Economia do Trabalho Aula 4 Oferta de trabalho
Economia do Trabalho Aula 4
Oferta de trabalho das mulheres • Diferenças entre os países – ver exemplos: – Itália – EUA • Determinantes da taxa de participação: – Variáveis econômicas – Fatores culturais – Fatores institucionais. • Tendência de aumento da taxa de participação das mulheres.
Taxa de participação Países Australia Austria Belgium Canada Chile Czech Republic Denmark Estonia Finland France Germany Greece Sexo Homens Mulheres Homens Mulheres Homens Mulheres 2002 71. 8 55. 2 68. 5 50. 5 60. 8 43. 2 73. 0 60. 9 71. 8 33. 8 69. 4 51. 0 71. 1 60. 1 67. 9 57. 4 70. 2 64. 0 62. 9 49. 1 65. 5 49. 4 64. 1 40. 1 2014 71. 0 58. 6 66. 4 55. 3 59. 2 48. 1 70. 6 61. 6 71. 6 48. 4 68. 2 50. 9 66. 4 58. 1 73. 7 63. 4 68. 3 63. 4 61. 1 51. 8 66. 3 54. 8 60. 1 44. 1 2014 -2002 -0. 8 3. 4 -2. 1 4. 8 -1. 6 4. 9 -2. 4 0. 7 -0. 2 14. 6 -1. 2 -0. 1 -4. 7 -2. 0 5. 8 6. 0 -1. 9 -0. 6 -1. 8 2. 7 0. 8 5. 4 -4. 0
Países Hungary Iceland Ireland Israel Italy Japan Korea Latvia Luxembourg Mexico Netherlands New Zealand Sexo Homens Mulheres Homens Mulheres Homens Mulheres 2002 60. 8 45. 8 85. 5 76. 7 71. 0 49. 0 68. 9 53. 7 62. 0 36. 8 74. 8 48. 5 75. 0 49. 8 65. 8 50. 5 66. 5 43. 5 80. 7 38. 6 72. 9 55. 0 74. 5 59. 0 2014 65. 7 52. 1 84. 7 78. 2 67. 7 52. 6 69. 5 59. 2 59. 4 40. 5 70. 4 49. 2 74. 0 51. 3 66. 5 53. 4 66. 8 53. 4 78. 2 43. 3 70. 5 58. 5 74. 6 63. 7 2014 -2002 4. 9 6. 3 -0. 8 1. 5 -3. 3 3. 6 0. 6 5. 5 -2. 6 3. 7 -4. 4 0. 7 -1. 0 1. 5 0. 7 2. 9 0. 3 9. 9 -2. 5 4. 7 -2. 4 3. 5 0. 1 4. 7
Países Sexo Homens Norway Mulheres Homens Poland Mulheres Homens Portugal Mulheres Homens Slovak Republic Mulheres Homens Slovenia Mulheres Homens Spain Mulheres Homens Sweden Mulheres Homens Switzerland Mulheres Homens Turkey Mulheres Homens United Kingdom Mulheres Homens United States Mulheres Homens OECD - Average Mulheres Fonte: OCDE Statistics. Elaboração Própria 2002 77. 3 69. 7 62. 9 48. 6 70. 5 54. 2 68. 3 52. 6 64. 1 51. 1 67. 1 42. 7 74. 3 68. 2 76. 7 59. 3 71. 6 27. 9 70. 5 55. 4 74. 1 59. 6 70. 5 52. 5 2014 73. 6 68. 3 64. 7 48. 5 64. 5 53. 8 68. 2 51. 1 63. 3 52. 2 65. 8 53. 7 74. 7 69. 1 75. 0 62. 6 71. 3 30. 3 69. 2 57. 6 69. 2 57. 0 69. 2 55. 4 2014 -2002 -3. 7 -1. 4 1. 8 -0. 1 -6. 0 -0. 4 -0. 1 -1. 5 -0. 8 1. 1 -1. 3 11. 0 0. 4 0. 9 -1. 7 3. 3 -0. 3 2. 4 -1. 3 2. 2 -4. 9 -2. 6 -1. 3 2. 9
Taxa de participação no mercado de trabalho - Brasil 90, 0 80, 0 78, 3 77, 9 78, 5 78, 9 78, 4 77, 8 77, 5 75, 3 75, 0 74, 1 75, 0 70, 0 60, 0 53, 9 54, 1 55, 2 56, 5 56, 4 56, 0 55, 8 56, 1 53, 1 52, 7 54, 3 50, 0 40, 0 30, 0 20, 0 10, 0 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 mulher homem 2009 2011 2012 2013 2014
Oferta de trabalho das mulheres • Fatores que explicam a tendência de aumento da participação no mercado de trabalho: – Aumento salarial – Redução do salário de reserva • Maior incentivo para as mulheres que não estavam no mercado de trabalho entrarem nele. • Relação entre fecundidade e salário de reserva. • Entre 1950 e 2000, a taxa de fertilidade caiu de 3, 3 filhos para 2, 1 filhos.
