DAI DE GRAA O QUE DE GRAA RECEBESTES
DAI DE GRAÇA O QUE DE GRAÇA RECEBESTES www. aloisiocolucci. wordpress. com O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO MÓDULO II – AULA 39 70 slides
OBJETIVOS • Explicar que os recursos advindos da mediunidade têm como objetivo a promoção espiritual pessoal e do semelhante, e que é preciso o desinteresse dos médiuns em qualquer manifestação como representantes da Doutrina Espírita.
ABORDAGENS • • O Dom de Curar. As Preces Pagas. Os Mercadores Expulsos do Templo. A Mediunidade Gratuita.
INTRODUÇÃO • “Daí gratuitamente o que gratuitamente haveis recebido”, diz Jesus a seus discípulos. Com essa recomendação, prescreve que ninguém se faça pagar daquilo porque nada pagou. • Ora, o que eles haviam recebido gratuitamente era a faculdade de curar os doentes e de expulsar os demônios, isto é, os maus Espíritos.
• Esse dom Deus lhes dera gratuitamente, para alívio dos que sofrem e como meio de propagação da fé; Jesus, pois, recomendava-lhes que não fizessem dele objeto de comércio, nem de especulação, nem de meio de vida. • Ressalta dessas palavras do Cristo, que a […] mediunidade é coisa santa, que deve ser praticada santamente, religiosamente.
• Se há um gênero de mediunidade que requeira essa condição de modo ainda mais absoluto é a mediunidade curadora. • O médico dá o fruto de seus estudos, feitos, muita vez, à custa de sacrifícios penosos. O magnetizador dá o seu próprio fluido, por vezes até a sua saúde. Podem pôr lhes preço. • O médium curador transmite o fluido salutar dos bons Espíritos; não tem o direito de vendê-lo.
• Jesus e os apóstolos, ainda que pobres, nada cobravam pelas curas que operavam. Os médiuns […] receberam de Deus um dom gratuito: o de serem intérpretes dos Espíritos, para instrução dos homens, para lhes mostrar o caminho do bem e conduzi-los à fé, não para lhes vender palavras que não lhes pertencem, a eles médiuns, visto que não são fruto de suas concepções, nem de suas pesquisas;
• Nem de seus trabalhos pessoais. • Deus quer que a luz chegue a todos; não quer que o mais pobre fique dela privado […]. • Tal a razão por que a mediunidade não constitui privilégio e se encontra por toda parte. Fazê-la paga seria, pois, desviá-la do seu providencial objetivo. • Além disso, quem […] conhece as condições em que os bons Espíritos se comunicam;
• A repulsão que sentem por tudo o que é de interesse egoístico, e sabe quão pouca coisa se faz mister para que eles se afastem, jamais poderá admitir que os Espíritos superiores estejam à disposição do primeiro que apareça e os convoque a tanto por sessão. • Note-se, entretanto, que médiuns interesseiros […] não são apenas os que porventura exijam uma retribuição fixa:
• O interesse nem sempre se traduz pela esperança de um ganho material, mas também pelas ambições de toda sorte, sobre as quais se fundem esperanças pessoais. • É esse um dos defeitos de que os Espíritos zombeteiros sabem muito bem tirar partido e de que se aproveitam com uma habilidade, uma astúcia verdadeiramente notáveis;
• Embalando com falaciosas ilusões os que desse modo se lhes colocam sob a dependência. • Em resumo, a mediunidade é uma faculdade concedida para o bem e os bons Espíritos se afastam de quem pretenda fazer dela um degrau para chegar ao quer que seja, que não corresponda às vistas da Previdência. • A par da questão moral, apresenta-se uma consideração efetiva não menos importante;
• Que entende com a natureza mesma da faculdade. • A mediunidade séria não pode ser e não o será nunca uma profissão, não só porque se desacreditaria moralmente, identificada para logo com a dos ledores da boa sorte, como também porque um obstáculo a isso se opõe. • É que se trata de uma faculdade essencialmente móvel, fugidia e mutável, com cuja perenidade, pois, ninguém pode contar.
