EDIN Introduo Educao Inclusiva com Tecnologia Prof Jos

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EDIN – Introdução à Educação Inclusiva com Tecnologia Prof. José Antonio Borges PGTIAE –

EDIN – Introdução à Educação Inclusiva com Tecnologia Prof. José Antonio Borges PGTIAE – NCE/UFRJ – 2008

"Minha mãe sai para o trabalho cedo e volta de tardinha. Eu fico na

"Minha mãe sai para o trabalho cedo e volta de tardinha. Eu fico na cama. Eu preciso sempre de alguém, mas nem sempre se lembram de mim – todos têm sempre tanta coisa a fazer. Às vezes sinto muita sede e se uma mosca pousa no meu nariz eu fico desesperada. Como eu queria estudar, trabalhar, conviver com outras pessoas! Mas meu mundo é aqui, convivendo com minhas escaras nesta cama em frente à TV. . . Eu sei que poderia ser diferente, eu vi na TV uma mulher numa cadeira de rodas que andava sozinha. Neste dia chorei muito. “ Paulinha – 16 anos – tetraplégica há 5 anos devido a uma bala perdida na favela.

n Escaras (úlceras de decúbito) são lesões (feridas), produzidas pela falta de circulação sanguínea

n Escaras (úlceras de decúbito) são lesões (feridas), produzidas pela falta de circulação sanguínea devida à pressão contínua sobre partes do corpo em pacientes que permanecem acamados por longos períodos.

Tipos de deficiências motoras Temporárias ou permanentes, n n Progressivas, regressivas ou estáveis n

Tipos de deficiências motoras Temporárias ou permanentes, n n Progressivas, regressivas ou estáveis n Intermitentes ou contínuas n Paraplegia – paralisia membros inferiores Tetraplegia – paralisia dos membros superiores e inferiores Monoplegia – paralisia de um membro Hemiplegia – paralisia dos membros de um lado do corpo

Principais causas das plegias n Lesões medulares n n n AVC (acidentes vasculares cerebrais)

Principais causas das plegias n Lesões medulares n n n AVC (acidentes vasculares cerebrais) Doenças articulares degenerativas n n Arma de fogo Mergulho em água rasa Acidente de automóvel Distrofia muscular progressiva E. L. A. (esclerose lateral amiotrófica) Osteogênese imperfecta (ossos de cristal). Paralisia cerebral

Lesões medulares n n n Quanto mais alta a lesão maior é o comprometimento

Lesões medulares n n n Quanto mais alta a lesão maior é o comprometimento Paraplegia: lombar Tetraplegia: cervical n Se lesão for muito alta pode haver necessidade até de aparelhos para respirar.

Problemas secundários n n Espasticidade Incontinência ou retenção urinária n n n Retenção das

Problemas secundários n n Espasticidade Incontinência ou retenção urinária n n n Retenção das fezes n n n Cateterismo – remoção mecânica da urina Uso de fraldas Necessário uso de Enemas e Laxantes Sensibilidade reduzida em partes do corpo Impotência (nem sempre) n Uso de Viagra

Paralisia Cerebral n n n Causada por falta de oxigenação do cérebro até 2

Paralisia Cerebral n n n Causada por falta de oxigenação do cérebro até 2 anos (geralmente no parto) Irreversível, não progressiva Dependendo do lugar e extensão do cérebro afetado, situação muda muito. n n n Coordenação motora Fala prejudicada Equilíbrio É comum cognição preservada Indivíduo é confundido com deficiente mental

PC – tipos de sintoma n Fundamental analisar: para saber como agir e que

PC – tipos de sintoma n Fundamental analisar: para saber como agir e que ferramentas aplicar n Espástico: hipertonia (rigidez muscular) - movimentos excessivos lentos e anárquicos. n n Atetóide: movimentos de mão, braços, rosto e outras partes do corpo, involuntários de pequena amplitude. n n Os reflexos de estiramento ficam exagerados, causando movimentos excessivos. Eles não ocorrem durante o repouso. Atáxico: Falta de equilíbrio e coordenação motora n É menos freqüente e tende a melhorar.

O mundo não está pronto para os deficientes motores “Eu queria ir ao banheiro,

O mundo não está pronto para os deficientes motores “Eu queria ir ao banheiro, mas a cadeira não entrava na porta. ". Luiz – paraplégico. "Eu não podia mais estudar. A escola não era longe, mas eu tinha que tomar um ônibus, e era inviável subir com a cadeira de rodas nele. Eu não podia pedir para que o motorista me pegasse no colo para subir e para descer". Carlos - paraplégico

Adaptações físicas serão sempre necessárias n Adaptações do ambiente n tamanho das portas, adaptação

Adaptações físicas serão sempre necessárias n Adaptações do ambiente n tamanho das portas, adaptação de banheiros, cuidado com desníveis, buracos, sinalizações, etc. . . Norma ABNT

Superação: necessidade de esforço individual é a regra "Eu não podia virar a página

