Controle Microbiolgico da gua QUESTES DE PROVAS CONTEDO
Controle Microbiológico da Água • QUESTÕES DE PROVAS; • CONTEÚDO DAS PRÓXIMAS AULAS; • HORÁRIO DE ATENDIMENTO ON-LINE; blog do professor: http: //chicoteixeira. wordpress. com
Legislação e atividade farmacêutica Tribunal Regional Federal (TRF) – 1ª Região Confirmou no dia 26 de setembro de 2014 que o tratamento de água também é uma atividade farmacêutica; Considerou o decreto 85. 878/81, que estabelece as normas para execução da Lei 3. 820/60, sobre o exercício da profissão farmacêutica. Esse decreto define como atribuição do farmacêutico, não privativa e não exclusiva, o “tratamento e controle de qualidade das águas de consumo humano, de indústria farmacêutica, de piscinas, praias e balneários, salvo se necessário o emprego de reações químicas, controladas ou operações unitárias”; No âmbito farmacêutico, duas resoluções do CFF (572/2013 e 463/2007) também apresentam a análise e o controle da qualidade de águas como parte do conjunto de especialidades do farmacêutico;
Legislação e atividade farmacêutica Também compete ao farmacêutico o planejamento e elaboração de controle ambiental na sua área de atuação
Utilização da água A maior demanda de água destina-se: Que pressupõe exigência de qualidade no geral atendida pelas redes de abastecimento urbano; Consumo humano Entretanto, quando destinada ao uso industrial, exigências técnicas rígidas devem ser consideradas; Uso industrial
Utilização da água Em sistemas de armazenamento e distribuição da água de processos produtivos, é conhecida a formação de biofilmes; Estes incorporam comunidades de microrganismos, em geral bactérias, aderidas à superfície, que produzem e liberam substâncias, entre as quais polímeros extracelulares com característica adesiva;
Utilização da água Embora se proceda à sanitização periódica desses sistemas e, apesar da condição de escassos nutrientes, alguns microrganismos apresentam alta capacidade de formação e manutenção desses biofilmes; Pseudomonas Staphylococcus Burkholderia
Utilização da água A água é muitas vezes o componente mais representativo de uma formulação farmacêutica ou cosmética; Portanto, pode ser o componente de maior relevância como fonte contaminante; A contaminação do produto pode se originar: Isto se deve principalmente à umidade residual de pisos, pias e drenos instalados em Indiretamente – de Diretamente – da água do processos de limpeza; processo; – na área produtiva; equipamentos
Utilização da água Os compêndios oficiais, além de se restringirem a especificação de água destinada a produtos farmacêuticos, em detrimento de algumas outras pecam também pela não uniformidade; É encontrado enfoque mais uniforme, embora não consentâneo, nas monografias farmacopeicas, para água purificada e água para injetáveis, sendo adicionalmente descritas: Água estéril para injeção Água purificada estéril Água estéril para irrigação Água estéril para inalação Água bacteriostática estéril para injeção
Fontes e tratamentos da água Água Potável: A água de uso industrial é proveniente da rede de abastecimento local ou de poços artesianos; Em ambos os casos é usual que a sua qualidade microbiana seja satisfatória ou até excelente; As ressalvas que devem ser feitas são, no caso de poços artesianos, referentes a relatos quanto a contaminações de lençóis freáticos, seja por microrganismos ou por pesticidas ;
Fontes e tratamentos da água Água Potável: No caso do abastecimento urbano, o cloro é o agente responsável pela baixa carga microbiana; Porém, em locais mais afastados, por falhas nas tubulações ou falta de limpeza nos reservatórios, a concentração de cloro empregada pode não ser efetiva, conduzindo a desvios indesejáveis; A coleta da água para análise deve ser feita dos pontos mais distantes, de forma a representar a condição de maior risco;
Fontes e tratamentos da água Água Potável: A época do ano também pode influenciar a carga microbiana; No água entanto, época das primeiras chuvas, de a A de na poços artesianos, proveniente Dependendo da profundidade, esta água contém carga microbiana da superfície levada lençóis subterrâneos, é aquela éque em para seu contaminação muito baixa, desde que se impeça estes lençóis, podendo ade filtração natural não ser trajeto sofre processo filtração através do a contaminação externa; suficiente; solo;
Fontes e tratamentos da água Deionização: Água purificada resultante de deionização é a oforma mais Que permite comum de preparo de água desenvolvimento para farmacêuticos de produtos Pseudomonas estéreis, de permitir e outrosapesar Gram (-); níveis de contaminação dos mais elevados; A Neste fontenas de unidades água a produção de em água Porém, de fabricação, localizadas caso faz-separa necessária a cloração purificada é normalmente de qualidade em áreas distantes, a águaaquela pode conter apenas tanques de estocagem; potável, contendo clorode(rede de abastecimento); quantidades residuais cloro;
