Como prescrever um plano alimentar Slvia Pinho nutricionista

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Como prescrever um plano alimentar? Sílvia Pinhão - nutricionista Faculdade de Ciências da Nutrição

Como prescrever um plano alimentar? Sílvia Pinhão - nutricionista Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da UP

O que é um plano alimentar? É um plano adequado e balanceado, que tem

O que é um plano alimentar? É um plano adequado e balanceado, que tem em conta variações individuais (idade, sexo, estádio de desenvolvimento, preferências, hábitos e gostos alimentares), a disponibilidade de alimentos e as condições sócio-económicas e cobre todas as necessidades nutricionais e energéticas, contribuindo para diminuir o risco de desenvolver doenças crónicas.

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çã o, feb doe re nça , Inf ec tor ac , f , ça ico o, en nóm ent o D co m e orta es, õ s mp oç co em ssõe s, i e pr tura l u c e o ds ã t es nto g In lime a en cim s re C INGESTÃO DE NUTRIENTES NECESSIDADES NUTRICIONAIS Ab so rç ã o ÓPTIMO ESTADO NUTRICIONAL e o s ar st pe -e o m çã Be ten u an m do Am e b ps nça ient pr icol , st e, m obl ógic ress ec em o ân a , ico s s ps Str ico es ló s gi co to

Protocolo de consulta de nutrição § Nome, sexo, idade, profissão, estado civil § Motivo

Protocolo de consulta de nutrição § Nome, sexo, idade, profissão, estado civil § Motivo da consulta/diagnóstico § História Clínica § Avaliação Antropométrica § Avaliação Ingestão Alimentar § Actividade Física Habitual Aconselhamento alimentar Plano alimentar estruturado

História Clínica § Pesos: actual, máximo, mínimo, desejado § Dados bioquímicos: sangue, urina, outros

História Clínica § Pesos: actual, máximo, mínimo, desejado § Dados bioquímicos: sangue, urina, outros § Antecedentes pessoais: patologias, alergias e/ou intolerâncias alimentares, gravidez, depressão, cirurgias…

História Clínica § Antecedentes familiares: patologias relevantes e grau de parentesco. §

História Clínica § Antecedentes familiares: patologias relevantes e grau de parentesco. §

História Alimentar § Alimentos preteridos § Alimentos preferidos § Horários (levantar, deitar, refeições). §

História Alimentar § Alimentos preteridos § Alimentos preferidos § Horários (levantar, deitar, refeições). § Composição, local e companhia das refeições § Métodos culinários mais comuns § Frequência da ingestão de doces, molhos, bebidas alcoólicas, café … § Quantidade de água ingerida por dia

Avaliação antropométrica § Peso § Altura § IMC § Perímetro da cinta e da

Avaliação antropométrica § Peso § Altura § IMC § Perímetro da cinta e da anca § Composição corporal: § Gordura subcutânea (pregas) § Impedância Bioelétrica (BIA)

Desvio ponderal em relação do peso ideal (%) Desvio ponderal = peso actual /

Desvio ponderal em relação do peso ideal (%) Desvio ponderal = peso actual / peso ideal x 100 Cálculo do índice de Massa Corporal IMC = peso (kg) altura 2 (m) Classificação IMC kg/m 2 Baixo Peso <18. 5 Peso Normal 18. 5 – 24. 9 Pré - Obesidade 25. 0 – 29. 9 Obesidade (Classe I) 30. 0 – 34. 9 Obesidade (Classe II) 35. 0 – 39. 9 Super Obesidade (Classe III) >40. 0

Distribuição de gordura corporal § Quando o tecido adiposo se acumula na metade superior

Distribuição de gordura corporal § Quando o tecido adiposo se acumula na metade superior do corpo, sobretudo no abdómen, diz-se que a obesidade é andróide, abdominal ou visceral. § Quando a gordura se distribui sobretudo na metade inferior do corpo, particularmente na região glútea e coxas, diz-se que é do tipo ginóide.

Classificação da Obesidade Abdominal (independente da altura) Faz-se pela medição do perímetro da cintura,

Classificação da Obesidade Abdominal (independente da altura) Faz-se pela medição do perímetro da cintura, utilizando uma fita métrica no ponto médio entre o rebordo inferior da costela e a crista ilíaca. Circunferência da cintura (cm) Risco de complicações metabólicas Homem Mulher Classe 1 Pouco risco < 94 < 80 Classe 2 Risco aumentado ≥ 94 ≥ 80 Classe 3 Risco muito aumentado ≥ 102 ≥ 88

CÁLCULO DE NECESSIDADES ENERGÉTICAS?

