Declamando Arte Componente Lngua Portuguesa Prof a Ma

Declamando Arte Componente: Língua Portuguesa Prof. a Ma. Andréa Paulon Prof. a Danielly de Souza Duarte Prof. a Mônica Cardoso Pereira Equipe Curricular de Língua Portuguesa COPED/SEDUC-SP

Apresentação da aula Tema da aula: Análise de poemas. Etapa de ensino: 8º ano do Ensino Fundamental. Habilidades do Currículo Paulista: ESSENCIAL – (EF 69 LP 54) Analisar os efeitos de sentido decorrentes da interação entre os elementos linguísticos e os recursos paralinguísticos e cinésicos, que funcionam como modificadores, percebendo sua função na caracterização dos espaços, tempos, personagens e ações próprios de cada gênero narrativo. SUPORTE – (EF 35 LP 27) Ler e compreender, com certa autonomia, textos em versos, explorando recursos sonoros como rimas, aliterações, sons, jogos de palavras, imagens poéticas (sentidos figurados) e recursos visuais.

Objetivos da aula • Ler poemas de autores diferentes, analisando sua estrutura e processo de criação. • Reconhecer o texto poético como obra de arte, do todo para as partes. • Reconhecer os recursos de entonação de vozes diferentes, as rimas, os recursos sonoros, a seleção das palavras etc. • Estudar o sentido figurado dentro dos poemas.

Acolhida a. Essa imagem representa uma obra de arte? Por quê? Envie sua participação no chat do CMSP. Aprender Sempre, 2020. Caderno do Aluno, Língua Portuguesa, 8º ano, v. 3, p. 18.

Acolhida b. Esta imagem representa uma obra de arte? Por quê? Envie sua participação no chat do CMSP. Aprender Sempre, 2020. Caderno do Aluno, Língua Portuguesa, 8º ano, v. 3, p. 18.

Responda no chat ©Pixabay O que as duas imagens têm em comum? Aprender Sempre, 2020. Caderno do Aluno, Língua Portuguesa, 8º ano, v. 3, p. 19.

Hora das declamações • • Vocês se lembram dos textos lidos na aula anterior? • Na aula de hoje, teremos novos convidados que representarão vocês, alunos do 8º ano. Vamos voltar a eles e declamá-los, reconhecendo os recursos de entonação de voz, rimas, recursos sonoros, seleção das palavras etc. Aprender Sempre, 2020. Caderno do Aluno, Língua Portuguesa, 8º ano, v. 3, p. 19.

Vamos relembrar? • • Estrofe: conjunto de versos. Verso: cada linha do poema. Rima: combinação de sons iguais ou similares. Eu lírico: pessoa que “fala” no texto, que sente, sofre etc. Aprender Sempre, 2020. Caderno do Aluno, Língua Portuguesa, 8º ano, v. 3, p. 17.

Nova leitura do texto 6 A seca do Ceará, de Leandro Gomes de Barros Seca as terras as folhas caem, Morre o gado sai o povo, O vento varre a campina, Rebenta a seca de novo; Cinco, seis mil emigrantes Flagelados retirantes Vagam mendigando o pão, Acabam-se os animais Ficando limpo os currais Onde houve a criação. BARROS, L. G. de. A seca do Ceará. Jornal de Poesia. Disponível em: http: //www. dominiopublico. gov. br/download/texto/jp 000013. pdf. Acesso em: 7 jun. 2020. Aprender Sempre, 2020. Caderno do Aluno, Língua Portuguesa, 8º ano, v. 3, p. 16.

Nova leitura do texto 6 Não se vê uma folha verde Em todo aquele sertão Não há um ente d’aqueles Que mostre satisfação Os touros que nas fazendas Entravam em lutas tremendas, Hoje nem vão mais o campo É um sítio de amarguras Nem mais nas noites escuras Lampeja um só pirilampo. Aprender Sempre, 2020. Caderno do Aluno, Língua Portuguesa, 8º ano, v. 3, p. 17.

