E eu fico a imaginar se depois de
- Slides: 22
"E eu fico a imaginar se depois de muito navegar a algum lugar enfim se chega. . . O que será, talvez, até mais triste. Nem barcas, nem gaivotas. Apenas sobre humanas companhias. . . Com que tristeza o horizonte avisto, aproximado e sem recurso. Que pena a vida ser só isto. . . ” Cecília Mireles
A morte liberta o escravo, A morte submete o rei e o papa E paga a cada um o seu salário, E devolve ao pobre o que ele perde E toma ao rico o que ele abocanha. Hélinand de Froidmont, em ‘Os Versos da Morte’
MISSÃO Oldney Lopes
A noite invade, fatalmente, o fim do dia O tempo avança, a vida alcança o termo rude
O rio leva a correnteza forte e fria As águas correm, a torrente entorna o açude
E como o açude em profundeza é nossa vida Quanto mais passa o tempo mais completa fica Pois somos plantas desfolhando pela lida Que a cada folha morta torna-se mais rica
Pois somos plantas desfolhando pela lida Que a cada folha morta torna-se mais rica
É por despetalar-se inteira em pouco tempo Que a rosa reina nos jardins como rainha
É por evaporar-se ao bel prazer do vento Que a gota d’água é nuvem, chove e rega a vinha
Assim também passamos ágeis pelo mundo Celeremente vão passando nossas horas
Mas quanto mais esvaem-se os segundos Mais aprendemos a riqueza do agora
E cada dia findo é como folha morta Que quando cai dá nova força para a planta
É transitório e tênue limiar da porta Que quanto mais aberta mais se agiganta
Nós somos tal qual uma grande tessitura Como um tapete costurado a firmes mãos:
Quanto mais sofre o espezinhar da bota dura Mais plenitude tem no esforço da missão
Da mesma forma que o açude já foi gota Do mesmo jeito que o remanso vira rio
Quanto mais fica, a nossa veste, velha e rota Mais vamos nos fortalecendo fio a fio.
Só desta forma que se cumprem os destinos: Passamos pelo tempo, e o tempo vem sem dó
Viemos da poeira ou do sopro divino E fatalmente vamos retornar ao pó!
Texto: “MISSÃO” Autor: Oldney Lopes
Música incidental: Serenade (Schubert) Criação e formatação: Oldney Lopes Imagens colhidas de sites diversos da internet. Contato com o autor: oldney@brumanet. com. br Visite o site do autor: www. oldney. net
- Fico a imaginar o dia
- Aquilo que não podes imaginar
- Quiero imaginar que todo es real
- Rio arade desagua
- Coisas que a vida ensina depois dos 40
- E assim depois de muito esperar
- Coisas que a vida ensina
- Experimente algumas vezes que os sentidos eram enganosos
- Alguns anos depois
- Textos de anedotas
- Fico xpress student
- Mas e a vida ela é maravilha ou é sofrimento
- às vezes eu fico pensando
- "fico score"
- Essere un fico
- As vezes fico me perguntando