ECONOMIA SOLIDRIA INCUBADORAS E PROCESSO DE INCUBAO Profa
ECONOMIA SOLIDÁRIA: INCUBADORAS E PROCESSO DE INCUBAÇÃO Profa. Dra. Maria Nezilda Culti Universidade Estadual de Maringá- UEM DCO/UNITRABALHO
ECONOMIA SOLIDÁRIA n A Economia Solidária é uma reação contemporânea, resultado de um movimento de resistência que nunca desapareceu ao longo do tempo no modo de produção capitalista n Ganha expressão e visibilidade no Brasil á partir da década de 80, onde o agir coletivo se coloca como uma alternativa possível para os atores sociais na busca de trabalho e renda. n A economia solidária é uma ação coletiva que está reconstruindo sua identidade, fruto da própria ação e é muito heterogênea
ECONOMIA SOLIDÁRIA CONCEITO É um conjunto de atividades econômicas de produção, comercialização, consumo e crédito organizadas solidariamente por trabalhadores (as) sob a forma coletiva e autogestionária. Característica: cooperação, autogestão, solidariedade e viabilidade econômica. Fazem parte dela os empreendimentos urbanos e rurais, baseados na livre associação.
ECONOMIA SOLIDÁRIA n CENTRALIDADE DO SER HUMANO 1. As pessoas são mais importante que o lucro 2. A finalidade maior da atividade econômica é garantir a satisfação plena das necessidades de todos(as)
DIMENSÃO n Sistema Nacional de Informações em Economia Solidária-SIES: 21. 859 empreendimentos 9. 498 no nordeste (43, 5%) 3. 583 no sul (16, 4%) 2. 656 no norte (12, 2%) 3. 912 no sudeste (17, 9%) 2. 210 no centro-oeste (10, 1%) 1. 120 Entidades de Apoio, Assessoria e Fomento Fonte: Senaes/SIES
NATUREZA n 51, 8% - Associações n 36, 5% n n - Grupos Informais 9, 7% - Cooperativas 2, 0% - Empresas autogestoras Fonte: Senaes/SIES
ATIVIDADE ECONÔMICA 48, 3% - área rural 34, 6% - área urbana 17, 1% - área rural-urbana Sudeste - 60% atua área urbana Norte - 51% atua área rural Nordeste - 63% atua área rural
COMERCIALIZAÇÃO Predominantemente nos espaços locais: n n n 53, 0% vendem no comércio local comunitário 26, 0% em mercados/comércios municipais 10, 0% mercado/comércio micro-regional 6, 5% mercado/comércio estadual 2, 8% destinam seus produtos ao território nacional 0, 6% realizam transações com outros paises
ASSOCIADOS Quem são estas pessoas que compõe a economia solidária? n 1 milhão e 687 mil homens e mulheres - média de 78 participantes por EES n 72, 6% formados por homens e mulheres. 17, 9% somente por mulheres. 9, 5% somente por homens
Tipologia dos Empreendimentos Econômicos Solidários (CULTI, 2010) Aspecto: Organização T 1 (40, 4%): mais jovens, maioria grupos informais, urbanos, metade com até 10 sócios. T 2 (25, 8%): todas as idades, cooperativas e associações, rurais e urbanas, nº de sócios variado T 3 (33, 8%): mais antigos, associações, rurais, com 21 a 50 sócios.
