DESPERDCIO ALIMENTAR EM CRECHE FILANTRPICA DE BELO HORIZONTE
DESPERDÍCIO ALIMENTAR EM CRECHE FILANTRÓPICA DE BELO HORIZONTE, MINAS GERAIS GUIMARÃES, MPS¹; FERNANDES, L¹; FERNANDES, AS¹; RODRIGUES, MAS²; CORREIA, MITD³. 1 Graduandas de Nutrição/ UFMG. 2 Doutoranda de Nutrição da UFMG. 3 Professora Escola de Medicina da UFMG. INTRODUÇÃO O controle de resto ingestão (RI) visa avaliar a adequação das quantidades preparadas em relação ao consumo, o porcionamento das refeições e a aceitação do cardápio. Trata-se também de medida da aceitação do cardápio (sabor, odor, apresentação e textura) pelos comensais. A análise do RI é a medida de desperdício de alimentos nas unidades de nutrição e dietética. Avaliar o RI e propor alternativas para reduzi-lo poderá melhorar a O gráfico 1 representa a quantidade de alimentos produzidos durante as avaliações (93, 1 Kg). O gráfico 2 apresenta as médias do IRI por refeição. 30. 0% 26. 2% 20. 7% 19. 0% 21. 5% 10. 0% Café da Manhã qualidade nutricional das refeições servidas, garantindo o aporte nutricional adequado à faixa etária atendida. Isso proporcionará redução Almoço Lanche da Tarde II Gráfico 2. Índice de Resto Ingestão (IRI) dos custos e responsabilidade social, por reduzir o desperdício de Por meio do IRI, averiguou-se que o RI apresentava-se em índices alimentos. OBJETIVO Analisar o resto ingestão das refeições servidas às crianças institucionalizadas em creche filantrópica do município de Belo Horizonte, inaceitáveis na maioria das turmas. O gráfico 3 apresenta a porcentagem de turmas que tiveram o IRI classificado como inaceitável, de acordo com a refeição. 100. 0% Minas Gerais. MATERIAIS E MÉTODOS Os dados foram coletados durante os meses de fevereiro e março de 2014, por três dias não consecutivos. 100. 0% 80. 0% 60. 0% 53. 3% 60. 0% 40. 0% Todos os utensílios (canecos, panelas, frigideiras, bacias) foram pesados vazios em balança eletrônica, com capacidade para 150 kg e precisão de 50 gramas. A pesagem dos alimentos ocorreu para todas as preparações e refeições produzidas (desjejum, o almoço e dois lanches vespertinos) usando-se o 20. 0% Café da Manhã Almoço Lanche da Tarde II Gráfico 3. Porcentagem de turmas com IRI Inaceitáveis utensílio de preparo antes do início e após a distribuição por turma. Para A turma do maternal I foi a que apresentou maior percentual de IRI determinação da quantidade servida, do valor obtido subtraiu-se o peso classificado como inaceitável (73, 3%) das refeições servidas. Por outro do utensílio. lado, o maternal III obteve o menor percentual de desperdício dos As sobras dos pratos ou canecos das crianças foram desprezadas em sacos plásticos por turma e horário da refeição para pesagem. Os materiais descartáveis utilizados ou sementes das frutas foram desprezados em outro saco plástico. alimentos distribuídos, sendo que 73, 3% das refeições servidas apresentaram IRI considerado adequado. CONCLUSÃO A análise do RI mostra a necessidade de intervenções como estruturação Os dados de refeição distribuída e sobras alimentares foram usados do cardápio com redefinição do horário, tipo e quantidade de alimentos para o cálculo do Índice de Resto Ingestão [IRI = (RI/Peso total)x 100]. O distribuídos objetivando a redução do desperdício e melhor utilização valor do IRI foi classificado em: ótimo (índice de 0, 0 a 3, 0%); bom (3, 1 a dos recursos financeiros disponíveis. Tais modificações propiciarão 7, 5%); ruim (7, 6 a 10, 0%); inaceitável (acima de 10, 0%) (RICARTE et melhor qualidade nutricional e possibilitarão adequação do consumo às al. , 2008). recomendações de energia e nutrientes existentes. A realização desse projeto contribuiu para o aprendizado e a formação profissional dos RESULTADOS E DISCUSSÃO acadêmico. É uma ótima forma de aliar atividades práticas aos conhecimentos teóricos discutidos na sala de aula possibilitando a vivência de experiências positivas para a vida pessoal. REFERÊNCIAS Gráfico 1. Consumido + Sobra Limpa e Desperdício 1. Abreu, Edeli. Simioni de. Spinelli, Mônica Glória Neumann. Avaliação da produção. IN: ABREU, E. S et al. Gestão de Unidades de Alimentação e Nutrição: um modo de fazer. São Paulo: Editora Metha. 2003, 163 -189 p. 2. Ricarte, MPR et al. Avaliação do desperdício de alimentos em uma unidade de alimentação e nutrição institucional em Fortaleza-CE. Saber Científico 2008; 1(1): 158 -175. Agência financiadora:
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