DISCIPLINA LPV 0480 OLERICULTURA FLORICULTURA E PAISAGISMO Aula

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DISCIPLINA: LPV 0480 – OLERICULTURA, FLORICULTURA E PAISAGISMO Aula: Cultura da Batata Paulo César

DISCIPLINA: LPV 0480 – OLERICULTURA, FLORICULTURA E PAISAGISMO Aula: Cultura da Batata Paulo César Tavares de Melo Professor Associado 26/06/17 ESALQ/USP Departamento de Produção Vegetal

Características da cultura da batata no Brasil 1ª hortaliça em área plantada; 95% da

Características da cultura da batata no Brasil 1ª hortaliça em área plantada; 95% da produção destina-se ao consumo doméstico; Relevante importância sócioeconômica; Disponibilidade do produto o ano todo três safras; 100% das cultivares em uso importadas da Europa e América do Norte; Novas fronteiras de produção grandes produtores x alta tecnologia; Zonas tradicionais de produção médios e pequenos produtores; Elevado custo de produção.

Regionalização da produção de batata no Brasil, 2016 Região Área (ha) Produção Produtividade (t/ha)

Regionalização da produção de batata no Brasil, 2016 Região Área (ha) Produção Produtividade (t/ha) (t) Sudeste 65. 663 2. 018. 974 30, 7 Sul 55. 420 1. 364. 064 24, 7 Nordeste 7. 217 315. 057 43, 7 Centro-Oeste 5. 931 236. 193 39, 8 134. 130 3. 934. 288 29, 3 BRASIL Fonte: IBGE, Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, 2017.

Principais Estados produtores de batata no Brasil, 2016 Estado Área (ha) Produção (t) Produtividade

Principais Estados produtores de batata no Brasil, 2016 Estado Área (ha) Produção (t) Produtividade (t/ha) Minas Gerais 39. 431 1. 259. 882 32, 0 Paraná 30. 249 775. 421 25, 6 São Paulo 25. 942 752. 113 29, 0 Rio G. do Sul 18. 636 426. 707 22, 9 Goiás 5. 930 236. 489 39, 8 Sta. Catarina 6. 434 161. 936 25, 0 Bahia 7. 116 314. 651 44, 2 134. 130 3. 934. 288 29, 3 BRASIL Fonte: IBGE, Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, 2017.

Produção de batata no Brasil TOTAL BRASIL (2016) Área: 134. 130 ha Produção: 3.

Produção de batata no Brasil TOTAL BRASIL (2016) Área: 134. 130 ha Produção: 3. 934. 288 t Rendimento: 29, 3 t/ha Área colhida: 5, 3% Produção: 8, 0% Área colhida: 4, 4% Produção: 6, 0% Área colhida: 49, 0% Produção: 51, 3% Área colhida: 41, 3% Produção: 34, 7% Fonte: IBGE, Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, 2017. Produção (MG): 32%

Produção vs. consumo de batata no Brasil Ano* Produção População Disponib. Consumo (milhões t)

Produção vs. consumo de batata no Brasil Ano* Produção População Disponib. Consumo (milhões t) (milhões hab. ) (kg/hab. /ano) (kg/família) 80’s 2, 0 130, 0 15, 4 13, 0 90’s 2, 5 160, 0 15, 6 9, 2 00’s 3, 2 190, 7 16, 6 5, 4** *Médias décadas; **Ano base 2003 DISPONIBILIDADE Fonte: CEPEA/ESALQ/USP X CONSUMO DOMICILIAR

Produção mundial de batata Milhões de t Total Produção Mundial: 368, 1 milhões de

Produção mundial de batata Milhões de t Total Produção Mundial: 368, 1 milhões de t Fonte: FAOSTAT, 2015

Produção mundial de batata • Nos últimos 10 anos, a produção mundial vem aumentando

Produção mundial de batata • Nos últimos 10 anos, a produção mundial vem aumentando a uma taxa média anual de 4, 5% e tem superado o crescimento da produção de muitas outras importantes culturas alimentícias nos países em desenvolvimento, particularmente na Ásia, com destaque para a China; • A China é hoje o maior produtor de batata do mundo 88, 9 milhões de toneladas; • Atualmente, China e na Índia colhem conjuntamente 36% da produção mundial.

