CONCEITUANDO POLTICAS EDUCACIONAIS O que poltica o Que

  • Slides: 14
Download presentation
CONCEITUANDO POLÍTICAS EDUCACIONAIS

CONCEITUANDO POLÍTICAS EDUCACIONAIS

O que é política? o Que imagem vem a sua cabeça quando você ouve

O que é política? o Que imagem vem a sua cabeça quando você ouve a palavra “política”? o Para muitas pessoas, essa palavra evoca imagens de campanhas eleitorais, partidos, propagandas, poluição visual às vésperas de eleição. o Outros podem lembrar-se da atuação de políticos profissionais, na maioria das vezes, de maus políticos. o Isto faz com que as pessoas tomem aversão a tudo o que diz respeito à política. Será que política é isso mesmo? Ou melhor, será que política é só isso?

O que é política? o Em sua definição clássica, o termo política emana do

O que é política? o Em sua definição clássica, o termo política emana do adjetivo politikós, originado de polis, que se refere a tudo que se relaciona com a cidade, portanto ao urbano, público, civil. o Polis - Termo grego que se refere à cidade, compreendida como a comunidade organizada, formada pelos cidadãos, isto é, pelos homens nascidos no solo da Cidade, livres e iguais. o Com o decorrer do tempo, política passou a designar “um campo dedicado ao estudo da esfera de atividades humanas articulada às coisas do Estado”. o Neste sentido, refere-se, hoje, principalmente ao conjunto de atividades, que, de alguma maneira são atribuídas ao Estado moderno, ou que dele emanam.

O que é Estado? Qual sua função? Como surgiu? o Teorias com enfoque liberal:

O que é Estado? Qual sua função? Como surgiu? o Teorias com enfoque liberal: baseam-se numa interpretação feita pela burguesia nos diferentes momentos da história do capitalismo. o Consideram que o Estado é neutro e está acima dos interesses das classes sociais o Objetivo do Estado: a realização do bem comum e o aperfeiçoamento do organismo social no seu conjunto. o Teorias com enfoque marxista: fundamentam-se em uma concepção de sociedade dividida em classes antagônicas, com interesses divergentes. o Negam a idéia de um Estado neutro, voltado para o bem comum. o Estado: instituição política que representa os interesses da classe social dominante, que prevalece sobre o conjunto da sociedade. o Apenas no nível aparente, estes interesses apresentam-se como interesses universais, de todo o corpo social. o Esse enfoque constituí-se, deste modo, uma crítica ao enfoque liberal de Estado.

Estado para Hobbes (1588 -1651) o Estado soberano - a realização máxima de uma

Estado para Hobbes (1588 -1651) o Estado soberano - a realização máxima de uma sociedade civilizada e racional. o No estado natural, sem o jugo político do Estado, os homens viveriam em liberdade e igualdade segundo seus instintos. o Homem: lobo do outro homem o O egoísmo, a crueldade, a ambição, naturais dos indivíduos, gerariam uma luta sem tréguas, levando-os à ruína. o Somente o Estado, um poder acima das individualidades, garantiria segurança a todos. o Para evitar seu fim e promover o bem comum, os homens selariam um pacto, um contrato, que evita a sua destruição. o Hobbes atribui a este contrato social a criação do Estado, de poder absoluto.

O Estado para John Locke (1632 -1704) o O homem seria livre no seu

O Estado para John Locke (1632 -1704) o O homem seria livre no seu estado natural. o Para evitar que um homem pudesse subjulgar o outro a seu poder absoluto, os homens, por meio de um contrato social, delegaram poderes ao Estado, que deveria ter o papel de assegurar seus direitos naturais, assim como, a sua propriedade. o Noção de governo: o consentimento dos governados diante da autoridade constituída. o Enquanto que para Hobbes, o contrato resulta num Estado Absoluto, para Locke, o Estado poderia ser feito e desfeito, como qualquer contrato, caso o Estado ou o Governo não o respeitarem.

O Estado para Jean-Jacques Rousseau (1712 -1778) o A sociedade civil nasce por meio

O Estado para Jean-Jacques Rousseau (1712 -1778) o A sociedade civil nasce por meio de um contrato social. o Os homens são naturalmente bons, sendo a sociabilização a culpada pela sua "degeneração". o O Contrato Social para Rousseau é um acordo entre indivíduos para se criar uma Sociedade, e, só então, um Estado, isto é, o Contrato é um Pacto de associação, não de submissão. o Os homens não podem renunciar aos princípios da liberdade e igualdade, pois ao povo pertence a soberania. o Ele enfatizava que não há liberdade onde não existe igualdade.

