DOENA DE CROHN CONCEITO Doena inflamatria crnica do

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DOENÇA DE CROHN

DOENÇA DE CROHN

CONCEITO • Doença inflamatória crônica do trato gastrointestinal • Colite indeterminada • Afeta qualquer

CONCEITO • Doença inflamatória crônica do trato gastrointestinal • Colite indeterminada • Afeta qualquer parte do TGI – intestino delgado distal e cólon • Parede intestinal, mucosa até serosa

EPIDEMIOLOGIA • • • Maior pico de incidência: 40 a. Pico de menor incidência:

EPIDEMIOLOGIA • • • Maior pico de incidência: 40 a. Pico de menor incidência: 60 – 80 a. Ambos os sexos Raça branca e judeus Fator de risco + importante: história familiar positiva • 15% pcts c/ parente de 1º grau • Incidência entre parentes 30 a 100 X +

ETIOLOGIA E PATOGÊNESE • Mutações em NOD 2 – receptor intracelular p lipossacarídeos –

ETIOLOGIA E PATOGÊNESE • Mutações em NOD 2 – receptor intracelular p lipossacarídeos – 15% • Lâmina própria infiltrada com linfócitos macrófagos e outras céls. • Incapacidade de suprimir a inflamação crônica de baixa intensidade e normal da lâmina própria intestinal em resposta à sua exposição crônica a antígenos luminais. • Aumento de Ig. G no lugar de Ig. A

ETIOLOGIA E PATOGÊNESE • Gatilho antigênico – linfócitos T ativados • Th 1 –

ETIOLOGIA E PATOGÊNESE • Gatilho antigênico – linfócitos T ativados • Th 1 – IFN ɣ • Citocinas pró-inflamatórias (IL 1, TNFα) amplificam resposta imune • Neutrófilos atraídos por agentes quimiotáxicos (IL 8, leucotrieno B 4) • Lesão epitelial – radicais livres de O provenientes de macrófagos e neutrófilos, citocinas (IFN ɣ, TNFα)

ETIOLOGIA E PATOGÊNESE • Lesões descontínuas (boca ao ânus) • Inflamação do cólon c

ETIOLOGIA E PATOGÊNESE • Lesões descontínuas (boca ao ânus) • Inflamação do cólon c preservação do reto • Lesão inicial – úlcera aftosa sobre placas de Peyer no int. delgado e agregados linfóides no cólon • Avanço – aumento úlceras, estreladas ou serpiginosas – coalescem, longitudinais ou transversais • Ilhas de mucosa n-ulcerada – desenho de ladrilhos • Fissuras desde a base das úlceras até serosa • Agregados linfóides na submucosa e externamente à muscular da túnica própria • Granulomas são comuns

ETIOLOGIA E PATOGÊNESE • Avaliação patológica pode não se correlacionar com as avaliações clínica

ETIOLOGIA E PATOGÊNESE • Avaliação patológica pode não se correlacionar com as avaliações clínica e endoscópica • Parede intestinal espessada e rígida • Mesentério espessado, edematoso e contraído, fixa o intestino • Inflamação transmural – alças aderidas • Espessamento de tds camadas – estenose do lúmen

FISIOPATOLOGIA 1ª anormalidade visível: aumento dos folículos linfóides com um anel de eritema em

FISIOPATOLOGIA 1ª anormalidade visível: aumento dos folículos linfóides com um anel de eritema em volta (sinal do anel vermelho) Dor abdominal - obstrução funcional devido a edema e espasmo - orgânica devido a estenose e a fibrose Comprometimento seroso – lesa terminações nervosas – aumento da dor

FISIOPATOLOGIA • Edema, inflamação, fibrose e obstrução fenômenos disabsortivos + ingestão insuficiente de calorias

FISIOPATOLOGIA • Edema, inflamação, fibrose e obstrução fenômenos disabsortivos + ingestão insuficiente de calorias – grande déficit de crescimento • Depleção de potássio (falta de ingestão ou perda excessiva pelas fezes) e hipoalbuminemia (anorexia, mal-absorção)

QUADRO CLÍNICO • Variado – duração, localização, extensão, complicações • Dor abdominal em cólica,

QUADRO CLÍNICO • Variado – duração, localização, extensão, complicações • Dor abdominal em cólica, intensa, em QID ou periumbilical • Febre, diarréia, perda de peso, lesões perianais e déficit de crescimento e maturação sexual

MANIFESTAÇÕES EXTRAINTESTINAIS • Muito frequentes • Articulações: artrite cólica, espondilite anquilosante • Compl. hepáticas:

