COMUNICAO EM SADE COMUNICAO Conceito Processo de troca

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COMUNICAÇÃO EM SAÚDE

COMUNICAÇÃO EM SAÚDE

COMUNICAÇÃO Conceito Processo de troca e compreensão de mensagens enviadas e recebidas, a partir

COMUNICAÇÃO Conceito Processo de troca e compreensão de mensagens enviadas e recebidas, a partir das quais as pessoas se percebem, partilham o significado de ideias, pensamentos e propósitos. (COSTA, 2004) OBS: Nesta aula o foco da comunicação está voltado para seu potencial de divulgação de informações em saúde e seu potencial educativo.

COMUNICAÇÃO VERBAL Utiliza palavras e símbolos na sua formação, por meio dos quais o

COMUNICAÇÃO VERBAL Utiliza palavras e símbolos na sua formação, por meio dos quais o homem interpreta e compreende o mundo. As palavras e símbolos podem ser expressos em linguagem escrita e falada. Algumas técnicas de comunicação podem ajudá-lo a tornar sua comunicação verbal efetiva: Falada: se dá por meio da utilização de palavras que compõem o universo vocabular e sociocultural do locutor. Combinadas entre si as palavras formam frases que chegam ao ouvinte e também serão interpretadas segundo seu universo vocabular e sociocultural. • • Escrita: se dá por meio da utilização de sinais (símbolos) para a expressão de ideias. As duas modalidades são complementares na efetivação da comunicação. Blá, blá. . . • • Verbalize interesse ao que está sendo falado pelo usuário; Permaneça em silêncio enquanto o usuário fala; Evite interromper o usuário quando este está falando, Pratique a escuta atenta; Esclareça e valide as mensagens recebidas; Escolha um local adequado para conversar com o usuário. blá. . . ? ?

COMUNICAÇÃO NÃO VERBAL É a comunicação feita por meio de sinais não-verbais. Envolve gestos,

COMUNICAÇÃO NÃO VERBAL É a comunicação feita por meio de sinais não-verbais. Envolve gestos, expressão facial, movimentos do corpo, postura corporal, entre outros. § Mantenha contato visual com o usuário. § Movimente-se pelo espaço físico quando apropriado. Tem como finalidades: § Utilize diferentes expressões faciais, literalmente não ficar só “com cara de paisagem”. ▰ Complementar a comunicação verbal; ▰ Substituir a comunicação verbal; § Mantenha uma postura corporal amigável. ▰ Contradizer a comunicação verbal; § Utilize linguagem gestual com as mãos. ▰ Demonstrar sentimentos. § Module o ritmo e o tom de sua voz. § Procure conhecer sua comunicação não verbal e cuide para que seja coerente com sua comunicação verbal. Ao lado algumas dicas para ajudá-lo a tornar sua comunicação não verbal efetiva.

OUTROS TIPOS DE COMUNICAÇÃO ELETRÔNICA Comunicação mediada pelas tecnologias de informação e comunicação. LIGADA

OUTROS TIPOS DE COMUNICAÇÃO ELETRÔNICA Comunicação mediada pelas tecnologias de informação e comunicação. LIGADA À ACESSIBILIDADE Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) - utilizada por deficientes auditivos para a comunicação entre eles e entre surdos e ouvintes. Braille - processo de escrita e leitura tátil baseado em símbolos em relevo, utilizado por pessoas cegas ou com baixa visão. IMAGÉTICA/VISUAL Comunicação por meio de elementos visuais como fotografias, desenho, gráficos, vídeos, pinturas, esculturas, entre outros. É a base da comunicação no mundo atual.

COMUNICAÇÃO – COMMUNICARE – TORNAR COMUM Para isso: Escrita Independente da forma de comunicação

COMUNICAÇÃO – COMMUNICARE – TORNAR COMUM Para isso: Escrita Independente da forma de comunicação Verbal Eletrônica Imagética A mensagem precisa ser clara e objetiva Para garantir a compreensão e a segurança do usuário

COMUNICAÇÃO EFETIVA É aquela que cumpre seu objetivo! É a comunicação clara, exata, que

COMUNICAÇÃO EFETIVA É aquela que cumpre seu objetivo! É a comunicação clara, exata, que leva o usuário à compreensão da mensagem em sua totalidade e o ajuda na tomada de decisão quanto à sua saúde.

