DRUSAS DE PAPILA Uma abordagem facilitando o diagnstico
DRUSAS DE PAPILA – Uma abordagem facilitando o diagnóstico. Tatiana Vieira De Freitas Rocha, Milena Rangel Hospital Municipal Miguel Couto INTRODUÇÃO As drusas de papila são concreções globulares anormais de sais de cálcio e proteínas que se acumulam no nervo óptico e geralmente se tornam visíveis após a primeira década de vida. Ocorrem com mais frequência bilateral do que unilateral. (Kanski - 2016). Um edema de papila pode ser um sinal ameaçador, por vezes, significando aumento da pressão intracraniana. Alternativamente, os pacientes podem ter um mecanismo diferente para esse aparência do disco óptico, incluindo drusas de disco óptico (DDO), que não confere quaisquer implicações com risco de vida. É importante refinar a abordagem para distinguir DDO de papiledema porque esta é uma dificuldade relativamente comum e importante encontrada na prática. A tomografia de coerência óptica (OCT) é um método não invasivo, técnica de imagem ocular acessível que pode melhorar a precisão do diagnóstico para detectar as DDO; ou, mesmo na suspeita de papiledema, levando a investigações adicionais necessárias para identificar (ou excluir) causas potenciais de hipertensão intracraniana. A ultrassonografia (USG) B-scan é confiável, método relativamente barato e rápido tradicionalmente usado para detectar a calcificação. Drusas de disco óptico também podem ser detectadas com tomografia computadorizada (TC) (Ramirez et al. 1983) como pontos hiperdensos. O objetivo é apresentar um relato de caso sobre drusas de papila e ressaltar a dificuldade de diferenciá- lo do verdadeiro edema de papila. RELATO DO CASO Paciente, 40 anos, sexo masculino, procurou o serviço de emergência do Hospital Municipal Miguel Couto, relatando baixa acuidade visual. Ao exame, acuidade visual OD 20/40 (+8. 50 esf -1. 25 cil x 70) OE 20/70 (+8. 00 esf -1. 00 cil x 94) AD + 1. 50 AO, biomicroscopia sem particularidades, PIO 10 mm. Hg AO. Realizado exame de fundoscopia sob midríase e observado alteração na morfologia da papila óptica. Nesse primeiro momento foi solicitada uma tomografia computadorizada, (exame disponível no serviço) de crânio e órbita para visualização da cabeça do nervo óptico e possível diagnóstico. (fig. 1) FIGURAS (FIG. 1) Pontos hiperdensos (TC). (FIG. 2) Drusas visíveis (Retinografia) (FIG. 3) Papila com bordos mal definidos (Mapeamento) RESULTADOS Do ponto de vista clínico, as drusas de disco estão presentes em cerca de 0, 3% da população e são frequentemente bilaterais. Embora apenas uma minoria dos membros familiares tenha drusas, quase metade apresenta vasos anômalos no disco óptico e ausência da escavação fisiológica. Ao exame de tomografia computadorizada obteve se o resultado de imagem com alteração situada logo a frente do disco óptico, elevação da papila com lesão hiperecogênica em razão do alto teor de cálcio em seu interior (fig. 1). Na retinografia revelou elevação anômala da papila com drusas visíveis (fig. 2) e no mapeamento de retina observou disco óptico com bordos mal definidos (fig. 3). CONCLUSAO Contudo, podemos concluir que o diagnóstico de drusas de papila necessita de exames complementares para sua elucidação e se faz necessário um exame oftalmológico para que não venha ser confundido com o verdadeiro edema de papila. Fazendo se importante o acompanhamento desse paciente pois poderá haver complicações. As complicações que são raras, mais frequentemente associadas a drusas da papila incluem neovascularizacão coroidal justapapilar, neovascularizacão do disco, oclusão da artéria e da veia central da retina, perda de campo visual progressiva mas limitada, com padrão de feixe de fibras nervosas. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: KANSKI, Jack J. Oftalmologia clínica: uma abordagem sistemática. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier http: //www. spoftalmologia. pt/wpcontent/uploads/2002/01/acta_oftam_n 13_2003_pp. 5 -8. pdf http: //areaprofesional. blogspot. com/2011/08/papila-sana-vs-papila-patologica. html
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