• Constituiria, portanto, para o explorador, uma fonte absolutamente incerta de receitas, de natureza a poder faltar-lhe no momento exato em que mais necessária lhe fosse. • Coisa diversa é o talento adquirido pelo estudo, pelo trabalho e que, por essa razão mesma, representa uma propriedade da qual naturalmente lícito é, ao seu possuidor, tirar partido.
• A mediunidade, porém, não é uma arte, nem um talento, pelo que não pode tornar se uma profissão. • Ela não existe sem o concurso dos Espíritos; faltando estes, já não há mediunidade. • Pode subsistir a aptidão, mas o seu exercício se anula. Daí vem não haver no mundo um único médium capaz de garantira obtenção de qualquer fenômeno espírita em dado instante.
• Explorar alguém a mediunidade é, conseguintemente, dispor de uma coisa da qual não é realmente dono. • Afirmar o contrário é enganar a quem paga. • Há mais: não é de si próprio que o explorador dispõe; é do concurso dos Espíritos, das almas dos mortos, que ele põe a preço de moeda. • Essa ideia causa instintiva repugnância.
• Todos os homens têm o seu grau de mediunidade; • Nas mais variadas posições evolutivas, e esse atributo do espírito representa, ainda, a alvorada de novas percepções para o homem do futuro, quando, pelo avanço da mentalidade do mundo, as criaturas humanas verão alargarse a janela acanhada dos seus cinco sentidos.
• Na atualidade, porém, temos de reconhecer que no campo imenso das potencialidades psíquicas do homem existem os médiuns com tarefa definida, precursores das novas aquisições humanas. • É certo que essas tarefas reclamam sacrifícios e se constituem, muitas vezes, de provações ásperas; todavia, se o operário busca a substância evangélica para a execução de seus deveres, é ele o trabalhador que faz jus ao acréscimo de misericórdia prometido pelo Mestre a todos os discípulos de boa vontade.
• Mesmo o médium sob excelente assistência espiritual […] não deve descurar se da própria vigilância, lembrando sempre de que é uma criatura humana, sujeita, por isso, a oscilações vibratórias, a pensamentos e desejos inadequados. • Devemos ter sempre na lembrança a palavra de Emmanuel: Os médiuns, em sua generalidade, não são missionários na acepção comum do termo;
• São almas que fracassaram desastradamente, que contrariaram, sobremaneira, o curso das leis divinas e que resgatam, sob o peso de severos compromissos e ilimitadas responsabilidades, o passado obscuro e delituoso. • O seu pretérito, muitas vezes, se encontra enodoado de graves deslizes e erros clamorosos.
• Quando médium guarda a noção de fragilidade e pequenez, pela convicção de que é uma alma em processo de redenção e aperfeiçoamento, pelo trabalho e pelo estudo, está-se preparando, com segurança, para o triunfo nas lides do Espírito Eterno. • Assim, podemos dizer que a […] primeira necessidade do médium é evangelizar se a si mesmo antes de se entregar às grandes tarefas doutrinárias, pois, de outro modo poderá esbarrar sempre com o fantasma do personalismo, em detrimento de sua missão.
• Em suma, o médium […] que vigia a própria vida, disciplina as emoções, cultiva as virtudes cristãs e oferece ao Senhor, multiplicados, os talentos que por empréstimo lhe foram confiados, estará, no silêncio de suas dores e de seus sacrifícios, preparando o seu caminho de elevação para o Céu. • Estará, sem dúvida, exercendo a mediunidade com Jesus. • Encontrado em: A Bíblia do Caminho – Estudos Espíritas - www. abibliadocaminho. com
A MEDIUNIDADE É O USO DO FCU tvmundomaior. com. br
O DOM DE CURAR • Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, limpai os leprosos, expeli os demônios; daí de graça o que de graça recebestes. (Mateus, X: 8). • A faculdade de cura é por assim dizer curioso fenômeno de efeitos físicos tal como a faculdade que gera formas opacas, ectoplásmicas, como a materialização de Espíritos, de objetos e outros fatos que dela decorrem.
• Mestre Allan Kardec afirmou que todo aquele que sente num grau qualquer a influência dos Espíritos é médium, cada qual segundo a sua tendência para diversos gêneros mediúnicos. • A mediunidade de cura, no conceito de mestre Kardec, consiste no dom que certas pessoas possuem de curar doenças. • Esse fenômeno, no meu entender, é mais que um “simples toque”, ou “olhar”, ou “gesto”, de acordo com expressões de Kardec.