Importância da batata como alimento • Alimento universal; • 3ª fonte de alimento depois

Importância da batata como alimento • Alimento universal; • 3ª fonte de alimento depois do trigo e arroz; • Uso culinário altamente versátil; • Alto conteúdo proteico 1, 4 kg/ha de proteína; • Fonte importante de K, P, vitamina C e vitaminas do complexo B; • Importante fonte energética

Valor nutricional da batata* * Amostra de tubérculo: 200 g

Valor nutricional da batata* * Amostra de tubérculo: 200 g

Comparação do valor nutricional da batata com outros alimentos Argumento para promoção Carbo s

Comparação do valor nutricional da batata com outros alimentos Argumento para promoção Carbo s (g) Fibra (g) Vit. C* (%) K (mg) Cal. Batata 26 2 45 620 110 Banana 27 3 17 400 105 Maça 25 4 14 195 95 Arroz int. 22 2 0 42 110 Spaghet 22 1 0 31 ti *Valores percentuais baseados em uma dieta de 2. 000 calorias 110 HF Fonte: www. idahopotato. com

Batata: calorias vs. forma de preparo Kcal (100 g) Gordura (g) Fibra (g) Batata

Batata: calorias vs. forma de preparo Kcal (100 g) Gordura (g) Fibra (g) Batata cozida 76 2, 3 3, 1 Croquete de batata 235 12 3, 2 Rodelas fritas (chips) 223 10, 9 3, 2 Palito frito (French fries) 309 15, 4 3, 2 Forma de preparo Fonte: http: //en. csr. hzpc. com/csr-2014

Centro de Origem e Domesticação Centro de origem: região andina, na América do Sul

Centro de Origem e Domesticação Centro de origem: região andina, na América do Sul quando os espanhóis conquistaram a zona andina, a batata já era a base da alimentação dos povos americanos pré-colombianos; Domesticação e área provável de domesticação: ocorreu há mais de 7. 000 anos no altiplano andino do sul do Peru, abrangendo a bacia do Lago Titicaca, fronteira de Peru e Bolívia achados arqueológicos são escassos; Origem das espécies cultivadas: a partir do complexo Solanum brevicaule se derivaram todas as espécies de batata com a seleção de tipos livres de glicoalcalóides e, portanto, com melhor palatabilidade Solanum stenotumum a primeira espécie cultivada; Distribuição: as espécies de batata distribuem-se por uma grande gama de habitats que vão desde o sul dos EUA até o sul do Chile. A maioria das espécies ocorre na América do Sul.

Centro de origem e difusão mundial . . Ilhas Canárias 1565 Lago Titicaca (Solanum

Centro de origem e difusão mundial . . Ilhas Canárias 1565 Lago Titicaca (Solanum tuberosum subsp. andigena) Ilha de Chiloé (Solanum tuberosum subsp. tuberosum) Centro de Origem Difusão mundial

Botânica sistemática Família: Solanaceae Gênero: Solanum Espécie: tuberosum Adaptada a condições de dias longos

Botânica sistemática Família: Solanaceae Gênero: Solanum Espécie: tuberosum Adaptada a condições de dias longos maior parte das cultivares em cultivo no mundo Maior variabilidade e amplitude de adaptação entre as espécies cultivadas; depende de fotoperíodo curto para tuberizar Subespécie: tuberosum Subespécie: andigena Existem cerca de 200 espécies silvestres consideradas taxonomicamente distintas, a maioria forma tubérculo; O número cromossômico varia desde o nível diplóide (2 n = 2 x = 24) até o hexaplóide (2 n = 2 x = 72).

Botânica sistemática • São reconhecidas oito espécies cultivadas de batata: – Solanum stenotomum –

Botânica sistemática • São reconhecidas oito espécies cultivadas de batata: – Solanum stenotomum – S. phureja – S. gonicalyx – S. x ajanhuiri – S. x juzepzuchii – S. x chaucha – S. tuberosum – S. x curtilobum Fonte: CIP

Fonte: CIP Diversidade Genética: Papa Andina

Fonte: CIP Diversidade Genética: Papa Andina

Origem vs. Adaptação • Na região onde se originou e foi domesticada, a batata

Origem vs. Adaptação • Na região onde se originou e foi domesticada, a batata é adaptada a condições de DIAS CURTOS e variações acentuadas de temperatura durante o dia e a noite; • As cultivares líderes de cultivo no Brasil atualmente foram selecionadas na Europa e América do Norte, sob condições de DIAS LONGOS e demais características do clima temperado; • O comportamento dessas cultivares em regiões tropicais e subtropicais sofre alterações na fisiologia da planta que afetam a ADAPTAÇÃO e o RENDIMENTO; • Existe a necessidade de intensificação dos programas nacionais de melhoramento genético visando a OBTENÇÃO DE CULTIVARES DE BATATA ADAPTADAS às condições edafoclimáticas das regiões de cultivo brasileiras.

