CONDIES DE TRABALHO E SADE DOSDAS ASSISTENTES SOCIAIS
CONDIÇÕES DE TRABALHO E SAÚDE DOS/DAS ASSISTENTES SOCIAIS: particularidades do INSSGEX/Bel. Sara Daltro Tavares Paiva Vera Lúcia Batista Gomes Universidade Federal do Pará – UFPA INTRODUÇÃO A política de Previdência Social, sob as orientações neoliberais vem sofrendo um processo de contrarreformas que afetam não apenas o acesso do(a)s usuário(a)s da mencionada política, mas, também, os(a)s assistentes sociais que atuam na mesma, tanto em relação à forma, quanto ao conteúdo do trabalho que exercem nesse espaço sócio ocupacional, com repressões na saúde do(a)s mesmo(a)s. RESULTADOS METODOLOGIA OBJETIVOS Analisar as condições de trabalho do(a)s assistentes sociais que atuam no INSS-Gex/Belém-Pará; problematizando as suas repercussões para a saúde do(a)s mesmo(a)s. Teve por base a análise de resultados parciais obtidos em uma pesquisa empírica realizada com assistentes sociais que atuam na previdência social, no mencionado INSS, cuja abordagem foi do tipo quantiqualitativa, a partir da aplicação de 22 (vinte e dois) questionários e 9 (nove) entrevistas individuais. Os dados foram analisados a luz da teoria marxista, procurando apreender as suas determinações mais gerais, para analisar as particularidades do objeto de estudo. Gráfico I: Identificação de manifestações de desgastes mental dos/as assistentes sociais pesquisadas As condições de trabalho na GEX-Bel têm repercutido na saúde dos/as assistentes sociais, com destaques para: Crises de choro (44%); tonturas (33%); - Dores de cabeça (33%); perda do interesse no trabalho (44%), - Outras doenças que provocaram agravos físicos: 1) Em menor proporção: - problemas de pressão arterial; estômago e voz; LER/DORT causada pela repetição e tensão de movimentos CONSIDERAÇÕES FINAIS As reflexões empreendidas neste estudo conduziram a constatação de que as condições de trabalho nesse espaço sócio ocupacional tem repercutido na saúde dos/as mesmos/as. Essa realidade tem conduzido à tendência, de um lado, a adoção de estratégias individuais que, ao nosso ver, não irão trazer melhorias efetivas e, tampouco, isoladamente, o Serviço Social por um viés “messiânico” poderá enfrentar as ameaças, inclusive de extinção do INSS. Por outro lado, não há como desconsiderar a luta e o comprometimento expresso em cada pesquisada, o que possibilitou inferir que não há um sentimento de fatalismo em relação ao futuro da categoria profissional no Instituto, à medida em que adotam estratégias de enfrentamento considerando os limites e possibilidades que vivenciam na instituição. Neste sentido, observou-se que a premissa básica que rege o enfrentamento da categoria aos ataques ao trabalho é conduzida pela via de ações voltadas ao fortalecimento do coletivo da categoria profissional de assistentes sociais que atuam no INSS, bem como, outros segmentos de trabalhadores/as. Belém, 23 de Setembro de 2020.
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