• Ele o é, tanto que o próprio codificador do Espiritismo preferiu referir-se lhe de modo sucinto e genérico, pois, consoante deduziu, o assunto exigiria desenvolvimento excessivo para os limites de que dispunha naquele ensejo. • Médiuns de cura são ectoplastas por emitirem como os médiuns físicos o mesmo fluido observável sob diferentes aspectos a respeito do qual aqui trataremos.
• Podemos incluir os médiuns de cura na categoria dos de efeitos físicos em face de certas características. • Em substância, os fluidos comuns procedem de um princípio que preferimos continuar chamando de Fluido Cósmico Universal, a despeito de opiniões e nomenclaturas de físicos da atualidade. • O fluido emitido por médiuns de efeitos físicos, ou seja, o ectoplasma;
• Também chamado de fluido psíquico, é aquele emitido pelos que possuem essa tendência inata. • O jeito específico quanto a propriedades, o produto da fonte geradora e a sua vibração é o que faz a diferença. • Há outros atributos que torna distinta, referente à sua sensibilidade, essa disposição.
• Pela instintiva tendência para curar enfermidades ou de, ao menos, fazer com que as doenças sejam amenizadas, o médium curador pode debelar moléstias, restituir tecidos e órgãos lesados do corpo físico de quem a ele recorra, estimulado pela piedade nele despertada, o sofrimento, a doença do próximo, incluindo-se doenças de influenciação espiritual, consciente ou inconscientemente.
• Esses fluidos são por ele irradiados sobre o doente, revigorando lhe órgãos, normalizando funções e destruindo até placas e tumores de caráter fluídico, produzidos por auto obsessão ou por influenciação externa. • Por considerarmos certos médiuns de cura médiuns de efeitos físicos, afora o magnetismo que possui, ele é sensível fonte geradora de ectoplasma;
• Cujo seu desempenho o faz naturalmente captar fluidos mais leves, mais sutilizados. • Por intermédio dele se verificam verdadeiros milagres, bem entendido, milagres, algo admirável, os quais se processam através da concentração, da oração impulsionada pelo sublime desejo de sinceramente praticar aquele amoroso pedido de Jesus Cristo:
• “Restituí a saúde aos doentes”. E como a Lei de Caridade e Amor preside a todos os atos das esferas superiores, os bondosos e esclarecidos Espíritos, que se ligam a ele por simpatia, vêm em seu auxílio por causa do sentimento em benefício do próximo. • Sempre que o médium de cura se destina a exercer o seu ofício de modo desinteressado, ou seja, sem profissionalismo, já que Jesus também recomendou “dar de graça o que de graça se recebeu”;
• Espíritos benéficos, especialistas em química e operadores atuantes nesse campo, incumbem-se do uso dos fluidos. • Eles submetem os fluidos irradiados pelo organismo do médium para esse fim a um transcendente processo químico, aprimorado em laboratórios da dimensão imponderável, menos grosseira que a nossa.
• No que o médium se concentra pelo meio já referido, ele se ergue à maior altura. • À medida que se exalça, capta além de tudo, os fluidos leves e benignos provindos das fontes da Natureza: • Irradia-os sobre a pessoa necessitada; Inter penetra-lhe o corpo físico; • Bombardeia os átomos, além de atingir o campo celular.
• Ao fazer penetrar intensamente o fluido, as células revitalizam as funções do corpo físico, elevam a vibração íntima do paciente e restituem -lhe o equilíbrio mental. • Quando assim sucede, é porque houve uma combinação do fluido espiritual com o humano. • Há casos em que se pode empregar a força magnética, particularidade intrínseca mais ou menos ativa em cada um de nós.
• Neste caso, é prática espontânea os Espíritos perfazerem as qualidades que faltem no fluido humano, consoante explicou Kardec. • Como já percebemos, “ninguém faz absolutamente nada sem nada” (assim disse o Espírito Emmanuel). • E recapitulando, o médium curador não se completa sem a atuação dos que o assistem, ou seja, os verdadeiros autores dos fenômenos: os Espíritos.