Superação: necessidade de esforço individual é a regra "Eu não podia virar a página de um livro, e não conseguia fazer anotações num caderno nem mesmo com as melhores adaptações. Todo material para mim era a cópia de cadernos de colegas, e uma amiga que estudava comigo. Minha sorte foi uma máquina de escrever elétrica (porque não havia computador naquela época) que eu conseguia acionar com um palito amarrado na mão, e na qual eu fazia as provas no meio do corredor. Lenira – médica radiologista – tetraplégica

Algumas órteses

Algumas órteses

Órteses e próteses n Grande avanço nas técnicas n n Redução do custo Desenvolvimento

Órteses e próteses n Grande avanço nas técnicas n n Redução do custo Desenvolvimento de tecnologias inovadoras no Brasil n n Incorporação de bio-robotização Cyborguização n Desenvolvimento da medicina da “substituição do corpo” www. mnsuprimentos. com. br/

Órteses e próteses n n Órtese – aparelhagem destinada a suprir ou corrigir a

Órteses e próteses n n Órtese – aparelhagem destinada a suprir ou corrigir a alteração morfológica de um órgão, de um membro ou de um segmento de um membro, ou a deficiência de uma função. Prótese – aparelho ou dispositivo destinado a substituir um órgão, um membro ou parte do membro destruído ou gravemente acometido. Em palavras simples, a órtese serve para corrigir o imperfeito, a prótese serve para substituir o que falta, por exemplo, um aparelho dentário é uma órtese, uma dentadura é uma prótese.

Design Universal Filosofia que defende que é possível criar projetos de arquitetura e de

Design Universal Filosofia que defende que é possível criar projetos de arquitetura e de tecnologia que não excluam. Não é preciso ter duas versões dos projetos, uma versão para "normais" e outra para deficientes: um projeto inclusivo pode ser bonito, prático e atender a virtualmente todas as necessidades.

Adotar o Design Universal não implica em nunca ter que adaptar

Adotar o Design Universal não implica em nunca ter que adaptar

Design Universal: exemplos n n Para ligar o aparelho de som na tomada a

Design Universal: exemplos n n Para ligar o aparelho de som na tomada a pessoa se senta confortavelmente na poltrona e estica o braço, sem contorcionismo. O mesmo vale para colocar o prato no forno. A pessoa não se abaixa, nem se curva, pois o fogão não está mais a 30 cm do chão mas 90 cm. Criança, que sempre sofre para tocar a campainha e falar ao interfone não tem que subir numa cadeira nem se pendurar, pois o botão e o fone estão sempre à mão. E se a visita chegar em cadeira de rodas não vai haver constrangimento: a porta é mais larga e além da escada, a casa tem rampa na entrada e soluções criativas que facilitam o acesso ao segundo andar.

Terapeuta Ocupacional Recuperação da função humana, elevando o perfil das ações motoras e mentais,

Terapeuta Ocupacional Recuperação da função humana, elevando o perfil das ações motoras e mentais, onde houver limitação funcional, seja de caráter físico, mental ou social. n n Fundamental para indicação das próteses e órteses corretas. Reabilitação motora Orientação familiar quanto à patologia e procedimentos Treino de AVD’S (atividades da vida diária)

Atividades de T. O. n n n Reabilitação através das atividades Promover o indivíduo

Atividades de T. O. n n n Reabilitação através das atividades Promover o indivíduo na esfera biopsicosocial, ou seja, recuperar o homem em sua totalidade. Outras atividades: n n n Estimulação precoce para atraso de desenvolvimento neuropsicomotor Estimulação essencial para déficits de memória, comunicação, concentração, atenção, aprendizado e sensorial Reinserção social de dependentes químicos, doentes mentais e deficientes mentais Combate ao stress e aumento na qualidade de vida Atendimento terapêutico de terceira idade

Nem sempre a ajuda está presente A aula era no 5º andar e não

Nem sempre a ajuda está presente A aula era no 5º andar e não havia elevador. Quatro colegas fortes me levavam no colo, se revesando nos lances de escada, e eu com muito medo de cair. Nunca vi por parte da administração boa vontade em mudar minha classe para o primeiro andar. Devo aos meus colegas e a minha família eu ter conseguido me formar em medicina, pois meus professores e a administração da universidade, a partir do momento em que fiquei tetraplégica, não queriam deixar que eu concluísse o curso". Lenira – médica radiologista – tetraplégica

Direito de ir e vir n As barreiras arquitetônicas são certamente os principais obstáculos

Direito de ir e vir n As barreiras arquitetônicas são certamente os principais obstáculos que um deficiente físico tem que enfrentar. n n A essas barreiras soma-se a atitude pouco correta de quem faz de conta de que a situação não existe n n Filminho somado ao preconceito, o ato de julgar a priori que a pessoa não é capaz. A lei pode ajudar: n Decreto 5296 n Obrigando que acessibilidade esteja presente nos ambientes

Mobilidade A cadeira NITA A cadeira IBot Indústrias no Brasil já fabricando ou instalando

Mobilidade A cadeira NITA A cadeira IBot Indústrias no Brasil já fabricando ou instalando

Transporte adaptado

Transporte adaptado

Atividade física e reabilitação n. Grande desenvolvimento n. Paraolimpíadas

Atividade física e reabilitação n. Grande desenvolvimento n. Paraolimpíadas

Deficientes físicos e computadores n Mouse e teclado adaptado n Efeitos dos movimento do

Deficientes físicos e computadores n Mouse e teclado adaptado n Efeitos dos movimento do cursor e botões podem ser simulados pelo uso de adaptações físicas ou de informática.