MANIFESTAÇÕES EXTRAINTESTINAIS • Muito frequentes • Articulações: artrite cólica, espondilite anquilosante • Compl. hepáticas: esteatose hepática, hepatite ativa crônica, cirrose • Compl. dérmicas: piodermite gangrenosa, eritema nodular • Compl. Oculares: uveíte e episclerite

DIAGNÓSTICO • História clínica - dor abdominal intensa, associada com diarréia • Exame físico

DIAGNÓSTICO • História clínica - dor abdominal intensa, associada com diarréia • Exame físico - dor à palpação no QID, com ou sem massa palpável, presença de fissuras, abscessos ou fístula na região perianal

DIAGNÓSTICO • ASCA – reflexo de resposta específica imunomediada pela mucosa - sensib. 78%

DIAGNÓSTICO • ASCA – reflexo de resposta específica imunomediada pela mucosa - sensib. 78% Especif. 87% • Exames de imagem: - RX simples de abdômen - exame contrastado do esôfago, estômago e duodeno - trânsito intestinal sob fluoroscopia - enema opaco - US, TC, RM

DIAGNÓSTICO • Exame endoscópico - enteroscopia - colonoscopia - cápsula endoscópica

DIAGNÓSTICO • Exame endoscópico - enteroscopia - colonoscopia - cápsula endoscópica

DIAGNÓSTICO • Exame anatomopatológico aspectos macroscópicos: envolvimento total da parede, hiperemia e depósito de

DIAGNÓSTICO • Exame anatomopatológico aspectos macroscópicos: envolvimento total da parede, hiperemia e depósito de exudato no peritônio visceral - aspectos histológicos: alterações epiteliais, infiltrado de neutrófilos e monócitos no epitélio intestinal, abscessos - alterações totais na parede do intestino - acúmulo de gordura no mesentério

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL • RCU – casos de cirurgia • Linfoma intestinal • Colite pseudomembranosa

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL • RCU – casos de cirurgia • Linfoma intestinal • Colite pseudomembranosa – toxina de Clostridium difficile

TRATAMENTO • Objetivos: - indução e manutenção da remissão clínica - cicatrização da mucosa

TRATAMENTO • Objetivos: - indução e manutenção da remissão clínica - cicatrização da mucosa intestinal - recuperação do estado nutricional - profilaxia e tratamento das complicações - diminuição das intervenções cirúrgicas - qualidade de vida - minimizar o impacto emocional da dç

TRATAMENTO • Nutricional: - nenhum alimento demonstra piorar - corrigir déficits nutricionais específicos -

TRATAMENTO • Nutricional: - nenhum alimento demonstra piorar - corrigir déficits nutricionais específicos - proporcionar fontes energéticas e proteínas suficientes - promover o potencial e o ritmo de crescimento

TRATAMENTO • Corticosteróides: - oral e parenteral * induzem remissão da grande maioria dos

TRATAMENTO • Corticosteróides: - oral e parenteral * induzem remissão da grande maioria dos pcts * reservados para as formas moderadas a graves * parenteral para casos fuminantes: metilprednisolona ou hidrocortizona * oral: deflazacort (antiinflamatório e imunossupressor), budesonida

TRATAMENTO • Aminossalicilatos - sulfassalazina ( + ác. fólico) – cólon - mesalamina -enemas

TRATAMENTO • Aminossalicilatos - sulfassalazina ( + ác. fólico) – cólon - mesalamina -enemas de 5 -ASA: efetivos na remissão clínica ou melhora 90% em cólon esquerdo, de leve a moderado; prevenção de recorrências - supositórios de 5 -ASA: manutenção de remissão na proctite queiscente

TRATAMENTO • Imunomoduladores - azatioprina - indicações: * pcts dependentes de corticosteróides e refratários

TRATAMENTO • Imunomoduladores - azatioprina - indicações: * pcts dependentes de corticosteróides e refratários a estes ou com aminossalicilatos * qd corticosteróides não podem ser descontinuados * dç perianal ou fístulas persistentes

TRATAMENTO • Metotrexate: - melhora sintomas de pcts com doença refratária ou dependente dos

TRATAMENTO • Metotrexate: - melhora sintomas de pcts com doença refratária ou dependente dos corticosteróides - teratogênico - hepatotóxico

TRATAMENTO • Antimicrobianos: - alteram flora intestinal e diminuem a estimulação antigênica ao sistema

TRATAMENTO • Antimicrobianos: - alteram flora intestinal e diminuem a estimulação antigênica ao sistema imune da mucosa do intestino, sendo usado como tto primário ou de infecções recorrentes - metronidazol, ciprofloxacino e tacrolimus

OBRIGADA

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