Conceitos bsicos sobre organizaes Disciplina Gesto Pblica e
Conceitos básicos sobre organizações Disciplina “Gestão Pública e Questões Organizacionais” Curso de Especialização Pós-Graduação lato sensu “Governança Pública e Novos Arranjos de Gestão” Profa. Dra. Ana Cláudia Niedhardt Capella UNESP – FCL/Araraquara capella@fclar. unesp. br
Plano da aula Compreendendo as organizações: a contribuição da teoria O que é uma organização? A Teoria das organizações: enfoques clássico, neoclássico e contemporâneo. A Teoria das organizações e a administração pública. 2
O que é uma organização? Organizações são unidades sociais, ou seja, são formadas por um grupo de pessoas; Essas pessoas buscam um objetivo em comum; Para tanto, estabelecem formalizadas entre si; relações 3
O que é uma organização? Além de formalizadas, as relações têm certa duração temporal; São legitimadas pelo sistema social externo; Os indivíduos que compõem esse grupo podem ser substituídos, sem que isso coloque em risco a própria organização. 4
A Teoria das Organizações Área do conhecimento que tem como objetivo analisar e compreender as organizações. São três os principais enfoques da Teoria das Organizações: Enfoque clássico; Enfoque neoclássico; Enfoques contemporâneos. 5
A Teoria das Organizações: o enfoque clássico Contexto: primeira metade do século XX Administração Científica Principais autores: . Taylor (1856 -1915) – “Princípios de Administração Científica” (1911). Fayol (1841 -1925) – “Administração Industrial e Geral” (1916). Gulick (1892 -1993) e Urwick (1891 – 1983) – “Ensaios sobre a teoria da organização” (1937). 6
A Teoria das Organizações: o enfoque clássico Contexto: primeira metade do século XX Administração Científica Idéias centrais: Administração como ciência: estudo sistemático organização e das técnicas de administração. da Organização racional do trabalho e o “best way”. “Homo economicus” – recompensas salariais, materiais e econômicas como motivados da ação humana. Funções e métodos administrativos: previsão, organização, comando, coordenação e controle. 7
A Teoria das Organizações: o enfoque clássico Contexto: primeira metade do século XX Escola de Relações Humanas Principais autores: . Mayo (1880 -1949) e o experimento de Hawthorne. Likert (1903 -1981 ) e os estudos sobre liderança e motivação. Mc. Gregor (1906 -1964) e as teorias X e Y. 8
A Teoria das Organizações: o enfoque clássico Contexto: primeira metade do século XX Escola de Relações Humanas Idéias centrais: . “Homo social” – indivíduo não pode ser reduzido a esquemas simples e mecanicistas; é condicionado pelo sistema social e demandas de ordem biológica; possui necessidades de segurança, afeto, aprovação social, prestígio e autorealização. A organização informal como objeto de análise (e não a estrutura formal). 9
A Teoria das Organizações: o enfoque clássico Contexto: primeira metade do século XX Estruturalismo Principais autores: . Weber (1864 -1920) e o estudo da burocracia. Merton (1910 -2003) e a análise das disfunções burocráticas. Selznick (1919 - ) e as dimensões formais e informais da organização. 10
A Teoria das Organizações: o enfoque clássico Contexto: primeira metade do século XX Estruturalismo Principais idéias: . O homem organizacional. Conflitos entre grupos como processo fundamental e inerente às organizações. Ênfase nos aspectos organizações. informais e social formais das 11
A Teoria das Organizações: o enfoque neoclássico Contexto: anos 1950, 1960 e 1970 O enfoque neo-racionalista Principais autores: . Herbert Simon (1916 - 2001) e a crítica ao modelo de racionalidade. Lindblom (1917 - ) e o incrementalismo. Cohen, March e Olsen e o modelo da “lata do lixo”. 12
A Teoria das Organizações: o enfoque neoclássico Contexto: anos 1950, 1960 e 1970 O enfoque neo-racionalista Principais idéias Análise do processo de tomada de decisão como central ao estudo da administração. Crítica ao modelo racionalista de tomada de decisão (racionalidade limitada). 13
A Teoria das Organizações: o enfoque neoclássico Contexto: anos 1950, 1960 e 1970 O enfoque neo-estruturalista ou institucional Principais autores: . Michel Crozier (1922 - ) Principais idéias: Revisão do modelo burocrático weberiano; Revisão sobre a relação organização-indivíduo (estrutura e comportamento); Análise política da organização (relações de poder entre atores e conflito). 14