• Inicialmente, dissemos que o médium de cura é sensível fonte geradora de ectoplasma, esse curioso fluido de efeitos diversos e de aspectos particulares; • Todavia, sem o imprescindível vínculo com Entidades atuantes, do domínio da cura, sobretudo, sem a “ideia iluminada pela fé e pela boa vontade”, nenhum médium logrará êxito através desse recurso concedido por Deus.
• Mas, em se tratando de doação pelo meio e propósito do que até aqui interpretamos, preciso se torna levar em conta outra particularidade. • Apesar de o fluido emitido pelos médiuns de efeitos físicos serem idêntico ao emitido pelos médiuns de cura, conforme o professor Edvaldo Kulcheski, ambos os ectoplasmas ainda assim diferem.
• Kulcheski, profundo conhecedor e pesquisador de fenômenos mediúnicos, disse existir uma dissimilitude entre os dois processos de desprendimento ectoplasmático que convém saber. • Por exemplo: a técnica de emprego do ectoplasma para se obter manifestações físicas, tais como: transporte, tiptologia, voz e escrita direta, materialização de Espíritos, etc. , difere da empregada para fins de cura.
• Por se constituir de fluidos próprios para a prática de efeitos tangíveis ele é denso, ao passo que os aplicados para finalidade de cura são constituídos de uma sutileza admirável, cujo primor é vibratoriamente favorável. • Há um outro aspecto do fenômeno de cura que não podemos deixar de registrar, as operações cirúrgicas, assunto de que trataremos na próxima vez.
• Em conclusão, a terapia mediúnica acontece pelo emprego da energia fluídica, engendrada por Espíritos incumbidos desse procedimento. • Ainda que as curas se realizem pela força magnética, mesmo assim, podem ser acrescidas de fluidos manipulados por técnicos e operadores do âmbito espiritual. • Entidades felizes e bondosas que, em nome de Cristo;
• Sempre atentas e dispostas, ajudam a quem sinceramente deseja ajudar o próximo; por isso, ser médium de cura é possuir um nobre e grandioso compromisso. • A mediunidade de cura é um meio de resgate de débitos morais de existências passadas, resume-se numa tarefa de incansável esforço pela conquista do maior grau possível de virtudes.
• E para quem busca a cura espiritual, aqui temos precioso lembrete dos bons Espíritos: jamais a obteremos sem o necessário reajustamento íntimo. • E que reajustamento é esse, senão o de nos tornarmos melhores, dia a dia, conforme os preceitos de Jesus que propõem uma conduta saudável e exemplar como a que Ele teve? ! • Mediunidade de cura é fenômeno físico. • Encontrado em: O Consolador. Ano 6, n° 270, de 22 de Julho de 2012. Em: www. oconsolador. com. br. .
O PASSE MAGNÉTICO Manancial de Luz
AS PRECES PAGAS • Estando porém ouvindo-o todo o povo, disse Jesus a seus discípulos: Guardai -vos dos escribas, querem andar com roupas talares, e gostam de ser saudados nas praças, e das primeiras cadeiras nas sinagogas, e dos primeiros assentos nos banquetes; que devoram as casas das viúvas, fingindo largas orações. Estes tais receberão maior condenação. (Lucas, XX: 45 -47, Marcos, XIII: 38 -40; Mateus, XXIII: 14).
• Disse ainda Jesus: Não façais que as vossas preces sejam pagas; não façais como os escribas, que “a pretexto de longas preces, devoram as casas das viúvas”, o quer dizer: apossam-se de suas fortunas. • A prece é um ato de caridade, um impulso do coração; fazer pagar aquelas que dirigimos a Deus pelos outros, é nos transformamos em intermediários assalariados.
• A prece se transforma, então, numa fórmula que é cobrada segundo o seu tamanho. • Ora, das duas, uma: Deus mede ou não mede as suas graças pelo número das palavras; e se forem necessárias muitas, como dizer apenas algumas, ou quase nada, por aquele que não pode pagar? • Isso é uma falta de caridade. E se uma palavra é suficiente, as demais são inúteis.