DICAS PARA COMUNICAÇÃO EFETIVA § § § § § Utilize frases curtas. Use exemplos

DICAS PARA COMUNICAÇÃO EFETIVA § § § § § Utilize frases curtas. Use exemplos e analogias nas explicações. Use linguagem simples. Dê preferência ao uso da voz ativa. Seja sincero e objetivo. Utilize tom de voz e gestos amigáveis. Pratique a escuta ativa e acolhedora. Contextualize adequadamente a informação e certifique-se de que esta é relevante para o usuário. Respeite os valores culturais e saberes do usuário. § § § Apresente as informações de modo lógico e bem organizado. Programe-se para permanecer junto ao usuário o tempo necessário para a comunicação efetiva. Seja empático (utilize expressões faciais empáticas como sorriso, olhar de frente para o usuário, etc. ). Seja respeitoso e sensível às preocupações do usuário. Inclua o usuário na tomada de decisão sobre sua saúde.

(DES)COMUNICAÇÃO? ? ? ▰ Usar gestos que transmitam irritação ▰ ▰ ▰ ▰ ▰

(DES)COMUNICAÇÃO? ? ? ▰ Usar gestos que transmitam irritação ▰ ▰ ▰ ▰ ▰ e agressividade. Usar linguagem inacessível. Utilizar jargões científicos, siglas e linguagem técnica. Enviar mensagens conflitantes. Transmitir informações irrelevantes. Julgar o comportamento do usuário. Manter postura autoritária e coercitiva. Não praticar a escuta ativa. Negar o saber e a cultura do usuário. Dar “lição de moral” e ameaçar o usuário. Induzir a resposta do usuário. http: //g 1. globo. com/sp/campinas-regiao/noticia/2016/07/medico-debocha-de-paciente-nainternet-nao-existe-peleumonia. html

COMUNICAÇÃO EFETIVA Para promover a comunicação efetiva em nossas ações educativas alguns métodos podem

COMUNICAÇÃO EFETIVA Para promover a comunicação efetiva em nossas ações educativas alguns métodos podem nos ajudar. Vamos falar sobre eles? ▰ Teach-Back ▰ Show-me ▰ Ask Me 3

1 TEACH-BACK Investigando a compreensão de orientações recebidas

1 TEACH-BACK Investigando a compreensão de orientações recebidas

“ É um método de confirmação de comunicação usado por profissionais de saúde para

“ É um método de confirmação de comunicação usado por profissionais de saúde para confirmar se um usuário, familiar ou cuidador entendem o que está sendo explicado a eles. Se eles entendem são capazes de "ensinar de volta“ a informação com precisão em suas próprias palavras.

COMO FAZER ▰ Solicite ao usuário que declare em suas próprias palavras o que

COMO FAZER ▰ Solicite ao usuário que declare em suas próprias palavras o que ele precisa saber ou fazer sobre sua saúde. ▰ Planeje sua abordagem e pense em como você pedirá ao usuário para “ensinar de volta” a informação dada por você. Exemplo: "Quero ter certeza de que eu expliquei tudo corretamente, então vamos rever o que conversamos. O Sr. pode me dizer as três coisas que concordou em fazer para ajudar a controlar o seu diabetes? "

Dicas ▰ Fragmentar e Confirmar - Não espere até o final da orientação para

Dicas ▰ Fragmentar e Confirmar - Não espere até o final da orientação para iniciar o teach-back. Fragmente as orientações e aplique o teach-back várias vezes durante a orientação. ▰ Caso o usuário não tenha compreendido a orientação, oriente-o novamente utilizando uma abordagem diferente. Aplique o teach-back novamente. ▰ Se o usuário repetir a informação usando as mesmas palavras do profissional, pode ser que ele não tenha entendido as orientações. Oriente-o novamente e aplique o teach-back. ▰ Exercite o uso do teach-back até que isso se torne um hábito.

Dicas ▰ Evite perguntas do tipo: “O Sr. entendeu as orientações? O Sr. tem

Dicas ▰ Evite perguntas do tipo: “O Sr. entendeu as orientações? O Sr. tem alguma dúvida? ”. Esse tipo de pergunta pode inibir o usuário e pode ser que ele não tenha dúvida até tentar explicar o que deve fazer com suas próprias palavras. Conosco também acontece isso, às vezes achamos que compreendemos a explicação do professor. Mas, quando temos que resolver um exercício, ou responder uma questão de prova nos damos conta que a compreensão não foi lá tão precisa.