A Teoria das Organizações: o enfoque neoclássico Contexto: anos 1950, 1960 e 1970 O enfoque contingencial Principais autores: Alfred Chandler (1918 -2007) e a organização, estratégia e ambiente. Tom Burns e G. Stalker e as organizações mecânicas e orgânicas. Joan Woodward e as tecnologias de produção. relação entre 15
A Teoria das Organizações: o enfoque neoclássico Contexto: anos 1950, 1960 e 1970 O enfoque contingencial Principais idéias: Não há nada absoluto nas organizações; tudo é relativo. Existem condições ambientais (variáveis externas) que se relacionam com as técnicas administrativas (variáveis internas). Estes dois grupos de variáveis se relacionam de maneira “funcional” (sem relação de causa e efeito). 16
A Teoria das Organizações: o enfoque contemporâneo Contexto: anos 1980 em diante Desenvolvimento Organizacional Estudo das fases de uma organização (fase inicial; expansão; regulamentação; burocratização; reflexibilização) e as mudanças geradas pela necessidade de adaptação a essas etapas. Análise interorganizacional Estudo da dinâmica do relacionamento de uma organização e seu entorno. Redes de organizações. 17
A Teoria das Organizações: o enfoque contemporâneo Contexto: anos 1980 em diante Modelo político de organização Estuda as relações de poder e os conflitos organizacionais, as estratégias dos atores e das próprias organizações. Cultura e aprendizagem organizacional Estudo das culturas organizacionais e dos processos de socialização e aprendizagem. 18
A Teoria das Organizações: o enfoque contemporâneo Contexto: anos 1980 em diante Mudança organizacional Abordagens que procuram analisar as mudanças orgnizacionais como produto de mudanças produzidas pelo ambiente; pela cultura; pelo padrão de relacionamento com outras organizações, entre outros fatores. 19
A Teoria das Organizações: síntese 20
A Teoria das Organizações e a administração pública De que forma a teoria das organizações pode auxiliar a compreender e transformar a administração pública? Universalidade x especificidade: As organizações são todas iguais, com os mesmos problemas, elementos e características? Ou as organizações são diferentes entre si, e requerem mecanismos de análises específicos? 21
A Teoria das Organizações e a administração pública A administração pública é um tipo de organização diferenciada: A administração pública é uma organização complexa porque apresenta enorme diversidade estrutural e funcional: os órgãos públicos desempenham funções muito distintas entre si, mas com um mesmo modelo administrativo. 22
A Teoria das Organizações e a administração pública A administração pública é um tipo de organização diferenciada: Como conseqüência das múltiplas funções atribuídas à administração pública, diferentes tipos de profissionais coexistem numa mesma organização (médicos, educadores, engenheiros) com racionalidades específicas que requerem diferentes processos e estruturas (nem sempre existentes). 23
A Teoria das Organizações e a administração pública A administração pública é um tipo de organização diferenciada: A interdependência entre política e administração é elemento central à dinâmica da administração pública. Não existe relação imediata entre a atividade administrativa e recursos financeiros e muitas vezes a avaliação de eficiência segue orientação política. 24
A Teoria das Organizações e a administração pública A administração pública é um tipo de organização diferenciada: Diferentemente das demais organizações, a administração pública não compete por recursos necessários para o desenvolvimento de suas atividades. Mas competem num “mercado” político e administrativo – Secretarias de governo disputam recursos entre si, Municípios, Estados. . . 25
A Teoria das Organizações e a administração pública A administração pública é um tipo de organização diferenciada: É difícil identificar o produto final de cada órgão da administração pública e ainda mais difícil é encontrar indicadores para medir a eficácia e a eficiência da gestão pública 26
A Teoria das Organizações e a administração pública A Teoria das organizações é um instrumento de conhecimento e pode ser muito útil para a compreensão da administração pública, desde que consideradas as suas especificidades. 27
Bibliografia DAFT, Richard L. Organizações: Teoria e projetos. São Paulo, Pioneira Thomson Learning, 2002. HATCH, Mary Jo. Organization Theory. New York, Oxford Press, 2006. MOTTA, Fernando C. P. Teoria Geral da Administração: uma introdução. São Paulo, Pioneira, 1988. RAMIÓ, Carles. Teoría da la Organización y Administración Pública. Madri, Tecnos, 2002. 28
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