Fontes e tratamentos da água Deionização: Outros aspectos a considerar são etapas de tratamento precedendo a deionização: Refere-se, por exemplo, ao emprego de leitos de carvão ativo, considerado estágio para remoção também intencional do cloro da água; Sabe-se que apesar de tratamentos químicos, renovações e limpeza das resinas, constituem-se nos constantes desafios para a qualidade da água em termos sanitários;
Fontes e tratamentos da água Deionização: Tipicamente deve se esperar contagens da ordem de 103 UFC/m. L em água de um deionizador antes da regeneração das resinas, considerando frequência diária de regeneração; Sendo a frequência de tratamento semanal de regenerações deve se esperar valores da ordem de 105 a 106 UFC/m. L; Acinetobacter spp. Alcaligenes Pseudomonas Os organismos frequentemente associados Embora tambémmais possam ser encontrados aos deionizadores Gram (+) e cocos; são:
Fontes e tratamentos da água Deionização: Lâmpadas UV na Os mecanismos empregados paradecontornar Aregião filtração da água 254 nm o problema da contaminação dos através filtros de de são microbiana asde mais deionizadores pode ser pelo uso de lâmpadas membrana com empregadas, ultravioleta ou pela filtração. Porém, situações pode haver porosidade de 0, 2 mm havendo recontaminação posterior; é em método amplamente que seu uso é empregado na em recomendado indústria farmacêutica pontos estratégicos para reduçãode de carga do sistema microbiana; Filtração circulação, próximo Luz ultravioleta ao ponto de uso;
Fontes e tratamentos da água Deionização: Pré-filtração pode ser conveniente no sentido de prolongar a vida útil dos filtros, aumentando o intervalo de tempo antes da saturação dos caros filtros retentores dos microrganismos; Além da luz ultravioleta e da filtração, outro item que requer atenção é o Sistema de distribuição:
Fontes e tratamentos da água Deionização: Certa proporção de microrganismos poderá estar associada ao próprio sistema de distribuição, seja aderida à superfície de tubulações, em filtros ou em tanques de estocagem e nas Fluxos turbulentos são conexões em geral; desejáveis; Velocidades de fluxo da ordem de 1 a 2 m/s são recomendadas para minimizar a adesão; Fluxos mais lentos assim como rugosidades de superfícies facilitarão a formação de biofilmes;
Fontes e tratamentos da água Destilação: Na indústria de parenterais a forma empregada para estocagem desta água é sob aquecimento a A água destilada, logo 80°C, em sistema com circulação; após a condensação, é Ou ainda o recurso da esterilização estéril, e se na emprega dependência imediatamente após a de coleta de determinado de cuidados assépticos volume, eem recipientesserá de vidro neutro; coleta estocagem mantida dessa forma; Ambos os recursos são por demais dispendiosos para emprego, em larga escala, nos produtos em que a característica de esterilidade não é Destilação compulsória;
Fontes e tratamentos da água Osmose reversa: A água produzida por osmose reversa (OR) pode ser estéril e apirogênica uma vez que sua obtenção envolve passagem forçada, por pressão osmótica através de membrana semipermeável, seletiva a pesos moleculares de 250 D; Contaminação pós-osmose reversa pode ocorrer devido ao ingresso de microrganismos via membrana no recipiente de estocagem ou no sistema de distribuição;
Monografias As monografias farmacopeicas definem níveis de exigências, vinculados a tratamentos e acima de outros aspectos, consideram o uso final do produto onde será empregada a água;
Monografias Assim, pode-se proceder a extrapolação dos conceitos aplicáveis a produtos farmacêuticos de uso tópico para os cosméticos em geral; Da mesma forma, ao se considerar a água empregada em operação de transformação, de troca térmica, ou na limpeza de um correlato de uso intravenoso ou de caráter invasivo distinto, há que se considerar água isenta de endotoxinas bacterianas (água para injetáveis); Existem diversas monografias farmacopeicas dirigidas a água em processo ou como produto:
Monografias Água purificada: É o insumo resultante da utilização de processos combinados de tratamento, os quais incluem como unidades finais a destilação, colunas de troca iônica ou aparelhagem de osmose reversa. Deve cumprir com especificações rígidas de pureza química e é isenta de aditivos; Esta água não deve ser utilizada para a preparação de injetáveis (parenterais);
Monografias Água para injetáveis: Esta água pode ser obtida por destilação ou osmose reversa e cumprir com as exigências de pureza para água purificada. Embora isenta do quesito de esterilidade, deve passar os testes de limite de bactérias e de teor de endotoxinas; Deve ser produzida, armazenada e distribuída em condições que evitem a produção de endotoxina;
Monografias Água purificada estéril: É a água purificada esterilizada em embalagem apropriada e que não contém antimicrobianos. O rótulo deve indicar o método de preparação. Não pode ser administrada via parenteral; Água estéril para injeção: Deve ser acondicionada em embalagens É usada como diluente para produtos dose única, de até 1 litro, e passar os testes de parenterais, como sólidos estéreis que material particulado para injetáves de pequeno apresentem pouca estabilidade em solução; volume;