2 SHOW-ME Investigando a habilidade de seguir instruções

2 SHOW-ME Investigando a habilidade de seguir instruções

“ Permite confirmar se os usuários são capazes de seguir instruções específicas (por exemplo,

“ Permite confirmar se os usuários são capazes de seguir instruções específicas (por exemplo, como usar um inalador). Alguns autores consideram uma variação ou mesmo como sinônimo do teach-back. Vamos abordar separadamente para focar aqui o domínio psicomotor da aprendizagem

COMO FAZER Vamos explicar o método por meio de um exemplo: você precisa ensinar

COMO FAZER Vamos explicar o método por meio de um exemplo: você precisa ensinar a Sra. Lana a mensurar a glicemia capilar. ▰ Fracione a ação educativa, pois aprender o procedimento todo de uma só vez pode ser muito complexo para ela. ▰ A cada etapa do procedimento peça a Sra. Lana que mostre a você como ela faria. Ex: Quero ver se eu lhe ensinei o procedimento corretamente, a Sra. pode colocar a tira no aparelho, por favor? ▰ Quando ela já estiver inserindo a tira reagente no glicosímetro corretamente passe para a próxima etapa e assim sucessivamente. Esses acertos parciais vão fortalecer a Sra Lana e deixá-la segura para as próximas etapas.

Dicas ▰ O ideal é que você ensine o procedimento utilizando o mesmo material

Dicas ▰ O ideal é que você ensine o procedimento utilizando o mesmo material que o usuário irá usar no futuro. ▰ Seja cuidadoso com sua comunicação não verbal nas ocasiões em que o usuário não conseguir corretamente suas instruções. Lembre-se que tudo pode ser novo e assustador para ele. Além disso, pode ser que a maneira como você o orientou não foi a mais adequada. ▰ Se possível, providencie folhetos explicativos que ajudem usuário/familiar/cuidador a relembrar as etapas do procedimento. Mas, não basta entregar o folheto! Cheque a compreensão dessas pessoas quanto as orientações contidas no material. ▰ Mantenha um tom de conversa amigável durante toda a ação educativa.

Em síntese: Lembretes Oriente o usuário, familiar ou cuidador e/ou ensine um procedimento ▰

Em síntese: Lembretes Oriente o usuário, familiar ou cuidador e/ou ensine um procedimento ▰ O usuário não está realizando um teste para ser aprovado ou reprovado. O método é para averiguar a qualidade da sua comunicação! ▰ Você pode associar o teach-back ao show-me. Exemplo: O Sr. José precisa tomar 05 ml do medicamento prescrito. ▰ Sr José, qual a quantidade do remédio vai tomar mesmo? ▰ Deixe-me ver se ensinei a medida correta para o senhor. Pode colocar essa dose no copo para mim? Esclareça qualquer mal entendido Peça que repita o que você disse com as próprias palavras ou demonstre o procedimento ensinado

3 ASK-ME 3 Ensinando boas perguntas para facilitar a compreensão

3 ASK-ME 3 Ensinando boas perguntas para facilitar a compreensão

“ É um método* que encoraja as pessoas a fazer 3 perguntas ao profissional

“ É um método* que encoraja as pessoas a fazer 3 perguntas ao profissional de saúde ao final de cada consulta, orientação de saúde, ao se preparar para um exame ou procedimento médico: ▰ Qual é o meu principal problema? ▰ O que eu preciso fazer? ▰ Por que é importante para mim fazer isso? *Desenvolvido pelo National Patient Safety Foundation

COMO FAZER ▰ Conscientizar os usuários sobre os benefícios de se fazer as três

COMO FAZER ▰ Conscientizar os usuários sobre os benefícios de se fazer as três perguntas citadas no slide anterior. ▰ A equipe de saúde deve usar todas as oportunidades para conversar com os usuários e incentivá-los a fazer essas três perguntas ao final de cada atendimento realizado por um profissional de saúde. ▰ Isso pode ser feito quando os pacientes aguardam consultas, exames ou quando chegam à recepção. ▰ A elaboração de material educativo sobre o Ask Me 3 pode ajudar a divulgação e adesão ao método.