Nova leitura do texto 6 Aqueles bandos de rolas Que arrulavam saudosas Gemem hoje coitadinhas Mal satisfeitas, queixosas, Aqueles lindos tetéus Com penas da cor dos céus. Onde algum hoje estiver, Está triste mudo e sombrio Não passeia mais no rio, Não solta um canto sequer. [. . . ] Aprender Sempre, 2020. Caderno do Aluno, Língua Portuguesa, 8º ano, v. 3, p. 17.

Responda no chat A declamação do poema, desta vez, foi realizada por Jennifer Santos, professora de Sociologia do CMSP. 1. A entonação da voz foi diferente da declamação apresentada na aula passada? 2. Esse poema apresentou rimas? Dê um exemplo.

Analise as rimas “Seca as terras as folhas caem, Morre o gado sai o povo, O vento varre a campina, Rebenta a seca de novo; Cinco, seis mil emigrantes Flagelados retirantes Vagam mendigando o pão, Acabam-se os animais Ficando limpo os currais Onde houve a criação. ” 3. Qual o papel da rima dentro de um poema?

Nova leitura do texto 5 O navio negreiro, de Castro Alves Existe um povo que a bandeira empresta P'ra cobrir tanta infâmia e cobardia!. . . E deixa-a transformar-se nessa festa Em manto impuro de bacante fria!. . . Meu Deus! mas que bandeira é esta, Que impudente na gávea tripudia? Silêncio. Musa. . . chora, e chora tanto Que o pavilhão se lave no teu pranto!. . . Auriverde pendão de minha terra, Que a brisa do Brasil beija e balança, ALVES, C. O navio negreiro. Biblioteca Virtual do Estudante Brasileiro: Escola do Futuro da Universidade de São Paulo. Disponível em: http: //www. dominiopublico. gov. br/download/texto/bv 000068. pdf. Acesso em: 7 jun. 2020. Aprender Sempre, 2020. Caderno do Aluno, Língua Portuguesa, 8º ano, v. 3, p. 16.

Nova leitura do texto 5 Estandarte que a luz do sol encerra E as promessas divinas da esperança. . . Tu que, da liberdade após a guerra, Foste hasteado dos heróis na lança Antes te houvessem roto na batalha, Que servires a um povo de mortalha!. . . Fatalidade atroz que a mente esmaga! Extingue nesta hora o brigue imundo O trilho que Colombo abriu nas vagas, Como um íris no pélago profundo! Mas é infâmia demais!. . . Da etérea plaga Levantai-vos, heróis do Novo Mundo! Andrada! arranca esse pendão dos ares! Colombo! fecha a porta dos teus mares! Aprender Sempre, 2020. Caderno do Aluno, Língua Portuguesa, 8º ano, v. 3, p. 16.

Responda no chat Esta leitura foi realizada por Luanda Julião, professora de filosofia que leciona na disciplina de Projeto de Vida do CMSP. 1. Ao ouvir as declamações do poema, você percebeu uma constância de ritmo? 2. Na declamação de hoje, você sentiu outra sensação com o emprego de alguma expressão? 3. Há algum verso que se destaca dos demais? Aprender Sempre, 2020. Caderno do Aluno, Língua Portuguesa, 8º ano, v. 3, p. 21.

Recurso sonoro: ALITERAÇÃO Observe os versos abaixo: “Silêncio. Musa. . . chora, e chora tanto Que o pavilhão se lave no teu pranto!. . . Auriverde pendão de minha terra, Que a brisa do Brasil beija e balança, ” Nesse último verso, notamos que há a repetição da consoante B, e a esse efeito sonoro damos o nome de ALITERAÇÃO. Esse recurso pode intensificar o sentido do que está sendo dito.

Nova leitura do texto 4 Os timbiras, de Gonçalves Dias Introdução Os ritos semibárbaros dos Piagas, Cultores de Tupã, a terra virgem Donde como dum trono, enfim se abriram Da cruz de Cristo os piedosos braços; As festas, e batalhas mal sangradas Do povo Americano, agora extinto, Hei de cantar na lira. – Evoco a sombra DIAS, G. Os timbiras. In: Poesia completa e prosa escolhida. Biblioteca Virtual do Estudante Brasileiro: Escola do Futuro da Universidade de São Paulo. Disponível em: http: //www. dominiopublico. gov. br/download/texto/bv 000117. pdf. Acesso em: 7 jun. 2020. Aprender Sempre, 2020. Caderno do Aluno, Língua Portuguesa, 8º ano, v. 3, p. 15.

