Colonizao Portuguesa na Amrica Economia Canavieira e Unio

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Colonização Portuguesa na América Economia Canavieira e União Ibérica

Colonização Portuguesa na América Economia Canavieira e União Ibérica

A efetiva colonização portuguesa • 1. 2. • A partir de 1530, Portugal demonstra

A efetiva colonização portuguesa • 1. 2. • A partir de 1530, Portugal demonstra maior interesse em povoar e efetivar a colonização do território brasileiro e isto devido, principalmente, a dois fatores: A quebra do monopólio do comércio de especiarias com o oriente; A defesa do litoral brasileiro que vinha sofrendo invasões de franceses e holandeses. Contudo, para que a colonização fosse proveitosa, era necessário desenvolver uma atividade econômica que promovesse lucro a Portugal, já que, até aquele momento, não havia notícias da descoberta de metais preciosos no Brasil.

Por que produzir açúcar? • 1. 2. 3. 4. • A cana-de-açúcar é um

Por que produzir açúcar? • 1. 2. 3. 4. • A cana-de-açúcar é um produto agrícola de gênero tropical que interessava muito ao mercado europeu naquele período e poderia garantir enormes lucros a Coroa portuguesa. Além disso, outros fatores contribuíram para a implantação das lavouras de cana no litoral brasileiro, tais quais: Condições geográficas favoravéis; Experiência portuguesa; Extensas áreas cultiváveis. Financiamento dos holandeses; A cana foi produzida no Brasil no sistema plantation, ou seja, unindo latifúndio, monocultura e escravismo.

Engenho: a unidade produtora

Engenho: a unidade produtora

Engenho: a unidade produtora • À princípio, a palavra engenho referia-se ao local onde

Engenho: a unidade produtora • À princípio, a palavra engenho referia-se ao local onde a cana era moída e o açúcar era preparado. Com o passar do tempo, passou a designar toda a propriedade açucareira: lavoura, casa-grande, capela, senzala e casa do engenho (moenda, fornalhas, casa de purgar). • Somente as grandes fazendas possuíam a casa do engenho. Os fazendeiros que não possuíam a aparelhagem necessária para transformar a cana em açúcar eram chamados lavradores de cana.

A mão de obra escrava africana • • 1. 2. 3. • Apesar dos

A mão de obra escrava africana • • 1. 2. 3. • Apesar dos portugueses terem escravizado os indígenas nos anos iniciais da colonização, no período da lavoura canavieira a mão-de-obra utilizada foi a africana. Alguns fatores explicam essa “preferência” pelo negro africano: Era mais fácil para o índio do que para o negro africano empreender uma fuga; Vários setores da Igreja se opuseram à escravização indígena, mas não combateram a escravização negra; O tráfico de escravos africanos era altamente lucrativo à burguesia e à Coroa portuguesa. Apesar da supremacia da mão-de-obra africana, a escravização indígena não terminou por inteiro.

“as mãos e os pés do senhor de engenho” • O trabalho africano foi

“as mãos e os pés do senhor de engenho” • O trabalho africano foi de tal modo assimilado pela empresa açucareira que, em 1711, o escravo negro era qualificado como na frase do jesuíta italiano André João Antonil (1650 -1716), que viveu por muito tempo na Bahia.

As atividades econômicas secundárias • A lavoura canavieira acabou gerando, indiretamente, o desenvolvimento de

As atividades econômicas secundárias • A lavoura canavieira acabou gerando, indiretamente, o desenvolvimento de outras atividades econômicas na colônia como: a produção de algodão, tabaco e gêneros alimentícios. Além disso, desenvolveu-se, também, a pecuária e o extrativismo. • De todas essas atividades secundárias, a pecuária ganha um papel de destaque, devido à sua importância na expansão do território colonial para o interior do Brasil.

A participação holandesa nos negócios açucareiros • A implementação das lavouras de cana no

A participação holandesa nos negócios açucareiros • A implementação das lavouras de cana no Brasil só foi possível graças ao apoio holandês. Isso porque o cultivo da cana e sua posterior transformação em açúcar era algo que demandava muitos investimentos e que exigia um capital que os portugueses não detinham. • Dessa forma, a burguesia holandesa, formada por banqueiros e grandes comerciantes, forneciam o capital necessário para os portugueses introduzirem a lavoura canavieira no Brasil, construírem os engenhos etc. Em troca dos empréstimos concedidos, os holandeses cuidavam do refino, transporte e comercialização do açúcar, o que lhes garantia um lucro ainda maior que o dos portugueses.

A União Ibérica (1580 -1640)

A União Ibérica (1580 -1640)

A União Ibérica (1580 -1640) • • Em 1578, o rei de Portugal, D.

A União Ibérica (1580 -1640) • • Em 1578, o rei de Portugal, D. Sebastião, morreu na batalha de Alcácer-Quibir, no atual Marrocos, em luta contra os árabes. Com a morte do rei, que não tinha descendentes, o trono de Portugal foi ocupado pelo seu tio-avô, o velho cardeal D. Henrique, no entanto, faleceu em 1580, naturalmente sem deixar descendência. Com a morte deste último, extinguia-se a dinastia de Avis, que se encontrava no trono desde 1385, com a ascensão de D. João I, mestre de Avis. Vários pretendentes se candidataram então ao trono vago: D. Catarina, duquesa de Bragança, D. Antônio, prior do Crato e, também, Felipe II, rei da Espanha, que descendia, pelo lado materno, em linha direta, do rei D. Manuel, o Venturoso, que reinou nos tempos de Cabral. Depois de invadir Portugal e derrotar seus concorrentes, o poderoso monarca espanhol declarou: "Portugal, lo herdé, lo compré y lo conquisté".