Tipologia dos Empreendimentos Econômicos Solidários (CULTI; 2010) Aspecto: Organização (Grandes regiões)
Tipologia dos empreendimentos Solidários (CULTI, 2010)
Tipologia dos Empreendimentos Econômicos Solidários (CULTI, 2010) Aspecto: Sócio-Político
INCUBADORAS DE EMPREENDIMENTOS ECONÔMICOS SOLIDÁRIOS (EES)
FINALIDADE Promover a constituição e consolidação de Empreendimentos de Economia Solidária (cooperativas, associações, empresas autogestionárias, redes de microempreendimentos, etc. ) Indicar oportunidades de inserção em cadeias produtivas regionais, nacionais e globais, preservando a cultura local Promover o desenvolvimento sustentável desses empreendimentos, do ponto de vista econômico, social e ambiental
INSTITUCIONALIDADE n n n Espaço físico dentro das Universidades Institucionalizada como Núcleo, Programa ou equivalente Não se confunde com Projetos que tempo determinado
COMPONENTES n n n Professores, pesquisadores (efetivos/colaboradores) Técnicos (efetivos/contratados) Acadêmicos (graduação e pósgraduação: latu e strictu-senso)
Áreas de Formação dos Componentes n n n n NUCLEO BASE n Administração de Empresas Ciências Sociais Ciências Contábeis Ciências Econômicas Direito Educação Psicologia n n n n COMPLEMENTAR Meio Ambiente Zootecnia Ciências agrárias Engenharia da produção Engenharia de alimentos Agroecologia Outras
MEIOS DE ATUAÇÃO n n n n CONVÊNIOS PROJETOS DE PESQUISA PROJETOS DE EXTENSÃO PROJETOS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA GRUPOS DE ESTUDO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO TERMO DE COOPERAÇÃO DA INCUBADORA COM O EMPREENDIMENTO
PARCERIAS Ø n n n n n Externas/Financiamentos: Bancos (Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, outros) Organizações públicas (Federal e Estadual) e privadas (Fundações – nacionais e internacionais) Prefeituras Municipais Internas: Empresa Júnior de Consultoria Programa Especial de Treinamento – PET Programas de Pós-Graduação Núcleos de Apoio ao Desenvolvimento Regional Outros Programas/Núcleos
METODOLOGIA DE TRABALHO NA INCUBADORA n Planejamento Estratégico n Seleção das demandas, discutidas no coletivo da Incubadora n Termo de cooperação da incubadora com o empreendimento n Capacitação permanente dos orientadores (professores, técnicos e acadêmicos) das diferentes áreas de atuação, por meio de Grupos de Estudos programados, abordando temas relativos às transformações no mundo do trabalho, geração de trabalho e renda, cooperativismo/associativismo, processo de incubação, entre outros.
PRINCÍPIOS NORTEADORES DO PROCESSO DE INCUBAÇÃO n n Processo educativo, dialógico, envolvendo suporte técnico e formação política Processo de troca, construção e reconstrução de saberes (acadêmico e popular) Forma de interação entre os dois saberes deve ser bidirecional e participativa - um construir em conjunto Autonomia e não tutela (Autogestão)
PRINCÍPIOS NORTEADORES DO PROCESSO DE INCUBAÇÃO n n n O caráter político dessa ação educativa deve levar os orientadores a assumi-la como compromisso de aprendizagem, para si e para os trabalhadores A prática pedagógica modifica as circunstâncias, o comportamento dos sujeitos do processo na sua maneira de ser e agir Une “saber popular” a “saber científico” numa tentativa de transformação da prática cotidiana inter-relacionando as atividades de ensino, pesquisa e extensão
PRINCÍPIOS NORTEADORES DO PROCESSO DE INCUBAÇÃO n n Capacita multiplicadores – cursos de especialização, seminários, oficinas, outros extensão, Incentiva a formação de cadeias produtivas e inserção em Planos de desenvolvimento local/regional n Incentiva a formação de Centrais e Redes n Busca parcerias e financiamentos n Não é uma prática voluntarista ou assistencialista n Respeitando os limites e o tempo - se erros e acertos, avanços e recuos constrói com
COMPLEXIDADE NA INTERAÇÃO – RELAÇÃO DIALÓGICA n n n A interação entre os saberes não é uma prática pedagógica fácil; requer muita paciência, humildade e criatividade, tanto do orientador (equipe da incubadora) como do orientado (componentes do EES) É preciso saber abrir-se à realidade dos trabalhadores, componentes do EES, com os quais o orientador vai partilhar a atividade pedagógica Reconhecer que os componentes do EES tem toda uma experiência de vida e por isso também é portador de um saber
COMPLEXIDADE NA INTERAÇÃO – RELAÇÃO DIALÓGICA Qualquer caminho que se baseie em uma linha impositiva por parte do orientador não terá êxito: n n em razão da própria natureza da atividade ser eminentemente coletiva, a reflexão em conjunto é fundamental. Nela é que se vai desvelando o que os sujeitos sabem e o que ainda precisam saber.