Centro de origem vs. adaptação Europa - Clima temperado - Dias longos - Temperaturas

Centro de origem vs. adaptação Europa - Clima temperado - Dias longos - Temperaturas amenas Cordilheira dos Andes - Dias curtos - Amplitude térmica (dia vs. noite)

MORFOLOGIA DA BATATEIRA Flores Frutos Estolões

MORFOLOGIA DA BATATEIRA Flores Frutos Estolões

dos estolões. . . Tubérculos

dos estolões. . . Tubérculos

Flores e frutos da batateira

Flores e frutos da batateira

Estádios fenológicos ou de desenvolvimento da batateira • O conhecimento de fatores fisiológicos que

Estádios fenológicos ou de desenvolvimento da batateira • O conhecimento de fatores fisiológicos que afetam o comportamento da cultura da batata em condições subótimas de cultivo contribui para o sucesso dessa atividade; • Em condições naturais, a batateira é uma planta PERENE que sobrevive de um ano para o outro no solo como tubérculo; quando sob cultivo, comporta-se como uma planta ANUAL e apresenta diferentes exigências e respostas fisiológicas nas fases de seu desenvolvimento; • O conhecimento da fenologia da planta, com os eventos relevantes e às exigências em cada uma das fases de seu desenvolvimento, permitirá orientar com eficiência as práticas de manejo da cultura em condições tropicais e subtropicais.

Estádios fenológicos da batateira Estádio I – Período relativamente curto vai do plantio do

Estádios fenológicos da batateira Estádio I – Período relativamente curto vai do plantio do tubérculo-semente à emergência das hastes (dura 10 dias); – Fonte de energia provém do tubérculo-mãe; – Fotossíntese não ativa;

Estádios fenológicos da batateira Estádio II - Crescimento vegetativo – As hastes e as

Estádios fenológicos da batateira Estádio II - Crescimento vegetativo – As hastes e as folhas se desenvolvem; – A fotossíntese é iniciada; – As reservas do turbérculo-mãe continuam a ser usadas para crescimento e formação de raízes e hastes (até 30 dias); – Ao final dessa fase, efetua-se a adubação de cobertura e posteriormente a AMONTOA.

Estádios fenológicos da batateira Estádio III – Início da tuberização • Inicia-se 2 a

Estádios fenológicos da batateira Estádio III – Início da tuberização • Inicia-se 2 a 4 semanas após a emergência dos brotos 5 a 7 semanas após o plantio ; • Os produtos da fotossíntese são usados no crescimento dos estolões, desenvolvimento das hastes, e início da formação dos tubérculos; • Período relativamente curto 10 a 15 dias e termina com o início do florescimento; • É uma fase muito crítica para a ocorrência de doenças, pragas, deficiências nutricionais, estresse hídrico, danos por geadas que promovem danos irreparáveis.

Estádios fenológicos da batateira Estádio IV - Enchimento dos tubérculos – A folhagem atinge

Estádios fenológicos da batateira Estádio IV - Enchimento dos tubérculos – A folhagem atinge desenvolvimento máximo; – Fotoassimilados direcionados para o enchimento dos tubérculos aumenta cerca de 1 t/dia/ha; – Crescimento por expansão celular • Acúmulo de H 2 O, CH 2 O e Nutrientes; – Os tubérculos se tornam dominantes canalizadores (drenos) de carboidratos e nutrientes inorgânicos.

