Cncer de Via Biliar Cncer de Via Biliar
Câncer de Via Biliar
Câncer de Via Biliar O câncer pode se desenvolver em qualquer parte da via biliar e conforme sua localização é dividido em três grupos: • Câncer de via biliar intra-hepática - Se desenvolve nos ramos menores das vias biliares do fígado. Apenas 10% dos tumores são de vias biliares intra-hepáticas. • Câncer de via biliar peri-hilar - Se desenvolve no hilo, onde os ductos hepáticos se juntam quando saem do fígado. • Câncer de via biliar distal - São encontrados abaixo do ducto biliar, próximos ao intestino delgado. Mais de 95% dos cânceres são carcinomas, sendo a maioria adenocarcinoma. O carcinoma de via biliar também é conhecido como colangiocarcinoma.
Fatores de Risco A causa exata da maioria dos cânceres de vias biliares não é conhecida, mas os pesquisadores descobriram vários fatores de risco que tornam uma pessoa propensa a desenvolver a doença. Parece haver uma ligação entre esse tipo de câncer e substâncias químicas que podem irritar e inflamar a via biliar, como cálculos biliares ou parasitoses. As mutações genéticas relacionadas ao câncer de via biliar são normalmente adquiridas durante a vida. Por exemplo, alterações adquiridas no gene supressor de tumor da proteína p 53 são encontradas na maioria dos casos de câncer de via biliar. Outros genes que podem desempenhar um papel importante no câncer de via biliar são KRAS, HER 2/neu e c-met.
Sinais e Sintomas Quando o câncer de via biliar causa sintomas, geralmente é porque a via biliar está bloqueada. Os principais sinais e sintomas do câncer de via biliar são: • Icterícia. • Coceira. • Fezes brilhosas. • Urina Escura. • Dor Abdominal. • Perda de Apetite. • Febre. • Náuseas e Vômitos.
Diagnóstico do Câncer de Via Biliar: Imagem Os principais exames realizados para o diagnóstico ou estadiamento do câncer de via biliar são: • Ultrassom. • Ecografia endoscópica ou laparoscópica. • Tomografia computadorizada. • Ressonância magnética. • Colangiografia (por ressonância, endoscópica e transhepática). • Tomografia por emissão de pósitrons. • Angiografia. • Laparoscopia.
Diagnóstico do Câncer de Via Biliar: Laboratório Alguns exames de sangue ajudam no diagnóstico do câncer de via biliar, como: • Exames da Função Hepática - Um nível elevado de bilirrubina mostra que pode haver problemas com a via biliar, vesícula biliar ou fígado. Dessa forma, são solicitados perfil hepático, fosfatase alcalina, albumina, AST, ALT e GGT. Se os níveis dessas substâncias estão aumentados, pode indicar bloqueio da via biliar, mas não necessariamente pelo câncer. • Marcadores Tumorais - São substâncias produzidas pelas células cancerosas, que podem às vezes ser encontradas no sangue. Pessoas com câncer de via biliar podem ter níveis sanguíneos elevados do antígeno carcinoembrionário (CEA) e 19 -9 CA.
Estadiamento do Câncer de Via Biliar O sistema de estadiamento utilizado é o sistema TNM que tem três critérios para avaliar o estágio da doença (tumor, linfonodos e metástase). No entanto, existem três diferentes sistemas de estadiamento para os cânceres de via biliar, dependendo de onde se origina. O câncer de via biliar intra-hepática, que se inicia no fígado, é estadiado separadamente do câncer de via biliar extra-hepático. Além disso, os cânceres extra-hepáticos são divididos em dois grupos: tumores perihilares e tumores distais. Para fins de tratamento, os médicos utilizam frequentemente um sistema baseado em se o tumor é susceptível de ser operável (ou não). Em termos gerais, a maioria dos tumores do estágio III e IV são inoperáveis, mas pode haver exceções.
Tratamento: Cirurgia Existem dois tipos de procedimento cirúrgico para o câncer de via biliar: a cirurgia potencialmente curativa e a paliativa. A cirurgia potencialmente curativa é realizada quando os exames de imagem ou resultados de cirurgias anteriores mostram que existe uma boa chance de ser retirado todo o tumor. Os tumores podem ser descritos como ressecáveis, quando podem ser completamente removidos por cirurgia, e irressecáveis, aqueles que se disseminaram para outros órgãos ou são difíceis de serem completamente retirados. Infelizmente, apenas uma pequena parte dos cânceres de via biliar é ressecável quando diagnosticado. A cirurgia paliativa é realizada para aliviar a dor ou prevenir complicações, como obstrução das vias biliares.
Tratamento: Quimioterapia A quimioterapia utiliza medicamentos anticancerígenos para destruir as células tumorais. Para os tumores de via biliar operáveis, a quimioterapia pode ser realizada após a cirurgia, muitas vezes em conjunto com a radioterapia, para tentar reduzir o risco de recidiva. Esse procedimento é denominado tratamento adjuvante. Devido à má resposta dos tumores hepáticos à quimioterapia sistêmica, a aplicação dos quimioterápicos é diretamente na artéria hepática (Infusão da artéria hepática), onde a droga vai para o tumor através da artéria hepática, com doses maiores sem aumentar os efeitos colaterais. Os medicamentos utilizados incluem: 5 -fluorouracil, Gemcitabina, Mitomicina C, Doxorrubicina, Cisplatina, Capecitabina e Oxaliplatina.
Tratamento: Radioterapia A radioterapia pode ser utilizada para tratar o câncer de via biliar: • Após a cirurgia - Para destruir células cancerígenas remanescentes da cirurgia. Isto é conhecido como terapia adjuvante. • Antes da Cirurgia - Para reduzir o tamanho do tumor e facilitar a cirurgia. Essa técnica é denominada terapia neoadjuvante. • Cânceres Avançados - Como principal tratamento para pacientes com doença não operável, mas que não se espalhou para outros órgãos. • Radioterapia Paliativa - Para aliviar os sintomas da doença em estágio avançado, como dor ou reduzir tumores que podem estar bloqueando a passagem do sangue ou da bile, ou ainda pressionando estruturas nervosas.
Novos Tratamentos: Terapia Alvo Até o momento, a quimioterapia não oferece bons resultados para a maioria dos cânceres de via biliar. Novos medicamentos que agem de forma diferente dos quimioterápicos padrões estão em desenvolvimento. O alvo de vários desses medicamentos são os vasos sanguíneos do tumor. O sorafenibe, já usado para alguns tipos de câncer de fígado, funciona em parte, impedindo a formação de novos vasos sanguíneos, está sendo avaliado para uso contra o câncer de via biliar. O bevacizumab, que tem como alvo o desenvolvimento dos vasos sanguíneos, também está sendo estudado contra o câncer de via biliar. Outras novas medicações têm alvos diferentes. Por exemplo, drogas que visam o EGFR têm mostrado benefícios contra vários tipos de câncer. Alguns deles, como o erlotinib, cetuximab, lapatinib e vandetanib estão em fase de estudo para uso em pacientes com câncer de via biliar.
- Slides: 13