O Estado para Karl Marx (1818 -1883) q. Rejeição categórica à concepção de Estado

O Estado para Karl Marx (1818 -1883) q. Rejeição categórica à concepção de Estado como agente da "sociedade como um todo", bem como da possibilidade da existência de um "interesse nacional". qbase da sociedade, da sua formação, das instituições e regras de funcionamento, das idéias e dos valores são as condições materiais, ou seja, as relações sociais de produção. q. Estado -compreendido como uma estrutura de poder que aglutina, sintetiza e coloca em movimento a força política da classe dominante. q Estado moderno: um comitê para administrar os assuntos comuns da burguesia, o que o torna um mecanismo destinado a reprimir a classe oprimida e explorada.

O Estado para Karl Marx (18181883) o O Estado consiste, também, numa organização burocrática,

O Estado para Karl Marx (18181883) o O Estado consiste, também, numa organização burocrática, isto é, um conjunto de instituições e organismos, ramos e sub-ramos, com suas respectivas burocracias, que exerce a dominação das classes exploradas, por meio do jogo institucional de seus aparelhos. o Deste modo, em condições historicamente determinadas, o Estado desempenha a função de reprodutor das relações econômicas e políticas de classe. o No pensamento marxista, o Estado molda a sociedade. o Visto que não existe organização social sem Estado, pelo menos após a divisão da sociedade em classes antagônicas, esse Estado é sempre aquele que traduz o pensamento dos dominantes, ou seja, aquele que constrói as condições para o máximo desenvolvimento daquelas classes.

Estado para Antonio Gramsci (1891 -1937) o Impossibilidade, exceto nas ditaduras, da existência do

Estado para Antonio Gramsci (1891 -1937) o Impossibilidade, exceto nas ditaduras, da existência do domínio bruto de uma classe social sobre a outra, por meio, apenas, do Estado-coerção. o Uma classe dominante, para assegurarse como dirigente, deve construir um conjunto de alianças e obter o consenso passivo das classes e camadas dirigidas. o A classe dominante, muitas vezes, sacrifica parte dos seus interesses imediatos e supera o horizonte corporativo, na busca de articular alianças e construir uma hegemonia ética e política.

Para Antonio Gramsci (18911937) o Conceito de Estado ampliado: composto por dois segmentos distintos,

Para Antonio Gramsci (18911937) o Conceito de Estado ampliado: composto por dois segmentos distintos, a sociedade política e a sociedade civil. o Ambos atuam com a mesma finalidade: manter e reproduzir a dominação da classe hegemônica. o O conceito de sociedade civil e sociedade política é fundamental para compreendermos o que vem a ser políticas educacionais e para situá-las interior das políticas públicas o Nas sociedades de tipo ocidental, a hegemonia (que se realiza nas diversas instâncias da sociedade civil) não pode ser negligenciada pelos grupos sociais dominados, que pretendem modificar sua condição e a assumir o comando do conjunto da sociedade.

Para Antonio Gramsci (18911937) o É importante para as classes subalternas construir uma contra

Para Antonio Gramsci (18911937) o É importante para as classes subalternas construir uma contra hegemonia, articulando-se para interferir nos sindicatos, partidos políticos, meios de comunicação, escolas e demais instituições que constroem a hegemonia ética e política. o É neste processo que as políticas educacionais são produzidas. o As políticas educacionais situam-se no âmbito das políticas públicas de caráter social e, como tal, não são estáticas, mas dinâmicas, ou seja, estão em constante transformação. o Para compreendê-las, é necessário entender o projeto político do Estado, em seu conjunto, e as contradições do momento histórico em questão.

Políticas públicas o o o Se política fosse a arte de administrar o bem

Políticas públicas o o o Se política fosse a arte de administrar o bem público, toda política deveria ser considrada pública ou social. Entretanto, nas sociedades em que os meios de produção são apropriados por uma determinada classe social, o Estado acaba por ser apropriado, também, por esta classe, a fim de gerir seus interesse econômicos. Na sociedade capitalista, o Estado assume a função de impulsionar a política econômica, tendo em vista a consolidação e a expansão do capital, favorecendo, assim, interesses privados, em detrimento dos interesses da coletividade. O que carateriza a política econômica é seu carater anti-social. Os efeitos gerados por esta polítca econômica concentradora de riqueza, contraditoriamente, ameçam a continuidade do sitema econômico capitalista. Para contrabalancear estes efeitos, o Estado precisa promover políticas públicas ou políticas sociais, nas áreas de saúde, habitação, assitência e previdência social, cultura e educação.

Políticas educacionais o São emanadas do Estado, como qualquer outra política pública. o Implicam

Políticas educacionais o São emanadas do Estado, como qualquer outra política pública. o Implicam em escolhas e decisões, que envolvem indivíduos, grupos e instituições. o Não são fruto de iniciativas abstratas, mas constroem-se na correlação entre as forças sociais, que se articulam para defender seus interesses. o Para entender como se elaboram as políticas públicas, em uma determinada sociedade, é preciso analisar seus significados históricos. o Embora, nas sociedades capitalistas, o Estado esteja submetido aos interesses do capital, na organização e na administração do público, as políticas públicas são produto das lutas, pressões e conflitos entre os grupos e classes que constituem a sociedade.