Oferta de trabalho das mulheres • Mulheres participam mais do mercado de trabalho – custo de participação é menor, logo o salário de reserva é menor. – Quanto maior o número de filhos maior o salário de reserva. • O aumento dos salários no mercado de trabalho aumenta o custo de oportunidade em atividades fora do mercado de trabalho. • Incentivo à redução do tempo alocado ao setor doméstico. • Mudanças tecnológicas no processo de produção doméstica.
Oferta de trabalho das mulheres • A oferta de trabalho das mulheres é mais sensível às mudanças do salário. • A oferta de trabalho das mulheres é mais elástica que dos homens. • Vários estudos: em torno de 0, 2% - um aumento de 10% do salário aumenta a oferta de trabalho em 2%. • Efeito substituição domina o efeito renda.
Elasticidade da oferta de trabalho C: Documents and SettingsVinicius AmoedoMeus documentosMinhas digitalizaçõesDigitalizar 0002. jpg
Para o Brasil! • Oliveira (1978): – equação de oferta de horas de trabalho mensal para homens de 18 a 65 anos e para homens de 25 a 55 anos. – POF BH 1972: -0, 07 a -0, 03 • Ribeiro (2001): 0, 02 a 0, 10.
Oferta de trabalho de jovens Distribuição dos jovens por idade e categorias de estudo e trabalho, 1995 -2015 Fonte: Franca, M. P. Ensaios sobre a transição da escola para o trabalho dos jovens brasileiros. Artigo Qualificação, doutorado UFF, 2017.
Oferta de Trabalho Ciclo de Vida Parte destes slides foi produzida com base nos slides do curso de GIÁCOMO BALBINOTTO NETO (Faculdade de Economia da UFRGS)
Modelos estáticos e modelos dinâmicos de oferta de trabalho • Modelos Estáticos –como as pessoas alocam o seu tempo no mercado de trabalho e fora dele em atividades de lazer num dado período de tempo. • Analisam como as variáveis econômicas como renda, preços e renda não trabalho afetam as decisões de participação na força de trabalho e das horas trabalhadas num dado período de tempo.
Oferta de trabalho: modelo estático • Modelo de oferta de trabalho simples: alocação de horas entre trabalho e lazer é num período único de tempo. Dinâmica da oferta de trabalho • Escolhas alocativas do tempo devem ser decididas continuamente ao longo dos anos. • Indivíduos podem trocar lazer hoje por consumo adicional no futuro. • Indivíduos podem poupar hoje, trabalhando mais para aumentarem seu consumo na fase de afastamento do mercado de trabalho (aposentadoria).
Modelos Dinâmicos de oferta de trabalho • Buscam responder a questão de como nós alocamos o nosso tempo ao longo do ciclo da vida. • Como nossas decisões correntes influenciam as oportunidades econômicas no futuro e que são obviamente influenciadas pelas decisões que são tomadas no passado • Determinantes da oferta de trabalho no longo prazo.
Modelos Dinâmicos de oferta de trabalho • Visto que as decisões de consumo e lazer são feitas ao longo de toda a vida de trabalho, os trabalhadores podem trocar algum tempo de lazer hoje em retorno de um consumo adicional no futuro.
Modelos Dinâmicos de oferta de trabalho • As decisões tomadas pelo indivíduo ao longo de seu ciclo de vida poderão: – se concentrar em atividades de trabalho naqueles anos onde o salário é alto e; – se concentrar em atividades de lazer naqueles anos onde o salário é baixo. • Esta troca intertemporal entre lazer e trabalho poderá levar a um aumento no bem-estar do trabalhador.
