COROA METALOCER MICA Definio uma restaurao metlica fundida

COROA METALOCER MICA • Definição: É uma restauração metálica fundida em liga especial recoberta por cerâmica. É formada por um casquete ( coping ) metálico, que se ajusta ao preparo do dente, e pela porcelana que se une ao csaquete química e fisicamente.

• Componentes: Metal a estrutura metálica das metalo-cerâmicas é em alguns casos, uma finíssima capa, e em outros tem a solidez de uma coroa total metálica, a qual fica faltando alguns detalhes morfológicos, que serão conferidos posteriormente com a cerâmica de recobrimento, resultando numa coroa que vai se assemelhar ao dente natural.

Opaco- É a primeira camada de cerâmica que tem como finalidade ocultar a cor do metal. Ele confere a cor base da cerâmica, e para cada cor de dente tem uma cor de opaco correspondente.

• A cor da coroa metaloceramica tem que ser igual a do dente do paciente, para isso usamos escalas de cor para registarmos essa cor. Para tal utilizamos como exemplo as escalas abaixo.

• Podemos utilizar um aparelho que regista a cor automaticamente , como é o caso do aparelho abaixo.

Corpo ou Dentina- É a cerâmica que constitui a maior parte da coroa. Esmalte ou Incisal- É a cerâmica que forma a porção incisal( ou oclusal) da coroa

Características do metal: - Deve formar óxidos que permitam a adesão da cerâmica. - O coeficiente de expansão ( CET ) do metal deve ser compatível com o da cerâmica, pois caso contrário ocorreria tensões internas na cerâmica ocasionando a sua fractura. - A diferença mínima entre os pontos de fusão do metal e da cerâmica deve estar entre 148º e 260ºC , para evitar que haja distorções do metal ou até mesmo fusão deste durante o processo da queima( ou cozedura) da cerâmica. - O metal não deve sofrer flexões ao ser ajustado no troquel, ou posteriormente ao ser submetido às forças oclusais, caso em que ocorreia a fractura da cerâmica.

Desenho do Casquete: O desenho vai depender do tipo de trabalho a ser executado como por ex. coroa anterior, coroa posterior, ponte fixa etc… É importante que o casquete tenha uma forma que se assemelhe a forma da coroa sendo que em proporção menor, de tal forma que a espessura da cerâmica que vai revesti-lo seja uniforme em toda a superficie do casquete, para evita fractura da cerâmica devido as tensões que ocorrem nesses casos.

Confecção do casquete. O casquete ou coping pode ser confeccionado das seguintes maneiras: com cera usando um gotejador, aplicando camadas sobre o troquel até que se consiga a espessura desejada, ou pelo método de imersão do troquel em cera derretida. Este método de imersão requer o uso de uma cera própria para este fim e um aparelho que derrete a cera e mantem na temperatura de fusão da cera.

Com resina especial, utilizando a técnica sal e pimenta. Com plástico termoformável utilizando dispositivos próprios para este fim. Em qualquer dos métodos utilizados, é necessário no final fazer o ajuste marginal do coping com uma cera de margem, pois essa tem baixa contração.

Espessura: Metal- Para que haja suficiente rigidez das coroas metalocerâmicas, o casquete deve ter uma espessura de no mínimo 0, 4 mm. Para os casos em que o preparo do dente não corresponde a uma miniatura do dente, ou seja, esteja muito reduzido, é preciso compensar com um aumento da espessura do casquete.

Cerâmica- Deve ter uma espessura mínima de tal forma que se consiga reproduzir os detalhes anatômicos e a côr do dente do paciente. Para tal a espessura disponível para a cerâmica deve estar compreendida entre 0, 7 mm e 1, 0 mm. Obs: Há situações em que o espaço para a cerâmica é inferior a 0, 4 mm.

Acabamento do metal: Após a fundição e corte do canal de alimentação, passamos para o acabamento da superficie do metal, para que haja uma boa adesão da cerâmica. Deverão ser usados brocas ou pedras, discos abrasivos somente para este fim, não devendo utilizá-los em outros metais diferentes, pois poderiam contaminar a superficie do metal, prejudicando a adesão da cerâmica ao metal.

