CRUZ E SOUSA VINICIUS DE MORAES CASTRO ALVES

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CRUZ E SOUSA VINICIUS DE MORAES CASTRO ALVES ROLAGEM AUTOMÁTICA

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Ó POETA: Tu, que sabes o segredo IO MÁR NA TA QUIN de colher

Ó POETA: Tu, que sabes o segredo IO MÁR NA TA QUIN de colher imagens pelo infinito, com a quietude do teu silêncio. Tu, que, tal como um mago, as transformas em palavras e as transportas nas asas do tempo. Tu, que dás ritmo aos versos e melodia aos poemas.

Tu, que, na madrugada, escutas, dos amantes, o gemido, das prostitutas, a risada e

Tu, que, na madrugada, escutas, dos amantes, o gemido, das prostitutas, a risada e dos desesperados, o grito. ELISA LUCINDA Tu, que entendes a perseverança de qualquer uma das vagas do mar, que, do infinito, viaja na esperança de perder-se em espumas e a areia beijar. ALCINDA CAMARÃO Tu, que percebes os atributos dos atos, dos seres, das coisas, dos gestos e dos fatos.

Tu, que intuis o sagrado no fogo, que adormeces nos mil seios da aurora,

Tu, que intuis o sagrado no fogo, que adormeces nos mil seios da aurora, que enxergas as lágrimas do crepúsculo, quando ele chora. CECÍLIA MEIRELLES Tu, que pintas, com palavras, a alma do povo, que sentes o ritmo das nuvens, quando elas dançam. Tu que escutas a voz das estrelas, quando elas cantam.

Ó POETA: FERNANDO PESSOA me responde e me ensina por favor: como expressar, com

Ó POETA: FERNANDO PESSOA me responde e me ensina por favor: como expressar, com rimas, os sentimentos meus? como cantar em poemas, a morte, a liberdade e o amor? Como religar-me à poesia, para voltar a falar com Deus? como religar-me à poesia, para voltar a falar com Deus?

Arranjo e Teclado: Lorival Costa Violão: : André Costa Composição e Voz: : J.

Arranjo e Teclado: Lorival Costa Violão: : André Costa Composição e Voz: : J. Coêlho IMAGENS DOS SITES: ascom. ufpa; apl-pa. org. br; assisbrasil. com; musicstory. com; overmundol. com. br; passiweb. com; e rekeituras. com. A seguir a prosa “Poemar é Preciso” traz algumas razões que motivaram a composição “Súplica ao Poeta”. Se for de interesse é só CLICAR

Bons tempos os primitivos. . . A linguagem era concebida como o único meio

Bons tempos os primitivos. . . A linguagem era concebida como o único meio de integração do homem com os fenômenos da natureza e com as entidades divinas. O ser humano mantinha com a linguagem uma relação mágica e criativa. Bons tempos os primitivos. . . A linguagem apresentava um caráter poético.

Os mitos eram criados a partir da necessidade de explicar aquilo que não era

Os mitos eram criados a partir da necessidade de explicar aquilo que não era entendido. A expressão poética era um ato de criação praticado por todos nos rituais, onde era estabelecido o contato com as divindades e suas forças. Vieram as transformações sociais e econômicas. . . A linguagem passou a ser utilizada, na maioria das vezes, como meio de dominação e a poesia ficou restrita ao artista. Sensível à vida, ao homem e a natureza, o artista conserva, com sua arte, a magia e a criatividade dos rituais. Invoca os homens para que retornem aos bons tempos, quando todos se expressavam poeticamente.

A poesia está no mundo. Seu criador é o Artista que compôs a música

A poesia está no mundo. Seu criador é o Artista que compôs a música das esferas; criou os passos da dança do espírito com a alma e desta com a matéria; esculpiu todas as formas e escreveu o poema das mortes e dos renascimentos. Antes da poesia invadir o poeta e refletir-se em poemas, encontra-se espalhada nas imagens perdidas entre a luz das estrelas e a sombra dos seres. Entretanto, o artista só consegue refletir a poesia do mundo por meio da arte, porque carrega no seu íntimo essa mesma poesia. Urge que aprendamos a nos defender da mesmice da mídia de massa e experimentemos a aventura de voar com as asas das expressões poéticas, entre elas, o poema. Poemar é preciso.

Pouco importa se o poema é clássico, moderno ou marginal; se é metalinguístico ou

Pouco importa se o poema é clássico, moderno ou marginal; se é metalinguístico ou popular; se é épico ou lírico; se é elegia, balada, soneto, cordel ou sem métrica; se é com ou sem rimas. O importante é que os poemas ampliam a realidade, revelam segredos e intimidades, idealizam utopias, enfim, nutrem a alma com idéias e emoções. Do mesmo modo como a natureza e seus elementos se apresentam regidos pela polaridade: vácuo/matéria, luz/sombra, duro/mole, cheio/vazio, também na linguagem dos poemas existe a polaridade - silêncio/palavra, de cuja dinâmica brotam os versos e florescem os poemas.

Papel, lápis, ritmo e tempo são os elementos necessários para o registro de um

Papel, lápis, ritmo e tempo são os elementos necessários para o registro de um poema. Entretanto, a origem do seu nascimento está no devaneio, no livre pensar e na sensibilidade do poeta, que captam, tal como uma parabólica, as imagens: matéria prima do dizer poético. Com o silêncio, a prospecção das imagens, depois a palavra. Quem faz ou lê poemas viaja por caminhos encantados, transportados pelas palavras e versos. A satisfação é garantida. “Poemar” é preciso. Silenciar, para perceber a poesia do mundo e refleti-la em poemas, é um dos caminhos para que o homem redescubra e volte a expressar a sua poesia interior.

“Suplica ao Poeta" é nosso pedido, em rimas, aos poetas, para que nos ensinem

“Suplica ao Poeta" é nosso pedido, em rimas, aos poetas, para que nos ensinem o "caminho das pedras", que nos levará de volta aos poemas. Integrados e harmonizados com a poesia, voltaremos a falar com Deus.