Da Quaresma Luz da Ressurreio Impulsionados pela Quaresma

Da Quaresma à Luz da Ressurreição! Impulsionados pela Quaresma, lembrando que somos pó, pela Semana Santa, chegamos à Páscoa do Senhor! Ano Litúrgico A

AS CINZAS! – LEMBRAM-NOS QUE SOMOS PÓ! A Quaresma é tempo de “poda” benéfica da falsidade, da mundaneidade e da indiferença! Isso para não pensarmos que tudo está bem se eu estou bem! Para compreendermos que o que conta não é a aprovação, a busca do sucesso ou do consenso, mas a purificação do coração e da vida! Para voltarmos a encontrar a identidade cristã, ou seja o amor que serve, não o egoísmo que se serve. Coloquemo-nos a caminho juntos, como Igreja, recebendo as Cinzas (também nós voltaremos a ser Cinzas) mantendo fixo o olhar no Crucificado!” (Papa Francisco, 1º de março/2017)

QUARESMA, CINZAS, O QUE DIZEM PARA MIM? E PARA O PAPA FRANCISCO? Para os que ficam 40 dias sem comer chocolate, sem beber algo especial de que gosta, sem fumar, sem fofocar… de nada adianta se não se tornar uma pessoa melhor. Aí vai a lição do espírito evoluído de nosso Papa Francisco: ele propõe 15 “manifestações concretas de amor”: Para a Quaresma e para a vida, o Papa Francisco propõe 15 simples atos de caridade que ele mencionou como manifestações permanentes de amor: 01. Sorrir. Um cristão é sempre alegre! 02. Agradecer (embora muitos achem que “não precise” fazê-lo).

04. Cumprimentar com alegria as pessoas que você vê todos os dias. 05. Ouvir a história do outro, sem julgamento, com amor. 06. Parar para ajudar. Estar atento a quem precisa de você. 07. Animar a alguém. 08. Reconhecer os sucessos e qualidades do outro. 09. Separar o que você não usa e dar a quem precisa. 10. Ajudar a alguém para que ele possa descansar. 11. Corrigir com amor; não calar por medo. 12. Ter delicadezas com os que estão perto de você. 13. Limpar o que sujou, em casa. 14. Ajudar os outros a superar os obstáculos. 15. Telefonar para seus pais.

QUARESMA: TEMPO DE “PODA” Lembra-te que és pó! Convertei-vos e crede! “Que a Quaresma seja um tempo de benéfica “poda” da falsidade, da mundanidade e da indiferença! Um dos marcos iniciais do período da Quaresma é a imposição das Cinzas, acompanhada de uma fórmula: A mais recente: "Convertei-vos e acreditai no Evangelho!" A antiga: "Recorda-te que és pó e em pó te hás de tornar!" Ambas querem nos levar à contemplação de nossa vida e a refletir sobre o valor que damos a ela. As cinzas relembram uma antiga tradição do Médio Oriente: colocar cinzas na cabeça como símbolo de arrependimento perante Deus, como é relatado em várias passagens da Bíblia.

JESUS É O CAMINHO DE VOLTA PARA O PAI! DEUS CONSERTARÁ UM CORAÇÃO PARTIDO SE LHE LEVARMOS OS PEDAÇOS! S. Paulo, escrevendo aos cristãos da cidade de Corinto (2 Cor 5, 30 - 6, 2), adverte-lhes que agora é o momento favorável, que o tempo da salvação chegou! Voltemos nosso coração para o Senhor! O caminho de volta encontramos no Evangelho, em especial na passagem escolhida para a Quarta-Feira de Cinzas: Mt 6, 1 -6. 16 -18. Jesus é sempre o caminho de volta para Deus, mas, para seguir por esse caminho, precisamos de muita reflexão, de oração, de obras de caridade. E grande será

Quarta-Feira de Cinzas É dia de jejum e abstinência. Nesse dia iniciamos a preparação para a comemoração do maior dia do ano para os cristãos que é o dia da Páscoa. O tempo quaresmal termina na Quinta-Feira Santa, quando começa o tríduo pascal.

Quando orardes!. . . Jesus nos recomenda que saibamos rezar também no silêncio de nosso coração! (Mt 6, 5 -6) Se queres entrar com prazer no teu coração, purifica-o. "Felizes os corações puros, porque verão a Deus" (Mt 5, 8). Em 1980, em sua primeira viagem ao Brasil, no encontro com o povo em Teresina (PI), S. João Paulo II viu uma faixa em meio à multidão que lamentava: “Santo Padre, o povo passa fome!”

JEJUM No período da Quaresma (40 dias, sem contar os domingos), a Igreja propõe aos fiéis o jejum, a oração, a caridade e a penitência. O jejum é uma maneira especial que temos para vivenciar um pouco dos 40 dias que Jesus jejuou no deserto. É um tempo de deserto, de arrependimento, de conversão, de transformação, de purificação.