Estádios fenológicos da batateira Estádio V – Senescência e maturação – Todos fotoassimilados tubérculos;

Estádios fenológicos da batateira Estádio V – Senescência e maturação – Todos fotoassimilados tubérculos; – O teor de matéria seca atinge o máximo; – Folhagem torna-se amarelada até secar por completo; – Redução gradual da atividade fotossintética; – Redução do crescimento dos tubérculos; – A colheita inicia duas semanas após a morte da planta esperar que a periderme (pele) do tubérculo se firme para evitar perda de qualidade por esfolamento; – O ponto de maturação é atingido de 90 a 110 dias após o plantio varia conforme a cultivar; – Gemas entram em estado de dormência.

Épocas de plantio e colheita No Brasil, planta-se e colhe-se batata o ano todo

Épocas de plantio e colheita No Brasil, planta-se e colhe-se batata o ano todo Safras Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul das águas 1 da seca 2 Ago Set P P P Out Nov Dez P P de inverno 3 P P P 1 Localidades altas (> 800 m), clima ameno ou frio (não irriga); 2 alta e média altitudes (chuva + irrigação complementar); 3 altitudes variadas, inclusive baixa (irrigação necessária) P = Plantio Safras das águas 1 da seca 2 de inverno 3 1 MG; Jan Fev Mar C C C Abr C Mai C Jun C Jul Ago Set Out Nov Dez C C C PR; SC; RS – 2 MG; Sudoeste SP; PR; RS – 3 MG; Sudoeste SP; Vargem G. do Sul, SP Chapada Diamantina, BA colhe batata o ano todo; cerrado goiano colhe de abril a novembro C = Colheita

Escalonamento da produção Final de ciclo Meio de ciclo Recém plantada

Escalonamento da produção Final de ciclo Meio de ciclo Recém plantada

Considerações gerais sobre as cultivares de batata em uso Existe pouca oferta de novas

Considerações gerais sobre as cultivares de batata em uso Existe pouca oferta de novas cultivares para atender às demandas do produtor, da indústria e do consumidor; O mercado brasileiro prioriza o produto mais pela aparência que pela qualidade culinária cultivares que não atendam às exigências do “mercado” são excluídas mesmo que apresentem vantagens para o produtor e para o consumidor.

Escolha da cultivar Características que distinguem as cultivares: � Fomato do tubérculo; � Coloração

Escolha da cultivar Características que distinguem as cultivares: � Fomato do tubérculo; � Coloração do tubérculo interna e externa; � Aspereza e brilho da película lisa/brilhante, lisa/fosca e áspera/fosca; � Profundidade das gemas (“olhos”) rasas e profundas; � Aptidão culinária consumo domiciliar e uso industrial; � Ciclo de maturação (precoce, semi-precoce, semi -tardio aeescolha tardio). IMPORTANTE: da cultivar capaz de propiciar bons resultados agronômicos e econômicos em determinada localidade e época de plantio, está condicionada a uma avaliação prévia de seu desempenho. Fonte: Filgueira, 1982

Tipos de película e “olhos” de tubérculos de batata Brilhante (desejável) Opaca (indesejável) “Olhos”

Tipos de película e “olhos” de tubérculos de batata Brilhante (desejável) Opaca (indesejável) “Olhos” profundos (indesejável) Áspera (indesejável) “Olhos” superficiais (desejável)

Participação no mercado e características das principais cultivares de batata, 2015 % do mercado

Participação no mercado e características das principais cultivares de batata, 2015 % do mercado Formato do tubérculo Teor de matéria seca Agata 60 Oval Muito baixo Cozimento a vapor Cupido 15 Oval Muito baixo Cozimento Asterix 15 Oval alongado Alto Cozimento e fritura (palito e palha) Markies 3 Oval alongado Médio-Alto Cozimento e fritura (palito e palha) Caesar 2 Oval alongado Médio-Alto Cozimento e fritura (palito e palha) Atlantic* 3 Arrendondado Muito alto Rodelas fritas (chips) e batata palha Outras** 2 Cultivar Uso culinário * Uso industrial (chips e palha) ** Mondial, Vivaldi, Monalisa, Bintje, Baraka Fonte: Jornal Entreposto, fev. 2015

Principais cultivares de batata para consumo doméstico no Brasil Markies Cupido Caesar Asterix Atlantic

Principais cultivares de batata para consumo doméstico no Brasil Markies Cupido Caesar Asterix Atlantic Fonte: Nivaa, exceto Cupido Agata

Exigências climáticas Fatores climáticos que afetam a fisiologia da planta e a produção: -

Exigências climáticas Fatores climáticos que afetam a fisiologia da planta e a produção: - Temperatura do solo; - Temperatura do ar; - Comprimento do dia (fotoperíodo); - Interação fotoperíodo/temperatura; - Intensidade luminosa.

