARTÍN-RODRIGUEZ, L. SAN. ; BEAULIEI, M. D. ; D’AMOUR. D. ; FERRADA-VIDELA, M. The determinants of successful collaboration: a review of theoretical and empirical studies. Journal of Interprofessional Care, v. 1, Supl, p. 132 -147, 2005. PEDUZZI M, NORMAN IJ, GERMANI ACCG, SILVA JAM, SOUZA GC. Educação interprofissional: formação de profissionais de saúde para o trabalho em equipe com foco nos usuários 2013; 47(4): 977 -83. REEVES, S. ; ZWARENSTEIN. M. ; GOLDMAN. J. ; et al. Interprofessional education: effects on professional practice and health care outcomes. Cochrane Database of Systematic Review 2008, Issue 1. Art. No. : CD 002213. DOI: 10. 1002/14651858. CD 002213. pub 2. REEVES, S. ; ZWARENSTEIN. M. ; GOLDMAN. J. ; et al. Interprofessional education: effects on professional practice and health care outcomes (UPDATE). Cochrane Database of Systematic Review. 2013; 28; 3: CD 002213. doi: 10. 1002/14651858. CD 002213. pub 3. TEIXEIRA, E. et al. Panorama dos cursos de Graduação em Enfermagem no Brasil na década das Diretrizes Curriculares Nacionais. Rev. Bras Enferm. [online]. v. 66, n. spe, p. 102 -110, 2003. Disponível em: http: //www. scielo. br/pdf/reben/v 66 nspea 14. pdf (Acesso em 30/09/2013). ZWAREBSTEIN, M. ; GOLDMAN, J. ; REEVES, S. Interprofessional collaboration; effects of practice-based interventions on professional practice and healthcare outcomes. Cochrane Database of Systematic Review 2009, issue 3. Art. No. : CD 000072. DOI: 10. 1002/14651858. CD 000072. pub 2
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