Bibliografia AGENCY FOR HEALTHCARE RESEARCH AND QUALITY. Use the Teach-Back Method: Tool #5. Content

Bibliografia AGENCY FOR HEALTHCARE RESEARCH AND QUALITY. Use the Teach-Back Method: Tool #5. Content last reviewed February 2015. Rockville, MD. Disponível em: http: //www. ahrq. gov/professionals/quality-patient-safety/quality-resources/tools/literacy-toolkit/healthlittoolkit 2 -tool 5. html ALMEIDA, R. T. ; CIOSAK, S. I. Comunicação do Idoso e Equipe de Saúde da Família: há integralidade? Rev. Latino-Am. Enfermagem , v. 21, n. 4, p. 884 -890, 2013. ARAUJO, A. P. Língua Brasileira de Sinais. Disponível em: http: //www. infoescola. com/portugues/lingua-brasileira-de-sinais-libras/ CARLISLE, A. et al. Health Literacy in the Pharmacy: Practical Strategies to Improve Communication With Patients. Journal for Managed Care and Hospital Formulary Management. v. 36, n. 9, p. 576 -589, 2011. Disponível em: https: //www. ncbi. nlm. nih. gov/pmc/articles/PMC 3278143/ CARVALHO, B. G. C. ; MONTENEGRO, L. C. Metodologias de Comunicação no Processo de Educação em Saúde. R. Enferm. Cent. O. Min. v. 2, n. 2, p. 279 -287, 2012. CORIOLANO-MARINUS, M. W. L. et al. Comunicação nas práticas em saúde: revisão integrativa da literatura. Saúde Soc. São Paulo. v. 23, n. 4, p. 1356 -1369, 2014. COSTA, M. P. F. Ressuscitação cardiopulmonar: aspectos da comunicação e do tempo. In: SILVA, M. J. P. (Org. ). Qual o tempo do cuidado? Humanizando os cuidados de enfermagem. São Paulo: Centro Universitário São Camilo: Loyola; 2004. p. 111 -22. COSTA, R. Como funciona o sistema braille. Disponível em: https: //novaescola. org. br/conteudo/397/como-funciona-sistema-braille Gordon JE, Deland E, Kelly RE. Let’s talk about improving communication in healthcare. Col Med Rev. v. 1, n. 1 p. 23 -27, 2015. Disponível em: https: //medicalreview. columbia. edu/article/communication-healthcare/ INSTITUTE FOR HEALTHCARE IMPROVEMENT. Ask Me 3: Good Questions for Your Good Health. Disponível em: http: //www. npsf. org/? page=askme 3 MARCUS, C. Strategies for improving the quality of verbal patient and family education: a review of the literature and creation of the EDUCATE model. Health Psychology and Behavioral Medicine. v. 2, n. 1, p. 482 -495, 2014. Disponível em: http: //www. tandfonline. com/doi/full/10. 1080/21642850. 2014. 900450? scroll=top&need. Access=true MATIAS, E. O. et al. Estratégia educativa como tecnologia facilitadora para promoção da saúde do adolescente no âmbito escolar. Adolesc. Saude , v. 10, n. 2, p. 7 -14, 2013. MORAIS, G. S. N. et al. Comunicação como instrumento básico no cuidar humanizado em enfermagem ao paciente hospitalizado. Acta Paul Enferm. v. 22, n. 3, p. 323 -237, 2009. MOURÃO, C. M. L. et al. Comunicação em enfermagem: uma revisão bibliográfica. Rev. Rene. v. 10, n. 3, p. 139 -145, 2009. THE ETHICS CENTER. Teach Back: A tool for improving provider-patient communication. 2006. Disponível em: http: //www. ethics. va. gov/docs/infocus/In. Focus_20060401_Teach_Back. pdf

ENCERRANDO A PROSA • Você percebeu como a comunicação é um fator essencial para

ENCERRANDO A PROSA • Você percebeu como a comunicação é um fator essencial para o sucesso de nossas ações educativas em saúde? • Por isso, lembre-se de aprimorá-la sempre! • Vamos para o momento mãos à obra? • Prepare-se e faça a entrevista tarefa da aula.