Contratos Empresariais o Teoria dos Contratos o Contratos

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Contratos Empresariais o Teoria dos Contratos o Contratos Empresariais

Contratos Empresariais o Teoria dos Contratos o Contratos Empresariais

 • Contrato é o acordo pelo qual duas ou mais pessoas contraem obrigações

• Contrato é o acordo pelo qual duas ou mais pessoas contraem obrigações entre si. • Títulos V e VI do CC (arts. 421 a 853). • A depender de suas características, podemos classificar os contratos em: • • • Administrativos (Poder Público) de Trabalho (empregados) de Consumo (consumidores) Cíveis (entre pessoas civis) Empresariais (entre empresários ou sociedades empresárias)

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO CONTRATO: • Autonomia da vontade – Direito de celebrar contratos sem

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO CONTRATO: • Autonomia da vontade – Direito de celebrar contratos sem a intervenção estatal. • Consensualismo – A expressão da vontade das partes é suficiente ao contrato. (Exceção: contratos reais) • Relatividade – Restrição dos efeitos do contrato às partes e seus sucessores. (Exceções: contratos personalíssimos e contratos que envolvem terceiros) • Obrigatoriedade – Pacta sunt servanda. • Revisão – Rebus sic stantibus. • Boa-fé – Art. 422 CC: “Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé. ” • Supremacia da ordem pública – A função social do contrato é prevalente, quando em conflito com o interesse dos particulares.

“Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando: I – celebrado por pessoa absolutamente

“Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando: I – celebrado por pessoa absolutamente incapaz; II – for ilícito, impossível ou indeterminável seu objeto; III – o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito; IV – não revestir a forma prescrita em lei; V – for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade; VI – tiver por objetivo fraudar lei imperativa; VII – a lei taxativamente o declarar nulo ou proibir-lhe a prática, sem cominar sanção. ”

“Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico:

“Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico: I – por incapacidade relativa do agente; II – por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores. ”

CLASSIFICAÇÃO DOS CONTRATOS: • Quanto aos efeitos – unilaterais/bilaterais/plurilaterais e onerosos/gratuitos. • Quanto à

CLASSIFICAÇÃO DOS CONTRATOS: • Quanto aos efeitos – unilaterais/bilaterais/plurilaterais e onerosos/gratuitos. • Quanto à formação – paritários/de adesão/contratos-tipo. • Quanto à equivalência das obrigações – comutativos/aleatórios. • Quanto ao momento da execução – instantâneo/diferido/continuado. • Quanto ao agente – personalíssimo/impessoal. • Quanto à forma – solene/não solene.

EXTINÇÃO DOS CONTRATOS: • Execução completa / vencimento. • Nulidade ou anulabilidade. • Arrependimento,

EXTINÇÃO DOS CONTRATOS: • Execução completa / vencimento. • Nulidade ou anulabilidade. • Arrependimento, se previsto no contrato. • Morte de um dos contratantes, se o contrato é personalíssimo. • Resolução (inadimplemento). • Resilição (distrato). • Rescisão (alguns autores usam o termo para a extinção por vício de vontade).

CONTRATOS EMPRESARIAIS EM ESPÉCIE: • Compra e venda mercantil • Comissão • Representação comercial

CONTRATOS EMPRESARIAIS EM ESPÉCIE: • Compra e venda mercantil • Comissão • Representação comercial • Concessão • Franquia • Distribuição • Alienação fiduciária em garantia • Faturização (factoring) • Arrendamento mercantil (leasing) • Cartão de crédito • Contratos de tecnologia e know-how • Seguro

Como fica o regramento específico dos contratos empresariais, com o Código Civil de 2002?

Como fica o regramento específico dos contratos empresariais, com o Código Civil de 2002? “DIREITO EMPRESARIAL. CONTRATOS. COMPRA E VENDA DE COISA FUTURA (SOJA). TEORIA DA IMPREVISÃO. ONEROSIDADE EXCESSIVA. 
INAPLICABILIDADE. 
 1. Contratos empresariais não devem ser tratados da mesma forma que contratos cíveis em geral ou contratos de consumo. Nestes admite-se o dirigismo contratual. Naqueles devem prevalecer os princípios da autonomia da vontade e da força obrigatória das avenças. 
 2. Direito Civil e Direito Empresarial, ainda que ramos do Direito Privado, submetem-se a regras e princípios próprios. O fato de o Código Civil de 2002 ter submetido os contratos cíveis e empresariais às mesmas regras gerais não significa que estes contratos sejam essencialmente iguais. 
 3. O caso dos autos tem peculiaridades que impedem a aplicação da teoria da imprevisão, de que trata o art. 478 do CC/2002: (i) os contratos em discussão não são de execução continuada ou diferida, mas contratos de compra e venda de coisa futura, a preço fixo, (ii) a alta do preço da soja não tornou a prestação de uma das partes excessivamente onerosa, mas apenas reduziu o lucro esperado pelo produtor rural e (iii) a variação cambial que alterou a cotação da soja não configurou um acontecimento extraordinário e imprevisível, porque ambas as partes contratantes conhecem o mercado em que atuam, pois são profissionais do ramo e sabem que tais flutuações são possíveis. 
 5. Recurso especial conhecido e provido. ” (REsp 936. 741/GO, Rel. Ministro ANTONIO CARLOS FERREIRA, QUARTA TURMA, julgado em 03/11/2011, DJe 08/03/2012)

 • Enunciados da I Jornada de Direito Comercial: 20 – Não se aplica

• Enunciados da I Jornada de Direito Comercial: 20 – Não se aplica o Código de Defesa do Consumidor aos contratos celebrados entre empresários em que um dos contratantes tenha por objetivo suprir-se de insumos para sua atividade de produção, comércio ou prestação de serviços. 21 – Nos contratos empresariais, o dirigismo contratual deve ser mitigado, tendo em vista a simetria naturaldas relações interempresariais. 25 – A revisão do contrato por onerosidade excessivafundada no Código Civil deve levar em conta a natureza do objeto do contrato. Nas relações empresariais, deve-se presumir a sofisticação dos contratantes e observar a alocação de riscos por eles acordada.

28 – Em razão do profissionalismo com que os empresários devem exercer sua atividade,

28 – Em razão do profissionalismo com que os empresários devem exercer sua atividade, os contratos empresariais não podem ser anulados pelo vício da lesão fundada na inexperiência. 29 – Aplicam-se aos negócios jurídicos entre empresários a função social do contrato e a boa-fé objetiva (arts. 421 e 422 do Código Civil), em conformidade com as especificidades dos contratos empresariais.