É importante passar a broca na superficie do metal sempre na mesma direcção evitando fazer cruzamento das riscos criados pela broca, pois isso acarretaria em criar espaços ocos na superficie do metal, retendo impurezas que no processo da queima da cerâmica, poderia aparecer bolhas na cerâmica.

Tratamento do metal: O casquete deve ser adequadamente preparado, para que a adesão da cerâmica seja a melhor possível. Para isso devem ser seguidos alguns procedimentos que são: - Eliminar resíduos provenientes das pedras ou discos que ficaram incrustados na superfície do metal, resíduos esses que poderiam ocasionar gases no processo da queima da cerâmica, dando origem a bolhas na superficie da cerâmica. Para eliminar esses resíduos poderemos utilizar o jato de óxido de aluminio ( 100 a 200 microns ) na superficie do metal, que também vai conferir uma textura adequada para uma melhor adesão da cerâmica. É importante não tocar depois com os dedos no casquete para não engordurá-lo pois isso prejudicaria

também, a adesão da cerâmica. No caso de metais preciosos, como ligas de ouro, pode ser usado solução de ácido clorídrico para remover a oxidação do metal depois da sua fundição. Podemos utilizar também depois de jateado com óxido de aluminio, (válido para qualquer tipo de liga), uma limpeza com liquido desengodurante ( acetato de etila por ex. ) num aparelho de banho ultrasônico, ou uma limpeza com jato de vapor.

Desgazeificação: Durante o processo de fundição, se incorpora ao metal em estado líquido, hidrogênio gasoso, este gás pode diminuir a adesão entre o metal e a cerâmica, e pode ocasionar bolhas na cerâmica também. Para eliminar o hidrogênio coloca -se o casquete no forno de cerâmica para um programa especial de desgazeificação durante 15 minutos.

APLICAÇÃO DA CER MICA • Opaco: É a 1ª camada de cerâmica e é a que promove a união química entre o meta e a cerâmica. É tambem quem dá a cor base da cerâmica. Pode ser aplicado com um pincel ou com uma espátula de vidro própria para isso. A temperatura de queima varia de acordo com o fabricante.

• Dentina: è a cerâmica que vai formar o corpo da coroa. Existe varias massas de dentina, por ex. , uma para a região cervical, uma para o meio da coroa.

Incisal: É a massa de cerâmica usada na região incisal da coroa. Ela tem menos cor que a cerâmica do corpo e é mais translúcida depois da queima. Obs: as massa de cerâmica se apresentam coloridas para diferenciar uma camada da outra.

2ª Queima de cerâmica- É como se diz quando vai se aplicar uma 2ª camada de cerâmica para corrigir a forma final da coroa, pontos de contacto proximal e oclusal

Glaze_ É o acabamento final que se dá a cerâmica depois da superficie já ter sido trabalhada com brocas e borrachas, copiando a textura superficial do dente. No glaze, a cerâmica é submetida a uma ultima queima num programa próprio para este fim, conferindo no final um brilho que pode ser mais ou menos intenso de acordo com o caso.

O Forno de Cerâmica: É um equipamento destinado ao cozimento ou queima da cerâmica dental. Ele possui uma resistência como qq forno elétrico e sua câmara ou mufla que pode funcionar em ambiente isento de atmosfera ou mais comumente “vácuo”. O forno é dotado de uma série de programas que podem ser alterados ou acrescentados conforme a necessidade.

Existem uma série de parâmetros no processo da queima da cerâmica como se pode ver no quadro abaixo.

Interpretando o quadro nos temos os seguintes parâmetros: Precalentado- corresponde a temperatura em que se encontra o interior da mufla no momento em que a peça a ser cozida entra no seu interior. Secado- corresponde o tempo em que leva para a peça chegar no interior d a mufla. Taxa de calentamento- corresponde ao valor do incremento por segundo da temperatura no interior da mufla.

Temperatura final- corresponde ao valor da temperatura final no interior da mufla no final da queima da cerâmica. Tempo de mantenimento- É o tempo de permanência da peça no interior da mufla depois que esta alcança a temperatura final. Vácuo- indica se o ciclo vai ser feito com ou sem vácuo. Tempo de resfriamento- corresponde ao tempo que decorre do momento em que terminou o ciclo da queima( fim do tempo de mantenimento) até a mufla se abrir completamente ou a plataforma descer por completo