O jejum consiste para nós em comer menos, em sinal de penitência: fazer três refeições ao dia, cedo comendo um terço do que normalmente comemos; fazer uma refeição normal durante o dia (almoço ou janta, à escolha); e, na terceira refeição, comer um terço do que comemos normalmente. O jejum não é proposto a pessoas em condições especiais de vulnerabilidade: crianças, enfermos, viajantes, pessoas idosas ou muito fracas e mulheres grávidas. É hoje reduzido a apenas dois dias no ano: a Quarta-Feira de Cinzas e a Sexta-Feira Santa, memória da Paixão e Morte de Cristo.

ABSTINÊNCIA Estão obrigados à lei da abstinência de carne aqueles que tiverem completado catorze anos de idade. Estão obrigados à lei do jejum todos os maiores de idade (quem completou 18 anos) até os sessenta anos começados. Todavia, a abstinência pode ser substituída pelos próprios fiéis por outra prática de penitência, caridade ou piedade, particularmente pela participação nesses dias na Sagrada Liturgia.

É verdade que, para uma grande parte da população, o abster-se de carne tornase a coisa mais normal da vida, considerando seu preço e as posses de nossa população. E há ainda uma piedade duvidosa quando se procura abster-se de carne, mas substituindo-a por alimentos caros, o que tira todo o sentido da abstinência, reduzindo-a a uma alternativa que a esvazia de qualquer sentido de verdadeiro sacrifício.

O MELHOR JEJUM! - VAMOS REFLETIR? ! “Jejum de palavras negativas e dizer palavras bondosas. Jejum de descontentamento e encher-se de gratidão. Jejum de raiva e encher-se com mansidão e paciência. Jejum de pessimismo e encher-se de esperança e otimismo. Jejum de preocupações e encher-se de confiança em Deus. Jejum de queixas e encher-se com as coisas simples da vida. Jejum de tensões e encher-se com orações. Jejum de amargura e tristeza e encher o coração de alegria. Jejum de egoísmo e encher-se compaixão pelos outros. Jejum de falta de perdão e encher-se de reconciliação. Jejum de palavras e encher-se de silêncio para ouvir os outros. Jejum de coisas fúteis e apaixonar-se pelo Evangelho de Cristo. Jejum de fechar-se em si mesmo e partir fazendo novos discípulos. Jejum de comodismo e transformar-se em missionário(a) do Evangelho!”

AS TENTAÇÕES! Deus permite que sejamos tentados para nos provar na fé. Nenhum mal nos acontecerá se formos fiéis ao nosso batismo! No livro bíblico da Sabedoria (3, 5) vemos que Deus tentou os justos e os achou dignos de si! O apóstolo Paulo (Hebr 11, 17) narra que Deus tentou Abraão! Davi exclama: "Experimentaime e tentai-me, Senhor!" (Sl 25, 2)

Jesus quis dar-nos um exemplo. Permitiu ser tentado para se fazer semelhante a nós. Incentivou-nos a resistirmos ao mal. Deixou-se tentar para nos merecer a graça de vencer às tentações do mal. Os anjos se aproximaram e serviram a Jesus sofreu as tentações do demônio com calma e paciência, porque se referiam à sua natureza humana. Quando, porém, o demônio pede a si um culto de adoração, Jesus o repele energicamente.

AS TENTAÇÕES DE NOSSA VIDA! Se vencermos as tentações da vida, seremos consolados e confortados. Se vencermos, teremos paz de consciência, estaremos na graça de Deus, que é bondade e misericórdia. Se vencermos, estaremos preparando nosso coração para o testemunho de vida, para o fiel cumprimento de nossa missão. As três tentações de Jesus são um resumo de todas as tentações que podem nos assaltar.

Transfiguração de Jesus: os privilegiados do monte Tabor! Jesus dirigiu-se para um lugar afastado, a um monte alto. Trata -se do monte Tabor, monte da Transfiguração, na Galileia. Está situado a 562 metros acima do nível do mar e fica a 10 quilômetros de Nazaré. (Mt 17, 1 -9). Jesus convidou apenas Pedro, Tiago e João. Não se transfigurou diante de todos os discípulos porque na ocasião queria que o fato ficasse em segredo. Não queria agitação popular.

Os três discípulos escolhidos foram também os que tiveram o privilégio de serem testemunhas da ressurreição da filha de Jairo (cf. Mc 5, 37) e da agonia de Jesus no Getsêmani (Mt 26, 37). Jesus quis encorajar os discípulos e a nós todos diante da realidade da vida: ninguém deve deixar-se vencer pelas provações que viriam após a paixão e morte do Mestre. Naquele momento, Jesus revestiu-se de glória, deixando as qualidades do corpo mortal.

Apareceram Moisés e Elias. Falavam com Jesus. Simbolizavam todo o Primeiro Testamento. Moisés representava a lei. Jesus se dá a conhecer como o Senhor dos vivos e dos mortos, adorado e servido por Moisés que, no passado, fora o libertador e guia do povo escolhido. Elias representava os profetas. Jesus se apresenta como aquele que é objeto das profecias. A lei e as profecias dão testemunho da missão divina de Jesus e tudo se curva diante de sua presença. Os três discípulos conhecem Moisés e Elias ou porque são divinamente esclarecidos ou pelo que eles dizem a Jesus.