• Então, como cobrá-las? É uma prevaricação. Deus não vende os seus benefícios, mas concede-os. Como, pois, aquele que tem sequer é o seu distribuidor, e que não pode garantir a sua obtenção, cobra um pedido que talvez nem seja atendido? • Deus não pode subordinar um ato de clemência, de bondade ou de justiça, que se solicita de sua misericórdia, a
• Mesmo porque, se o fizesse, o pagamento não sendo efetuado, ou sendo insuficiente, a justiça, a bondade e a clemência de Deus ficariam em suspenso. • A razão, o bom senso, a lógica, dizemnos que Deus, a perfeição absoluta, não pode delegar a criaturas imperfeitas o direito de estabelecer preços para a sua justiça. Pois a justiça de Deus é como o Sol, que se distribui para todos, para o pobre como para o rico.
• Se considerarmos imoral traficar com as graças de um soberano terreno, seria lícito vender as do Soberano do Universo? • As preces pagas têm ainda outro inconveniente; • É que aquele que as compra se julga, no mais das vezes, dispensado de orar por si mesmo, pois se considera livre dessa obrigação, desde que deu o seu dinheiro.
• Sabemos que os Espíritos são tocados pelo fervor do pensamento dos que se interessam por eles. • Mas qual pode ser o fervor daquele que paga um terceiro para orar por ele? • E qual o fervor desse terceiro, quando delega o mandato a outro, e este a outro, e assim por diante? • Não é isso reduzir a eficácia da prece ao valor da moeda corrente?
OS MERCADORES EXPULSOS DO TEMPLO • Chegaram pois a Jerusalém. E havendo entrado no templo, começou a lançar fora os que vendiam e compravam no templo; • E derribou as mesas dos banqueiros, e as cadeiras dos que vendiam pombas; • E não consentia que qualquer transportasse móvel algum pelo templo.
• E ele os ensinava, dizendo-lhes: Porventura não está escrito que a minha casa será chamada casa de oração entre todas as gentes? E vós tendes feito dela covil de ladrões. • O que ouvindo os príncipes dos sacerdotes, e os escribas, andavam excogitando de que modo o haviam de perder, porque todo o povo admirava a sua doutrina, e tinham medo dele. . (Marcos, XI: 15 -18: ; Mateus, XXI: 12 -13).
• Jesus expulsou os vendilhões do templo, e assim condenou o tráfico das coisas santas, sob qualquer forma que seja. • Deus não vende a sua benção, nem o seu perdão, nem a entrada no Reino dos Céus. • O homem não tem, portanto, o direito de cobrar nada disso.
A MEDIUNIDADE GRATUITA • Os médiuns modernos, — pois os apóstolos também tinham mediunidade, — receberam igualmente de Deus um dom gratuito, que é o de serem intérpretes dos Espíritos, para instruírem os homens, para lhes ensinarem o caminho do bem e levá-los à fé, e não para lhes venderem palavras que não lhes pertencem;
• Pois que não se originam nas suas ideias, nem nas suas pesquisas, nem em qualquer outra espécie de seu trabalho pessoal. Deus deseja que a luz atinja a todos, e não que o mais pobre seja deserdado e possa dizer: • Não tenho fé, porque não pude pagar; não tive a consolação de receber o estímulo e o testemunho de afeição daqueles por quem choro, pois sou pobre.
• Eis porque a mediunidade não é um privilégio, e se encontra por toda parte. Fazê-la pagar, seria portanto desviá-la de sua finalidade providencial. • Qualquer pessoa que conheça as condições em que os bons Espíritos se comunicam, sua repulsa a todas as formas de interesse egoísta, e saiba como pouca coisa basta para afastálos, jamais poderá admitir que Espíritos Superiores estejam à disposição do primeiro que os convocar a tanto por sessão.
• O simples bom senso repele semelhante coisa. • Não seria ainda uma profanação, evocar por dinheiro os seres que respeitamos ou que nos são caros? • Não há dúvida que podemos obter manifestações dessa maneira, mas quem poderia garantir-lhes a sinceridade?
