E eu fico a imaginar se depois de

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"E eu fico a imaginar se depois de muito navegar a algum lugar enfim

"E eu fico a imaginar se depois de muito navegar a algum lugar enfim se chega. . . O que será, talvez, até mais triste. Nem barcas, nem gaivotas. Apenas sobre humanas companhias. . . Com que tristeza o horizonte avisto, aproximado e sem recurso. Que pena a vida ser só isto. . . ” Cecília Mireles

A morte liberta o escravo, A morte submete o rei e o papa E

A morte liberta o escravo, A morte submete o rei e o papa E paga a cada um o seu salário, E devolve ao pobre o que ele perde E toma ao rico o que ele abocanha. Hélinand de Froidmont, em ‘Os Versos da Morte’

MISSÃO Oldney Lopes

MISSÃO Oldney Lopes

A noite invade, fatalmente, o fim do dia O tempo avança, a vida alcança

A noite invade, fatalmente, o fim do dia O tempo avança, a vida alcança o termo rude

O rio leva a correnteza forte e fria As águas correm, a torrente entorna

O rio leva a correnteza forte e fria As águas correm, a torrente entorna o açude

E como o açude em profundeza é nossa vida Quanto mais passa o tempo

E como o açude em profundeza é nossa vida Quanto mais passa o tempo mais completa fica Pois somos plantas desfolhando pela lida Que a cada folha morta torna-se mais rica

Pois somos plantas desfolhando pela lida Que a cada folha morta torna-se mais rica

Pois somos plantas desfolhando pela lida Que a cada folha morta torna-se mais rica

É por despetalar-se inteira em pouco tempo Que a rosa reina nos jardins como

É por despetalar-se inteira em pouco tempo Que a rosa reina nos jardins como rainha

É por evaporar-se ao bel prazer do vento Que a gota d’água é nuvem,

É por evaporar-se ao bel prazer do vento Que a gota d’água é nuvem, chove e rega a vinha

Assim também passamos ágeis pelo mundo Celeremente vão passando nossas horas

Assim também passamos ágeis pelo mundo Celeremente vão passando nossas horas

Mas quanto mais esvaem-se os segundos Mais aprendemos a riqueza do agora

Mas quanto mais esvaem-se os segundos Mais aprendemos a riqueza do agora

E cada dia findo é como folha morta Que quando cai dá nova força

E cada dia findo é como folha morta Que quando cai dá nova força para a planta

É transitório e tênue limiar da porta Que quanto mais aberta mais se agiganta

É transitório e tênue limiar da porta Que quanto mais aberta mais se agiganta

Nós somos tal qual uma grande tessitura Como um tapete costurado a firmes mãos:

Nós somos tal qual uma grande tessitura Como um tapete costurado a firmes mãos:

Quanto mais sofre o espezinhar da bota dura Mais plenitude tem no esforço da

Quanto mais sofre o espezinhar da bota dura Mais plenitude tem no esforço da missão

Da mesma forma que o açude já foi gota Do mesmo jeito que o

Da mesma forma que o açude já foi gota Do mesmo jeito que o remanso vira rio

Quanto mais fica, a nossa veste, velha e rota Mais vamos nos fortalecendo fio

Quanto mais fica, a nossa veste, velha e rota Mais vamos nos fortalecendo fio a fio.

Só desta forma que se cumprem os destinos: Passamos pelo tempo, e o tempo

Só desta forma que se cumprem os destinos: Passamos pelo tempo, e o tempo vem sem dó

Viemos da poeira ou do sopro divino E fatalmente vamos retornar ao pó!

Viemos da poeira ou do sopro divino E fatalmente vamos retornar ao pó!

Texto: “MISSÃO” Autor: Oldney Lopes

Texto: “MISSÃO” Autor: Oldney Lopes

Música incidental: Serenade (Schubert) Criação e formatação: Oldney Lopes Imagens colhidas de sites diversos

Música incidental: Serenade (Schubert) Criação e formatação: Oldney Lopes Imagens colhidas de sites diversos da internet. Contato com o autor: oldney@brumanet. com. br Visite o site do autor: www. oldney. net