CÁLCULO DE NECESSIDADES ENERGÉTICAS?

Como calcular as necessidades energéticas? Peso referência x Factor actividade OU Metabolismo Basal

Como calcular as necessidades energéticas? Peso referência x Factor actividade OU Metabolismo Basal

PESO TEÓRICO DE REFERÊNCIA Calculado através da média aritmética de 2 fórmulas : Metropolitan

PESO TEÓRICO DE REFERÊNCIA Calculado através da média aritmética de 2 fórmulas : Metropolitan Life Insurance Company 50 + 0, 75 x [altura(cm)-100] Butheau 0, 8 x [altura (cm)-150 + idade (anos)/2] 50 + 0, 75 x [altura-100] + 0, 8 x [altura-150 + Idade /2] Peso referência = 2 Nota = quando idade > 45 anos, torna-se constante

CÁLCULO DAS NECESSIDADES ENERGÉTICAS DIÁRIAS DE ACORDO COM A ACTIVIDADE FÍSICA* Muito Leve Moderada

CÁLCULO DAS NECESSIDADES ENERGÉTICAS DIÁRIAS DE ACORDO COM A ACTIVIDADE FÍSICA* Muito Leve Moderada Pesada Violenta Homem Mulher Kcal/ Kg/ dia 31 30 38 35 41 37 50 44 58 51 * valores para homens e mulheres ( dos 19 aos 50 anos) OMS 1985

Cálculo das necessidades energéticas diárias Acamados 30 kcal/kg/dia Sedentária 35 kcal/kg/dia Moderada 40 -45

Cálculo das necessidades energéticas diárias Acamados 30 kcal/kg/dia Sedentária 35 kcal/kg/dia Moderada 40 -45 kcal/kg/dia Violenta 50 kcal/kg/dia

Metabolismo Basal (MB) Fórmula de Harris and Benedict MBhomens = 66 + [13, 7

Metabolismo Basal (MB) Fórmula de Harris and Benedict MBhomens = 66 + [13, 7 x P (kg)] + [5 x Alt (cm)] – [6, 8 x idade (anos)] MBmulheres = 655 + [9, 6 x P (kg)] + [1, 8 x Alt (cm)] – [4, 7 x idade (anos)]

CÁLCULO DE NUTRIENTES ENERGÉTICOS A distribuição está dependente do quadro clínico do doente e

CÁLCULO DE NUTRIENTES ENERGÉTICOS A distribuição está dependente do quadro clínico do doente e do objectivo da terapêutica alimentar Proteínas 12 a 20% (0, 8 -1 g/kg/dia) VET Lípidos 20 a 35% VET Hidratos de carbono 50 a 70% VET OMS

Necessidades Energéticas = 1800 kcal Distribuição dos macronutrientes: 50% Hidratos de Carbono + 20%

Necessidades Energéticas = 1800 kcal Distribuição dos macronutrientes: 50% Hidratos de Carbono + 20% Proteínas + 30% Lípidos 1800 x 0, 5 =900 kcal 900/4 = 225 g HC 1800 x 0, 2=360 kcal 360/4 = 90 g Proteínas 1800 x 0, 3 = 540 kcal 540/4 = 60 g Lípidos NOTA: 1 g Hidratos de Carbono = 4 kcal; 1 g Proteínas = 4 kcal; 1 g Lípidos = 9 kcal

Tabela clássica de equivalentes Alimentos Peso Quantidade Proteínas (g) Gorduras (g) Glícidos (g) Energia

Tabela clássica de equivalentes Alimentos Peso Quantidade Proteínas (g) Gorduras (g) Glícidos (g) Energia (kcal) Leite Gordo 240 ml 1 chá alm. 7 7 12 137 Leite m. g. 240 ml 1 chá alm. 7 4 12 106 Leite magro 240 ml 1 chá alm. 7 1, 2 10 80 Veg. A ------------ 1% ---- Veg B 100 g ½ chá alm. 2 ----- 5 25 Fruta variável ----- 10 50 Pão e eq. variável 2 ----- 15 70 Carne Equ. 30 g variável 7 3 ----- 55 Gorduras e óleos 5 g 1 colher chá ----- 5 ----- 45 Açúcar 15 g ---------- 15 60 Marmelada 20 g ---------- 15 60 Farinha de pau/Fécula de batata/Tapioca /Amido de milho 20 g ---------- 15 69