Assistente de acessibilidade no Windows

Assistente de acessibilidade no Windows

Adaptações de mouse n Roller Mouse n Switch mouse

Adaptações de mouse n Roller Mouse n Switch mouse

Sistemas de acionamento não convencional n Eye Tracker n Mouse ocular

Sistemas de acionamento não convencional n Eye Tracker n Mouse ocular

Acionamento pela voz n n Ex: Motrix Muito ágil Pessoa precisa falar com precisão

Acionamento pela voz n n Ex: Motrix Muito ágil Pessoa precisa falar com precisão Reconhecimento de voz é ainda uma tecnologia precária.

"A possibilidade de estar atualizada em qualquer tipo de assunto, me faz sentir mais

"A possibilidade de estar atualizada em qualquer tipo de assunto, me faz sentir mais participativa, mais atuante. Devido às minhas condições físicas, era cada vez mais difícil estudar depois de um dia de trabalho, pois permaneço cerca de 14 horas sentada, o que me obriga mudar de posição, isto é ficar na horizontal e assim anulo os poucos movimentos dos membros superiores, necessários para folhear páginas de livros, revistas, etc. Ter objetivos e alcançar metas cada vez mais difíceis, tem sido fundamental. Estar atualizada e em iguais condições que meus colegas de trabalho, é imprescindível. Com o Motrix, essa angústia de não poder preencher essas horas tão preciosas, não existe mais. Para mim, a esperança de melhorar a qualidade de vida é que vem me mantendo viva". (Depoimento de Lenira Luna – médica – 52 anos tetraplégica há 30 anos e usuária do Motrix – possui duas cadeiras de rodas motorizadas)

Controle do ambiente n Home automation n X 10 é a mais conhecida Computador

Controle do ambiente n Home automation n X 10 é a mais conhecida Computador pode controlar Difícil de achar no Brasil

X 10

X 10

Tecnologia para problemas motores de maior complexidade É fundamental buscar e aplicar todas as

Tecnologia para problemas motores de maior complexidade É fundamental buscar e aplicar todas as opções tecnológicas existentes, especialmente aquelas que conduzam à comunicação (possivelmente virtual), para expandir os limites do indivíduo comprometido para muito além daqueles que a deficiência naturalmente impõe, e independente do fato do nível de deficiência ser extraordinariamente limitante. n. Doenças musculares Distrofias musculares n Miopatias metabólicas n Miosites n n. Esclerose lateral amiotrófica (ELA) ALS em inglês n. Paralisia Cerebral

Sistemas com varredura n n São apresentadas opções na tela, uma a uma Com

Sistemas com varredura n n São apresentadas opções na tela, uma a uma Com um acionador a opção desejada é escolhida. n Ex: switch, microfone, mouse ocular, etc. . .

ETM

ETM

Microfênix n com Falador

Microfênix n com Falador

Ferramentas para CSA n Comunicação Suplementar e Alternativa n Uso intensivo de computador e

Ferramentas para CSA n Comunicação Suplementar e Alternativa n Uso intensivo de computador e outros itens tecnológicos para ampliar o potencial de comunicação n Melhora qualidade de vida n n amplia comunicação assim torna possível uma integração mais efetiva com a família e sociedade

Comunique e Teclado Comunique n Myriam Pelosi

Comunique e Teclado Comunique n Myriam Pelosi

Imago. Ana. Vox Comunicação alternativa “criativa”

Imago. Ana. Vox Comunicação alternativa “criativa”

Alguns sistemas comerciais para acessibilidade e comunicação alternativa

Alguns sistemas comerciais para acessibilidade e comunicação alternativa

Intellikeys/Intellipics

Intellikeys/Intellipics

Speaking Dynamically

Speaking Dynamically

Tech/Talk

Tech/Talk

Tech/Speak with Environmental Controls

Tech/Speak with Environmental Controls

Boardmaker (for PCS)

Boardmaker (for PCS)

Overlay Maker

Overlay Maker

Alpha. Smart

Alpha. Smart

Phone Link

Phone Link

Writing with symbols

Writing with symbols

The Grid

The Grid

Quali. SPEAK

Quali. SPEAK

Gus! Pocket Communicator

Gus! Pocket Communicator

EDIN – fim da aula #3 José Antonio Borges antonio 2@nce. ufrj. br (021)

EDIN – fim da aula #3 José Antonio Borges antonio 2@nce. ufrj. br (021) 2598 -3339