COMPLEXIDADE NA INTERAÇÃO – RELAÇÃO DIALÓGICA n ü ü n Segundo Freire: Sem negar a autoridade que o educador tem e representa, sua presença, por sua experiência, deve ser mediadora Trata-se de uma relação em que a liberdade do educando não é proibida de exercer-se, ao contrário, deve ser estimulada Ao mesmo tempo, porém, deve-se incentivar que ele ultrapasse o imediatamente vivido, ou seja, suas situações limites
COMPLEXIDADE NA INTERAÇÃO – RELAÇÃO DIALÓGICA n ü ü n No processo de incubação, o objetivo é a autogestão: esta exige iniciativa do trabalhador para dirigir seu empreendimento a ação indutiva do orientador é necessária, mas não pode ser perpetuada O orientador precisa sempre ter clareza quanto ao que se quer criar para não se perder no espontaneísmo, que pode levá-lo a perder de vista também os objetivos
COMPLEXIDADE NA INTERAÇÃO – RELAÇÃO DIALÓGICA n n n O orientador deve fazer a indução de maneira que o trabalhador desenvolva a própria iniciativa de fazer suas induções o quanto antes Em suma, o orientador não pode “apenas sentar e esperar que os alunos articulem todo o conhecimento”. “Ao contrário, tem que demonstrar sua competência aos alunos” porque “o diálogo se dá dentro de um programa e contexto. (. . . )” (P. Freire) Para alcançar os objetivos da transformação, o diálogo implica responsabilidade, direcionamento, determinação, disciplina e objetivos
INTEGRAÇÃO ENSINO – PESQUISA - EXTENSÃO n ENSINO Cursos em geral para a Equipe multidisciplinar, cooperados/associados, público externo e interno, grade curricular. n EXTENSÃO Diagnósticos participativos Plano de ação participativo
INTEGRAÇÃO ENSINO – PESQUISA - EXTENSÃO Assistência técnica e extensão rural (ATER) Elaboração de projetos (Conab/PAA, PNAE, Investimentos, etc. ) Elaboração de Plano de Gestão do EES Acompanhamento sistemático/assessoria Realização de Estágios supervisionados/obrigatórios
INTEGRAÇÃO ENSINO – PESQUISA - EXTENSÃO n PESQUISA Desenvolvimento de novos processos produtivos Desenvolvimento de cultivos agroecológicos Desenvolvimento de novos produtos Desenvolvimento de máquinas/equipamentos apropriados a necessidade dos EES
INTEGRAÇÃO ENSINO – PESQUISA - EXTENSÃO n INTEGRAÇÃO ACADÊMICA n Estágios Supervisionados n TCCs, Dissertações, Teses, Artigos de Livros, Artigos em Revistas especializadas
INTEGRAÇÃO DE POLÍTICAS PUBLICAS POLÍTICAS PÚBLICAS n PAA-Progr. Nac. de aquisição de Alimentos n PNAE-Progr. Nac. de Alimentação Escolar n PRONERA-Progr. Nac. de Educação na Reforma Agrária n BOLSA FAMILIA n PRONATEC-Prog. Nac. de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego n MCMV-Progr. Minha Casa, Minha Vida n Entre Outros
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ (UEM) Núcleo/Incubadora UEM (Sede) Av. Colombo, 5790 – Maringá – Paraná Bloco A-01 – salas 06 e 08 Secretaria: (44) 3011 -3785 / 3011 -3893 www. unitrabalho. uem. br Incubadora Campus Avançado de Umuarama (CAU) Fone: (44) 3621 -9447
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