Principais questões do modelo dinâmico de oferta de trabalho • Como nossa alocação do tempo é influenciada por mudanças nas oportunidades econômicas ao longo do ciclo da vida? • Como a oferta de trabalho responde as oscilações referentes ao ciclo econômico? • Como fatores econômicos influenciam o timing das decisões de aposentadoria?
Modelo de escolha intertemporal • Um indivíduo irá trabalhar poucas horas naqueles períodos de seu ciclo da vida quando o salário é baixo e irá trabalhar muitas horas naqueles períodos quando o salário é elevado. • As decisões de participação na força de trabalho dependem de uma comparação entre o salárioreserva e o salário de mercado. • Em cada ano do ciclo da vida, portanto, o trabalhador irá comparar o seu salário reserva com o salário de mercado e decidir se trabalha ou não.
Modelos de escolha intertemporal
Implicações do modelo dinâmico de escolha intertemporal • O indivíduo terá maior probabilidade de entrar no mercado de trabalho em períodos quando o salário é alto. • Como resultado, as taxas de participação tendem a ser baixas para jovens, alta para trabalhadores maduros e novamente baixa para trabalhadores mais velhos.
A hipótese de substituição intertemporal • Um determinado trabalhador irá alocar o seu tempo de modo a maximizar sua utilidade intertemporal e trabalhar mais nos períodos onde o salário é elevado e menos onde ele for baixo. • A noção de que as pessoas substituem o seu tempo entre trabalho e lazer ao longo do seu ciclo de vida é chamada de hipótese de substituição intertemporal.
Modelo Lucas e Rapping (1969) • Lucas, Robert E. , Jr. and Rapping, Leonard A. “Real Wages, Employment, and Inflation. ” Journal of Political Economy, September/ October 1969, 77(5), pp. 721– 54. • A inovação introduzida por Lucas & Rapping (1969) está em supor que a oferta de trabalho corrente é função do salário corrente e futuro. • A oferta de mão-de-obra num contexto de escolha intertemporal é uma extensão natural do modelo estático padrão. Contudo, temos agora um modelo no qual o indivíduo maximiza em múltiplos períodos. • A função de utilidade maximizadora é denominada função de utilidade intertemporal.
Modelo Lucas e Rapping (1969) • A idéia básica do modelo de Lucas & Rapping (1969) é que o indivíduo está escolhendo tanto o consumo como o lazer em vários período do tempo ao longo do seu ciclo de vida. • Ele busca soluções ótimas durante toda a sua vida !
Modelo Lucas e Rapping (1969) • A diferença básica entre os modelos estáticos e dinâmicos está localizada na restrição com a qual o indivíduo se defronta. • No modelo dinâmico, as decisões de consumo e lazer, em cada período do tempo são feitas em função do nível de preços e salários de todos os períodos e do nível de ativos que o indivíduo possui no instante inicial. • Assim, a restrição orçamentária incorpora renda e despesas em diferentes períodos, com o acréscimo de poder realocá-los entre períodos através de operações de poupança e empréstimo.
Modelo Lucas e Rapping (1969) • A nova forma da restrição orçamentária, denominada – restrição orçamentária intertemporal – é a base para a hipóteses de substituição intertemporal do trabalho. • Aqui assumimos que o indivíduo pode consumir em um período sem que esteja trabalhando naquele momento, desde que tenha tomado a decisão de poupar anteriormente ou de tomar emprestado para financiar este nível de consumo.
Modelo Lucas e Rapping (1969) • O equilíbrio dinâmico num modelo de oferta do ciclo da vida é, na realidade, a escolha de uma trajetória ótima para a oferta de trabalho e consumo. • O indivíduo escolhe níveis de consumo e lazer para todos os períodos sujeitos a uma restrição imposta pelo perfil de salários, preços e nível de riqueza inicial. • O equilíbrio dinâmico é fruto de um processo de maximização e pressupõe que o indivíduo está escolhendo corretamente (agindo racionalmente) os níveis de consumo e lazer para todos os períodos e também o valor da utilidade marginal da riqueza inicial.
Taxa de participação durante o ciclo de vida
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