Exigências de temperatura • Temperatura do solo ideal 15 o. C a 18 o.

Exigências de temperatura • Temperatura do solo ideal 15 o. C a 18 o. C • Temperatura do ar – – – mínima para inibir a brotação do tubérculo-mãe 3 a 4 o. C média ótima para o início da tuberização 17 o. C > 30 o. C são raros os tubérculos formados e a < 6 o. C, também temperaturas noturnas acima de 20 o. C inibem a tuberização altas temperaturas causam maior incidência de anomalias fisiológicas • Temperatura ótima para a fotossíntese 20 a 25 o. C • A cada aumento de 5 o. C redução de 25% na taxa de fotossíntese • A cada 10 o. C dobra a taxa de respiração foliar

Efeito do comprimento do dia sobre a cultura da batata • Comprimento do dia

Efeito do comprimento do dia sobre a cultura da batata • Comprimento do dia (fotoperíodo) altera consideravelmente o desempenho das cultivares de batata; • Cada cultivar tem o seu próprio fotoperíodo crítico; • Melhores produções regiões de fotoperíodo longo e temperatura amena (15 a 20 o. C) durante o crescimento; • Em dias curtos cultivares tardias são mais afetadas que as de maturação precoce; • Produção diária maior em fotoperíodo longo do que em curto maior quantidade de energia interceptada. Sob condições de dias curtos as plantas apresentam: - redução do desenvolvimento vegetativo; - estolões curtos; - supressão do florescimento; - tuberização precoce; - enchimento rápido dos tubérculos; - maturação precoce.

Propagação da batateira Em escala comercial exclusivamente por tubérculos-semente; Propagação por sementes botânicas: em

Propagação da batateira Em escala comercial exclusivamente por tubérculos-semente; Propagação por sementes botânicas: em geral, é empregada em programas de melhoramento genético.

Fatores-chave para o sucesso da cultura da batata em condições tropicais e subtropicais O

Fatores-chave para o sucesso da cultura da batata em condições tropicais e subtropicais O rendimento de uma lavoura de batata resulta: da qualidade e da idade fisiológica do tubérculosemente do potencial genético e da adaptação da cv. plantada das condições edafoclimáticas locais do manejo cultural adequado

Implantação da cultura Plantio do tubérculo-semente ou batata-semente brotada; O produtor deve adquirir sempre

Implantação da cultura Plantio do tubérculo-semente ou batata-semente brotada; O produtor deve adquirir sempre batata-semente produzida com tecnologia específica, em regiões de clima favorável, sob rigoroso controle fitossanitário; Existem três classes de batata-semente: § § Básica Registrada CERTIFICADA Material de plantio que deve ser empregado pelo produtor

Implantação da cultura Existem seis categorias de tubérculo-semente (TS), conforme o diâmetro do tubérculo

Implantação da cultura Existem seis categorias de tubérculo-semente (TS), conforme o diâmetro do tubérculo relação direta com o peso médio do TS. Classe Diâmetro do tubérculo (mm) Tipo 0 > 60 Tipo 1 50 a 60 Tipo 2 40 a 50 Tipo 3* 30 a 40 Tipo 4 23 a 30 Tipo 5 16 a 23 *Tipo 3 é o tamanho médio, preferido pelos produtores. Fonte: HIRANO, 2003

Quantidade de sementes por unidade de área O peso e tamanho do tubérculo-semente podem

Quantidade de sementes por unidade de área O peso e tamanho do tubérculo-semente podem variar amplamente quanto maiores, maior é a quantidade de caixas que devem ser adequeridas, onerando o custo de implantação da cultura; Como o tubérculo-semente é vendido por peso, e não por número de de tubérculos, uma caixa contendo tubérculos menores possibilitará rendimento de plantio maior; Quantidade de tubérculo-semente por unidade de área varia conforme o espaçamento e o tipo de semente. Fonte: MELO et al. , 2012

Quantidade de sementes por unidade de área Sementes (tubérculo/ha) Quantidade de caixas de 30