A União Ibérica (1580 -1640) • Dominando Portugal, a Espanha passou a controlar, também,

A União Ibérica (1580 -1640) • Dominando Portugal, a Espanha passou a controlar, também, todas as colônias portuguesas e isso incluiu o Brasil. • Durante os 60 anos da União Ibérica, a administração colonial do Brasil praticamente não sofreu alterações. Mas suas consequências no plano internacional repercutiriam direto no Brasil. • A Holanda e outras províncias do norte da Europa pertenciam à Espanha, mas, em 1581, depois de muitas lutas, conquistaram a independência e proclamaram a República das Províncias Unidas. Como represália Felipe II proibiu as colônias pertencentes ao império espanhol de comerciarem com os holandeses (embargo espanhol). • Os holandeses, que já mantinham relações de amizade e comércio nos negócios do açúcar com o Brasil, não pretendiam perder sua fonte fornecedora e, por isso, decidem invadir o nordeste brasileiro.

O Brasil Holandês

O Brasil Holandês

Conquista holandesa: a invasão da Bahia e de Pernambuco • Reagindo ao embargo espanhol,

Conquista holandesa: a invasão da Bahia e de Pernambuco • Reagindo ao embargo espanhol, os holandeses fundaram a Companhia das Índias Ocidentais, em 1621. Decidiram, por meio dessa empresa, conquistar o Nordeste brasileiro e apoderar-se da produção de açúcar. • A primeira tentativa de invasão holandesa ocorreu em 8 de maio de 1624, na cidade de Salvador, Bahia. Mas os holandeses não conseguiram consolidar a ocupação. • A Cia das Índias Ocidentais empreendeu novo ataque no dia 14 de fevereiro de 1630, dessa vez no litoral pernambucano. O governador de Pernambuco, Matias de Albuquerque, não tinha força policial para enfrentar os holandeses e refugiou-se no interior organizando um pequeno grupo guerrilheiro de resistência. Os holandeses só dominaram a região por completo após cinco anos de luta e com a ajuda de Domingos Fernandes Calabar, profundo conhecedor daquele território, que lhes forneceu informações sobre a guerrilha.

O governo de Maurício de Nassau • • a) b) c) d) 1. Com

O governo de Maurício de Nassau • • a) b) c) d) 1. Com o fim da luta armada em Pernambuco, a Cia das Índias Ocidentais passou a organizar a administração da região conquistada. Para cuidar dessa tarefa, a companhia enviou ao Brasil, em 1637, o conde João Maurício de Nassau Siegen, nomeado governador-geral do Brasil holandês. Nassau pôs em prática uma habilidosa política administrativa. Pretendia pacificar a região e conseguir a colaboração dos lusobrasileiros. Dentre as principais medidas adotadas em seu governo destacam-se: Concessão de créditos; Tolerância religiosa; Obras urbanas; Incentivo cultural. Maurício de Nassau ganhou prestígio como administrador, mas surgiram desentendimentos entre ele e a Cia das Índias Ocidentais, que levaram à saída de Nassau do cargo e 1644.

Restauração e expulsão dos holandeses

Restauração e expulsão dos holandeses

Restauração e expulsão dos holandeses • Em 1640, Portugal libertou-se do domínio espanhol. O

Restauração e expulsão dos holandeses • Em 1640, Portugal libertou-se do domínio espanhol. O duque de Bragança recuperou a Coroa portuguesa e pôs fim ao período da União Ibérica. Ao assumir o trono, recebeu o título de D. João IV, iniciando a dinastia dos Braganças. Esse episódio ficou conhecido como Restauração. • Terminada a União Ibérica, Portugal encontrava-se em grave crise econômica, pois dependia do comércio colonial e, devido ao domínio espanhol, havia perdido grande parte de suas colônias para holandeses, franceses e ingleses. Dessa forma, os portugueses não tiveram condições financeiras de atuar na expulsão dos holandeses do nordeste brasileiro. Essa expulsão ficou a cargo dos habitantes da colônia.

Insurreição Pernambucana • Depois da saída de Nassau do governo, a administração holandesa tornou-se

Insurreição Pernambucana • Depois da saída de Nassau do governo, a administração holandesa tornou-se extremamente rígida. Interessada somente em aumentar seus lucros, a Cia das Índias Ocidentais passou a pressionar os senhores de engenho para que aumentassem a produção, pagassem mais impostos, liquidassem as dívidas atrasadas. Até mesmo a tolerância religiosa havia acabado. • Reagindo a essa pressões, os habitantes da colônia iniciaram, em 1645, a luta pela expulsão dos holandeses, conhecida com Insurreição Pernambucana. • Depois de sucessivas derrotas, os holandeses se renderam em 1654. • Depois de expulsos do Brasil, os holandeses levaram mudas de cana para as Antilhas e decidiram produzir açúcar por iniciativa própria. • A concorrência do açúcar antilhano provocou queda em 50% dos preços do açúcar brasileiro e a empresa açucareira nordestina entrou em declínio.