Tabela de equivalentes da American Diabetes Association and American Dietetic Association 1995 Alimentos Peso

Tabela de equivalentes da American Diabetes Association and American Dietetic Association 1995 Alimentos Peso Quantidade Proteínas (g) Gorduras (g) Glícidos (g) Energia (kcal) Leite Gordo 240 ml 1 chá alm. 8 8 12 150 Leite m. g. 240 ml 1 chá alm. 8 5 12 120 Leite magro 240 ml 1 chá alm. 8 0 -3 12 90 livre ----- 0 1 neg Veg. A ----- Veg B 100 g ½ chá alm. coz 1 cháv crú 2 0 5 25 Fruta variável neg 0 15 60 Pão e eq. variável 3 1 15 80 30 g variável 7 1 ----- 35 30 g variável 7 3 ----- 55 30 g variável 7 5 ----- 75 30 g variável 7 8 ----- 100 5 g 1 colher chá ----- 5 ----- 45 Carne Equ. (3% gord) Carne Equ. (10% gord) Carne Equ. (17% gord) Carne Equ. (26% gord) Gorduras e óleos

Tabela de equivalentes baseada na Nova Roda dos Alimentos Peso Quantidade Proteínas (g) Gorduras

Tabela de equivalentes baseada na Nova Roda dos Alimentos Peso Quantidade Proteínas (g) Gorduras (g) Glícidos (g) Energia (kcal) Lacticínios 250 ml 1 chá alm. 8 5 12 125 Hortícolas 180 g 1 chá alm. 3 0, 9 6 43 Fruta 160 g variável ---- 14 60 Leguminosas 80 g 3 colheres de sopa cozinhadas 6 1, 3 11, 3 79 Pão e eq. variável 3 1 28 134 Carne Equ. 30 g variável 7 3, 6 ---- 61 Gorduras e óleos 10 g 1 colher chá ---- 9, 9 ---- 89 (inclui queijo)

DISTRIBUIÇÃO DOS ALIMENTOS POR MACRONUTRIENTES Existem várias tabelas de equivalência de macronutrientes. DISTRIBUIÇÃO DOS

DISTRIBUIÇÃO DOS ALIMENTOS POR MACRONUTRIENTES Existem várias tabelas de equivalência de macronutrientes. DISTRIBUIÇÃO DOS ALIMENTOS PELAS REFEIÇÕES ACORDADAS O ideal seriam 5 a 6 refeições por dia mas está sempre dependente dos hábitos, gostos, tempo e disponibilidade de cada doente. DESCRIÇÃO PORMENORIZADA DOS ALIMENTOS A INCLUIR EM CADA REFEIÇÃO Com base nos gostos, preferências, são descritos os tipos de alimentos permitidos, incluída uma lista de conselhos e proibidos.

Conselhos Úteis - Mastigar calmamente (aprender a saborear os alimentos!). - Beber 1, 5

Conselhos Úteis - Mastigar calmamente (aprender a saborear os alimentos!). - Beber 1, 5 l de água ao longo do dia. - Caminhar 30 -45 minutos diariamente a passo acelerado. - Variar os alimentos e o tipo de confecção culinária. Proibidos - Açúcar, mel, geleia, compota, marmelada, produtos de confeitaria e pastelaria, chocolates, fruta em calda, refrigerantes e outras bebidas açucaradas. - Folhados, natas, salgadinhos, enchidos e fumados, conservas e enlatados (excepto atum bem escorrido), fritos, assados com gordura, molhos com gordura, caldos concentrados de gordura. - Bebidas alcoólicas

Como calcular o plano alimentar? 1º Cálculo de necessidades energéticas 2º Distribuição do VET

Como calcular o plano alimentar? 1º Cálculo de necessidades energéticas 2º Distribuição do VET pelos macronutrientes 3º Distribuição das doses por grupos de alimentos 4º Distribuição dos alimentos por refeições 5º Descrição pormenorizada da quantidade e tipo de alimentos (letra perceptível!) 6º Conselhos úteis (variável consoante patologia) 7º Lista de “Proibidos/Alimentos a evitar”

A individualização e adaptação do plano alimentar a cada doente é fundamental para se

A individualização e adaptação do plano alimentar a cada doente é fundamental para se atingir o êxito da terapêutica instituída!