Quantidade de sementes por unidade de área Sementes (tubérculo/ha) Quantidade de caixas de 30 kg/ha Espaçamento (cm) 1 25. 000 110 80 x 50 2 31. 250 74 80 x 40 3 41. 667 52 80 x 30 Tipo

Densidade populacional vs. número de hastes Espaçamento de plantio indicador da densidade de plantas;

Densidade populacional vs. número de hastes Espaçamento de plantio indicador da densidade de plantas; Tubérculo-semente origina número variável de hastes principais provenientes do desenvolvimento das gemas cada haste se comporta como uma planta independente; Haste considerada a unidade de densidade de plantas (DP) e pode ser definida como o número de hastes por unidade de área; Número de hastes por unidade de área condiciona o rendimento e o tamanho dos tubérculos colhidos; Densidade de hastes (DH) afetada principalmente pelo espaçamento de plantio e tamanho da batata-semente aumento da DH acarretará aumento da produção total e da taxa de multiplicação e diminuição do tamanho (peso) médio dos tubérculos produzidos.

Densidade de Hastes (DH) A batateira tem diferentes tipos de hastes (principais, secundárias e

Densidade de Hastes (DH) A batateira tem diferentes tipos de hastes (principais, secundárias e terciárias) a produção depende basicamente do número de hastes subterrâneas principais; Fatores que favorecem o desenvolvimento de hastes principais: § § § Número de brotos do tubérculo-semente (TS) brotação múltipla; Tamanho do TS grande produz maior número de brotos e hastes que TS pequeno; Cultivar existem cultivares cujos TS produzem mais brotos.

Brotação da batata-semente Gemas laterais Gemas (olhos) apicais

Brotação da batata-semente Gemas laterais Gemas (olhos) apicais

Qualidade fisiológica da batata-semente vs. emergência

Qualidade fisiológica da batata-semente vs. emergência

Estádio fisiológico do tubérculo-semente Dormência: não há brotação depende de vários fatores; Dominância apical:

Estádio fisiológico do tubérculo-semente Dormência: não há brotação depende de vários fatores; Dominância apical: inibição da brotação das gemas laterais, surgindo apenas um ou poucos brotos apicais; Brotação normal: brotos do ápice ramificados ocorre brotação nas gemas laterais; Senescência: brotos laterais muito ramificados e finos. Dormência Dom. apical Fonte: www. aardappelpagina. nl Brotação Senescência

Estádio fisiológico do tubérculo-semente Dormência: período compreendido entre a colheita e o início da

Estádio fisiológico do tubérculo-semente Dormência: período compreendido entre a colheita e o início da brotação do tubérculo; Fatores que afetam o período de dormência: § § Cultivar as tardias apresentam período mais prolongado de dormência do que as precoces; Maturidade do tubérculo na colheita tubérculos imaturos apresentam maior dormência; Condição ambientais durante o cultivo período de dormência é menor em cultivo sob dias curtos e temperaturas elevadas; Condição de armazenamento sob temperaturas baixas, aumenta o período de dormência.

Quebra de dormência Finalidade da operação: uniformizar a brotação e a emergência; Métodos para

Quebra de dormência Finalidade da operação: uniformizar a brotação e a emergência; Métodos para forçar brotação da semente: Químico Bissulfureto de carbono: as caixas de sementes devem ser tratadas em câmaras de expurgo ou em valetas tipo silos-trincheira ou, simplesmente, cobertas com lona plástica; a dosagem varia de 20 a 30 m. L/m 3, durante cerca de 3 dias; o tratamento de indução deve ser feito 2 a 3 semanas após a colheita, sendo mais utilizado por produtores de batata-semente ; Ácido giberélico: concentração de 5 a 15 ppm (5 a 15 g em 1000 L de água) imersão dos tubérculos durante 10 a 15 minutos; tempo varia conforme a cultivar; Outros Choque de temperaturas: manter a semente sob temperatura de 2 a 4 o. C e 85% de UR por 30 dias; em seguida deixar a semente alguns dias em temperatura ambiente.

Tratamento para quebra de dormência de tubérculos-semente A imersão dos TS em solução de

Tratamento para quebra de dormência de tubérculos-semente A imersão dos TS em solução de ácido giberélico na dosagem de 5 -15 mg/L por 10 a 15 minutos promove a uniformização da emergência das brotações.

Fim da 1ª parte da aula

Fim da 1ª parte da aula