Comportamento suicida e as polticas pblicas de preveno
Comportamento suicida e as políticas públicas de prevenção Fernanda Benquerer Costa Médica psiquiatra 03/09/2018
Panorama geral Ø 13ª causa de morte no mundo: mais de 800. 000 Ø 2ª causa de morte nos jovens dos 15 aos 19 anos ØAs tentativas de suicídio representam a 6ª causa de incapacidade funcional permanente ØHá 10 a 20 tentativas para cada suicídio consumado ØImpacto nos sobreviventes: consequências emocionais, sociais e econômicas
No Brasil Ø 8º país do mundo em números absolutos: mais de 11. 000 ao ano ØAdultos jovens e idosos ØIndígenas ØA questão do gênero ØA questão da subnotificação
No Brasil
Comportamento suicida Fatores predisponentes Fatores de risco Fatores de proteção Fatores precipitantes Fatores genéticos Transtornos mentais Tratamento do transtorno mental Evento estressor imediato Fatores biológicos Eventos estressores de vida Suporte social Abuso de substâncias Falta de suporte social / vínculos frágeis Flexibilidade cognitiva Afetos intoleráveis Tentativa prévia Esperança Acesso a métodos perigosos Traços de personalidade • Impulsividade História familiar Comportamento suicida
Suicídio e transtornos mentais ØTranstorno mental como um dos fatores de risco mais importantes – 90% ØTentativas prévias ØSituações de vulnerabilidade (abuso físico, sexual, psicológico ou negligência) e eventos de vida negativos podem precipitar o ato ØBullying e cyberbullying
Políticas públicas de prevenção Ø Ações articuladas sistematizadas estratégias preventivas Ø Saúde Ø Educação Ø Segurança pública Ø Mídia Ø ONGs Ø Lideranças comunitárias Ø Legisladores Ø Diretrizes Nacionais de Prevenção do Suicídio – MS, 2006 Ø Plano Distrital de Prevenção do Suicídio – SES-DF, 2013 e 2018
Políticas públicas de prevenção ØAcesso a serviços especializados para tratamento adequado dos transtornos mentais ØConscientização da população ØReduzir o estigma dos transtornos mentais ØMelhorias nas coletas de dados
Políticas públicas de prevenção ØRestringir acesso a métodos potencialmente perigosos ØCapacitar membros da sociedade para identificação e abordagem a pessoas em risco ØFortalecer fatores de proteção: vínculos sociais, habilidades de resolução de problemas, expressão emocional
O Plano Distrital de Prevenção do Suicídio Ø 7 Eixos temáticos ØDiagnóstico situacional ØPrevenção ØTratamento e pós-venção ØCapacitação ØComunicação ØAvaliação e monitoramento ØCompromisso político
Saúde ØFortalecimento da rede de saúde mental para atendimento precoce e adequado a pessoas com transtornos ØTratamento adequado dos transtornos mentais ØCapacitação de profissionais de saúde da atenção básica, emergências e outros contextos não especializados para identificação e atendimento a pessoas em risco ØTreinamento de especialistas ØVigilância epidemiológica: notificação das tentativas
Saúde ØTentativas prévias ØSaúde do trabalhador ØProblemas relacionados a álcool e outras drogas ØAtendimento de urgência ØVítimas de violência ØPopulações vulneráveis
Educação ØCapacitação de professores e demais profissionais das escolas para identificar alunos em risco ØMobilização da rede de apoio – familiares, amigos ou outros ØProgramas de desenvolvimento de habilidades emocionais ØArticulação com rede de saúde
Segurança pública ØInvestigação e demais medidas em casos de crimes: ameaça (Art. 147) ou incentivo ao suicídio (Art. 122); crimes virtuais ØNormas de segurança para construções ØRestrição de acesso a meios potencialmente perigosos ØTreinamento dos profissionais para atuação em casos de risco iminente ØCuidados com os profissionais das profissões relacionadas à segurança: policiais, militares, bombeiros
Mídia ØRisco a quem apresenta vulnerabilidades ØAbordar o tema de forma responsável ØCuidado ao interpretar dados estatísticos ØNão fazer alarde ou sensacionalismo ØNão glamourizar o comportamento, não publicar fotos, detalhes de métodos ou cartas de despedida ØNão dar explicações simplistas ØSempre divulgar onde pedir ajuda
A sociedade ØAbrir espaço para conversar sobre o assunto sem julgamento ØOuvir atentamente ØDemonstrar empatia ØRespeito pelos valores e opiniões da pessoa ØNão julgar, não doutrinar, não minimizar as queixas ØIdentificar serviços que possam ajudar: CVV-188, serviços de saúde mental, SAMU-192
Mais informações http: //www. abeps. org. br benquerer@yahoo. com
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