Monografias Água estéril para inalação: É a água purificada estéril, adequadamente embalada. Não contém agentes antimicrobianos exceto se incorporados em umidificadores e aparelhos semelhantes, quando possível a sua contaminação (exposta por longo tempo), ou quando outras substâncias lhe são adicionadas; Deve cumprir com os requisitos de água purificada estéril, exceto quanto ao p. H, que deve estar entre 4, 5 e 7, 5. Não pode ser usada como injetável;
Monografias Água bacteriostática estéril para injeção: É a água para injeção, contendo um ou mais agentes antimicrobianos, envasada em embalagem dose única de até 30 m. L; Água estéril para irrigação: É a água que cumpre com todos os requisitos da água purificada estéril e com o teste de endotoxinas bacterianas da água para injeção. A embalagem dose única não deve exceder 1 litro;
Padrões Microbianos da água No âmbito internacional, enquanto são definidos os limites rígidos do ponto de vista químico, os níveis de carga microbiana para água de uso industrial inexistem, exceto ao se referir à água estéril, que de forma inerente indica ausência de microrganismos; Esta situação tem sido contornada por cada empresa pela adoção do seu próprio padrão interno. A indústria farmacêutica avalia com periodicidade definida a água nos distintos pontos da planta;
Padrões Microbianos da água Em contrapartida, a característica da potabilidade da água tem sido objeto de legislação nos diferentes países; O Brasil, não é exceção (Portaria Bsb nº 635/75 e Bsb nº 280/77, ambas do Ministro da Saúde), sendo que hoje as normas e padrão de potabilidade da água destinada ao consumo humano vigentes constam na Portaria nº 36 de 19 de Janeiro de 1990;
Padrões Microbianos da água Para efeito desta Portaria, água potável é definida como aquela adequada ao consumo humano, devendo para tanto atender a características físicas, organolépticas e químicas além da bacteriológica, traduzida pela ausência de coliformes fecais em 100 m. L de amostra e ausência de bactérias do grupo coliformes totais em 100 m. L quando a amostra é coletada na entrada da rede de distribuição, além de atender aos limites de radioatividade;
Padrões Microbianos da água A interpretação da exigência bacteriológica deve considerar o conceito dado para: “Grupo Coliformes”: Todos os bacilos Gram (-), aeróbicos ou anaeróbicos facultativos, não formadores de esporos, oxidase-negativos, capazes de crescer na presença de sais biliares ou outros compostos superficialmente ativos (tensoativos) com propriedades similares de inibição de crescimento e que fermentam a lactose com produção de aldeído, ácido e gás a 35°C, no período de 24 a 48 horas;
Padrões Microbianos da água “Grupo Coliformes”: Quanto às técnicas de detecção, considera-se do “Grupo Coliformes” aqueles organismos que na técnica dos tubos múltiplos (ensaios presuntivos e confirmatório) fermentam a lactose, com produção de gás, a 35°C; no caso da técnica da membrana filtrante, aqueles que produzem colônias escuras, com brilho metálico, a 35°C, em meio de cultura do tipo Endo, no máximo em 24 horas;
Identificação Presuntiva No teste de citocromo oxidase que revela uma As características das colônias de organismos reação de cor púrpura positiva, qualquer em diferentes meios são utilizadas para microrganismo que apresente uma reação identificar os membros comuns da família; positiva pode ser excluído da família; Por exemplo, a capacidade de fermentar lactose é utilizada para diferenciar cepas fermentadoras de lactose (Escherichia, Klebsiella, Enterobacter, Citrobacter e Serratia spp. ) de cepas que não fermentam lactose, ou que o fazem lentamente (Proteus, Salmonella, Shigella e Yersinia spp. );
Identificação Presuntiva Ágar Mac. Conkey com colônias fermentadoras de lactose e precipitação de sais biliares no meio que circunda as colônias (ex. E. coli); Superfície do ágar Mac. Conkey mostrando colônias vermelhas de ferment. de lactose e colônias claras menores de não fermentadores de lactose; Placas de ágar EMB mostrando coloração verde brilhante produzida pelos ferment. ;
Ágar Ferro de Kligler (KIA) Série de tubos de KIA inclinado mostrando vários padrões de reações. O tubo na extrema esquerda mostra uma inclinação ácida (amar. ) e uma base ácida (amarelo), indicando tanto a fermentação da glicose quanto da lactose. Observe também o espaço na base do tubo e a divisão no ágar no meio do tubo, que indicam produção de gás (CO 2) pelo microrganismo. Estas quantidades de CO 2, geralmente só são produzidas pela tribo Klebsielleae;
Ágar Ferro de Kligler (KIA) O segundo tubo a partir da esquerda mostra uma reação ácido/ácido, mas sem a presença de gás, típica da reação observada com E. coli; O terceiro tubo mostra inclinação alcalina (vermelho) e base ácida característica de um microrganismo não fermentador de lactose; O quarto tubo mostra inclinação alcalina (vermelho) e base preta indicando produção de sulfeto de hidrogênio (H 2 S);
OBRIGADO
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