Pedro, extasiado ante a visão, quer prolongá-la. Quer erguer três tendas. O costume da época era mais ou menos esse. Quando iam para a festa dos Tabernáculos, por exemplo, erguiam tendas com galhos de árvores. Com razão Pedro quer permanecer ali! É um desejo natural de todos os seres humanos: queremos permanecer onde nos sentimos felizes. Com a transfiguração, Jesus manifestou sua majestade para que não perdessem a fé quando vissem seus sofrimentos na Paixão. Queria também significar que as revelações de seu poder e glória devem ser conhecidas junto com as horas difíceis do sofrimento. A conclusão seria evidente: a glória é uma coroa dos que sofrem e o sofrimento neste mundo é a condição para se

A FIGURA DA SAMARITANA! No diálogo com Jesus, a mulher dá mostra de viver presa a preconceitos próprios do povo de seu tempo. Mostra-se loquaz, segura de si, mas superficial. Jesus lhe oferece a “água viva”. Trata-se da Verdade de Deus, da Luz do Espírito que age no interior do ser humano.

Na cena da samaritana, vemos, em cores vivas, o drama do ato de fé. O evangelista nos mostra como uma pessoa sem fé se converte para Cristo. O primeiro passo é sair de si mesmo, colocar-se em situação de abertura para Deus. Como um judeu sujo, cansado, pode ser o Cristo? É difícil isto. Estamos diante do mistério da Encarnação: Cristo, homem e Deus! A samaritana respondeu positivamente ao Cristo, indo à cidade e convidando seus amigos e conhecidos: “Venham e vejam. . . " Isto é crer e ser discípula missionária do Reino de Deus!

JESUS CURA UM CEGO DE NASCENÇA. Há doenças e males que surgem por causa de erros de pessoas. . . Por ignorância das leis da natureza. . . Por erros pessoais que trazem consequências para os filhos. . . Tais erros, porém, não eliminam as interrogações! A sociedade como um todo pode ser e é causa de muitos males no mundo. Dizem as estatísticas que mais de 2/3 dos bens da humanidade estão de posse de uma minoria privilegiada, enquanto que mais da metade da

Jesus veio ao mundo para nos manifestar, por suas palavras e ações, a vontade do Pai, que é a salvação de todos os seres humanos. Buscando convencer seus seguidores a terem fé, Jesus confirma suas palavras com milagres. Surge o cego de nascença. Jesus dele se serve para, num milagre, levar seus ouvintes à fé em suas palavras, em sua missão de Salvador, como enviado do Pai.

O CEGO CURADO. . . CONDUZ-NOS À LUZ DE CRISTO O homem simples não conhecia as Escrituras como os fariseus. No entanto, sendo cego, isto é, ignorante, pouco letrado, simples, viu e recebeu a Luz que é Jesus. Em Deus devemos colocar toda nossa esperança. Quando nos decidimos pela pobreza diante de Deus, despojados de nós mesmos, começamos a ver melhor e a ser mais de Deus. Os fariseus, os grandes do mundo, os mestres, que se enchem e se vangloriam de sua cultura, riquezas, sabedoria humana, fazem disso tudo seu Deus. O cego de nascença é o símbolo do homem de fé: aquele que deixa tudo, tudo sofre, partindo ao encontro da Verdade.

Jesus ressuscita o amigo Lázaro Jesus amava a Marta, a sua irmã Maria e a Lázaro, três irmãos que habitavam em Betânia. Lázaro estava enfermo. Maria era aquela que ungiu o Senhor com bálsamo e lhe enxugou os pés com seus cabelos. Quando ouviu dizer que Lázaro estava enfermo, Jesus disse: "Lázaro, nosso amigo, dorme, mas eu vou despertálo do sono".

Quando Jesus viu Maria (irmã de Marta e Lázaro) chorando e notou que também choravam os judeus que tinham vindo com ela, comoveu-se profundamente e encheu-se de perturbação. E perguntou: "Onde o colocastes? " "Vinde, Senhor, e vede", responderam eles. E Jesus chorou. "Vede como ele o amava", disseram os judeus.

Jesus bradou com voz forte: "Lázaro, vem para fora!" E o morto saiu. E muitos dos judeus que tinham vindo à casa de Maria, tendo visto o que fizera, creram nele. Disse Jesus: "Eu sou a ressurreição e a vida: aquele que crê em mim, ainda que tenha morrido, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim não morrerá jamais

Jesus, por um diálogo, leva Marta a um ato de fé naquele que é a ressurreição e a vida. Ele dá a vida e é a Ressurreição. Marta diz de modo solene: "Sim, Senhor, eu creio que tu és o Messias, o Filho de Deus vivo, aquele que deve vir a este mundo!“ Neste momento solene de seu último e grande milagre, Jesus não faz a seu Pai um pedido, mas sim um agradecimento. Agradecimento porque naquela hora Jesus estava sendo glorificado.

CRÉDITOS Coordenação geral e texto: P. José Geraldo Rodrigues Formatação: Ana Almada Vídeo: Altiva Helena Música: Canto Gregoriano - Lords Prayer Ilustração: da Internet www. aparecidadasaguas. com vivencias@aparecidadasaguas. com © direitos reservados ©