• Os Espíritos levianos, mentirosos e espertos, e toda a turba de Espíritos inferiores, muito pouco escrupulosos, atendem sempre a esses chamados, e estão prontos a responder ao que lhes perguntarem, sem qualquer preocupação com a verdade. • Aquele, pois, que deseja comunicações sérias, deve primeiro procurá-las com seriedade, esclarecendo-se quanto à natureza das ligações do médium com os seres do mundo espiritual.
• Ora, a primeira condição para se conseguir a boa vontade dos bons Espíritos é a que decorre da humildade, do devotamento e da abnegação: o mais absoluto desinteresse moral e material. • Ao lado da questão moral, apresentase uma consideração de ordem positiva, não menos importante, que se refere à própria natureza da faculdade.
• A mediunidade séria não pode ser e não será jamais uma profissão, não somente porque isso a desacreditaria no plano moral, colocando os médiuns na mesma posição dos ledores da sorte, mas porque existe ainda uma dificuldade material para isso: • É que se trata de uma faculdade essencialmente instável, fugidia, variável, com a qual ninguém pode contar na certa.
• Ela seria, portanto, para o seu explorador, um campo inteiramente incerto, que poderia escapar-lhe no momento mais necessário. • Bem diversa é uma capacidade adquirida pelo estudo e pelo trabalho, e que, por isso mesmo, torna-se uma verdadeira propriedade, da qual é naturalmente lícito tirar proveito. • A mediunidade, porém, não é nem uma arte nem uma habilidade, e por isso não pode ser profissionalizada.
• Ela só existe graças ao concurso dos Espíritos; se estes faltarem, não há mediunidade, pois embora a aptidão possa subsistir, o exercício se torna impossível. • Não há, portanto, um único médium no mundo, que possa garantir a obtenção de um fenômeno espírita em determinado momento. • Explorar a mediunidade, como se vê, é querer dispor de uma coisa que
• Afirmar o contrário é enganar os que pagam. Mas há mais, porque não é de si mesmo, que se dispõe, e sim dos Espíritos, das almas dos mortos, cujo concurso é posto à venda. • Este pensamento repugna instintivamente. Foi esse tráfico, degenerado em abuso, explorado pelo charlatanismo, pela ignorância, a credulidade e a superstição, que provocou a proibição de Moisés.
• O Espiritismo moderno, compreendendo o aspecto sério do assunto, lançou o descrédito sobre essa exploração, e elevou a mediunidade à categoria de missão. • A mediunidade é uma coisa sagrada, que deve ser praticada santamente, religiosamente. • E se há uma espécie de mediunidade que requer esta condição de maneira ainda mais absoluta, é a mediunidade curadora.
• O médico oferece o resultado dos seus estudos, feitos ao peso de sacrifícios geralmente penosos; o magnetizador, o seu próprio fluído, e frequentemente a sua própria saúde: • Eles podem estipular um preço para isso. O médium curador transmite o fluído salutar dos bons Espíritos, e não tem o direito de vendê-lo. Jesus e os Apóstolos, embora pobres, não cobravam as curas que operavam.
• Que aquele, pois, que não tem do que viver, procure outros recursos que não os da mediunidade; e que não lhe consagre, se necessário, senão o tempo de que materialmente possa dispor. • Os Espíritos levarão em conta o seu devotamento e os seus sacrifícios, enquanto se afastarão dos que pretendem fazer da mediunidade um meio de subir na vida. • Encontrado em: • www. evangelhoespirita. wordpress. com
FONTES DE PESQUISAS • KARDEK, Allan. ; O Evangelho Segundo o Espiritismo. Tradução de Salvador Gentile, revisão de Elias Barbosa. Araras, SP: IDE, 1995. Cap. XXVI. • Mateus 10: 8/12: 12 e 13/23: 14; Lucas 20: 45 a 47; Marcos 11: 15 a 18/ 12: 38 a 40. • FRANCO, Divaldo Pereira. ; Jesus e o Evangelho à Luz da Psicologia Profunda; psicografado pelo Espírito de Joanna de ngelis - pag. 213 à 218. • GODOY, Paulo Alves. ; O Evangelho por Dentro, pag. 75 à 77. • SAYÃO, Antônio. ; Elucidações Evangélicas, p. 231. • XAVIER, Francisco Cândido. ; O Livro da Esperança; psicografado pelo Espírito de Emmanuel, cap. 87.
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