Nova leitura do texto 4 Do selvagem guerreiro!. . . Torvo o aspecto, Severo e quase mudo, a lentos passos, Caminha incerto, – o bipartido arco Nas mãos sustenta, e dos despidos ombros Pende-lhe a rôta aljava. . . as entornadas, Agora inúteis setas, vão mostrando A marcha triste e os passos mal seguros Aprender Sempre, 2020. Caderno do Aluno, Língua Portuguesa, 8º ano, v. 3, p. 15.

Nova leitura do texto 4 De quem, na terra de seus pais, embalde Procura asilo, e foge o humano trato. Quem poderá, guerreiro, nos seus cantos A voz dos piagas teus um só momento Repetir; essa voz que nas montanhas Valente retumbava, e dentro d’alma Vos ia derramando arrojo e brios, Melhor que taças de cauim fortíssimo? ! Aprender Sempre, 2020. Caderno do Aluno, Língua Portuguesa, 8º ano, v. 3, p. 15.

Responda no chat Esta leitura foi realizada por Rodrigo Baglini, professor de Geografia. 1. Nos versos abaixo, identifique as palavras que apresentam sentido figurado e reconheça o efeito que essas palavras provocam no texto: “Agora inúteis setas, vão mostrando A marcha triste e os passos mal seguros” 2. Qual o sentimento do eu lírico neste poema? Aprender Sempre, 2020. Caderno do Aluno, Língua Portuguesa, 8º ano, v. 3, p. 21.

O efeito causado pelo HIPÉRBATO Analise como se deu a construção dos versos abaixo. Note que parece confuso, num primeiro momento. Mas isso é um efeito propositalmente pensado para aumentar a expressividade: corresponde à inversão da ordem normal dos termos da oração. Quem poderá, guerreiro, nos seus cantos A voz dos piagas teus um só momento Repetir; essa voz que nas montanhas Valente retumbava, e dentro d’alma Vos ia derramando arrojo e brios, Melhor que taças de cauim fortíssimo? !

Responda no chat 3. Se os versos estivessem escritos na ordem normal dos termos da oração: Guerreiro, quem poderá repetir um só momento A voz dos teus piagas nos seus cantos; essa voz que nas montanhas Valente retumbava, e dentro d’alma Vos ia derramando arrojo e brios, Melhor que taças de cauim fortíssimo? ! O poema causaria o mesmo efeito?

Do bolo à fatia! Observe a imagem 4 e comente as sensações que ela provoca: ©Pixabay • Aprender Sempre, 2020. Caderno do Aluno, Língua Portuguesa, 8º ano, v. 3, p. 20.

Do bolo à fatia! Registre as sensações e apresente uma analogia da imagem com a análise de um poema. Que relação você conseguiu perceber? ©Pixabay • Aprender Sempre, 2020. Caderno do Aluno, Língua Portuguesa, 8º ano, v. 3, p. 20.

O que aprendemos na aula de hoje? • • • Analisamos os aspectos sonoros/rítmicos do poema. Entendemos poema enquanto obra de arte. Analisamos a expressividade causada pelas palavras utilizadas em sentido figurado.

Hora de pesquisar • Realize uma pesquisa, em casa, sobre o autor do texto que você está analisando (vida e obra) e, ainda, sobre a história narrada por ele. Então, compartilhe com a turma, utilizando, para isso, um recurso midiático (vídeo, podcasts, vídeo-poesia, entre outros). • Para a realização da pesquisa, é importante que consulte sites seguros, como Google Acadêmico, Scielo ou outros. Aprender Sempre, 2020. Caderno do Aluno, Língua Portuguesa, 8º ano, v. 3, p. 19.